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DOCÊNCIA EM SAÚDE CINESIOLOGIA 1 Copyright © Portal Educação 2012 – Portal Educação Todos os direitos reservados R: Sete de setembro, 1686 – Centro – CEP: 79002-130 Telematrículas e Teleatendimento: 0800 707 4520 Internacional: +55 (67) 3303-4520 atendimento@portaleducacao.com.br – Campo Grande-MS Endereço Internet: http://www.portaleducacao.com.br Dados Internacionais de Catalogação na Publicação - Brasil Triagem Organização LTDA ME Bibliotecário responsável: Rodrigo Pereira CRB 1/2167 Portal Educação P842c Cinesiologia / Portal Educação. - Campo Grande: Portal Educação, 2012. 155p. : il. Inclui bibliografia ISBN 978-85-8241-276-3 1. Cinesiologia. 2. Exercícios físicos. 3. Articulações - Movimentos I. Portal Educação. II. Título. CDD 612.76 2 SUMÁRIO 1 O QUE É CINESIOLOGIA .......................................................................................................... 3 2 HISTÓRIA DA CINESIOLOGIA E BIOMECÂNICA ................................................................... 5 3 PLANOS, EIXOS E NOMENCLATURA DOS MOVIMENTOS .................................................. 12 4 ANATOMIA APENDICULAR .................................................................................................... 16 5 ARTICULAÇÕES ..................................................................................................................... 26 6 MÚSCULOS E CONTRAÇÕES MUSCULARES ...................................................................... 36 7 MÚSCULOS – ORIGEM, INSERÇÃO E FUNÇÃO ................................................................... 47 8 ANÁLISE CINESIOLÓGICA DO MOVIMENTO ....................................................................... 125 9 ELETROMIOGRAFIA - INTRODUÇÃO E APLICABILIDADE ................................................. 126 10 DINAMÔMETROS .................................................................................................................... 137 11 CINEMETRIA ........................................................................................................................... 146 12 ANTROPOMETRIA .................................................................................................................. 148 13 ÁREA DE ATUAÇÃO ............................................................................................................... 150 REFERÊNCIAS .................................................................................................................................. 153 3 1 O QUE É CINESIOLOGIA A Cinesiologia é a ciência que estuda e analisa o movimento. O nome Cinesiologia vem do grego: kínesis = movimento logos = tratado, estudo. A finalidade da Cinesiologia é compreender as forças que atuam sobre o corpo humano e manipular estas forças em procedimentos de tratamento, de modo que o desempenho humano possa ser melhorado e lesões adicionais possam ser prevenidas. Embora os humanos tenham sempre sido capazes de ver e sentir as suas posturas e movimentos, as forças que afetam os movimentos (gravidade, tensão muscular, resistência externa e atrito) nunca são vistas e raramente são sentidas. Conhecer onde essas forças atuam, em relação à posições e movimentos do corpo no espaço, é fundamental para a capacidade de produzir movimento humano e modificá-lo. Nossos movimentos são possíveis pela ação muscular. É através da contração dos músculos que o ser humano é capaz de realizar façanhas extraordinárias como: - saltar 2,45 metros de altura; - saltar mais de 8 metros de distância; - correr 100 metros em menos de 10 segundos; - realizar vários giros no ar na ginástica; - dançar. Ações inconscientes, como controlar o fluxo sangüíneo para nossos órgãos, arrepiar os pêlos ao sentir frio, regular o foco da visão, ou simplesmente sorrir também são possibilitadas pela ação dos nossos músculos. 4 Anatomia: a ciência que estuda macro e microscopicamente, a constituição e o desenvolvimento dos seres organizados. É o estudo das estruturas e organização dos seres vivos, tanto externa quanto internamente. Significa: ana = em partes / tomein = cortar Biomecânica: A biomecânica é o estudo do movimento e do efeito das forças internas e externas de um corpo baseado em análises quantitativas e qualitativas, utilizando parâmetros como: velocidade, direção, quantidade de força, etc. Ciência que estuda os mecanismos dos sistemas biológicos, permitindo que o homem, através de análises dos movimentos, e sem omitir as influências bioenergéticas, possa aprimorar o seu domínio psicomotor. Cinesiologia: Significa estudo do movimento. Vem do grego knesis, que significa movimento. As características e descrição do movimento fazem parte da cinesiologia, que complementa a abordagem descritiva da origem do deslocamento. Fisiologia: estuda o funcionamento da articulação através da nutrição, irrigação, inervação das estruturas envolvidas, etc. Ou seja, a anatomia estuda as estruturas e a cinesiologia os movimentos possivelmente realizados por esta tal estrutura. Aristóteles (384-322 A.C.) é considerado o "pai da Cinesiologia". Arquimedes (287-212 A.C.), através dos princípios hidrostáticos explicou como os corpos flutuam, e sua teoria serve de base para os estudos da Cinesiologia aplicada, por exemplo, na natação. Devido à sua própria característica, a Cinesiologia é uma ciência interdisciplinar, pois mantém estreita interação com a Fisiologia, Anatomia, Antropologia, Mecânica e, mais recentemente, com a Psicologia. 5 2 HISTÓRIA DA CINESIOLOGIA E BIOMECÂNICA ARISTÓTELES (384 - 322 a.C.) - Pai da Cinesiologia, não realizou experimentos; - Função da ciência = Explicar a natureza. A Matemática é o instrumento para isso; - 1ª descrição científica da função e ação dos músculos, ossos e do movimento; - Fez descrição dos movimentos dos Animais = “De Motu Animalium”: “o animal que se move faz sua mudança de posição pressionando contra o que está embaixo dele...” “Assim, os atletas saltam mais longe se carregarem pesos nas mãos do que em caso contrário. E os corredores são mais velozes se balançarem os membros superiores, pois na extensão destes há uma espécie de apoio sobre as mãos” (esboço sobre as forças de reação). ARQUIMEDES (287 - 212 a.C.) - Demonstrou como calcular o centro de gravidade de algumas figuras geométricas; - Descreveu os princípios básicos da hidrodinâmica, que governam corpos flutuantes, que até hoje são válidos na cinesiologia da natação; - Princípios elaborados por Arquimedes ainda são empregados em determinações da composição dos corpos; - Em relação às Alavancas dizia: “Dá-me um ponto de apoio que levantarei o mundo”. GALENO (131 – 201 d.C.) - Primeiro médico dedicado ao esporte; - Cuidava de gladiadores; - 500 tratados médicos: conhecimento do corpo humano e seu movimento; 6 - Em seu ensaio “De Motu Musculorum”, distinguiu entre nervos motores e sensitivos e entre músculos agonistas e antagonistas; - Idéia que os músculos são contráteis. Estudo da estrutura muscular; - Introduziu termos como diartrose e sinartrose; - Considerado o Pai da Medicina Desportiva. LEONARDO DA VINCI (1452 - 1519) - Interessava-se principalmente pela estrutura do corpo humano em relação ao desempenho e centro de gravidade e o equilíbrio; - Desenvolvimento da mecânica: paralelogramo de forças; atrito; fundamentos das forças de reação; - Análisemecânica das estruturas anatômicas; - Descreveu a mecânica do corpo na posição ereta, andar, no salto e na elevação a partir de posição sentada; - Estudos anatômicos: arte + ciência (descrição da origem inserção e posição de alguns músculos); - Descrição do vôo das aves: Um corpo oferece tanta resistência ao ar quanto o ar exerce sobre o corpo; - Registrou dados científicos sobre a marcha; - Para demonstrar a ação e interação dos músculos, amarrou cordas nas origens e inserções dos músculos de um esqueleto. VESALIUS (1514 - 1564) 7 - Grande desenvolvimento da anatomia a partir da possibilidade de dissecar cadáveres de criminosos executados. GALILEO GALILEI (1564 – 1643) - Demonstrou que a aceleração de um corpo em queda livre não é proporcional ao seu peso; - Incorporou o espaço, tempo e a velocidade no estudo do movimento; - “De Animaliam Motibus”: biomecânica do salto humano; análise da marcha de cavalos e insetos; estrutura e função dos biomateriais; flutuação; - Desenvolveu a balança hidrostática a partir das idéias de Arquimedes; - Fundamentos de mecânica na formulação das leis de Newton. ALFONSO BORELLI (1608 – 1679) - Fisiologia + Física: saltos, corridas, vôos, deslocamento no meio líquido; - Desenvolveu o ramo da fisiologia que relaciona os movimentos musculares a princípios mecânicos; - Procurou demonstrar que os animais são máquinas, “De Motu Animalium”. Aplicou fórmulas matemáticas de Galileu aos problemas do movimento muscular. Os ossos são alavancas e os músculos funcionam segundo princípios matemáticos; - É dele a teoria de que os ossos servem como alavancas e os músculos funcionam segundo princípios matemáticos. ISAAC NEWTON (1642 - 1727) - A mecânica Newtoniana representa um papel importantíssimo na explicação dos fenômenos físicos; 8 - Formulou as 3 leis do repouso e movimento, que expressam as relações entre força e seus efeitos; - Lei da inércia (originalmente proposta por Galileu): todo o corpo permanece em seu estado de repouso, ou de movimento uniforme, em linha reta, a menos que seja compelido a alterar este estado de forças aplicadas sobre ele; - Lei do Momento: a alteração do movimento é proporcional à força motriz aplicada e realizada na direção da linha reta na qual esta força se aplica; - Lei da interação (ação e reação): toda a ação corresponde sempre uma reação, igual e contrária. NICOLAS ANDRY (1658 – 1742) - Estabeleceu a palavra ORTOPEDIA, a partir das raízes gregas “orthos” que significa “reto”, e “pais”, criança; - Acreditava que as anormalidades esqueléticas decorriam de desequilíbrios musculares durante a infância; - Definiu o termo ORTOPEDISTA como o médico que prescreve exercícios corretivos; - Suas teorias foram precursoras diretas do desenvolvimento do sistema sueco de ginástica. JOHN HUNTER (1728 – 1793) - Enfatiza que a ação muscular poderia ser estudada apenas por observações de pessoas vivas, e não de cadáveres; - Descreve a função muscular detalhadamente, incluindo a origem, inserção e forma dos músculos, o arranjo mecânico de suas fibras, o problema biarticular, a contração e o relaxamento, força e hipertrofia. 9 LUIGI GALVANI (1737 – 1798) - Estudou os efeitos da eletricidade atmosférica sobre músculos dissecados de uma rã; - É a primeira afirmação explícita da presença de potenciais elétricos em nervos e músculos; - Aplicou conceitos de eletricidade em biologia; - Pai da Neurologia experimental. E.H. WEBER (1795 – 1878) & W.E. WEBER (1804 – 1871) - Foram os primeiros a investigar a redução no comprimento de um músculo durante a contração, e dedicaram muitos estudos ao papel dos ossos como alavancas mecânicas; - Estudo da marcha humana a partir de leis mecânicas. ADOLF EUGEN FICK (1829 – 1901) - Introduziu os termos “isométricos” e “isotônicos”. ETIENNE JULES MAREY (1830-1904) - Pioneira na cinematografia; - Desenvolvimento de instrumentos para análise do movimento; - Métodos gráficos e fotográficos para pesquisa biológica; - Quantificação da locomoção. MUYBRIDGE (1830 - 1904) - Desafio para entender o cavalo na corrida; 10 - Locomoção e as novas técnicas de registro de movimento. JOHN HUGHLINGS JACKSON (1834 – 1911) - Pai da Neurologia moderna; - Deu contribuições definitivas ao controle do movimento muscular pelo cérebro. CHRISTIAN BRAUNNE (1831 – 1892) & OTTO FISCHER (1861 – 1917) - Análise 3D da marcha; - Antropometria: Método experimental (4 cadáveres congelados, pregados na parede com espetos) para obter CG e momento de inércia (1889). JULIUS WOLFF (1836 – 1902) - Lei de Wolff da adaptação óssea; - “Toda alteração na forma e função do osso ou de sua função isolada é seguida de certas alterações definitivas em sua arquitetura interna, e de uma alteração secundária, igualmente definitiva, em sua conformação externa, de acordo com leis matemáticas”; - A formação do osso decorre da força de tensões musculares e dos esforços estáticos resultantes da manutenção do corpo na posição ereta. ROUX (1850 – 1924) - Afirmou: a hipertrofia muscular se dá após forçar o músculo a trabalhar intensamente. EDWARD BEEVOR (1854 – 1908) 11 - Propôs que os músculos fossem classificados como agonistas, sinergistas, fixadores ou antagonistas. HENRY PICKERING BOWDITCH (1814 – 1911) - Demonstrou o princípio de contração do “tudo-ou-nada”. CHARLES SHERRINGTON (1857 – 1952) - Estudou os reflexos neuromusculares e suas sinergias; - Teoria da inervação recíproca; - “A importância da contração muscular para nós pode ser expressa dizendo-se que o que o homem pode fazer é mover coisas, e a contração muscular é seu único meio para este fim”. HILL (1886 - 1977) - Estudou a produção de calor do músculo: Nobel -1923; - Estrutura e função muscular (contração e consumo de oxigênio). A.F. HUXLEY (1917) e H.E. HUXLEY (1924) - Ultra estrutura muscular e fisiologia do músculo estriado. BERNSTEIN (1896 - 1966) - Coordenação e regulação do movimento em crianças e adultos; - Sinergias musculares para controlar o movimento; - Problema de Bernstein - problema dos graus de liberdade. 12 3 PLANOS, EIXOS E NOMECLATURA DOS MOVIMENTOS A cinesiologia é uma disciplina do curso de educação física que estuda os músculos conforme estejam envolvidos na ciência do movimento (THOMPSON, 1997). A análise dos movimentos depende de uma descrição correta dos movimentos articulares que constituem cada padrão de movimento. A compreensão desses movimentos em relação ao plano e ao eixo que são encontrados é de grande importância para médicos, fisioterapeutas, educadores físicos, técnicos de esportes, treinadores, coreógrafos, bailarinos e outros profissionais da área da saúde; devido formar a base na elaboração de um programa de atividades e uma melhor localização das partes do corpo. Os movimentos ocorrem através de planos imaginários e em eixos perpendiculares ao movimento e, por convenção, os movimentos articulares são definidos com relação à posição anatômica. Para evitar uso de termos diferentes nas descrições anatômicas optou-se por uma posição padrão chamada de POSIÇÃO ANATÔMICA (“Indivíduo em posição ereta (em pé, posição ortostática ou bípede), com a face voltada para frente, o olhar dirigido para o horizonte, membros superiores estendidos, aplicados ao tronco e com as palmas voltadas para frente, membros inferiores unidos, com as pontas dos pés dirigidas para frente”). Na posição anatômica, o corpo é referenciado de acordo com três planos mutuamente ortogonais: O Plano Sagital divide o corpo simetricamente em partes direita e esquerda. As ações articulares ocorrem em torno de um eixo horizontal ou transversal e incluem os movimentos de flexão e extensão. O Plano Frontal ou Coronal divide o corpo empartes anterior (ventral) e posterior (dorsal). As ações articulares ocorrem em torno de um eixo antero-posterior (AP) e incluem a abdução e a adução. 13 O Plano Transversal ou Horizontal divide o corpo em partes superior (cranial) e inferior (caudal). As ações articulares ocorrem em torno de um eixo longitudinal ou vertical e incluem a rotação medial – lateral e pronação – supinação. Os termos que descrevem os movimentos podem ser usados para várias articulações em todo o corpo, sendo que alguns termos são específicos para certas regiões, mas sempre respeitando a posição anatômica. Nomenclatura e Descrição dos Principais Movimentos Corporais de acordo com RASCH, SMITH et al. e THOMPSON: 14 15 O conhecimento dessa terminologia proporciona um melhor entendimento entre os profissionais da área da saúde e ainda facilita a execução de um programa de atividades, uma vez que a nomenclatura cinesiológica é universal. 16 4 ANATOMIA APENDICULAR O Membro Inferior O membro inferior localiza-se abaixo do nível da cintura pélvica ou cíngulo do membro inferior. Suas principais funções são a locomoção e a sustentação das estruturas corporais. Os ossos que o constituem são o osso do quadril, o fêmur, a patela, a tíbia, a fíbula e os ossos do pé. 17 O osso do quadril é subdividido em ílio, ísquio e púbis. O ílio apresenta, em sua porção superior, uma região denominada crista ilíaca. Cada osso ilíaco articula-se, medialmente, com o sacro através da face auricular do osso ilíaco. A maior parte do osso ilíaco, que se estende da articulação sacro-ilíaca à crista ilíaca, é denominada asa do ilíaco. A parte posterior da asa do ilíaco constitui a face glútea, apresentando as linhas glúteas posterior, anterior e inferior, a partir das quais se inserem os músculos glúteos máximo, médio e mínimo. Na parte posterior do osso ilíaco, abaixo da terminação da crista ilíaca, encontra-se a espinha ilíaca póstero-superior e, um pouco abaixo desta, a espinha ilíaca póstero-inferior. A espinha ilíaca póstero-superior possui importância clínica, pois serve como ponto de referência para a localização do espaço entre a terceira e a quarta vértebra lombar, no qual se aplica a raquianestesia. Abaixo da espinha ilíaca póstero-inferior e na transição entre o ílio e o ísquio encontra- se uma reentrância denominada incisura isquiática maior, a qual termina em uma pequena protuberância conhecida como espinha isquiática. Abaixo da espinha isquiática existe outra reentrância conhecida como incisura isquiática menor, terminando em uma elevação curva que recebe o nome de tuberosidade isquiática. Na região póstero-lateral do osso do quadril, logo abaixo da linha glútea inferior, encontra-se uma elevação de forma circular incompleta em sua parte inferior. Esta elevação é denominada face semilunar e envolve uma pequena cavidade, a fossa do acetábulo. Inferiormente à face semilunar há uma abertura, a incisura do acetábulo. Na face semilunar articula-se a cabeça do fêmur. Outra importante característica da face semilunar e da fossa do acetábulo é a transição entre o osso ilíaco, que se estende superiormente, o ísquio, localizado posteriormente e o púbis, abaixo da fossa do acetábulo e da face semilunar. 18 A articulação entre o fêmur e o osso do quadril é também conhecida como articulação da coxa, na qual o ligamento da cabeça do fêmur encontra-se ligado à fossa do acetábulo. A parte inferior do osso do quadril, formada pelo ísquio e pelo púbis, projeta-se medialmente e forma uma abertura chamada forame obturado. À frente da fossa do acetábulo e do forame obturado há um prolongamento do púbis que forma o tubérculo púbico. Na face medial da asa do ilíaco e acima da face auricular observa-se uma região acidentada conhecida como tuberosidade ilíaca. Seguindo em direção ântero-inferior, a partir da face auricular, ocorre uma elevação denominada linha arqueada, que se continua na linha pectínea. A linha pectínea, por sua vez, prolonga-se até o tubérculo púbico. Abaixo da terminação anterior da crista ilíaca localiza-se a espinha ilíaca ântero-superior e abaixo desta, a espinha ilíaca ântero-inferior. Abaixo da espinha ilíaca ântero-inferior e lateralmente à linha pectínea encontra-se a eminência ílio-pectínea. A face medial do púbis tende a ser plana a articula-se com a face medial do púbis no lado oposto, formando a sínfise púbica. O fêmur é o osso mais comprido do corpo humano e articula-se medialmente com a face semilunar do acetábulo. A cabeça do fêmur é direcionada medialmente e está ligada ao restante do osso pelo colo. Lateralmente ao colo está o trocânter maior, acima, e o trocânter menor, abaixo. Entre o trocânter maior e o trocânter menor encontra- se a linha intertrocantérica. Na porção inferior da face anterior encontram-se o côndilo medial e o côndilo lateral, entre os quais se situa a face patelar. Na face posterior do fêmur, abaixo do trocânter menor, encontra-se a tuberosidade glútea, lateralmente, e a linha pectínea, medialmente. A tuberosidade glútea continua-se inferiormente no lábio lateral e a linha pectínea no lábio medial. Inferiormente, os lábios, lateral e medial, se afastam para continuar-se na linha supra-condilar lateral e na linha supra-condilar medial, respectivamente, entre as quais se encontra a face poplítea. No extremo inferior encontram-se o epicôndilo lateral, o epicôndilo medial e a fossa intercondilar. A extremidade superior da tíbia articula-se com o fêmur, superiormente, e com a fíbula, lateralmente. A porção superior da tíbia apresenta o côndilo lateral e o côndilo medial, entre os quais se situa, superiormente, a eminência intercondilar. Na parte superior da porção anterior localiza-se a tuberosidade da tíbia. Lateralmente a tíbia apresenta uma margem cortante, a borda interóssea. Na porção medial da parte inferior da tíbia situa-se o maléolo medial, o qual apresenta medialmente a face articular do maléolo. Na parte posterior da tíbia encontra-se, em trajeto oblíquo, a linha solear, na qual se insere o músculo sóleo. 19 A fíbula possui, em sua parte proximal, uma dilatação conhecida como cabeça da fíbula, a qual está ligada à diáfise pelo colo. Inferiormente, a fíbula articula-se com a tíbia e com o tálus. A articulação do fêmur com a tíbia também é conhecida como articulação do joelho e está limitada, anteriormente, pela patela. A patela possui uma base, superiormente, e um ápice, inferiormente. A articulação do pé ocorre entre o tálus, à tíbia e a fíbula. O tálus é o osso do pé que se articula com a tíbia e a fíbula através da tróclea. Inferiormente ao tálus está o calcâneo, principal ponto de apoio do pé. Sobre o calcâneo encontra-se grande parte do peso corporal. O calcâneo possui uma projeção, o sustentáculo do tálus, sobre o qual se apóia o tálus. Anteriormente ao calcâneo encontra-se o osso cubóide, na porção lateral do pé. Anteriormente ao tálus encontra-se o osso navicular, que precede os ossos cuneiforme lateral, cuneiforme intermédio e cuneiforme medial. Os ossos do pé são divididos em três regiões: tarso, metatarso e falanges. O tarso é constituído pelo tálus, calcâneo, cubóide, navicular e cuneiforme. Anteriormente aos ossos do tarso encontram-se os ossos metatársicos, numerados de I a V. Ao I metatársico segue-se a falange proximal e a falange distal, entre as quais se pode encontrar um ou mais ossos sesamóides. O dedo classificado como I também é conhecido como hálux. Os demais dedos possuem falanges proximal, média e distal. 20 A inervação do membro inferior é proveniente dos ramos terminais do plexo lombo- sacral, o qual é formado pela união das raízes dos segmentos medularesque vão de L2 a S4. São ramos do plexo lombo-sacral os nervos ílio-hipogástrico, ílio-inguinal, gênito-femoral, cutâneo lateral da coxa, obturatório, femoral, glúteo superior, glúteo inferior, pudendo, cutâneo posterior da coxa e isquiático. O nervo gênito-femoral divide-se em genital e femoral. O nervo pudendo inerva o períneo passando por trás da espinha isquiática. Durante o trabalho de parto normal, realiza-se o bloqueio do nervo pudendo para a realização da episiotomia, aumentando assim a abertura do canal do parto. O nervo isquiático encontra-se na região posterior do corpo, passando pela região glútea e pela incisura isquiática maior. Na porção distal da coxa o nervo isquiático divide-se em nervo tibial e fibular comum. O nervo tibial passa pela fossa poplítea e inerva todos os músculos da face posterior da perna. O nervo femoral inerva os músculos da região anterior da coxa. O nervo safeno é ramo do nervo femoral. O nervo sural é ramo do nervo tibial. A irrigação sangüínea do membro inferior é feita pela artéria femoral, continuação da artéria ilíaca externa e que, juntamente com o nervo e a veia femoral, passa pelo canal inguinal. Os principais ramos da artéria femoral são a artéria profunda da coxa ou femoral profunda, epigástrica superficial, circunflexa superficial do ílio e pudenda externa. Ao passar pela fossa poplítea a artéria femoral passa a ser denominada artéria poplítea, a qual se bifurca para formar as artérias: tibial anterior e posterior. A artéria tibial anterior continua-se na artéria dorsal do pé e a artéria tibial posterior forma as artérias plantares. O sistema de drenagem profundo da perna inicia-se pelas veias que trazem o sangue do pé e se unem para formar as duas veias tibiais anteriores e as duas veias tibiais posteriores. As veias tibiais se encontram para formar a veia poplítea, que se continua com o nome de veia femoral e recebe como afluente a veia femoral profunda. A veia femoral passa pelo canal inguinal medialmente à artéria femoral, passando a ser denominada veia ilíaca externa. As veias profundas possuem válvulas que dividem a coluna de sangue facilitando a sua subida, principalmente quando os músculos se contraem. No sistema de drenagem superficial do membro inferior destacam-se as veias: safena magna e safena parva. A veia safena magna origina-se no arco venoso dorsal do pé e ascende medialmente junto com o nervo safeno até desembocar na veia femoral. A veia safena parva origina-se na parte lateral do arco venoso dorsal do pé e ascende posteriormente acompanhando o nervo sural até desembocar na veia poplítea, podendo também terminar na 21 veia safena magna e, menos freqüente, em alguma veia mais profunda. Os principais linfonodos do membro inferior são os linfonodos poplíteos e os linfonodos inguinais. O canal dos adutores, ou canal de Hunter, é limitado lateralmente pelo músculo vasto medial e medialmente pelo adutor longo ou adutor magno e por ele passam os vasos femorais e o nervo safeno. O trígono femoral é limitado lateralmente pelo músculo sartório, medialmente pelo músculo adutor longo e superiormente pelo ligamento inguinal. Por ele passam os vasos e o nervo femoral. A fossa polítea contém os vasos poplíteos, os nervos tibiais e fibular comum, a veia safena parva, linfonodos e outras estruturas. O feixe vásculo-nervoso tibial anterior é formado pela artéria e veia tibial anterior e pelo nervo fibular comum. O Membro Superior A principal função do membro superior está relacionada à movimentação da mão, permitindo a elaboração de movimentos altamente complexos e delicados. O membro superior está ligado ao esqueleto axial por ossos que constituem o cíngulo do membro superior ou cintura escapular. Os ossos que constituem o membro superior são a clavícula, a escápula, o úmero, o rádio, a ulna, os ossos do carpo, do metacarpo e as falanges. A clavícula apresenta uma extremidade esternal, que se articula com o esterno, e uma extremidade acromial, que se articula com o acrômio da escápula. A superfície superior da clavícula é lisa e a superfície inferior é irregular. Anteriormente a clavícula apresenta os dois terços mediais convexos e o terço lateral côncavo. A escápula possui as bordas superior, medial e lateral. É dividida posteriormente por uma região elevada denominada espinha da escápula, que se continua lateralmente no acrômio. Superiormente à espinha encontra-se a fossa supra-espinhal e inferiormente à espinha está localizada a fossa infra-espinhal. A borda superior apresenta uma pequena incisura, lateralmente denominada incisura da escápula. Lateralmente à incisura da escápula, encontra-se o processo coracóide que se direciona anteriormente e lateralmente. Na porção superior da borda lateral está localizada a cavidade glenóide, que se articula com a cabeça do úmero. Acima da cavidade glenóide está o tubérculo supra-glenoidal e abaixo da cavidade glenóide se encontra o tubérculo infra-glenoidal. 22 O úmero apresenta em sua porção superior uma dilatação semi-esférica que recebe o nome de cabeça do úmero. A cabeça do úmero está separada do restante do osso pelo colo anatômico. Na parte anterior e abaixo do colo anatômico encontra-se o tubérculo maior, lateralmente, e o tubérculo menor, medialmente. Entre os dois tubérculos está o sulco intertubercular. Abaixo dos tubérculos, maior e menor, estão, respectivamente, a crista do tubérculo maior e a crista do tubérculo menor. Abaixo da crista do tubérculo maior e da crista do tubérculo menor está localizada a tuberosidade deltóidea, na qual se insere o músculo deltóide. Na parte inferior do úmero localiza-se a crista supra-condilar lateral, acima do epicôndilo lateral, e a crista supra-condilar medial, acima do epicôndilo medial. Entre os epicôndilos, na parte anterior, está localizada a fossa radial, lateralmente, e a fossa coronóidea, medialmente. Abaixo das fossas, radial e coronóidea, encontram-se duas superfícies articulares que são, respectivamente, o capítulo e a tróclea. A tróclea se estende à região posterior. A parte posterior da diáfise do úmero é caracterizada pela presença do sulco do nervo radial. Superiormente à tróclea, o úmero possui uma cavidade, posteriormente, conhecida como fossa do olécrano. Abaixo do epicôndilo medial, na parte posterior do úmero, encontra-se o sulco do nervo ulnar. 23 A ulna possui, em sua porção superior, uma projeção conhecida como olécrano, que se insere na fossa do olécrano do úmero. Abaixo do olécrano há uma projeção menor que o 24 olecrano, denominada processo coronóide. Entre o olécrano e o processo coronóide existe uma superfície lisa, a incisura troclear, que se articula com a tróclea do úmero. Abaixo e lateralmente ao processo coronóide localiza-se a incisura radial, que se articula com o rádio, e a tuberosidade da ulna. A porção distal, conhecida como cabeça da ulna, apresenta uma projeção medial denominada processo estilóide. A porção proximal do rádio, conhecida como cabeça do rádio, possui uma face lisa que se articula com o capítulo do úmero. Abaixo da cabeça do rádio está localizado o colo e, inferiormente ao colo, à tuberosidade do rádio. O rádio liga-se medialmente à ulna através da membrana interóssea. Na parte distal do rádio encontram-se o processo estilóide, lateralmente, e a incisura ulnar, medialmente. O carpo é constituído por oito pequenos ossos que são próximos, no sentido látero- medial, o escafóide, o semilunar, o piramidal e o pisiforme e, distalmente, em sentido látero- medial, o trapézio, o trapezóide, o capitato e o hamato ou uncinado. Distalmente aos ossos do carpo encontram-se os cinco metacárpicos que se ligam às cinco falanges proximais. Os dedos são numerados de I a V, iniciando-se pelo polegar. Com exceçãodo polegar, que possui apenas as falanges proximal e distal, os demais dedos da mão possuem falanges proximal, média e distal. Pode-se encontrar um ou mais ossos sesamóides entre as falanges proximal e distal do polegar. O membro superior é inervado pelo plexo braquial, formado a partir de fibras provenientes dos ramos ventrais dos nervos: C5, C6, C7, C8 e T1. A união dos ramos ventrais dos nervos C5 e C6 formam o tronco superior, o ramo ventral de C7 forma o tronco médio e os ramos ventrais de C8 e T1 formam o tronco inferior. Os ramos superior, médio e inferior dividem- se em partes anterior e posterior. As três partes posteriores se unem para formar o fascículo posterior, que inerva a região posterior ou extensora do membro superior. As partes anteriores provenientes dos troncos superior e médio se unem para formar o fascículo lateral e a parte anterior do tronco inferior continua-se no fascículo medial. Os fascículos, lateral e medial, inervam a região anterior ou flexora do membro superior. O fascículo lateral divide-se para formar o nervo músculo-cutâneo e a raiz lateral do nervo mediano, que se dirige medialmente. O fascículo medial divide-se para formar o nervo ulnar e a raíz medial do nervo mediano. O nervo mediano, que segue pela parte anterior do membro superior, é formado a partir da união das raízes lateral e medial do nervo mediano originadas, respectivamente, dos fascículos lateral e medial. O fascículo posterior origina os nervos: axilar e radial. Uma das mais importantes aplicações envolvendo o conhecimento anatômico do plexo braquial refere-se ao bloqueio 25 interescaleno ou anestesia do plexo braquial, de importância relevante em cirurgias do membro superior. A irrigação sangüínea do membro superior inicia-se a partir da artéria axilar, proveniente da artéria subclávia. A artéria axilar atravessa o canal cérvico-axilar juntamente com a veia axilar e o plexo braquial. A artéria axilar forma as artérias tóraco-acromial, torácica lateral, subescapular, circunflexa anterior do úmero e circunflexa posterior do úmero. A artéria axilar continua-se na artéria braquial ao nível da borda inferior do músculo redondo maior. A artéria braquial forma a artéria profunda do braço, a artéria colateral ulnar superior e a artéria colateral ulnar inferior e bifurca-se, nas proximidades da articulação do cotovelo, para dar origem aos ramos terminais da artéria braquial que são as artérias: radial e ulnar. A artéria radial origina as artérias recorrente radial, palmar superficial e cárpico-palmar. A artéria ulnar forma a artéria recorrente ulnar e a artéria interóssea comum. As artérias, radial e ulnar, se unem para formar a rede dorsal do carpo, o arco palmar superficial e o arco palmar profundo. O arco venoso dorsal da mão origina a veia cefálica, lateralmente, e a veia basílica, medialmente. As veias cefálicas e basílica se comunicam através da veia mediana do antebraço e da veia intermédia do cotovelo. A veia cefálica termina na veia axilar. A veia axilar é formada pela união da veia basílica com as veias braquiais. A veia axilar continua-se na veia subclávia, que se une à veia jugular interna para formar a veia braquiocefálica. 26 5 ARTICULAÇÕES A articulação é formada pela coaptação de dois ossos com o auxílio de músculos esqueléticos, ligamentos e cápsula articular. Para uma melhor compreensão é necessário ressaltar algumas considerações distintas sobre o sistema músculo-esquelético. O sistema esquelético determina nossa estrutura (tamanho e forma do corpo humano) em conjunto com hábitos alimentares, nível de atividade física e postura. Suas principais funções são: formação de alavancas para o aumento de forças e/ou velocidade dos movimentos, suporte, proteção, armazenamento de gordura e minerais, e formação de células sangüíneas. Existem vários tipos de articulações, mas as que estão mais presentes em nosso corpo são as sinoviais, que podem ser classificadas conforme a quantidade de movimento permitido, tipo e tamanho dos ossos, formas de contato entre as superfícies articulares, planos e eixos de movimento. Estas características proporcionam seu potencial de movimento e função: uma das articulações mais estáveis do corpo humano é o quadril, pois possui bom suporte muscular, capsular e ligamentar, além dos efeitos da gravidade e do vácuo da articulação (grande coaptação entre as estruturas). O ombro, por sua vez, é uma das articulações menos estável, suprido pela cápsula e músculos, possui contato articular menor, devido ao formato dos ossos e superfícies articulares reduzidas. As articulações sinoviais possuem uma camada de cartilagem em suas superfícies articulares, nutrida pelo líquido sinovial (espécie de óleo lubrificante), permitindo a estabilidade e distribuição das cargas sobre as superfícies com redução dos estresses de contato pela metade. Ela permite ainda, o movimento entre os ossos com o mínimo de atrito e desgaste consideráveis ao longo da vida, gerados pelo uso repetido. Os possíveis traumas e desgastes provocam alterações das substâncias articulares até ocorrer uma degradação enzimática, e remoção da matéria pela ação mecânica provocando, assim, uma diminuição das áreas de contato e erosão da cartilagem. Em conseqüência, as possíveis fissuras, formação de cistos e osteófitos sugerem 27 o início da osteoartrite (doença articular degenerativa com inflamação, desgaste e redução articulares). Em algumas articulações existe uma cartilagem adicional (fibrocartilagem ou menisco) para transmissão adicional de carga, estabilidade, melhora no ajuste de superfícies, proteção e lubrificação. Para aumentar a estabilidade das articulações, a cápsula articular protege a articulação, definindo sua forma com a criação de uma porção interna e pressão atmosférica reduzida, para uma melhor coaptação. Os ligamentos auxiliam na estabilidade (junção de ossos), controle e limitação do movimento, suportando cargas de tensão. Imobilizações nestas regiões alteram as propriedades mecânicas da cápsula e ligamentos, podendo resultar em rigidez articular, devido à necessidade de cargas e compressão na articulação para troca de nutrientes e resíduos. Complementando toda a estrutura de uma articulação, existem os proprioceptores, que são receptores sensoriais (em músculos, tendões e articulações) detectores de estímulos. Os proprioceptores articulares respondem a mudanças na posição articular, velocidade de movimento, pressão intra-articular e terminações nervosas, transmitindo as informações ao sistema nervoso. Após o conhecimento anatômico e fisiológico das articulações, podemos distinguir os tipos de movimentos realizados, tais como: flexão, extensão, rotação, abdução, etc., e associá-los aos planos e eixos ocorridos em relação a um sistema de referência, especificando a posição de um corpo ou segmento no espaço e às características de sua movimentação. O estudo e análise cinesiológica e biomecânica de uma articulação individual são fundamentais para a compreensão dos movimentos básicos e podem proporcionar, em conjunto, um melhor desempenho em habilidades. Classificação das Articulações: Articulações Fibrosas (sinartroses) - sindesmose (presença de membrana interóssea); - sutura (maioria dos ossos do crânio); - gonfose (entre os alvéolos e os dentes). 28 Articulações Cartilagíneas (anfiartroses) - sincondrose (entre as epífises e diáfises ósseas); - sínfise (presença de discos fibrocartilagíneos). Articulações Sinoviais (diartroses) As superfícies ósseas são recobertas por cartilagem articular e unidas por ligamentos revestidos por membrana sinovial. Permitem amplo movimento e, as suas células interiores (situadas dentro da articulação) produzem o líquido sinovial, responsável pela lubrificação eabsorção do impacto. Classificam-se de acordo com o movimento em: Uniaxial – somente um eixo de rotação a. Gínglimo – articulação entre úmero e ulna; b. Trocóide – articulação rádio-ulnar proximal. Biaxial – dois eixos de rotação a. Condilar – articulação do punho; b. Selar – articulação carpometacárpica-polegar. Poliaxial – três eixos de rotação a. articulação do quadril; b. articulação do ombro. Tipos de Movimentos: 29 - Movimento Deslizante; - Movimentos Angulares (Flexão - Extensão - Abdução - Adução – Rotação...) Componentes das Junturas Móveis: - Ligamentos; - Cápsulas Articulares – extrato externo e interno; - Líquido Sinovial; - Bainha Sinovial dos tendões; - Bolsas Sinoviais – subcutânea, submuscular, subtendínea. ARTICULAÇÕES DO ESQUELETO AXIAL 1. Articulação Temporomandibular; 2. Articulação do Atlas com o Osso Occipital; 3. Articulação do Atlas com o Áxis; 4. Articulações da Coluna Vertebral: a) entre os corpos vertebrais; b) entre os arcos vertebrais. 5. Articulações Costovertebrais; 6. Articulações Esternocostais; 7. Articulações do esterno: a) Articulação manubrioesternal; 30 b) Articulação xifoesternal. 8. Articulações da Coluna Vertebral com a Pelve: Ligamento ileolombar; 9. Articulações da Pelve: a) Articulação sacroilíaca; b) Ligamentos entre o sacro e o ísquio; c) Juntura sacrococcígea; 10. Sínfise Púbica. Articulações do Esqueleto Apendicular Cintura Clavicular e membros 1. Articulação Esternoclavicular; 2. Articulação Acromioclavicular; 3. Ligamentos da Escápula; 4. Articulação Umeral; 5. Juntura do Cotovelo; 6. Articulação Radioulnar: a) Articulação radioulnar proximal; b) União radioulnar média; c) Articulação radioulnar distal. 7. Articulação Radiocárpica; 8. Articulações Intercárpicas: 31 a) Articulações da fileira proximal dos ossos cárpicos; b) Articulações da fileira distal dos ossos cárpicos; c) Articulações das duas fileiras dos ossos cárpicos entre si. 9. Articulações Carpometacárpicas; 10. Articulações Intermetacárpicas; 11. Articulações Metacarpofalângicas; 12. Articulações dos Dedos. Cintura pélvica e membros 1. Articulação Coxofemoral; 2. Articulação do Joelho: a) Cápsula articular; b) Ligamento patelar; c) Ligamento poplíteo, oblíquo; d) Ligamento poplíteo arqueado; e) Ligamento colateral tibial; f) Ligamento colateral fibular; g) Ligamento cruzado anterior; h) Ligamento cruzado posterior; i) Meniscos: medial e lateral; j) Ligamento transverso; k) ligamento coronário. 32 3. Articulações entre a Tíbia e a Fíbula: a) Articulação tibiofibular; b) Membrana interóssea; c) Sindesmose tibiofibular. 4. Articulação Talocrural – Tibiotársica; 5. Articulações Intertársicas: a) Articulação subtalar; b) Articulação talocalcaneonavicular; c) Articulação calcaneocubóidea; d) Articulação transversa do tarso; e) Articulação cuneonavicular; f) Articulação cuboideonavicular; g) Articulações intercuneiformes e cuneocubóideas. 6. Articulações Tarsometatársicas; 7. Articulações Intermetatársicas; 8. Articulações Metatarsofalângicas; 9. Articulações das Falanges. 33 Principais articulações, movimentos que realizam e suas classificações. 34 35 FONTE: Material extraído do livro Anatomia Humana, Lucio Sleutjes. Editora Difusão http://www.portaldafisioterapia.com.br/site/modules.php?name=News&file=article&sid=418 36 6 MÚSCULOS E CONTRAÇÕES MUSCULARES Há três tipos de tecido muscular: liso, esquelético e cardíaco. Tecido muscular liso: O músculo involuntário localiza-se na pele, órgãos internos, aparelho reprodutor, grandes vasos sangüíneos e aparelho excretor. O estímulo para a contração dos músculos lisos é mediado pelo sistema nervoso. Tecido muscular estriado cardíaco: Este tipo de tecido muscular forma a maior parte do coração dos vertebrados. O músculo cardíaco carece de controle voluntário. É inervado pelo sistema nervoso vegetativo. Tecido muscular estriado esquelético: É inervado pelo sistema nervoso central e, como este se encontra em parte sob controle consciente, chama-se músculo voluntário. As contrações do músculo esquelético permitem os movimentos dos diversos ossos e cartilagens do esqueleto. Miócitos alongados, mononucleados e sem estrias transversais. Contração involuntária e lenta. Miócitos estriados com um ou dois núcleos centrais. Células alongadas, irregularmente ramificadas. Contração involuntária, vigorosa e rítmica. 37 Os músculos esqueléticos são compostos de fibras musculares que são organizadas em feixes, chamados de fascículos. Os miofilamentos compreendem as miofibrilas, que por sua vez são agrupadas para formar as fibras musculares. Cada fibra possui uma cobertura ou membrana, o sarcolema, e é composta de uma substância semelhante à gelatina, sarcoplasma. Centenas de miofibrilas contráteis e outras estruturas importantes tais como as mitocôndrias e o retículo sarcoplasmático, estão inclusas no sarcoplasma. A miofibrila contrátil é composta de unidades, e cada unidade é denominada um sarcômero. Cada miofibrila contém muitos miofilamentos. Os miofilamentos são fios finos de duas moléculas de proteínas, actina (filamentos finos) e miosina (filamentos grossos). Miócitos longos, multinucleados (núcleos periféricos). Miofilamentos organizam-se em estrias longitudinais e transversais. Contração rápida e voluntária 38 FISIOLOGIA DA CONTRAÇÃO MUSCULAR A fisiologia explica os fatores físicos e químicos responsáveis pela origem, desenvolvimento e continuação de qualquer tipo de vida. Na fisiologia humana as características e mecanismos específicos do corpo humano, que o fazem ser um ser vivo, são explicados. O próprio fato de que permanecemos vivos está quase além do nosso controle, pois a fome nos faz procurar alimento e o medo nos faz buscar refúgio. As sensações de frio nos fazem procurar calor e outras forças nos impelem a procurar companhia e nos reproduzir. Assim, o ser humano é, na verdade, um autônomo e o fato de sermos organismos com sensações, sentimentos e conhecimento é parte dessa seqüência automática da vida; esses atributos especiais nos permitem viver sob condições extremamente variadas que, de outra forma, tornariam a vida impossível. Agora será mostrada a fisiologia da contração muscular que ocorre por várias etapas. Do estímulo da contração muscular até a sua execução, as etapas são as seguintes: 1) Um potencial de ação trafega ao longo de um nervo motor até suas terminações nas fibras musculares; 2) Em cada terminação, o nervo secreta uma pequena quantidade de substância neurotransmissora, a acetilcolina; 3) Essa acetilcolina atua sobre uma área localizada na membrana da fibra muscular, abrindo numerosos canais acetilcolina-dependentes dentro de moléculas protéicas na membrana da fibra muscular; 39 4) A abertura destes canais permite que uma grande quantidade de íons sódio flua para dentro da membrana da fibra muscular no ponto terminal neural. Isso desencadeia potencial de ação na fibra muscular; 5) O potencial de ação cursa ao longo da membrana da fibra muscular, da mesma forma como o potencial de ação cursa pelas membranas neurais; 6) O potencial de ação despolariza a membrana da fibra muscular e também passa para a profundidade da fibra muscular, onde faz com que o retículo sarcoplasmático libere para as miofibrilas grande quantidade de íons cálcio, que estavam armazenados no interior do retículo sarcoplasmático; 7) Os íons cálcio provocamgrandes forças atrativas entre os filamentos de actina e miosina, fazendo com que eles deslizem entre si, o que constitui o processo contrátil; 8) Após fração de segundo, os íons cálcio são bombeados de volta para o retículo sarcoplasmático, onde permanecem armazenados até que um novo potencial de ação chegue; essa remoção dos íons cálcio da vizinhança das miofibrilas põe fim à contração. MECANISMO DA CONTRAÇÃO MUSCULAR Aqui será demonstrada a teoria dos filamentos deslizantes, uma série de hipóteses é admitida para explicar como os filamentos deslizantes desenvolvem tensão e encurtam-se; uma delas é a seguinte: 40 1) Com o sítio de ligação de ATP livre, a miosina se liga fortemente à actina; 2) Quando uma molécula de ATP se liga à miosina, a conformação da miosina e o sítio de ligação se tornam instáveis liberando a actina; 3) Quando a miosina libera a actina, o ATP é parcialmente hidrolizado (transformando-se em ADP) e a cabeça da miosina inclina-se para frente; 4) A religação com a actina provoca a liberação do ADP e a cabeça da miosina se altera novamente voltando à posição de início, pronta para mais um ciclo. Em destaque o sarcômero mostrando a disposição dos filamentos de actina e dos filamentos de miosinas. http://morpheus.fmrp.usp.br/biocell/miosina.htm 41 A) Foto microscópica do sarcomêro. B) Desenho ilustrativo. O filamento de actina interage com proteínas motoras como as miosinas. http://morpheus.fmrp.usp.br/biocell/miosina.htm 42 TIPOS DE CONTRAÇÃO MUSCULAR A maior e mais freqüente fonte de força gerada dentro do corpo humano é pela contração dos músculos. Forças passivas adicionais ocorrem pela tensão das fáscias, ligamentos e estruturas não contráteis dos músculos. Normalmente, os músculos nunca se contraem isoladamente, porque isto produziria um movimento não funcional estereotipado. Por exemplo, a contração isolada do bíceps do braço produziria flexão no cotovelo, supinação do antebraço e flexão do ombro. Em vez disso, diversos músculos, em uma refinada combinação de forças, contribuem para produzir a força desejada e o resultante movimento ou composição dos segmentos. CONTRAÇÃO ISOMÉTRICA Quando um músculo contrai-se e produz força sem alteração macroscópica no ângulo da articulação, a contração é dita isométrica. As contrações isométricas são muitas vezes chamadas de contrações estáticas ou de sustentação, normalmente é usada para manutenção da postura. Funcionalmente estas contrações estabilizam articulações. Por exemplo, para alcançar à frente com a mão, a escápula precisa ser estabilizada de encontro ao tórax. 43 CONTRAÇÃO CONCÊNTRICA Um encurtamento do músculo durante a contração é chamado uma contração concêntrica (dinâmica positiva) ou de encurtamento. Exemplos seriam os músculos quadríceps quando um indivíduo está se levantando de uma cadeira, ou os flexores do cotovelo quando um indivíduo está levando um copo até a boca. Nas contrações concêntricas a origem e a inserção se aproximam, produzindo a aceleração de segmentos do corpo, ou seja, acelera o movimento. CONTRAÇÃO EXCÊNTRICA Quando um músculo alonga-se durante a contração, esta é chamada uma contração excêntrica (dinâmica negativa) ou de alongamento. Por exemplo, o quadríceps quando o corpo está sendo abaixado para sentar-se e os flexores do cotovelo quando o copo é abaixado até a mesa. Nas contrações excêntricas a origem e inserção se afastam produzindo a desaceleração dos segmentos do corpo e fornecem absorção de choque (amortecimento) quando aterrissando de um salto, ou ao andar, ou seja, freia o movimento. 44 RELAÇÃO ENTRE FORÇA E RESISTÊNCIA NAS CONTRAÇÕES Impondo uma resistência sobre uma força realizada, podem ocorrer três situações: a força superar a resistência, a força ser superada pela resistência e a força ser igual à resistência. Na contração concêntrica a força sempre superará a resistência imposta, fazendo com que o movimento desejado seja concretizado. Por exemplo, uma pessoa tentando empurrar um carro numa subida, se o carro subir, a força aplicada pela pessoa será maior que a resistência imposta pelo carro, realizando assim uma contração concêntrica. Na contração excêntrica a força sempre será superada pela resistência imposta, fazendo com que o movimento desejado não seja concretizado. Por exemplo, uma pessoa tentando empurrar um carro em uma subida, se o carro descer, a força aplicada pela pessoa foi menor que a resistência imposta pelo carro, realizando assim uma contração excêntrica. Na contração isométrica a força é sempre igual à resistência imposta, fazendo com que o movimento desejado fique estático. Por exemplo, uma pessoa tentando empurrar um carro em uma subida, se o carro não se mover (nem para cima e nem para baixo), a força aplicada pela pessoa foi igual à resistência imposta pelo carro, realizando assim uma contração isométrica. Resumindo, sendo força (F) e resistência (R): Quando F > R, contração concêntrica; Quando F < R, contração excêntrica; Quando F = R, contração isométrica. 45 CLASSIFICAÇÃO DOS MÚSCULOS NAS CONTRAÇÕES Anatomicamente, os músculos são descritos pelas suas fixações proximais (origem), fixações distais (inserção) e ações para produzir movimentos específicos das articulações. Apesar do conhecimento das fixações anatômicas e das ações seja essencial para estudo da cinesiologia, é importante reconhecer que estes fatores podem ser usados para predizer a função muscular apenas nas limitadas circunstâncias nas quais todos os seguintes ocorrem: a fixação proximal está estabilizada, a fixação distal move-se no sentido da fixação proximal (contração concêntrica), o segmento distal move-se contra a gravidade ou resistência, e um músculo atua sozinho. Estas circunstâncias raramente ocorrem na função normal, por várias razões: as fixações proximais muitas vezes movem-se no sentido das fixações distais fixas (cadeia cinemática fechada), e as contrações. Muitas vezes são excêntricas ou isométricas, o movimento no segmento distal muitas vezes é ajudado pela força da gravidade, e um músculo raramente (quase nunca) atua isoladamente e sim atua em conjunto com outros músculos. Muitos termos diferentes podem ser encontrados para classificar a função dos músculos quando eles atuam na movimentação articular. Estes termos incluem agonista, motor principal, antagonista, sinergista, sinergista verdadeiro, sinergista auxiliar, motor auxiliar, neutralizador, fixador e estabilizador. Dentre estas palavras algumas são sinônimas e outras têm definições diferentes. Embora não seja difícil determinar se um músculo está ou não se contraíndo, é difícil averiguar a finalidade ou razão pela qual está ocorrendo esta contração. Para reduzir essa terminologia, apenas três termos serão usados neste artigo: agonista, antagonista e sinergista. MÚSCULO AGONISTA Um músculo ou grupo muscular que está se contraindo, que é considerado o principal músculo produzindo movimento articular ou mantendo uma postura, é designado um agonista. O 46 agonista sempre se contrai ativamente para produzir uma contração concêntrica, excêntrica ou isométrica. Por exemplo: o músculo agonista no movimento de abdução da coxa é o glúteo médio. MÚSCULO ANTAGONISTA O antagonista é um músculo ou grupo muscular que possui a ação anatômica oposta à do agonista. Usualmente o antagonista é um músculo que não está se contraindo e que nem auxilia nem resiste ao movimento, mas que passivamente se alonga ou encurta para permitir que o movimento ocorra. Por exemplo: o músculo antagonista no movimento de abdução da coxa é o adutor magno. MÚSCULO SINERGISTA Um músculo é considerado sinergista sempre quando se contrai ao mesmo tempoem que o agonista, mas não é o principal músculo responsável pelo movimento ou manutenção da postura. Normalmente, o músculo sinergista é auxiliar ao movimento, e também existe mais de um músculo sinergista em um movimento articular. Por exemplo: os músculos sinergistas no movimento de abdução da coxa são o reto femoral, glúteo máximo (porção que se insere no tracto iliotibial), tensor da fáscia lata, glúteo mínimo, sartório e piriforme. 47 7 MÚSCULOS – ORIGEM, INSERÇÃO E FUNÇÃO Os músculos superficiais do dorso (trapézio e grande dorsal) conectam os membros superiores ao tronco e estão relacionados com os movimentos desses membros. O Músculo Trapézio Origem: Terço medial da linha nucal. Túber occipital e processos espinhosos de C7 a T12. Inserção: Terço lateral da clavícula, acrômio e espinha da escápula. Função: Eleva, retrai e roda a escápula. As fibras superiores elevam, as médias retraem e as inferiores deprimem a escápula. Roda a escápula. Músculo Grande Dorsal Origem: Processo espinhosos de T6 a T12, crista ilíaca e 3 a 4 costelas inferiores. Inserção: Assoalho do sulco intertubercular do úmero. Função: Estende, aduz e roda medialmente o úmero; levanta o corpo durante a escalada. Músculo Levantador da Escápula Origem: Tubérculos posteriores dos processos transversos das vértebras C1 a C4 Inserção: Parte superior da borda medial da escápula. Função: Eleva a escápula e inclina sua cavidade glenóide para baixo através da rotação da escápula. 48 Músculos Rombóides: Maior e Menor Origem: Menor: ligamento da nuca e processos espinhosos de C7 e T1 - é superior ao maior; Maior: processos espinhosos de T2 a T5. Inserção: Borda medial da escápula a partir do nível da espinha até o ângulo inferior. Função: Retrai a escápula e roda para abaixar a cavidade glenóide; fixa a escápula à parede torácica. Os músculos extrínsecos são compostos pelos músculos superficiais e intermediários do dorso. Os músculos intermediários do dorso (serrátil posterior e levantadores das costelas) são os músculos respiratórios superficiais. Existem dois músculos serráteis posteriores. Um superior que eleva as quatro costelas superiores, e um inferior que abaixa as costelas inferiores evitando que sejam puxadas pelo diafragma. Os músculos levantadores das costelas têm forma de leque e são em número de doze. Elevam as costelas. Os músculos intrínsecos são os músculos profundos do dorso. São divididos em três camadas: superficial, intermédia e profunda. Músculo Esplênio do Pescoço e da Cabeça Origem: Metade inferior do ligamento da nuca e processos espinhosos de T1 a T6. Inserção: Esplênio da cabeça: face lateral do processo mastóide. Esplênio do pescoço: tubérculos posteriores dos processos transversos de C1 a C4. Função: Isoladamente: fletem e rodam a cabeça para o mesmo lado. Em conjunto: estendem a cabeça e o pescoço. 49 Músculo Iliocostal (Porção lateral do Músculo Eretor da Espinha) Divisões: parte lombar; parte torácica; parte cervical. Origem: Origem comum - parte posterior da crista ilíaca. Inserção: Ângulos das costelas. Função: Unilateral: Flete lateralmente a cabeça ou a coluna. Bilateral: estendem a cabeça e parte da coluna (ou toda). Músculo Longuíssimo (Porção intermédia do Músculo Eretor da Espinha) Divisões: torácico; do pescoço; da cabeça. Origem: Origem comum. Inserção: Processos transversos das vértebras torácicas e cervicais além do processo Mastóide. Função: Unilateral: Flete lateralmente a cabeça ou a coluna. Bilateral: estendem a cabeça e parte da coluna (ou toda). Músculo Espinhal (Porção medial do Músculo Eretor da Espinha) Divisões: do tórax; do pescoço; da cabeça. Origem: Origem comum. Inserção: Processos espinhosos da região lombar superior e torácica inferior. Função: Unilateral: Flete lateralmente a cabeça ou a coluna. Bilateral: estendem a cabeça e parte da coluna (ou toda). Músculo Semi-Espinhal Divisões: do tórax; do pescoço; da cabeça. 50 Origem: Processos trans-versos de T1 a T6. Inserção: Metade medial da área entre as linhas nucais superior e inferior do osso occipital. Função: Bilateralmente: estendem as regiões cervical e torácica da coluna. Unilateralmente rodam essas regiões para o lado oposto. Músculo Multífido Origem: Arcos vertebrais. Inserção: Processos transversos. Função: Bilateralmente: estendem o tronco e estabilizam a coluna. Unilateralmente: flete o tronco lateralmente rodando-o para o lado oposto. Anatomia de Superfície Os processos espinhosos das vértebras móveis são facilmente palpáveis. Atrás de C1 há uma concavidade discreta. Os processos espinhosos de C3 a C5 não são facilmente palpáveis, por serem curtos e profundos. A C6 é facilmente palpável. E a C7 é denominada vértebra proeminente. Com o pescoço fletido é facilmente observável. Os processos espinhosos torácicos são palpados com facilidade no sulco mediano, entre as saliências formadas pelos músculo Eretor da Espinha. O sulco mediano é mais profundo na região toracolombar, desaparecendo onde o sacro forma uma massa triangular rígida. Os ângulos superiores desse trígono sacral estão localizados acima das espinhas ilíacas postero-superiores. O ângulo inferior está sobre o processo espinhoso de S3. Abaixo da crista sacral mediana está o sulco interglúteo. Aí se apalpa facilmente o hiato sacral. De T4 a T12 os processos espinhosos situam-se sobre o corpo da vértebra inferior. Sua base é adjacente à costela referente à próxima vértebra e sua extremidade situa-se em nível da segunda vértebra abaixo. 51 Região Lateral do Pescoço Esternocleidomastóideo: Inserção Superior: Processo mastóide e linha nucal superior. Inserção Inferior: Face anterior do manúbrio do esterno, junto à borda superior e anterior do 1/3 medial da clavícula. Inervação: Nervo Acessório (11º par craniano) e 2º e 3º nervos cervicais (plexo cervical) Ação: Fixo Superior Ação inspiratória: Fixo Inferior 52 Contração Unilateral: Inclinação lateral e rotação com a face virada para o lado oposto. Contração Bilateral: Flexão da cabeça. Escaleno Anterior: Inserção Superior: Tubérculos anteriores dos processos transversos da C3 a C6. Inserção Inferior: Face superior da 1ª costela (tubérculo escaleno anterior). Inervação: Ramos anteriores de 3º a 6º nervos cervicais. Escaleno Médio: Inserção Superior: Tubérculos anteriores dos processos transversos da C1 a C7. Inserção Inferior: Face superior da 1ª costela (podendo ser na 2ª costela). Inervação: Ramos anteriores de 3º a 4º nervos cervicais e o nervo do rombóide. Escaleno Posterior: Inserção Superior: Tubérculos posteriores dos processos transversos da C4 a C6. Inserção Inferior: Borda superior da 2ª costela. Inervação: Ramos anteriores de 3º a 4º nervos cervicais e o nervo do rombóide. Ação dos Escalenos: Fixo no Tórax Contração Unilateral: Inclinação lateral da coluna. Contração Bilateral: Rigidez no pescoço. Fixo na Coluna 53 Eleva as costelas (ação inspiratória). Reto Anterior Maior da Cabeça (Longo da Cabeça): Inserção Superior: Processo basilar (occipital). Inserção Inferior: Tubérculos anteriores dos processos transversos da C3 a C6. Inervação: Plexo Cervical. Ação: Contração Unilateral: Rotação da cabeça com a face virada para o lado oposto. Contração Bilateral: Flexão da cabeça e da coluna cervical. Reto Anterior Menor da Cabeça (Reto Anterior da Cabeça): Inserção Superior: Processo basilar (occipital). Inserção Inferior: Massas laterais e processo transverso de atlas. Inervação: 1º nervo cervical. Ação: Aproxima a cabeça do atlas. Longo do Pescoço: * Porção Oblíquo Superior (Descendente): Inserção Superior: Tubérculo anterior do atlas; Inserção Inferior: Tubérculoanterior dos processos transversos da C3 e C5. * Porção Oblíquo Inferior (Ascendente): Inserção Superior: Tubérculo anterior dos processos transversos da C5 e C6; Inserção Inferior: Corpos vertebrais da T1 e T3. 54 * Porção Vertical (Longitudinal): Inserção Superior: Corpos vertebrais de C2 a C4; Inserção Inferior: Corpos vertebrais de C5 até T3. Inervação: Ramos anteriores dos 4 primeiros nervos cervicais. Ação: Contração Unilateral: Flexiona a coluna cervical. Contração Bilateral: Inclinação lateral. Reto Lateral da Cabeça: Inserção Superior: Processo jugular (occipital). Inserção Inferior: Processo transverso do atlas. Inervação: 1º ramo cervical. Ação: Contração Unilateral: Inclinação Lateral. Contração Bilateral: Rigidez da Coluna. Esplênio da Cabeça: Origem: Ligamento nucal (ligamento cervical) e processos espinhosos da 7ª vértebra cervical e das três primeiras torácicas. Inserção: Linha nucal superior e processo mastóide do osso temporal. Inervação: Ramos cervicais posteriores dos nervos espinhais (nervos raquídios cervicais). Ação: Extensão, inclinação lateral e rotação da cabeça para o lado oposto. Esplênio do Pescoço: Origem: Processos espinhosos da 3ª a 5ª vértebras torácicas. Inserção: Processos transversos das 3 primeiras vértebras cervicais. 55 Inervação: Ramos cervicais posteriores dos nervos espinhais (nervos raquídios cervicais). Ação: Extensão, inclinação lateral e rotação da cabeça para o lado oposto. Semi-Espinhal da Cabeça (Extensor da Cabeça): Origem: Processos transversos da 1ª vértebra cervical até a 7ª torácica. Inserção: Superfície óssea entre as linhas nucais superior e inferior. Inervação: Ramos dos nervos espinhais cervicais. Ação: Extensão da Cabeça e rotação para o lado oposto (contração unilateral). Semi-Espinhal do Pescoço (Extensor do Pescoço): Origem: Processos transversos da 2ª a 7ª vértebras torácicas. Inserção: Processos espinhosos da 2ª a 5ª vértebras cervicais. Inervação: Ramos dos nervos espinhais cervicais. Ação: Extensão do pescoço. Reto Posterior Maior da Cabeça: Origem: Processo espinhoso do áxis. Inserção: Linha nucal inferior. Inervação: Ramos posteriores dos nervos espinhais (raquídios) cervicais. Ação: Extensão da cabeça. Reto Posterior Menor da Cabeça: 56 Origem: Tuberosidade posterior do atlas. Inserção: Linha nucal inferior. Inervação: Ramos posteriores dos nervos espinhais (raquídios) cervicais. Ação: Extensão da cabeça. Oblíquo Superior da Cabeça: Origem: Massa lateral e processo transverso do atlas. Inserção: Linha nucal inferior. Inervação: Ramos posteriores dos nervos espinhais (raquídios) cervicais. Ação: Contração Unilateral - Rotação da cabeça. Contração Bilateral - Extensão da cabeça. Oblíquo Inferior da Cabeça: Origem: Processo espinhoso do áxis. Inserção: Massa lateral e processo transverso do atlas. Inervação: Ramos posteriores dos nervos espinhais (raquídios) cervicais. Ação: Contração Unilateral - Rotação da cabeça. Contração Bilateral - Extensão da cabeça. Músculos do Ombro - Vista Anterior 57 Deltóide: Inserção Superior: 2/3 laterais da borda anterior da clavícula, acrômio e espinha da escápula. Inserção Inferior: Tuberosidade deltóidea (1/2 da diáfise do úmero). Inervação: Nervo axilar (C5 e C6). Ação: Abdução do braço auxilia nos movimentos de flexão, extensão, rotação lateral e medial e flexão e extensão horizontal do braço e fixa a articulação do ombro. Redondo Maior (Passa internamente - entre costelas e úmero): Inserção Medial: Metade inferior da borda lateral da escápula e ângulo inferior da escápula. Inserção Lateral: Sulco intertubercular. Inervação: Nervo subescapular (C5 e C6). 58 Ação: Rotação medial, adução e extensão do braço e fixação da articulação do ombro. Redondo Menor: Inserção Medial: Metade superior da borda lateral da escápula. Inserção Lateral: Face inferior do tubérculo maior do úmero. Inervação: Nervo axilar (C5 e C6). Ação: Rotação lateral do braço e fixação da articulação do ombro. Infra-Espinhoso: Inserção Medial: Fossa infra-espinhosa. Inserção Lateral: Faceta média do tubérculo maior do úmero. Inervação: Nervo supra-escapular (C5 e C6). Ação: Rotação lateral do braço, fixação da articulação do ombro e auxilia na extensão horizontal do braço. Supra-Espinhoso: Inserção Medial: Fossa supra-espinhosa. Inserção Lateral: Faceta superior do tubérculo maior do úmero. Inervação: Nervo supra-escapular (C5 e C6). 59 Ação: Auxilia o deltóide na abdução do braço (até aproximadamente 30°), auxilia na rotação lateral e fixa a articulação do ombro. Subescapular: Inserção Medial: Borda medial e lateral da escápula e fossa subescapular (face anterior da escápula). Inserção Lateral: Tubérculo menor do úmero. Inervação: Nervo subescapular (C5 e C6). Ação: Rotação medial e fixação da articulação do ombro e auxilia na extensão e abdução do braço. MANGUITO ROTADOR: A função principal deste grupo é manter a cabeça do úmero contra a cavidade glenóide, reforçar a cápsula articular e resistir ativamente a deslocamentos indesejáveis da cabeça do úmero em direção anterior, posterior e superior. * SUPRA-ESPINHOSO * INFRA-ESPINHOSO * REDONDO MENOR * SUBESCAPULAR Músculos do Ombro - Vista Posterior 60 61 Bíceps Braquial: Inserção Superior: Porção Longa (Lateral): Tubérculo supra-glenoidal; Porção Curta (Medial): Processo coracóide (escápula). Inserção Inferior: Tuberosidade radial. Inervação: Nervo musculocutâneo (C5 e C6). Ação: Flexão do cotovelo, supinação do antebraço, depressão do ombro e um pequeno movimento de abdução realizada pela porção longa. Coracobraquial: 62 Inserção Superior: Processo coracóide (escápula). Inserção Inferior: Face medial de 1/3 médio do úmero. Inervação: Nervo musculocutâneo (C6 e C7). Ação: Flexão e adução do braço e deprime o ombro. Braquial Anterior: Inserção Superior: Tuberosidade deltóidea e face anterior da metade inferior do úmero. Inserção Inferior: Processo coronóide da ulna. Inervação: Nervo musculocutâneo (C5 e C6). Ação: Flexão do cotovelo. Tríceps Braquial: Inserção Superior: Porção Longa: Tubérculo infra-glenoidal (único que fica na escápula); Porção Lateral: Face posterior do úmero (acima do sulco radial); Porção Medial: Face posterior do úmero (abaixo do sulco radial). Inserção Inferior: Olécrano (ulna). Inervação: Nervo radial (C7 e C8). Ação: Extensão do cotovelo e a porção longa fazem adução do braço. 63 Pronador Redondo: Inserção Superior: Epicôndilo medial do úmero e processo coronóide da ulna. Inserção Inferior: Face lateral do 1/3 médio do rádio. Inervação: Nervo Mediano (C6 e C7). Ação: Pronação do antebraço. Flexor Radial do Carpo: Inserção Superior: Epicôndilo medial do úmero (epitróclea). Inserção Inferior: Face anterior do 2º metacarpiano. 64 Inervação: Nervo Mediano (C6 e C7). Ação: Flexão do punho, rotação medial da mão e auxilia na flexão do cotovelo e pronação. Palmar Longo: Inserção Superior: Epicôndilo medial. Inserção Inferior: Aponeurose palmar. Inervação: Nervo Mediano (C6 e C7). Ação: Flexão do punho e tenciona a aponeurose palmar. Músculos do Antebraço 65 Flexor Ulnar do Carpo: Inserção Superior: Epicôndilo medial do úmero, 2/3 proximais da borda posterior da ulna e olécrano. Inserção Inferior: Osso pisiforme, hamato e base do 5º metacarpiano. Inervação: Nervo Ulnar (C8 e T1). Ação: Flexão do punho, adução da mão (desvio ulnar) e auxilia na flexão do cotovelo. Flexor Comum Superficial dos Dedos: 66 InserçãoSuperior: Epicôndilo medial do úmero, processo coronóide da ulna e face anterior do 1/3 médio do rádio. Inserção Inferior: Face anterior da 2ª falange do 2º ao 5º dedos. Inervação: Nervo Mediano (C7, C8 e T1). Ação: Flexão de punho, flexão da 2ª falange sobre a 1ª, da 1ª sobre os metacarpos e auxilia na flexão do cotovelo. Flexor Comum Profundo dos Dedos: Inserção Superior: Face anterior da ulna e membrana interóssea. Inserção Inferior: Face anterior da 3ª falange do 2º ao 5º dedo. Inervação: Nervo Mediano e ulnar (C8 e T1). Ação: Flexão de punho, flexão da 3ª falange sobre a 2ª e da 2ª sobre a 1ª e da 1ª sobre os metacarpos. 67 Flexor Longo do Polegar: Inserção Superior: Face anterior do rádio e membrana interóssea. Inserção Inferior: Base da 2ª falange do polegar. Inervação: Nervo Mediano (C8 e T1). Ação: Flexão de punho, flexão da 2ª falange sobre a 1ª e faz inclinação radial. Pronador Quadrado: Inserção Superior: 1/4 distal da face medial da ulna. Inserção Inferior: 1/4 distal da face lateral do rádio. Inervação: Nervo Mediano (C8 e T1). Ação: Pronação do antebraço. Músculos do Antebraço – Rotadores 68 Braquiorradial: Inserção Superior: Face lateral do 1/3 médio do úmero e epicôndilo lateral. Inserção Inferior: Processo estilóide do rádio. Inervação: Nervo Radial (C5 e C6). Ação: Flexão de cotovelo, pronação e supinação se o braço estiver em pronação prévia. Músculos do Antebraço – Flexores 69 Extensor Radial Longo do Carpo: Inserção Superior: 1/3 inferior da face lateral do úmero e epicôndilo lateral. Inserção Inferior: Face posterior da base do 2º metacarpiano. Inervação: Nervo Radial (C6 e C7). Ação: Extensão de punho e abdução da mão. Extensor Radial Curto do Carpo: Inserção Superior: Epicôndilo lateral do úmero. Inserção Inferior: Face posterior do 3º metacarpiano. Inervação: Nervo Radial (C6 e C7). Ação: Extensão do punho e abdução da mão. 70 Supinador: Inserção Superior: Epicôndilo lateral do úmero e 1/4 proximal da ulna. Inserção Inferior: Face lateral e 1/2 superior do rádio. Inervação: Nervo Radial (C6 e C7). Ação: Supinação do antebraço. Extensor Comum dos Dedos Inserção Superior: Epicôndilo lateral do úmero; Inserção Inferior: 2ª e 3ª falanges do 2º ao 5º dedos e tendão extensor para cada dedo; Inervação: Nervo Radial (C6, C7 e C8). Ação: Extensão da 3ª falange sobre a 2ª, da 2ª sobre a 1ª e da 1ª sobre os metacarpianos e acessoriamente faz extensão de punho e cotovelo. Extensor Próprio do 5º Dedo: Inserção Superior: Epicôndilo lateral do úmero. Inserção Inferior: Tendão do extensor comum para o 5º dedo. Inervação: Nervo Radial (C6, C7 e C8). Ação: Extensão do 5º dedo. Extensor Ulnar do Carpo: 71 Inserção Superior: Epicôndilo lateral do úmero. Inserção Inferior: Face dorsal na base do 5º metacarpiano. Inervação: Nervo Radial (C6, C7 e C8). Ação: Extensão e adução da mão. Ancôneo: Inserção Superior: Epicôndilo lateral do úmero. Inserção Inferior: Borda lateral do olécrano. Inervação: Nervo Radial (C7 e C8). Ação: Extensão do cotovelo. Abdutor Longo do Polegar. Inserção Superior: 1/3 médio da face posterior do rádio, face lateral da ulna e membrana interóssea. Inserção Inferior: Base do primeiro metacarpiano. Inervação: Nervo Radial (C6 e C7). Ação: Abdução da mão e polegar e rotação lateral da mão e polegar. 72 Extensor Curto do Polegar: Inserção Superior: Face posterior do rádio e membrana interóssea. Inserção Inferior: Face dorsal da base da 1ª falange do polegar. Inervação: Nervo Radial (C6 e C7). Ação: Extensão da 1ª falange sobre o 1º metacarpiano e abdução do polegar. Extensor Longo do Polegar: Inserção Superior: Face lateral do 1/3 médio da ulna e membrana interóssea. 73 Inserção Inferior: Face dorsal da base da 2ª falange do polegar. Inervação: Nervo Radial (C6 e C7). Ação: Abdução do polegar, extensão do punho e extensão da 2ª falange sobre a 1ª e da 1ª sobre o metacarpiano. Extensor Próprio do 2º Dedo (Index): Inserção Superior: Face posterior da ulna e membrana interóssea. Inserção Inferior: Tendão do extensor comum do 2º dedo. Inervação: Nervo Radial (C6 e C7). Ação: Extensão do 2º dedo. Músculos do Antebraço – Extensores 74 75 Músculos da Mão Abdutor Curto do Polegar: Inserção Superior: Tuberosidade do osso escafóide, crista do trapézio e retináculo dos flexores. Inserção Inferior: 1ª falange do polegar. Inervação: Nervo mediano (C6 e C7). Ação: Abdução do polegar. 76 Flexor Curto do Polegar: Inserção Superior: Porção Superficial: Trapézio e retináculo dos flexores; Porção Profunda: Trapezóide e capitato. Inserção Inferior: Tubérculo lateral da base da 1ª falange do polegar e sesamóide lateral. Inervação: Nervo mediano e radial (C8 e T1). Ação: Flete a 1ª falange do polegar sobre o 1º metacarpiano e adução do polegar. Oponente do Polegar: Inserção Superior: Trapézio e retináculo dos flexores. Inserção Inferior: 1º metacarpiano. Inervação: Nervo mediano (C6 e C7). Ação: Abduz, flete e gira o osso metacárpico do polegar levando o mesmo em oposição à palma da mão. Adutor do Polegar: Inserção Medial: Porção Oblíqua: Trapezóide e capitato; Porção Transversa: 2º e 3º metacarpos e articulações metacarpofalangeanas correspondentes. Inserção Lateral: Tubérculo lateral na base da 1ª falange e sesamóide lateral. 77 Inervação: Nervo ulnar (C8 e T1). Ação: Adução do polegar. Palmar Cutâneo: 1ª Inserção: Aponeurose palmar. 2ª Inserção: Camada profunda da derme da eminência hipotênar. Inervação: Nervo ulnar (C8 e T1). Ação: Pregas transversais na região hipotênar. Abdutor do Mínimo: Inserção Superior: Pisiforme, tendão do músculo flexor ulnar do carpo e retináculo dos flexores. Inserção Inferior: Base da 1ª falange do dedo mínimo. Inervação: Nervo ulnar (C8 e T1). Ação: Abdução do dedo mínimo e flexão da falange proximal do mesmo. Flexor Curto do Mínimo: Inserção Superior: Hâmulo do hamato e retináculo dos flexores. Inserção Inferior: Base da 1ª falange do dedo mínimo. 78 Inervação: Nervo ulnar (C8 e T1). Ação: Flete a 1ª falange do dedo mínimo sobre o 5º metacarpiano. Oponente do Mínimo: Inserção Superior: Hâmulo do hamato e retináculo dos flexores. Inserção Inferior: Face medial do 5º metacarpiano. Inervação: Nervo ulnar (C8 e T1). Ação: Abduz, flete e faz rotação do 5º metacarpo deslocando o dedo mínimo em oposição ao polegar. Lumbricais - 4 Músculos: Inserção Superior: Tendão do flexor comum profundo dos dedos. Inserção Inferior: Tendão do extensor comum dos dedos. Inervação: Nervo mediano (C6 e C7) - 1º e 2º lumbricais e nervo ulnar (C8) - 3º e 4º lumbricais. Ação: Flete a 1ª falange e estende a 2ª e 3ª falanges. Interósseos Palmares (1º ao 3º Dedo) - 3 Músculos: Origem: Toda a extensão dos 2º, 4º e 5º metacarpos na superfície palmar. Inserção: Base da falange proximal do dedo correspondente: 1º na face ulnar do 2º dedo, 2º e 3º na face radial dos 4º e 5º dedos. Inervação: Nervo ulnar (C8 e T1). 79 Ação: Adução (aproximação) dos dedos. Interósseos Dorsais (1º ao 4º Dedo) - 4 Músculos: Origem: Cada um por duas porções originadas dos lados adjacentes dos metacarpos entre os quais reside. Inserção: Base das falanges proximais dos três dedos: 1º e 2º interósseo na face radial do 2º e 3º dedos, 3º e 4º interósseos na face ulnar do 3º e 4º dedos. Em expansões aponeuróticas dos tendões do extensor dos dedos correspondentes. Inervação: Nervo ulnar (C8 e T1). Ação: Abdução (afastamento)
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