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EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ DE DIREITO DA 4° VARA CÍVEL DA COMARCA DE RECIFE/PE AUGUSTO CESAR, brasileiro, contador, casado, residente e domiciliado na cidade do RECIFE/PE, portador do CPF/MF nº 111.222.333-44, por sua advogada, vem à presença de Vossa Excelência propor a presente: AÇÃO DE REPARAÇÃO DE DANOS MORAIS E MATERIAIS Contra FIAT, sediada na cidade de CURITIBA/PR, pelas razões de fato e de direito que a seguir passa a expor. 1. DOS FATOS O Autor adquiriu um veículo zero quilômetro em 2010. Após seis anos de comprado, pelas ruas de FORTALEZA/CE, quando o motor do carro em questão, explodiu, ferindo a si, sua família que estava dentro do veículo e dois pedestres que estavam no acostamento da rodovia, causando assim um grande acidente. Apesar de ter seguido à risca o plano de revisão sugerido pela montadora do veículo, com sede em Curitiba-PR, um exame pericial no carro do Autor, apurou claramente que o motor exibia um sério defeito de fabricação que induziu o desgaste prematuro de determinadas peças e, consequentemente, a explosão. Logo, o acidente sucedeu em danos tanto ao veículo do Autor, que ficou com o pára-choque dianteiro, a porta dianteira direita, o vidro dianteiro direito, a porta traseira direita e a sinaleira dianteira totalmente danificada quanto a sua família e os supracitados pedestres. Por sorte, todos saíram com vidas apenas, com sérias escoriações 2. DO DIREITO Conforme disposto na Constituição Federal em seu Art. 5º incisos V e X: “V- é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização por dano material, moral ou à imagem”, “X- São invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação”. Dispõe os artigos 186 e 927 do Código Civil que: “Art. 186- Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito de outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.” “Art. 927- Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187) causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo.” “Parágrafo único- Haverá obrigação de reparar o dano independentemente de culpa, nos casos especificados em lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua natureza, risco para os direitos de outrem.” Sem, também deixarmos claro que o legislador não deixou de pronunciar esta garantia de direito ao consumidor, que no caso em tela tem claramente uma relação de consumo entre autor e ré, onde pedimos vênia para transcrever: Código de Defesa do Consumidor: "Art. 6° - São direitos básicos do consumidor: VI - a efetiva prevenção e reparação de danos patrimoniais e morais, individuais, coletivos e difusos". Assim, amparado legalmente não restam dúvidas que o ato praticado pela Ré configura uma ilicitude e por tal deverá ser responsabilizado. Portanto, não há como confundir a reparabilidade do dano material e do dano moral. Na primeira busca-se a reposição do numerário que deu causa ao prejuízo sofrido, ao passo que na segunda, a reparação se faz por meio de uma compensação ou reparação que satisfaça o autor pelo mal sofrido. 3. DOS PEDIDOS Ante o notório, requer a Vossa Excelência: Sejam julgados totalmente procedentes os pedidos por ele formulados; A citação da ré, para comparecer na audiência de conciliação a ser designada, e, querendo, apresentar resposta, sob pena de revelia e confissão quanto à matéria de fato; Se digne Vossa Excelência considerar procedente o seu pedido, para o fim de condenar a ré ao pagamento de indenização, pelos danos materiais e morais, bem como das custas processuais e honorários advocatícios, na base de 30% sobre o valor da condenação, tudo com a devida atualização; Protesta pela produção de todos os meios de prova em direito admitido. Dá-se a causa o valor de R$ 200.000,00 (duzentos mil reais). Termos em que pede e espera deferimento. Recife, 09 de Maio de 2017. Renata Regueira Advogado - OAB/PE
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