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BDQ ECONOMIA NA AMERICA LATINA

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BDQ – ECONOMIA NA AMERICA LATINA
+ Dentre os aspectos econômicos que podem explicar a fragmentação da América Espanhola em várias Repúblicas, após a independência política, podemos citar: ausência de interesses econômicos em favor da integração continental, em particular de uma elite produtora e comercial interessada em preservar a integridade política e territorial.
+ A formação econômica da América Latina teve aspectos comuns à colonização portuguesa e espanhola. Dentre eles podemos citar: adoção de um modelo de produção de bens primários para exportação com base na exploração de mão de obra escrava, africana e ameríndia.
(...) pode-se dizer que os primeiros 150 anos da presença espanhola nas Américas foram marcados por grandes êxitos econômicos para a Coroa e para a minoria espanhola que participou diretamente da conquista, pela destruição de grande parte da população indígena preexistente... FURTADO, Celso. Formação Econômica da América Latina. Rio de Janeiro: Lia, Editor SA, 1969, p40 O êxito econômico a que se refere Furtado ocorreu em função: I)da escravização das populações indígenas sobreviventes e da significativa presença holandesa que ampliou a capacidade exportadora das colônias; II) a importação da África de mão de obra escrava e do financiamento inglês às atividades agrícolas como a de produção de açúcar; III) da exploração de metais preciosos e pelo estabelecimento de outras atividades econômicas a ela subsidiárias. Estão corretas as alternativas:
somente a III
+ Através das capitulações o Estado transferia para o conquistador individual um certo número de prerrogativas, ao mesmo tempo que exigia dele certas obrigações. FURTADO, C elso. Formação Econômica da América Latina. Rio de Janeiro: Lia, Editor SA, 1969, p 30. Ao referir-se às relações de direitos e obrigações entre o Estado metropolitano e os colonos, C elso Furtado faz referência às obrigações dos colonos para com o Estado metropolitano, tais como: o respeito ao monopólio comercial da Coroa
+ As dificuldades de abastecimento de produtos manufaturados, que se agudizaram durante o segundo conflito mundial, deram origem a um comércio de manufaturas dentro da região. FURTADO, C elso. Formação Econômica da América Latina. Rio de Janeiro: Lia, Editor SA, 1969, p 20. A afirmação de C elso Furtado acima indicada deixa entrever o forte relacionamento das economias latinoamericanas com os centros do capitalismo mais desenvolvido. Isto fica perceptível uma vez que: I) entre as sociedades latinoamericanas e as da Europa havia expressiva dependência cultural e uma complementação econômica que beneficiava ambas as partes; II) historicamente, em momentos de crise internacional, os centros exportadores de bens industrializados reduziam sua capacidade de exportação; III) até mesmo a aproximação entre as economias da América Latina dependia da menor capacidade das economias centrais em manter a relação de dependência entre elas. Estão corretas as alternativas: somente a III
+ Em síntese, a América Latina deixou de ser uma expressão geográfica para transformar-se em uma realidade histórica em decorrência do processo de industrialização, iniciado tardiamente, e da forma particular de dependência que se estabeleceu entre os países da região e os Estados Unidos. FURTADO, C elso. Formação Econômica da América Latina. Rio de Janeiro: Lia, Editor SA, 1969, p 21. Quando Furtado menciona a superação de uma condição meramente geográfica em favor de uma condição histórica está querendo se referir a: I)uma nova conjuntura, com novos interesses, novos agentes econômicos e níveis de complementaridade e contradição, que facilitavam a relação da América Latina com as economias capitalistas centrais; II) permanência da dependência econômica mesmo na fase de superação do primarismo-exportador, num processo de industrialização que não resolve necessariamente os dilemas da dependência; III) emergência de uma condição industrial e de uma integração regional que superava completamente a condição histórica de dependência da América Latina em relação às economias capitalistas centrais. Estão corretas as alternativas: somente a II
+ Marginalizada nos programas de ajuda externa do tempo da guerra fria - salvo o breve interregno da ¿Aliança para o Progresso¿ - e sem grandes perspectivas de expansão de suas exportações em virtude do crescente protecionismo dos países desenvolvidos e da persistência de termos perversos de intercâmbio - sem aid nem trade, para usar o jargão da época, a América Latina se veria compelida a financiar os seus desequilíbrios comerciais e o próprio esforço de desenvolvimento através de apelo, a partir dos anos 70, ao mercado privado de capitais, seja sob a forma de operações de euromoney ou de eurobonds. BATISTA, Paulo N. O Consenso de Washington: a visão neoliberal dos problemas latino-americanos. Coleção Dívida Externa, v 6. São Paulo: Gráfica Peres, 1995. Disponível em www.fau.usp.br/cursos/graduação/arq_urbanismo/disciplinas, acessado em 04 de maio de 2012. A ausência de ajuda externa e as dificuldades de expansão de suas exportações conjugada com os termos de troca desfavoráveis, levaram a América Latina, segundo afirma Batista, a um processo de endividamento externo que se manifestaria nas décadas seguintes de forma dramática e que seria responsável: I)por agravar as dificuldades dos Estados nacionais de tipo desenvolvimentista postados diante da alternativa de pagar as dívidas ou continuar como principal agente do processo de desenvolvimento; II) por conduzir os Estados latinoamericanos a uma situação crítica em face de uma dívida externa cujo pagamento significaria na prática abrir mão do seu papel central no esforço desenvolvimentista que a América Latina experimentara nas últimas décadas; III) por alavancar o processo de reestruturação das economias letinoamericanas que passaram a partir de então a buscar maior integração no processo de modernização típico da fase atual da revolução digital. Estão corretas as alternativas: I e II
+ Marginalizada nos programas de ajuda externa do tempo da guerra fria - salvo o breve interregno da ¿Aliança para o Progresso¿ - e sem grandes perspectivas de expansão de suas exportações em virtude do crescente protecionismo dos países desenvolvidos e da persistência de termos perversos de intercâmbio - sem aid nem trade, para usar o jargão da época, a América Latina se veria compelida a financiar os seus desequilíbrios comerciais e o próprio esforço de desenvolvimento através de apelo, a partir dos anos 70, ao mercado privado de capitais, seja sob a forma de operações de euromoney ou de eurobonds. BATISTA, Paulo N. O Consenso de Washington: a visão neoliberal dos problemas latino-americanos. Coleção Dívida Externa, v 6. São Paulo: Gráfica Peres, 1995. Disponível em www.fau.usp.br/cursos/graduação/arq_urbanismo/disciplinas, acessado em 04 de maio de 2012. Ao se referir às dificuldades da América Latina, Batista se refere a ¿termos perversos de intercâmbio¿. Podemos entender este problema mencionado pelo autor como relacionado: I)às condições do comércio exterior dos países da América Latina cujas pautas exportadoras eram constituídas fundamentalmente de produtos primários, em constante desequilíbrio em relação às suas pautas de importação, carregadas de bens industrializados com alto valor agregado; II) ao problema crônico do financiamento externo historicamente gerador por uma volumosa dívida responsável em grande parte pela situação de dependência externa que se aprofundava e inviabilizava as economias da região; III) aos problemas suscitados pelo baixo nível de desenvolvimento científico e tecnológico das sociedades III) aos problemas suscitados pelo baixo nível de desenvolvimento científico e tecnológico das sociedades latinoamericanas cuja esforço de superação implicou um intercâmbio científico que só fez aprofundar a situação de dependência. Estão corretas as alternativas: somente a I
+ O desenvolvimento tradicional, apoiado na expansão das exportações, transforma os países da regiãoem economias, em grande medida, concorrentes. FURTADO, C elso. Formação Econômica da América Latina. Rio de Janeiro: Lia, Editor SA, 1969, p 20. A afirmação acima, de C elso Furtado, tem por justificativa: I)a predominância generalizada de economias primário-exportadoras, que disputam entre si no mercado internacional exportações de bens primários, como no caso de Brasil e Colômbia em relação ao café; II) a condição de países importadores de bens industrializados e tomadores de capitais; III) a condição de países subdesenvolvidos num mundo de economia internacionalizada. Estão corretas as alternativas: I e II
+ entre No correr do século compreendido entre os anos de 1800 e o primeiro conflito mundial, implantou-se um esquema de divisão internacional do trabalho e tomou forma um sistema de economia mundial. FURTADO, Celso. Formação Econômica da América Latina. Rio de Janeiro: Lia, Editor SA, 1969, p 57. O trecho acima, de Furtado, faz referência a um sistema de economia mundial. Neste sistema, organizado no século XIX, marcado pela divisão internacional do trabalho, as economias latinoamericanas: I)ainda não participavam; II) participavam com pouca presença; III) participavam como fornecedoras de bens primários. Estão corretas as alternativas: somente a III
+ A avaliação objeto do Consenso de Washington abrangeu 10 áreas: 1. disciplina fiscal; 2. priorização dos gastos públicos; 3. reforma tributária; 4. liberalização financeira; 5. regime cambial; 6. liberalização comercial; 7. investimento direto estrangeiro; 8. privatização; 9. desregulação; e 10. propriedade intelectual. A listagem, apesar de cobrir os elementos básicos da proposta neoliberal, não é completa. Como mero registro do que se havia feito, não poderia, de fato, abarcar elementos novos que se desenvolveriam em paralelo ou subseqüentemente. Não inclui, assim, a tese mais recente da vinculação das moedas nacionais latinoamericanas ao dólar, concebida não só como esquema transitório para combater formas agudas de inflação mas agora também como solução mais permanente para garantir, de forma duradoura, a estabilidade monetária. BATISTA, Paulo N. O Consenso de Washington: a visão neoliberal dos problemas latino-americanos. Coleção Dívida Externa, v 6. São Paulo: Gráfica Peres, 1995. Disponível em www.fau.usp.br/cursos/graduação/arq_urbanismo/disciplinas, acessado em 04 de maio de 2012 A vinculação das moedas latinoamericanas ao dólar, na forma como mencionado acima, implicou uma valorização artificial das moedas locais fato que teve entre suas conseqüências: I)propiciar um significativo desenvolvimento econômico às economias locais especializadas em exportação de comodities; II) dificultar as exportações dos países da América Latina implicando um sério problema para essas economias altamente carentes de divisas; III)facilitar as importações de bens e serviços já que, valorizadas, o poder aquisitivo dessas moedas se elevou. Estão corretas as alternativas: II e III
+ Propostas como a privatização de empresas estatais no contexto das reformas econômicas experimentadas pela América Latina ao final do século XX foram defendidas pelos adeptos do neoliberalismo e sistematizadas em encontros de especialistas em economia que buscavam, dessa forma, conferir legitimidade técnica às mesmas. Entre os eventos que tiveram por objeto a formulação e justificação dessas propostas encontra-se: a reunião que ficou conhecida como Consenso de Washington, realizada em Washington, em 1989
+ Apresentado como fórmula de modernização, o modelo de economia de mercado preconizado no Consenso de Washington constitui, na realidade, uma receita de regressão a um padrão econômico pré-industrial caracterizado por empresas de pequeno porte e fornecedoras de produtos mais ou menos homogêneos. O modelo é o proposto por Adam Smith e referendado com ligeiros retoques por David Ricardo faz dois séculos. BATISTA, Paulo N. O Consenso de Washington: a visão neoliberal dos problemas latino-americanos. Coleção Dívida Externa, v 6. São Paulo: Gráfica Peres, 1995. Disponível em www.fau.usp.br/cursos/graduação/arq_urbanismo/disciplinas, acessado em 04 de maio de 2012. Mencionado acima por Batista, crítico das fórmulas propostas pelo Consenso de Washington, o padrão econômico pré-industrial a que se refere pode ser qualificado como: I)um retrocesso histórico com o fortalecimento dos padrões econômicos típicos do primarismo-exportador; II) um avanço econômico significativo já que estimula o maior intercâmbio econômico entre as economias locais; III) avanço econômico, por um lado, e retrocesso, por outro, já que estimula exportações e inibe importações. Estão corretas as alternativas: II e III
MESMA PERGUNTA E ALTERNATIVA DIFERENTE: A avaliação objeto do Consenso de Washington abrangeu 10 áreas: 1. disciplina fiscal; 2. priorização dos gastos públicos; 3. reforma tributária; 4. liberalização financeira; 5. regime cambial; 6. liberalização comercial; 7. investimento direto estrangeiro; 8. privatização; 9. desregulação; e 10. propriedade intelectual. A listagem, apesar de cobrir os elementos básicos da proposta neoliberal, não é completa. Como mero registro do que se havia feito, não poderia, de fato, abarcar elementos novos que se desenvolveriam em paralelo ou subseqüentemente. Não inclui, assim, a tese mais recente da vinculação das moedas nacionais latinoamericanas ao dólar, concebida não só como esquema transitório para combater formas agudas de inflação mas agora também como solução mais permanente para garantir, de forma duradoura, a estabilidade monetária. BATISTA, Paulo N. O Consenso de Washington: a visão neoliberal dos problemas latino-americanos. Coleção Dívida Externa, v 6. São Paulo: Gráfica Peres, 1995. Disponível em www.fau.usp.br/cursos/graduação/arq_urbanismo/disciplinas, acessado em 04 de maio de 2012 Mencionado acima por Batista, a idéia de que a vinculação das moedas latinoamericanas ao dólar poderia ajudar a combater as formas agudas de inflação estava associada à possibilidade de: I)uma valorização expressiva das moedas locais de modo a facilitar as importações de produtos e serviços gerando, dessa forma, uma concorrência com os similares internos que estariam, assim, obrigados que reduzir seus preços; II) uma valorização expressiva das moedas locais de modo a dificultar as exportações dos países da região e, dessa forma, melhorar suas posições no mercado internacional; III) dinamizar as economias nacionais dos países da região estimulando a modernização interna provocada por III) dinamizar as economias nacionais dos países da região estimulando a modernização interna provocada por uma maior necessidade de competição com os bens a partir de então importados a preços mais competitivos. Estão corretas as alternativas: I e III
+ A mensagem neoliberal que o Consenso de Washington registraria vinha sendo transmitida, vigorosamente, a partir do começo da Administração Reagan nos Estados Unidos, com muita competência e fartos recursos, humanos e financeiros, por meio de agências internacionais e do governo norte-americano. Acabaria cabalmente absorvida por substancial parcela das elites políticas, empresariais e intelectuais da região, como sinônimo de modernidade, passando seu receituário a fazer parte do discurso e da ação dessas elites, como se de sua iniciativa e de seu interesse fosse. Exemplo desse processo de cooptação intelectual é o documento publicado em agosto de 1990 pela Fiesp, sob o título ¿Livre para crescer - Proposta para um Brasil moderno¿, hoje na sua 5ª edição, no qual a entidade sugere a adoção de agenda de reformas virtualmente idêntica à consolidada em Washington. BATISTA, Paulo N. O Consenso de Washington: a visão neoliberal dos problemas latino-americanos. Como demonstra o texto acima ¿moderno¿ e ¿livre¿ foram categorias amplamente associadas ao discurso neoliberal, disseminado desde os anos 1980, na ¿era Reagan¿, e consagrado em 1989 na reunião de Washington que estabeleceu o chamado ¿Consenso de Washington¿. Entre as propostas emanadas desseencontro e que tem clara associação àquelas duas dimensões encontram-se: proposta de livre comércio e Estado mínimo
+ Em novembro de 1989, reuniram-se na capital dos Estados Unidos funcionários do governo norte-americano e dos organismos financeiros internacionais ali sediados - FMI, Banco Mundial e BID - especializados em assuntos latino-americanos. O objetivo do encontro, convocado pelo Institute for InternationalEconomics, sob o título ¿Latin American Adjustment: HowMuchHasHappened?¿, era proceder a uma avaliação das reformas econômicas empreendidas nos países da região. Para relatar a experiência de seus países também estiveram presentes diversos economistas latino-americanos. BATISTA, Paulo N. O Consenso de Washington: a visão neoliberal dos problemas latino-americanos. Coleção Dívida Externa, v 6. São Paulo: Gráfica Peres, 1995. Disponível em www.fau.usp.br/cursos/graduação/arq_urbanismo/disciplinas, acessado em 04 de maio de 2012. Entre as avaliações formuladas pecos presentes ao encontro acima mencionado encontram-se: uma crítica contundente a ação dos Estados nacionais na vida econômicas nacional e a proposição de uma expressiva abertura comercial.
+ O chamado Consenso de Washington foi um encontro que reuniu autoridades americanas da área econômica com objetivo de avaliar os problemas da América Latina e definir soluções para os mesmos. Dentre as soluções propostas encontram-se: redução da atuação econômica dos Estados nacionais, vistos como incompetentes e obstáculo à livre concorrência e ao livre fluxo dos capitais privados.
+ Embora se reconheça no Consenso de Washington a democracia e a economia de mercado como objetivos que se complementam - e se reforçam, nele mal se esconde a clara preferência do segundo sobre o primeiro objetivo. Ou seja, revela-se implicitamente a inclinação a subordinar, se necessário, o político ao econômico. Para não tornar muito explícita essa tendência, passa-se, na avaliação dos resultados, por cima do fato notório de que dois dos mais celebrados exemplos de reforma neoliberal na área, Chile e México, se realizaram mediante regimes fortes e que, neste último caso, mal se iniciou a transição para um regime político efetivamente mais aberto. O pleno funcionamento das instituições democráticas parece até mesmo ser visto como um ¿excesso de democracia¿, algo capaz de se converter em empecilho às reformas liberalizantes da economia, na medida em que enseje a emergência, tanto no Executivo quanto no Legislativo, de lideranças não comprometidas com as propostas neoliberais. BATISTA, Paulo N. O Consenso de Washington: a visão neoliberal dos problemas latino-americanos. Coleção Dívida Externa, v 6. São Paulo: Gráfica Peres, 1995. Disponível emwww.fau.usp.br/cursos/graduação/arq_urbanismo/disciplinas, acessado em 04 de maio de 2012. Crítico contundente do modelo neoliberal adotado em boa parte das economias latinaomericanas nas últimas décadas, o economista Paulo Nogueira Batista, como se pode verificar no trecho acima, associa neoliberalismo a autoritarismo e até mesmo ditadura, como no caso chileno na era Pinochet. Segundo o autor, democracia e neoliberalismo seriam dimensões da política e da economia vivendo uma relação de: submissão da democracia ao neoliberalismo
+ A ação individual que serviu de base à ocupação dos territórios americanos, realizou-se dentro de um quadro contratual estritamente delimitado pelo Estado espanhol ou português. FURTADO, Celso. Formação Econômica da América Latina. Rio de Janeiro: Lia, Editor SA, 1969, p 30. A expressão ou categoria que se aplica ao que Celso Furtado expõe no texto acima pode ser sintetizada pelo conceito de: pacto colonial
+ (...) pode-se dizer que os primeiros 150 anos da presença espanhola nas Américas foram marcados por grandes êxitos econômicos para a Coroa e para a minoria espanhola que participou diretamente da conquista, pela destruição de grande parte da população indígena preexistente... FURTADO, Celso. Formação Econômica da América Latina. Rio de Janeiro: Lia, Editor SA, 1969, p40 O êxito econômico a que se refere Furtado ocorreu em função: I)da escravização das populações indígenas sobreviventes e da significativa presença holandesa que ampliou a capacidade exportadora das colônias; II) a importação da África de mão de obra escrava e do financiamento inglês às atividades agrícolas como a de produção de açúcar; III) da exploração de metais preciosos e pelo estabelecimento de outras atividades econômicas a ela subsidiárias. Estão corretas as alternativas: somente a III
+ Incluía-se entre as propostas emanadas do Consenso de Washington: a adoção de medidas de favorecimento ao livre comércio
+ Os críticos do neoliberalismo e de sua aplicação na América Latina apontam alguns exemplos concretos para ilustrar os males do modelo e de sua aplicação na região. Entre esses exemplos encontra-se: a crise que se abateu sobre a Argentina no início do milênio
+ ...os problemas que colocam o desenvolvimento econômico em sua fase atual estão levando os povos latinoamericanos a se conhecerem de forma mais sistemática... FURTADO, Celso. Formação Econômica da América Latina. Rio de Janeiro: Lia, Editor SA, 1969, p 9. Entre os problemas do desenvolvimento econômico comuns da América Latina a que se refere Furtado estão:subdesenvolvimento e comércio desigual com os países desenvolvidos
+ A forte integração das economias latinoamericanas com as economias capitalistas mais avançadas, desde os primórdios da colonização no século XVI, foi visto pelos teóricos reunidos na CEPAL e identificados com a teoria da dependência, como: como um elemento fundamental para compreender o subdesenvolvimento latino-americano
+ Entre os objetivos políticos e econômicos presentes no escopo da teoria da dependência encontra-se: a superação da condição de economia periférica à qual se submetia a América Latina
+ Ao contrário do que ocorreu na região de ocupação espanhola, no Brasil as atividades agrícolas e a exportação de um excedente de produtos agrícolas foram a própria razão de ser da Colônia. Os portugueses metropolitanos monopolizaram as atividades comerciais, o que impediu o surgimento de uma burguesia local ligada às atividades do comércio exterior. FURTADO, Celso. Formação  Econômica  da  América  Latina. Rio de Janeiro: Lia, Editor SA, 1969, p49. As relações da metrópole com sua colônia americana, acima descritas por Furtado, têm sua expressão formal na figura do: I)monopólio comercial e flexibilidade econômica; II) livre comércio o controle metropolitano; III) pacto colonial e monopólio comercial da Coroa. Estão corretas as alternativas:Somente a III
+ A teoria da dependência teve na CEPAL, órgão da ONU, um espaço privilegiado para sua formulação quando reuniu em seu interior vários cientistas sociais da América Latina, muitos deles situação de exílio em face das ditaduras que varreram a América Latina entre as décadas de 1950 e 1980. Podemos considerar essa teoria como: resultado de uma avaliação crítica da teoria do desenvolvimento
+ Tais propostas ganham materialidade institucional por meio de políticas sociais assistencialistas e focalizadas de transferência de renda, programas de economia solidária e de empoderamento dos indivíduos e comunidades e de medidas regulatórias do Estado frente às falhas do mercado. CASTELO, Rodrigo. As encruzilhadas da América Latina no século XXI: Gramsci e a crise orgânica em Nuestra América. IV Encontro Internacional de Economia Política e Direitos Humanos. Universidade Popular Mães da Praça de Maio.Buenos Aires, Setembro de 2010. As medidas mencionadas por Castelo no trecho acima associam-se às propostas formuladas pelos teorias identificadas com o/a:social-liberalismo
+ Entre os aspectos típicos do modelo primário-exportador na forma como este caracterizou a economia latinoamericana durante o período colonial e mesmo durante muito tempo após a independência em relação às antigas potências coloniais, Espanha e Portugal, podemos citar:produção colonial de bens primários para exportação eimportação de bens industrializados
+ As novas condições criadas pelo avanço da Revolução Industrial na Inglaterra e pelo controle progressivo que este pais pode exercer sobre transportes marítimos, teriam que resultar em uma economia de portos abertos em todo o continente americano, política essa incompatível com o tipo de relações que prevaleciam entre a Espanha e suas colônias. FURTADO, Celso. Formação  Econômica  da  América  Latina. Rio de Janeiro: Lia, Editor SA, 1969, p 43. O trecho acima aponta para um aspecto significativo da relação da Inglaterra com as colônias espanholas e portuguesa e suas respectivas metrópoles. Nesse sentido, podemos afirmar que em relação ao processo de independência dessas colônias: I) para Espanha e Portugal, contar com o apoio da Inglaterra era decisivo no sentido preservação da preservação da dependência colonial de suas possessões no outro lado do Atlântico; II) à Inglaterra interessava o rompimento colonial já que dessa forma seu comércio com as colônias se faria diretamente e sem a interferência e os limites colocados pelas metrópoles coloniais; III) tanto para as colônias espanholas quanto para as portuguesas, contar com a pressão inglesa sobre suas respectivas metrópoles era prejudicial já que dessa forma a possibilidade de ampliação do comércio com a Inglaterra se reduzia. Estão corretas as alternativas:somente a II
+ A inserção dos países latinoamericanos nas novas linhas em expansão do comércio internacional realizou-se a partir dos anos quarenta do século passado (refere-se ao século XIX). Nesse processo de inserção tendem a configurar-se três grupos de países exportadores de produtos primários: a) países exportadores de produtos agrícolas de clima temperado, b) países exportadores de produtos agrícolas tropicais, e c) países exportadores de produtos minerais. FURTADO, Celso. Formação Econômica da América Latina. Rio de Janeiro: Lia, Editor SA, 1969, p 62. A partir do texto acima julgue as seguintes asserções: As economias primário-exportadoras da América Latina mantinham uma relação de complementaridade com as economias dos países capitalistas centrais porque Os países subdesenvolvidos da América Latina produziam e exportavam bens primários de que necessitavam os países desenvolvidos enquanto estes últimos, industrializados, tinham nos países de economia primário-exportadora da América Latina um mercado consumidor de seus produtos industrializados. Em relação a essas asserções, assinale a opção correta: As duas asserções são proposições verdadeiras e a segunda é uma justificativa correta da primeira
+ As teorias do desenvolvimento que constituíram importante substrato teórico às políticas desenvolvimentista responsáveis pelo significativo crescimento econômico e modernização de várias economias latinoamericanas, principalmente na segunda metade do século XX, tiveram entre seus elementos constituintes: a presença forte de um Estado planejador, regulamentador e investidor, figura central no processo de desenvolvimento
+ Já no final da década de 1990, o neoliberalismo demonstrou seus primeiros sinais de esgotamento. As promessas não foram cumpridas e a América Latina continuou imersa na dependência e no subdesenvolvimento. Todas as contrarreformas propostas pelo Consenso de Washington resultaram no aumento das desigualdades econômicas, sociais, culturais e regionais entre classes, povos e países da região. Uma série de desequilíbrios macroeconômicos e sociais se manifestou, como o do balanço de pagamentos e a degradação do mundo do trabalho, expressa no desemprego estrutural, na precarização das relações trabalhistas, na redução dos direitos sociais e no aumento do pauperismo. CASTELO, Rodrigo. As encruzilhadas da América Latina no século XXI. Buenos Aires, UPMPM, 2010. Entre os problemas concretos associados às experiências neoliberais pelos seus críticos encontra-se: I)o desenvolvimento de uma forte consciência nacionalista; II) a crise argentina no início do século XXI; III) as significativas taxas de crescimento da economia boliviana. Estão corretas as alternativas:I e II
+ Entre as medidas neoliberais implantadas nas economias latino-americanas nos anos 1990, encontra-se:redução da intervenção dos Estados nacionais na vida econômica, evitando sua condição de planejador e investidor
+ Entre as características do modelo neoliberal que marcou boa parte das economias latinoamericanas principalmente após as décadas de 1980 e 1990, podemos citar:a abertura dos mercados internos com forte redução da ação dos estados na vida econômica
+ Controle de grande parte das fontes de matérias-primas regionais por firmas norte-americanas criara vínculos de estreita dependência, vis-à-vis dos Estados Unidos, da maioria dos países latinoamericanos... FURTADO, Celso. Formação Econômica da América Latina. Rio de Janeiro: Lia, Editor SA, 1969, p21 Na passagem acima, Furtado se refere a uma situação típica da condição histórica de predomínio das economias primário-exportadoras, ainda presente na fase de industrialização, que podemos sintetizar como: I)condição de dependência estrutural; II) condição de reciprocidade e harmonia; III) relação entre economias capitalistas centrais e periféricas. Estão corretas as alternativas:I e III
+ A independência econômica anda de mãos dadas com a independência política. Ao desejar a independência, não somos diferentes de outros povos, como os EUA. Alguns podem chamar isso de nacionalismo e é o que realmente é: respeito, lealdade e entusiasmo pelo próprio país, além de legítimo otimismo e confiança em relação a seu futuro. Walter Gordon, ex-Ministro das Finanças canadense, em A Choice for Canada Independence or Colonial Status, Toronto, 1966 O trecho acima é um exemplo de visão econômica marcada por uma perspectiva: protecionista e oposta ao neoliberalismo
+ O modelo de industrialização por substituição de importações adotado de forma generalizada na América Latina no decorrer de grande parte século XX está associado à/ao: colapso do modelo primário-exportador, principalmente após a crise de 1929, e à emergência política de setores sociais urbanos
+ A implantação do modelo neoliberal de forma generalizada na América Latina, principalmente após a década de 1980, está associada a/ao: enfraquecimento dos estados nacionais de tipo desenvolvimentista mergulhados em problemas resultantes do expressivo endividamento externo
+ Tudo indica que o estudante do desenvolvimento econômico de cada país da região (América Latina), para compreender a própria realidade nacional, deva fazer apelo, de forma crescente, a referências regionais, e venha a interessar-se cada vez mais pela análise comparativa de experiências nacionais. FURTADO, Celso. Formação Econômica da América Latina. Rio de Janeiro: Lia, Editor SA, 1969, p 10. A partir do texto acima, de Celso Furtado, podemos identificar uma posição do autor:
I)que identifica traços característicos comuns a toda a América Latina, o que justifica um estudo integrado e comparativo e políticas integradas para esse conjunto;
II) que, embora reconhecendo-se diferenças internas dentro do conjunto maior latinoamericano, o conhecimento das partes que constituem este conjunto implica olhar as mesmas no contexto regional;
III) que tanto a análise quanto as soluções econômicas para os vários países que constituem a América Latina somente tem sentido se tomada a realidade regional como um todo.Estão corretas as alternativas:I e II
+ A desorganização do comércio internacional, a partir de 1929, teve conseqüências profundas na região. Foram os problemas surgidos, a partir de então, que abriram o caminho à formação da atual consciência latino-americana. FURTADO, Celso. Formação Econômica da América Latina. Rio de Janeiro: Lia, Editor SA, 1969, p 20. A afirmação de Celso Furtado acima indica a emergência de uma consciência latinoamericana a partir da crise econômica de 1929 motivada por percepções de uma identidade comum. Essas percepções estão relacionadas: à percepção de problemas comuns evidenciados peloesgotamento da economia primário-exportadora
+ A partir da crise econômica internacional iniciada em 1929, a economia latinoamericana, de forma mais ou menos generalizada e de acordo com as características particulares neste universo diferenciado, superou o modelo geral de sua economia em nome de outro, mais voltado ao mercado interno regional. O modelo superado e o novo adotado foram, respectivamente: a)modelo primário-exoportador e modelo neoliberal: modelo agro-exportador e modelo de substituição de importações
+ O modelo econômico que marcou a economia dos países da América Latina desde o início da colonização até pelo menos os anos que se seguiram à crise econômica desencadeada em 1929 foi o:modelo de industrialização por substituição de importações
+ O controle de grande parte das fontes de matérias-primas regionais por firmas norte-americanas criara vínculos de estreita dependência, vis-à-vis dos Estados Unidos, da maioria dos países latinoamericanos... FURTADO, Celso. Formação Econômica da América Latina. Rio de Janeiro: Lia, Editor SA, 1969, p21 Na passagem acima, Furtado se refere a uma situação típica da condição histórica de predomínio das economias primário-exportadoras, ainda presente na fase de industrialização, que podemos sintetizar como:I)condição de dependência estrutural;II) condição de reciprocidade e harmonia;III) relação entre economias capitalistas centrais e periféricas.Estão corretas as alternativas:I e III.
+ A partir da segunda metade dos anos cinqüenta, quando a industrialização apoiada na ¿substituição de importações¿ começou a evidenciar as suas limitações, abrir-se-ia, pela primeira vez, na América latina, ampla discussão em torno dos obstáculos criados ao desenvolvimento regional... FURTADO, Celso. Formação Econômica da América Latina. Rio de Janeiro: Lia, Editor SA, 1969, p 20. A afirmação acima, de Celso Furtado, refere-se a aspectos relacionados à implantação do modelo substituidor na América Latina. Entre estes podemos citar: I)uma condição de dependência estrutural da região em relação aos países do capitalismo central, que somente poderia ser superada pela ajuda financeira e tecnológica proveniente dessas economias ao esforço de desenvolvimento da América Latina; II) uma fase mais avançada do processo de industrialização que implicava a produção de bens de capital, industria pesada, petroquímica, e outros segmentos que demandam conhecimentos tecnológicos mais complexos; III) uma fase mais avançada do processo de industrialização que implicava aportes mais volumosos de capital, pouco disponíveis nas economias latinoamericanas, situação agravada pela estreiteza dos mercados consumidores da região.
II e III
+ A desestatização da economia foi fortemente defendida por aqueles que argumentavam em favor do ideário neoliberal e da necessidade de aplicá-lo na América Latina. Nesse sentido, entende-se por desestatização econômica: o afastamento do Estado das atividades econômicas e a privatização das unidades estatais com atuação direta na vida econômica nacional
+ As atividades econômicas que se incluem entre aquelas que historicamente caracterizaram as economias primário-exportadoras da América Latina constituem-se por dois tipos ou gêneros principais de produtos de exportação, a saber: alimentos e minerais
+ Seguindo de perto as recomendações elaboradas por economistas neoclássicos dos principais centros universitários estadunidenses e por tecnocratas do FMI e BIRD, governos da Argentina, Brasil, Colômbia, México, Venezuela e outros colocaram em prática medidas preconizadas pelo Consenso de Washington, tais como a alta das taxas de juros, o equilíbrio fiscal, a privatização das empresas públicas, a redução dos gastos sociais, a liberalização financeira e comercial e a garantia dos direitos de propriedade privada. CASTELO, Rodrigo. As encruzilhadas da América Latina no século XXI: Gramsci e a crise orgânica em Nuestra América. IV Encontro Internacional de Economia Política e Direitos Humanos. Universidade Popular Mães da Praça de Maio.Buenos Aires, Setembro de 2010. As medidas de política econômica, indicadas no texto acima por Castelo, são associadas a um determinado tipo de política econômica identificada como: modelo neoliberal
+ Entre os aspectos típicos do modelo de industrialização por substituição de importações na forma como este foi aplicado na América Latina, principalmente após a crise econômica internacional deflagrada em 1929, podemos citar: a presença de um estado nacional-desenvolvimentista concentrador de poder, planejador e investidor, fundamental ao desenvolvimento industrial e a ampliação do mercado interno
+ Entre as críticas ao receituário emanado do chamado ¿Consenso de Washington¿ encontra-se aquelas que: compreendiam que o afastamento do Estado das atividades de intervenção direta na vida econômica implicaria num retrocesso das economias nacionais latinoamericanas
+ O social-liberalismo é uma proposta de revitalização do neoliberalismo por meio da adoção de uma agenda política de combate às expressões mais agudas da ¿questão social¿. Ele ganha força a partir da publicação dos trabalhos de Anthony Giddens sobre a Terceira Via, de Alain Touraine sobre a Via 2 ½, de Amartya Sen sobre o desenvolvimento humano, de Joseph Stiglitz sobre a regulação dos mercados, dentre outros. CASTELO, Rodrigo. As encruzilhadas da América Latina no século XXI: Gramsci e a crise orgânica em Nuestra América. IV Encontro Internacional de Economia Política e Direitos Humanos. Universidade Popular Mães da Praça de Maio.Buenos Aires, Setembro de 2010. Entre as propostas de política econômica e social apresentadas pelo social-liberalismo, mencionado no trecho acima por castelo, encontram-se: as políticas focalizadas como os programas do tipo bolsa família e outras medidas de caráter compensatório
+ Com o novo-desenvolvimentismo adotando posições mais moderadas do que o antigo projeto reformista nacional-desenvolvimentista e o social-liberalismo buscando incorporar a agenda de políticas de amenização às expressões mais agudas da ¿questão social¿...  CASTELO, Rodrigo. As encruzilhadas da América Latina no século XX. IV Encontro Internacional de Economia Política e Direitos Humanos. Universidade Popular Mães da Praça de Maio. Buenos Aires, Setembro de 2010.A menção feita por Castelo a um novo-desenvolvimentismo e ao social-liberalismo pode ser identificada a:I)retomada de uma perspectiva nacional-desenvolvimentista e do modelo de industrialização por substituição de importações, por um lado, e a uma vertente político-partidária, por outro;II) retomada de uma perspectiva nacional-desenvolvimentista e do modelo de industrialização por substituição de importações, por um lado, e ao estabelecimento de políticas de retomada do pleno emprego, por outro;III) discreta retomada da intervenção estatal na vida econômica com garantias e estímulos ao grande capital nacional e internacional, num caso, e ao estabelecimento de políticas de compensação, como as cotas raciais, no outro.
Estão corretas as alternativas: I e II
+ A avaliação objeto do Consenso de Washington abrangeu 10 áreas: 1. disciplina fiscal; 2. priorização dos gastos públicos; 3. reforma tributária; 4. liberalização financeira; 5. regime cambial; 6. liberalização comercial; 7. investimento direto estrangeiro; 8. privatização; 9. desregulação; e 10. propriedade intelectual. BATISTA, Paulo N. O Consenso de Washington: a visão neoliberal dos problemas latino-americanos. Coleção Dívida Externa, v 6. São Paulo: Gráfica Peres, 1995. Disponível em www.fau.usp.br/cursos/graduação/arq_urbanismo/disciplinas, acessado em 04 de maio de 2012. 
A partir do texto acima, julgue as seguintes asserções:As propostas emanadas do Consenso de Washington podem ser qualificadas como de caráter liberal ou neoliberal
Por que
Além de se inspirarem em quadros teóricos nos quais pontificam as idéias de autores como Adam Smith e David Ricardo pretendem a reformulação das economias latinoamericanas preservando o papel cumprido pelos estadosnacionais nos anos de desenvolvimentismo.
Em relação a essas asserções, assinale a opção correta: A primeira asserção é uma proposição verdadeira, mas a segunda é falsa
+ O encontro realizado em 1989, em Washington, que ganhou a denominação de ¿Consenso de Washington¿, teve por objetivo: analisar a situação econômica da América Latina a propor soluções para seus problemas a partir do receituário neoliberal
+ Além disso, podemos constatar a desnacionalização e o desmonte dos parques produtivos nos países que haviam logrado algum grau mais avançado de industrialização, bem como uma espécie de inserção neocolonial na divisão internacional do trabalho, com o aumento do peso de produtos primários na pauta de exportações dos países latino-americanos. CASTELO, Rodrigo. As encruzilhadas da América Latina no século XXI: Gramsci e a crise orgânica em Nuestra América. IV Encontro Internacional de Economia Política e Direitos Humanos. Universidade Popular Mães da Praça de Maio.Buenos Aires, Setembro de 2010. A afirmação de Castelo no trecho acima quanto a uma desnacionalização e desmonte dos parques produtivos tem sido apontada por vários autores que criticam a experiência neoliberal na América Latina e entre as justificativas para essa afirmação encontra-se: a abertura dos mercados nacionais dos países da América Latina, quando foram reduzidas ou mesmo eliminadas as barreiras protecionistas e de estímulo estatal às atividades econômicas domésticas
+ O Consenso de Washington teve importância para a economia da América Latina por que: estimulou a virada das economias latinoamericanas em direção às medidas de abertura econômica dentro dos marcos teóricos do modelo neoliberal 
+ As políticas econômicas que predominaram na maior parte das economias latinoamericanas durante os anos 1990 e início do século XXI sofreram uma forte crítica de segmentos acadêmicos e políticos que delas discordavam. Esse debate pode ser sintetizado na formulação: liberais X desenvolvimentistas
O CONSENSO DE WASHINGTON funcionou como um + “receituário” das premissas neoliberais na América Latina. O consenso de Washington ocorreu em 89, na capital dos EUA. Foi realizado uma serie de recomendações visando ao desenvolvimento e a ampliação do neoliberalismo nos países da AmLat.
+ Essa reunião envolveu instituições e economistas de perfil neoliberal, além de alguns pensadores e administradores de países latino-americanos. Não foi preconizada nenhuma medida “inédita” durante o evento. As idéias desse encontro já eram proclamadas pelos governos dos países desenvolvidos, principalmente, EUA e UK, desde nos anos 70 e 80, quando o neoliberalismo começou a avançar pelo mundo. Além disso, instituições como o FMI e o Banco Mundial já colocavam a cartilha neoliberal como pré-requisito necessário para a concessão de novos empréstimos e cooperação econômica. O objetivo dos pontos dessa reunião era o de “acelerar o desenvolvimento sem piorar a distribuição de renda”. 
+ Dessa forma, as recomendações apresentadas giraram em torno de três idéias principais: abertura econômica e comercial; aplicação da economia de mercado; e, controle fiscal macroeconômico. Pode-se destacar premissas básicas: Disciplina fiscal, em que o Estado deveria cortar gastos e eliminar ou diminuir as suas dívidas, reduzindo custos e funcionários. Reforma fiscal e tributária, em que o governo deveria reformular seus sistemas de arrecadação de impostos a fim de que as empresas pagassem menos tributos. Privatização de empresas estatais, tanto em áreas comerciais quanto nas áreas de infraestrutura, para garantir o predomínio da iniciativa privada em todos os setores. Abertura comercial e econômica dos países, diminuindo o protecionismo e proporcionando uma maior abertura das economias para o investimento estrangeiro. Desregulamentação progressiva do controle econômico e das leis trabalhistas. 
+ O Brasil não aceitou as medidas de imediato, mas foi o que mais rapidamente as aplicou, em um processo que conheceu o seu ápice ao longo da década de 90. A principal ação do governo brasileiro foi a implantação da política de privatizações, em que empresas estatais dos ramos de energia, telecomunicações, da mineração e outros foram transferidas para a iniciativa privada. 
COLLOR -Nesse ano, o Governo brasileiro continuou negociando a sua dívida externa e adotou uma série de medidas para obter a modernização tecnológica de seu parque industrial. 
+ A estratégia baseou-se na maior seletividade e redução progressiva dos níveis de proteção tarifária, na eliminação de incentivos e subsídios, na supressão de controles quantitativos e no fim da proibição de importação de determinados produtos. Com a reforma tarifária do ano anterior, os níveis tarifários reduziram-se, variando de 0 a 40%, com tarifa média e modal em torno de 20%. As tarifas de 40% passaram a ser usadas para produtos com necessidade de proteção temporária, de acordo com a política industrial e de comércio exterior. Contudo, a nova lei permitia que, para produtos novos, de tecnologia de ponta, a tarifa podia ser estabelecida em níveis superiores, sempre em caráter temporário. 
+ No final de 1990 tiveram alíquotas zero produtos como máquinas, equipamentos, peças, componentes, matérias-primas e produtos intermediários sem produção nacional. O Governo criou mecanismos de financiamento, principalmente para produtos com longo ciclo de produção, com maior valor agregado. Na área administrativa, o Governo eliminou vários órgãos ligados ao comércio exterior e criou outros, visando a desregulamentação e a simplificação do trâmite de documentos, buscando maior agilidade e eficiência. Nesse sentido, criou um Documento Especial de Exportação a ser preenchido pelo próprio vendedor, a fim de desburocratizar as vendas externas; buscou modernizar as atividades portuárias, as condições do transporte marítimo e a estrutura tributária destinada à exportação. Com a finalidade de modernizar o parque industrial e facilitar as importações de bens de capital, o Governo suspendeu a exigência de financiamento externo para importação de máquinas, equipamentos, aparelhos e instrumentos, desde que se destinassem a compor o ativo fixo e já tivessem a alíquota reduzida a zero. 
+ Desde março de 1990, com a implantação do Plano de Estabilização Econômica, a taxa cambial deixou de ser fixada pela Autoridade Monetária, passando a ser determinada pelo mercado. As principais medidas de política comercial em 1991 foram: b) criado o Programa de Fomento à Competitividade Industrial, através do financiamento à exportação de produtos com longo ciclo de produção; d) criado o Comitê Consultivo Empresarial de Financiamento à Exportação (CEFEX), com o objetivo de harmonizar as políticas governamentais de financiamento das exportações; e) criado o Comitê de Financiamento da Exportação (CFE) para decidir sobre a aplicação de recursos orçamentários da União no PROEX; f) criada uma linha de financiamento no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico, dentro do Programa de Financiamento à Exportação de Máquinas e Equipamentos (Finamex), operando no pré-embarque e no pós-embarque; O ano de 1992 foi de recessão no interior do País, sendo que o crescimento foi muito baixo também no resto do mundo. O Governo continuou incentivando as exportações: a) utilização do crédito do imposto de produtos industrializados (IPI) relativo a insumos empregados na industrialização de produtos a serem exportados; b) utilização do crédito do IPI sobre bens fabricados internamente e utilizados na fabricação de produtos a serem exportados; c) isenção e redução, em casos específicos, do IPI, imposto de renda e do imposto sobre operações financeiras (IOF); 
PSI - O PSI enquanto modelo de desenvolvimento pode ser caracterizado pela seguinte seqüência:Estrangulamento externo - a queda do valor das exportações com manutenção da demanda interna, mantendo a demanda por importações, gera escassez de divisas;Desvaloriza-se a taxa de câmbio, aumentando a competitividade e a rentabilidade da produçãodoméstica, dado o encarecimento dos produtos importados;Gera-se uma onda de investimentos nos setores substituidores de importação, produzindo-se internamente parte do que antes era importado aumentando a renda e conseqüentemente a demanda;Observa-se novo estrangulamento externo, dado que parte dos investimentos e do aumento de renda se traduziram em importações, retomando-se o processo.
A substituição das importações se refere a um modelo de planejamento a favor da industrialização tardia de caráter meramente capitalista. Foi implantado em muitos países daAmérica Latina, como o Brasil, o México, a Argentina e na África, a África do Sul. Cabe ressaltar que, em cada país, o modelo apresenta particularidades internas, referentes aos (não muito) diferentes contextos político-sociais. Suas principais idéias são "Produzir internamente tudo aquilo que antes era importado ou aquilo que iríamos importar". Tais países viram na industrialização por substituição de importações a grande chance para evoluírem tecnológica e socialmente, pois seus políticos apostavam que o Estado poderia investir em obras de infraestrutura, saneamento básico, melhorias paliativas na educação, saúde, segurança, transporte público, ou seja, preparar espaços geográficos - cidades e regiões metropolitanas- para as futuras empresas que se instalariam na Grande São Paulo, no Grande Rio de Janeiro, na Grande Porto Alegre, Zona Franca de Manaus, Baixada Santista etc. Aproveitando para explorar uma grande quantidade de mão-de-obra barata e desqualificada, as transnacionais se instalaram e se beneficiaram de políticas de isenções de tributos, sem a pressão de sindicatos, leis ambientais ou conflitos étnicos. Tais países, grande territorialmente e ricos em recursos minerais e energéticos, conseguiram avançar tecnologicamente mas ficariam à mercê das decisões externas do FMI e do BIRD e das oscilações do mercado externo que ditavam de fora os passos para o tratamento das políticas sociais. De fato, foi um período de crescimento econômico destes países e de grande avanço tecnológico, apesar da presença de ditaduras. Mesmo assim, não foi suficiente para proporcionar uma efetiva redução dos índices de desigualdades sociais internas. Um bom exemplo disso é o Brasil que ainda enfrenta grandes diferenças entre as regiões norte - nordeste e sudeste-sul.
+ Entre as bases teóricas do pensamento cepalino identificado com a teoria da dependência podemos indicar: o fortalecimento das relações entre as economias da América Latina de forma a constituir-se um forte mercado consumidor na região

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