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Fundamentos da Economia Av1

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Fundamentos da Economia 
Aula1
Diariamente, temos que fazer escolhas do que comprar, do que abrir mão de comprar em detrimento de outro bem ou um plano futuro, enfim... tomamos decisões a todo momento nas nossas vidas. As escolhas fazem parte e elas também compõem o cerne da Economia.
Tanto indivíduos como a sociedade precisam tomar uma série de decisões econômicas, de forma a conciliar o uso dos recursos escassos com as infinitas necessidades e desejos. 
A todo o momento somos “bombardeados” por questões econômicas nos jornais, na televisão e nas redes.
Questões como aumento de preços, desemprego, comportamento das taxas de juros, déficit governamental, vulnerabilidade externa, período de crise econômica ou de crescimento dentre outros, são temas que fazem parte da nossa rotina e são discutidos por cidadãos comuns.
Vejamos um exemplo do nosso material didático (p. 11): seu time de futebol, que tem uma grande torcida, vai ter um jogo decisivo no sábado. Você vai deixar para comprar o ingresso, no próprio sábado, um pouco antes da partida?
O cambista vende caro porque, a essa altura, não há mais ingressos disponíveis nas bilheterias, mas ainda tem pessoas querendo comprar. 
Os cambistas sabem disso e por isso vendem caro. Se você entende a lógica de situações desse tipo, você conhece os princípios básicos da chamada lei da oferta e da demanda.
A definição mais conhecida de Economia é: “uma ciência social que estuda como o indivíduo e a sociedade escolhem empregar recursos produtivos escassos na produção de bens e serviços, de modo a distribuí-los entre as várias pessoas e os grupos da sociedade, a fim de satisfazer as necessidades humanas da melhor maneira possível” (BRAGA; VASCONCELLOS, 2011).
Nessa definição, temos vários conceitos importantes: recursos produtivos, escolha, escassez, necessidades, distribuição.
Para satisfazer o maior número dessas necessidades, a sociedade conta com recursos ou fatores de produção como: terra, trabalho, capital.
Esses recursos, no entanto, são bastante limitados e, assim, nem todas as necessidades podem simultaneamente ser satisfeitas.
Como já foi dito, o objetivo principal da atividade econômica é o de atender as necessidades humanas. Hoje, pelos novos conceitos e realidades, pode-se ampliar esse entendimento para as necessidades do planeta (sustentabilidade). 
Objetivando apenas em nós, seres humanos, as necessidades representam os desejos de consumo da sociedade.
Observa-se que são ilimitadas e diversificadas. De um modo geral, quando as necessidades básicas (alimentação, moradia, vestuário) são atendidas, o indivíduo passa a ter outras como educação, lazer, melhoria do seu padrão de vida (maior casa, melhores roupas, automóvel etc.).
Uma vez atendidas plenamente as necessidades ditas materiais, o indivíduo passa a sentir outro tipo de necessidade: a estima dos amigos, o reconhecimento e a aceitação do grupo social que frequenta, necessidade de status e assim por diante.
A escassez dos recursos ou fatores de produção e as necessidades ilimitadas da sociedade geram os chamados “problemas econômicos fundamentais”:
O que e quanto produzir
A sociedade terá que escolher, dentro do leque de possibilidades de produção, quais os produtos a serem produzidos e em que quantidades.
Como produzir
A sociedade terá que escolher quais os recursos ou fatores de produção serão utilizados para gerar os produtos e que tecnologia utilizar.
Para quem produzir
A sociedade deverá decidir o mercado consumidor se pretende atingir
Como já foi dito, essas questões só existem porque há escassez e necessidades a serem atendidas.
Estamos tratando aqui apenas dos bens econômicos, que são aqueles que são relativamente escassos e precisam ser produzidos e, portanto, não são abundantes e oferecidos gratuitamente pela natureza, como é o caso dos bens livres (ex.: ar, água, luz solar etc.) As necessidades vão definir o tamanho do mercado consumidor de um produto.”
O modo como as sociedades tentam resolver os problemas econômicos fundamentais dependendo da forma que cada país organiza sua economia, ou seja, do sistema econômico.
Um sistema econômico pode ser definido da seguinte maneira:
“Forma política, social e econômica pela qual está organizada a sociedade. É um particular sistema de organização da produção, distribuição e consumo de todos os bens e serviços que as pessoas utilizam buscando uma melhoria no padrão de vida e no bem-estar”.
A escassez dos recursos ou fatores de produção e as necessidades ilimitadas da sociedade geram os chamados “problemas econômicos fundamentais”:
De forma geral, os sistemas econômicos podem ser classificados em dois grandes grupos.
Nos dois sistemas, ocorrem as trocas econômicas que são vantajosas para os agentes econômicos perante a escassez de recursos porque possibilitam a divisão e a especialização da produção, da distribuição, da comercialização e do consumo em uma organização econômica.
Sistema econômico centralizado e planificado:
organizado diretamente por uma agencia de Estado, onde todo e qualquer planejamento das condições econômicas esta vinculado diretamente pelas decisões desta entidade, e onde os meios de produção, pertencem de uma maneira geral, a ela.
Sistema economico capitalista ou de mercado
O funcionamento da economia é regido pelas forças de mercado, predominando a livre iniciativa e a propriedade privada dos fatores de produção.
Aula 2
Pela existência da escassez dos fatores ou recursos de produção, a produção total de um país tem um limite máximo, ou seja, há uma produção potencial quando todos os recursos disponíveis estão empregados. Precisamos de um modelo que de forma simplificada, mas suficientemente exata, represente esses dilemas na alocação de recursos, incorporando, necessariamente as noções de eficiência e de crescimento em um sentido econômico. 
A curva de possibilidades de produção é que nos permite conhecer e operar, em bases simplificadas, um modelo que retrate essas condições, e o custo de oportunidade, ou custo da escolha, ou custo alternativo.
Para entender o funcionamento do sistema econômico há necessidade de analisar os fluxos reais e monetários assim como os agentes econômicos e os fatores de produção.
consideram-se fatores de produção os meios disponíveis para se gerar os produtos que a sociedade necessita.
Sua principal característica é a escassez, no sentido de que, na maioria das vezes, são limitados em quantidade. Esse é, sem dúvida, o cerne da questão econômica: a escassez dos fatores de produção.
Outra característica é a versatilidade, significando que um mesmo fator de produção possui a capacidade de poder ser utilizado em vários processos produtivos.
Fator de produção terra ou recursos naturais
Constitui a base sobre a qual se exercem as atividades dos demais recursos.
Tratam-se das reservas naturais (solo e subsolo), águas (oceanos, mares, rios, lagos), pluviosidade e clima, flora e fauna e até fatores extraterrestres (como, por exemplo, a fonte inesgotável da energia solar e a influência lunar sobre as marés).
Fator de produção trabalho
A parcela da população apta a desenvolver uma atividade econômica é considerada de fator trabalho.
Fator de produção capital
Vem a ser o somatório de construções, máquinas e equipamentos. Isso significa dizer que é considerado como fator de produção capital de uma economia as suas disponibilidades para a geração de novas riquezas.
Fator de produção capacidade tecnológica
O conjunto de conhecimentos e habilidades que uma sociedade possui.
Fator de produção capacidade empresarial
Vem a ser a capacidade de organizar o fluxo de produção, ou seja, a capacidade de gestão. Em última análise, é a forma de administrar da melhor maneira possível a utilização dos quatro primeiros fatores de produção no processo produtivo.
Custo de oportunidade
Vimos, na aula anterior, que a Economia é uma ciência que lida com escolhas, pois devemos decidir
quais desejos serão atendidos com a utilização de quais recursos.
Sempre que escolhemos produzir determinado bem devemos abrir mão de recursos que poderiam ser empregados na produção de outros bens, significando o custo de oportunidade na produção de um bem. 
custo de oportunidade
O custo de oportunidade não é o ganho relativo a uma escolha, nem ao custo da produção do que foi escolhido, mas corresponde ao que se deixou de ter ou ao sacrifício do que se deixou de produzir ao se fazer determinada escolha
Este é um dos conceitos mais importantes da Economia, se aplicando tanto à alocação de recursos como às decisões entre investimentos alternativos.
Curva de Possibilidades de Produção
Deslocamento “para fora”
O custo de oportunidade não é o ganho relativo a uma escolha, nem ao custo da produção do que foi escolhido, mas corresponde ao que se deixou de ter ou ao sacrifício do que se deixou de produzir ao se fazer determinada escolha.
Esse dilema nas escolhas é representado pela Curva de Possibilidades de Produção (ou Curva de Transformação da Produção). A curva é um bom exemplo de um modelo utilizado para, de forma simplificada, representar a realidade. Essa curva, que é uma representação simplificada de uma economia, é sempre côncava e, em cada eixo, há um produto.
A curva expressa o dilema clássico da Economia. Não há recursos para se produzir tudo o que se deseja e é necessário fazer escolhas. Sempre para se produzir mais de um produto é necessário se produzir menos de outro, até a situação limite em que toda a capacidade produtiva da economia está voltada para a produção de apenas um produto.
(folhas com grafico da curva)
Fluxo circular de renda e produção
A contrapartida da utilização dos fatores de produção no processo produtivo é sua remuneração. No caso do trabalho, a contrapartida são os salários, e no caso do capital são os lucros.
Supondo-se uma economia onde existam apenas famílias e empresas, os proprietários dos fatores de produção são as famílias, que emprestam esses fatores produtivos às empresas, para que elas viabilizem a produção de bens. Os agentes econômicos são, portanto, as famílias e as empresas, que são as entidades que propiciam o processo produtivo.
As famílias e as empresas interagem em dois mercados, o de fatores e o de produtos.
No mercado de fatores as famílias emprestam capital e trabalho para as empresas utilizarem na produção em troca de uma remuneração, no caso salários e lucros/dividendos. O valor da remuneração é negociado entre as partes.
Fluxo circular de renda e produção
No mercado de produtos as empresas vendem seus produtos às famílias que para comprá-los utilizam a renda obtida no mercado de fatores. Portanto, os dois mercados estão interligados como mostra a figura do fluxo circular.
Essa vinculação dos mercados mostra que pagar baixos salários — se por um lado diminui o custo de produção das empresas — por outro diminui seu mercado consumidor, pois as famílias ficam com menos dinheiro para gastar. Essas relações estão sintetizadas no fluxo circular, que mostra como para cada fluxo real, há uma contrapartida monetária. Afinal, a economia trata de acompanhar transações que ocorrem em valores em moeda.
Aula 3
objetivo dessa aula é diferenciar o sistema econômico capitalista do socialista e destacar como a Economia se divide de forma didática para seu estudo. Nas próximas aulas, inclusive, vamos trabalhar sumariamente com essas divisões: Microeconomia e Macroeconomia.
Há um consenso em que a teoria econômica foi sistematizada, em 1776, com Adam Smith.
Na antiguidade, a atividade econômica era tratada como parte da Filosofia, Moral e Ética. 
 
No século XVI, podemos destacar o mercantilismo, com as preocupações sobre a acumulação de riquezas de uma nação pela quantidade de metais preciosos que a nação possuía. E, no século XVII, a fisiocracia, com a ideia da sustentação da economia regida pela lei natural. 
Mas foi Adam Smith (imagem) que conseguiu sintetizar, estabelecer um corpo teórico próprio.
Adam Smith
Com a publicação da Riqueza das nações , em 1776, ele estabeleceu as bases científicas da teoria econômica moderna. Ao contrário dos mercantilistas e fisiocratas que acreditavam serem os metais preciosos e a terra, respectivamente, os geradores da riqueza nacional, para Adam Smith a riqueza da nação é dada pelo trabalho produtivo. 
Microeconomia
Como veremos, a Microeconomia é o ramo da Economia que estuda a interação, no mercado, entre empresas e consumidores.
Escola classica
A Economia, como uma ciência específica, nasce com os economistas clássicos. Para eles, o liberalismo e o individualismo estavam associados ao bem comum: o homem, ao maximizar sua satisfação pessoal, como o mínimo de esforço, estaria contribuindo para o máximo do bem-estar social. Vamos destacar alguns pensadores da Escola Clássica:
As duas principais ideias de Adam Smith permanecem no debate econômico atual: a “mão invisível” e a “divisão de trabalho”.
Vamos começar pela questão da “mão invisível” do mercado.
Segundo Adam Smith, somos todos individualistas e procuramos, no mundo econômico, sempre o que é melhor para nós. Só que ao fazer isso, como que guiados por uma mão invisível, estamos contribuindo para o melhor da sociedade. Ou seja, imagine a costureira, ela fará a melhor costura possível; assim como o padeiro fará o melhor pão. No final das contas, a sociedade terá a melhor costura e o melhor pão, pelo melhor preço.
Mas por que a costureira e o padeiro agem dessa forma? Por existir a pressão da concorrência e porque querem ser bem-sucedidos e ter lucro.
Mas é necessário destacar um ponto importante: isso só é possível frente a livre concorrência, e a não intervenção do governo nas questões econômicas. Essa filosofia se perpetua nos dias de hoje, por aqueles que defendem pouca intervenção do governo na economia: “deixe o mercado em paz, não intervenha governo, pois a mão invisível vai solucionar os problemas econômicos”.
A ideia de Smith era a menor intervenção do governo na economia, mas não uma ausência de governo. O governo tinha um papel importante, por exemplo, nas áreas sociais e de infraestrutura.
Outro ponto a ser destacado é a divisão do trabalho. Ela traz a especialização, uma maior produção por trabalhador (maior produtividade) e, consequentemente, o barateamento do produto, pois se produz mais com o mesmo número de trabalhadores.
O crescimento do mercado é o que impulsiona a especialização.
O trabalho de Adam Smith foi aperfeiçoado pelo discípulo David Ricardo. A maior contribuição de Ricardo à teoria econômica foi provavelmente a teoria das vantagens comparativas, apresentada no livro Princípios de Economia política e tributação.
Para Ricardo, o país deveria se especializar no produto em que tem mais vantagens comparativas. O que significa isso? Um país tem vantagem comparativa em um produto, quando o outro, com quem compete, tem alto custo de oportunidade ao fabricar produto, mesmo sendo mais eficiente na produção.
A Economia Neoclássica
Podemos destacar como o principal economista da corrente neoclássica, Alfred Marshall (1842-1924).
Escola keynesiana
O destaque é para John Maynard Keynes (1883-1946), citado como o criador da Macroeconomia.
Na sua obra, Teoria geral do emprego, juro e moeda, ele criticava o pensamento dominante da época, a Lei de Say. Para essa “lei”, toda oferta gera sua demanda.
A “revolução keynesiana”, assim chamadas as ideias de Keynes, mudaram a forma de pensar a economia e foi dominante até os anos 1970.
Para Keynes, a demanda da economia é composta pelo consumo das famílias, o investimento e os gastos do governo, em uma economia fechada. Em épocas de recessão, caberia ao governo gerar a demanda através de gastos públicos.
Milton Friedman (1912- 2006), com o monetarismo, significou reação do pensamento neoclássico à revolução keynesiana.
Celso Furtado (1920-2004), com o estruturalismo, foi o divisor de águas apresentando o pensamento
de que o desenvolvimento econômico da América Latina dependia da sua industrialização.
Divisões da economia
Ao tratar como as pessoas físicas e jurídicas (e a sociedade) decidem empregar recursos produtivos escassos na produção de bens e serviços, a Economia pode fazer isso basicamente através de duas metodologias ou divisões de análise.
Microeconomia
Analisa o comportamento individual das unidades econômicas.
As duas divisões ocupam as mesmas questões da ciência econômica, mas se fixam em perspectivas distintas.
De forma geral, os sistemas econômicos podem ser classificados em dois grandes grupos:
Sistema econômico capitalista ou de mercado:
O funcionamento da economia é regido pelas forças de mercado, predominando a livre-iniciativa e a propriedade privada dos fatores de produção.
Sistema econômico centralizado ou planificado:
Organizado diretamente por uma agência de Estado, onde todo e qualquer planejamento das condições econômicas está vinculado diretamente às decisões desta entidade e onde os meios de produção pertencem, de uma maneira geral, a ela.
Nos dois sistemas, ocorrem as trocas econômicas. As trocas econômicas são vantajosas para os agentes econômicos perante a escassez de recursos porque possibilitam a divisão e especialização da produção, da distribuição, da comercialização e do consumo em uma organização econômica.
A economia e sua relação com as diferentes profissões
(folha impressa)
Aula 4
O estudo da Economia se divide em dois grandes ramos, como já foi visto: a Microeconomia e a Macroeconomia. Nesta aula, vamos dar início à abordagem microeconômica, ou seja, analisar como a oferta e a demanda interagem e estabelecem o equilíbrio de mercado.
Par a análise de mercado, vamos apresentar os conceitos de oferta, demanda e equilíbrio. Ou seja, o comportamento daqueles que querem adquirir bens e serviços e daqueles que querem vender bens e serviços em busca de um ponto de equilíbrio.
Vamos contextualizar as decisões de consumo da sociedade e os seus reflexos no mercado de bens e serviços, e como o estado pode alterar esse equilíbrio com impostos, políticas de subsídios e tabelamento de preços.
O que é mercado?
O mercado é o local onde atuam as forças de demanda e oferta em busca de um equilíbrio.
As trocas econômicas são realizadas nos mercados interno e externo.
Nestes mercados, atuam conjuntamente as forças da demanda e da oferta por mercadorias ou produtos.
Então, os preços dos produtos podem ser definidos em função da quantidade de reais (R$) necessários para obter em troca de uma determinada quantidade de mercadorias. Fixando preços para todos os produtos, o mercado permite a coordenação dos compradores e dos vendedores, assegurando a viabilidade do sistema capitalista por meio do chamado livre jogo da oferta e demanda.
Por isso importante estudarmos sobre a demanda e a oferta. Mas ao estudar Microeconomia, precisamos estabelecer em mente a hipótese de trabalho: a hipótese de “tudo mais constante”.
A Microeconomia utiliza a hipótese de “tudo mais constante” (coeteris paribus, em latim) na construção dos seus modelos.
O objetivo é isolar a uma determinada variável, cujo efeito se pretende investigar, supondo-se que outras variáveis permanecem constantes, ou seja, que não interfiram no fenômeno investigado.
Como exemplo, sabemos que a demanda (ou a procura) de um bem é afetada pelo preço e pela renda dos consumidores.
Em um determinado momento, precisamos analisar o efeito do preço sobre a demanda.
Para analisar o efeito dessa variável (preço) sobre a demanda, manteremos a renda dos consumidores constante (coeteris paribus), faremos a alteração do preço e saberemos o resultado na demanda.
Entendendo a demanda e a procura
Por que precisamos adquirir bens e serviços?
Porque nos são úteis, ou seja, há uma satisfação de nós, consumidores, proporcionada pelo consumo. Podemos, então, hierarquizar nossa cesta de consumo.
A demanda (ou a procura) de uma determinada pessoa ou grupo de pessoas por um determinado produto indica o quanto esta pessoa ou grupo de pessoas desejam consumir, a dado preço, esse produto em um determinado período de tempo.
Entendendo a oferta
A oferta (de uma mercadoria em um determinado mercado) é a quantidade de um produto X que um produtor ou conjunto de produtores está disposto a vender, a determinado preço, em um período de tempo.
Em uma economia de mercado, o mecanismo de preços leva automaticamente ao equilíbrio.
Nessas situações, não existe compatibilidade de desejos. No entanto, quando ocorre excesso de oferta, os vendedores com estoques não planejados terão que diminuir seus preços, concorrendo pelos escassos consumidores. Já quando ocorre um excesso de demanda, os consumidores estarão dispostos a pagar mais pelos produtos escassos. Estas ações resultam em ajustes de preços, retornando-se a uma situação de equilíbrio no ponto E na qual são eliminadas as pressões para alterar preços.
Interferência externa
Mas é importante salientar que essa “convergência” para o equilíbrio ocorre sem qualquer interferência do governo ou de outro agente externo.
E o governo pode interferir nesse equilíbrio?
Claro que sim! Vejamos a agora.
a) Estabelecimento de impostos
Um imposto sobre bens e serviços vai recair em um aumento de custos para a empresa. Se quiser manter a quantidade ofertada, a empresa deverá aumentar o preço do seu produto (repassando o imposto para o consumidor), ou reduzir o custo em outra área de produção. Ou então, reduzir a quantidade ofertada.
b) Política de preços mínimos na agricultura
A finalidade é garantir preço para as atividades agrícolas, pecuárias e extrativas. O governo pode comprar os produtos dos produtores (atualmente menos utilizado) ou conceder empréstimos para produtores ou cooperativas para estocar seu produto e vender em um período mais favorável.
c) Tabelamento
Intervenção do governo na tentativa de coibir abusos de preços por parte dos ofertadores e frear um processo inflacionário. Já foi utilizado aqui no Brasil no Plano Cruzado, por exemplo.
Aula 5
Como visto na aula anterior, existem vários fatores que podem alterar a demanda e oferta do mercado. Fundamentalmente, a Teoria Microeconômica enuncia que as empresas pretendem maximizar o seu lucro total, e para isso tentam encontrar uma determinada quantidade de produção onde a RMg = CMg.
Mas todos os mercados são iguais? O comportamento do ofertador no mercado onde ele é o único produtor daquele bem é o mesmo de um ofertador que possui concorrentes? Claro que não. As empresas estão envolvidas em várias formas, ou estruturas, de mercado.
Nesta aula, vamos compreender as principais estruturas dos mercados existentes na economia e suas características. Apresentar os parâmetros de identificação das estruturas de mercado e suas características: concorrência perfeita, monopólio, oligopólio e concorrência monopolística.
Premissa
Na análise padrão, que fizemos de demanda e oferta, implicitamente estava sendo suposta uma estrutura de mercado em um contexto de uma estrutura chamada de “concorrência perfeita”.
Observamos, por outro lado, que as relações entre compradores e vendedores seguem padrões diferentes dependendo do tamanho desse mercado, do número de vendedores, do número de compradores e, até mesmo, do tipo de produto comercializado.
Consequentemente, a forma como os preços são determinados varia de acordo com as características do mercado. Essas características é que fornecem base para uma classificação genérica dos diversos tipos de mercados. As estruturas de mercado dependem, fundamentalmente, de três características:
numero de empresas que compõem esse mercado
tipo de produto
possibilidade de acesso de novas empresas no merco
A análise simplista que faremos irá considerar quatro alternativas de estruturas de oferta para atender o mercado consumidor de um determinado produto.
Conceitualmente, esses mercados são denominados de concorrência perfeita, concorrência monopolística,
oligopólio e monopólio. As características de cada um desses apresentaremos a seguir.
Concorrência perfeita
Pelo próprio nome, o mercado de concorrência perfeita é aquele onde a concorrência entre os agentes econômicos, devido ao seu grande número, é a mais significativa.
É uma estrutura utópica, pois os mercados altamente concorrenciais existentes, na realidade, são apenas aproximações desse modelo.
A consequência lógica desse número excessivo de participantes é que cada um deles se torna incapaz de, sozinho, alterar as condições de mercado. Assim, tanto consumidores como produtores não conseguem afetar os níveis de oferta e procura do produto e o seu preço de equilíbrio.
Na situação de concorrência perfeita, como o produto é homogêneo e a empresa possui uma posição pequena, em relação ao seu mercado, a empresa não pode influenciar o preço de mercado, ou seja, o preço de mercado é um dado fixado para empresas e consumidores.
Nesse tipo de mercado, existem as seguintes premissas:
(Impresso)
Monopólio
É uma estrutura com condições totalmente opostas à concorrência perfeita.
O prefixo mono, como se sabe, significa a unidade. Assim, monopólio representa o caso limite de um mercado onde só existe um único produtor (ou fornecedor) de um bem ou serviço.
Por esse motivo, preço e quantidades produzidas serão determinadas pela empresa monopolista. Normalmente, os produtos vendidos, nesse tipo de mercado, costumam exigir altíssimos níveis de investimento, fazendo com que o acesso de algum concorrente seja muito difícil.
Premissas (impresso)
Por que os monopólios surgem e/ou são mantidos?
Uma estrutura onde não há concorrência nem substituto próximo para o produto, os consumidores acabam sendo submetidos às condições impostas pelo ofertador. Mas por que os monopólios surgem e/ou são mantidos?
A presença de patentes
Quando a empresa e a única que detém a tecnologia para produzir aquele bem. Dependendo do tempo de duração da patente no mercado em que opera, a patente pode promover a uma determinada firma uma posição monopolista.
Controle de matéria-prima básica
Quando uma empresa tem um acesso exclusivo a uma matéria-prima essencial pode levá-la a consolidação de posições de monopólio.
Monopólio natural ou puro
Existem situações que promovem esse tipo de monopólio, como por exemplo, quando a empresa já está instalada no mercado operando com grandes plantas produtivas, elevadas economias de escala e custos unitários baixos. Outra situação é quando o próprio mercado exige um volume de capital elevado e acaba por criar barreias à entrada de novos concorrentes.
Oligopólio
É uma estrutura de mercado intermediária entre a concorrência perfeita e o monopólio.
O número de ofertadores é reduzido, mas essa quantidade pode ser variável. Como são poucos, as ações de uma das empresas podem afetar as demais. 
Na economia brasileira, setores oligopolistas são bastante comuns. Temos como exemplo alguns segmentos que produzem diferenciados como os automóveis e ouros oligopólios com produtos homogêneos, como cimento e alumínio. Um outro exemplo está no mercado de telefonia móvel, no qual poucas empresas controlam o mercado. Nesse caso, a fusão das empresas TIM e Vivo consistiu no primeiro oligopólio nesta área do mercado.
Há uma interdependência entre as firmas, pois a ação de uma empresa pode produzir efeitos diretos nas outras do mercado.
Por outro lado, há momentos nos quais as empresas podem optar por não competir e, sim, cooperar, visando, por exemplo, a evitar uma guerra de preços entre elas.
Geralmente, quando o mercado é muito concentrado, ou seja, quando há poucas empresas no mercado, elas acabam buscando algum tipo de acordo e cooperação.
O Brasil possui uma legislação específica que busca coibir os abusos de poder econômico em defesa da concorrência e do consumidor.
Acordo e cooperação
O cartel ou o conluio em oligopólio corresponde a uma situação em que algumas empresas estabelecem em conjunto os seus preços ou as quantidades produzidas, repartindo entre si o mercado ou tomando em conjunto outras decisões produtivas. Claro que acabam estabelecendo preços elevados com a finalidade de aumentar os lucros e reduzir os riscos.
Preferência
A diferenciação do produto pode acontecer pelas diferenças físicas, embalagens, promoção de vendas (propaganda, atendimento, brindes), e pela manutenção e pós-venda.
Concorrência monopolística
É um mercado que, apesar de ter um grande número de ofertadores e consumidores, há uma heterogeneidade dos produtos.
Nesse tipo de mercado, existem as seguintes premissas:
Grande número de ofertadores;
Produto é diferenciado, seja por características físicas ou 
pela propaganda e prestação de serviços complementares 
(exemplo: pós venda), mas há substituto próximos;(ex. Celulares)
Não há barreiras à entrada de novos concorrentes.
Como não há barreiras à entrada de novos competidores...
A longo prazo:
A tendência é um lucro normal e a curto prazo um lucro extraordinário.
A curto prazo:
Exatamente por ter lucros extraordinários, acabam por atrair novos concorrentes até chegar ao ponto de lucro normal.
Forum
Entendo que o consumo é o ato de comprar, adquirir de maneira saudavel, procurando suprir as necessidades mais variadas sem contudo, agir de maneira compulsiva, tentando suprir apenas as necessidades básicas e essenciais a vida. Porém, a má distribuição de riquezas naturais gera a escasses de produtos em determinados lugares, oscilando assim a pobreza e a miséria. As necessidades humanas são ilimitadas e diferenciadas contrastando com recursos limitados para a produção,gerando um desequilíbrio social financeiro que gera o conflito no ciclo de relacionamento entre as classes. 
O consumismo é o vício de comprar/adquirir, onde as pessoas compram mais do que precisam, adquirem mais do que necessitam de forma irresponsável, gerando uma demanda desenfreada de produção dos recursos escasssos, e assim, uns tem mais outros menos, gerando desigualdades, e se refletindo, muitas vezes, de forma direta no meio ambiente, como o excesso de coisas descartadas produzindo aumentos de lixos que tendem a catástrofes que atingirão a população e os recursos utilizados na produção de bens, afetando toda economia como um todo.
no caso a geração de emprego e renda seria o lado positivo do consumo; o favorecimento da livre iniciativa e da livre concorrência, onde todos podem exercer a atividade econômica de produção, circulação, distribuição e consumo de bens e serviços, dentro do mercado, gerando grandes oportunidades de crescimento. Mas o perigo é realmente esse já citado, "o consumo desordenado", que podem causar além do impacto nos recursos naturais, trantornos doentis para perfis de pessoas que perdem o controle sobre o ato de comprar, desestruturando sua própria economia.
entendo que uma das maneiras mais efetivas de aumentar a produção de bens e serviços da economia é estimulando os investimentos em capital fixo (máquinas, equipamentos, por exemplo). O segredo é não superaquecer a economia (situação em que as empresas não conseguem produzir tudo o que é demandado pelos compradores, havendo falta de mercadorias, e na qual as empresas não conseguem encontrar trabalhadores para seus postos vagos; o que acaba por elevar salários e preços, gerando aumento da inflação). 
A escassez não pode ser vista só por produtos sendo que uma das maiores crises dos ultimos tempos tem sido a água e a fla ta de comida.
- A escassez de alimentos e a resultante alta dos preços dos produtos comestíveis estão levando os países pobres ao caos.
- Os “Estados falimentares” podem exportar doenças, terrorismo, drogas ilícitas, armas e refugiados.
- Escassez de água, perdas de solo e elevação da temperatura em decorrência do aquecimento global estão colocando severos limites à produção de alimentos.
- Sem uma intervenção forte e rápida para enfrentar esses fatores, uma série de governos pode entrar em colapso, ameaçando a ordem
mundial.
A crise hídrica e a crise alimentar esses sim atingem o ponto forte da ecônomia, são exemplos os paises pobres com suas estruturas completamente quebrada, ou seja, o governo não tem mais controle.
sobre a compulsão e a ansiedade, meio doentios na qual a midia tem poder de coerção sobre isso. Sabendo da existencia deste tipo de pessoas que:
Preocupação excessiva e perda de controle sobre o ato de comprar;
Aumento progressivo do volume de compras;
Tentativas frustradas de reduzir ou controlar as compras;
Comprar para lidar com a angústia, ou outra emoção negativa;
Mentiras para encobrir o descontrole com compras;
Prejuízos nos âmbitos social, profissional e familiar;
Problemas financeiros causados por compras;
Roubo, falsificação, emissão de cheques sem fundos, ou outros atos ilegais para poder comprar, ou pagar dívidas.
As vezes busco entender que ponto a economia vê isso se positivo ou negativo, pois um consumidor que faz parte da economia tem que estar estruturado, ou seja, não buscar os gastos no emprestimo ou cartão para satisfazer sua doença e se tornar um numero a mais no SPC SERASA. Talvez seja isso um resultado negativo para a economia.

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