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ESTUDO SOBRE O CRESCENTE USO DE EXPLOSIVOS EM ARROMBAMENTOS BANCÁRIOS E A ATUAÇÃO DO AGENTE DE SEGURANÇA PÚBLICA DIANTE DESTA RECENTE MODALIDADE CRIMINOSA Luís Paulo Penha Costa1 RESUMO Este trabalho aborda eventos concretos do uso inadequado de artefatos explosivos por quadrilhas especializadas em arrombamentos bancários. Acrescente onda de violência deste tipo abre um questionamento sobre a preparação da Força de Segurança Pública e a desmistificação do assunto dentro da corporação. O objetivo pretendido é de cunho informativo e genérico, pois para uma abrangência técnica não atingiria o alvo principal, o agente de segurança comum. É sabido, porém que o assunto ainda é bem ignorado por autoridades, mas a alta dos índices chama atenção para uma urgente reestruturação de procedimentos operacionais em caso de possíveis ocorrência. Será abordado neste trabalho ainda tipos, usos e levantamentos de dados sobre explosivos no Estado do Maranhão, como também, o correto manuseio e as consequências em caso de má utilização. Palavras-chave: Explosivos. Dinamite. Arrombamento. Onda de Choque. 1 INTRODUÇÃO Diante dos fatos atuais envolvendo arrombamento a estabelecimentos bancários ou de valores com o uso de explosivos, a busca pela atualização no método de abordagem policial com agregação de novos conhecimentos sobre a matéria é de extrema necessidade, tendo em vista que o número desse tipo de ocorrência tem aumentado pondo populações inteiras de cidades pequenas em puro terror e afrontando o poder público em proporcionar segurança. Este artigo tem como finalidade trazer um informativo sobre EXPLOSIVOS, suas propriedades e principais utilizações. No meio policial militar não há muita empregabilidade porque a PM não trabalha com detonações em suas operações, ao menos não é usual. Mesmo não tendo emprego policial militar, quadrilhas vem, nos últimos anos, empregando o uso de EXPLOSIVOS em arrombamentos bancários ou a empresas de valores, com pouco conhecimento, ponto em risco a própria segurança e a das instalações. _______________ 1 Graduando do segundo período do Curso de Formação de Oficiais da Polícia Militar em convênio com a Universidade Estadual do Maranhão. A falta de conhecimento por parte dos policiais poderá pôr em risco a segurança da guarnição durante o manuseio de artefatos falhados ou nos deixados para trás pelos bandidos. Forças de segurança, como os Estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Rio Grande do Sul, possuem um corpo estruturado para ações antibomba, visto a necessidade crescente de tais conhecimentos frente ao uso indiscriminado por bandidos. A motivação principal desses Estados vem da forma como quadrilhas conseguem EXPLOSIVOS e as empregam em arrombamentos, muitas vezes deixando para trás artefatos falhados. Por enquanto o Estado do Maranhão não possui um esquadrão antibomba, enquanto que o uso de EXPLOSIVOS a assaltos a bancos cresceu, e a corporação necessita de uma reestruturação do seu corpo especializado no trato dessa nova modalidade criminosa. 2 SURGIMENTO DOS EXPLOSIVOS Para iniciar este artigo, definamos alguma curiosidade acerca dos EXPLOSIVOS, pois apesar de ter milênios de sua descoberta, para fins diversos, hoje eles tomam uma terrível fama devido à sua utilização deturpada como arma para o crime. Como esta modalidade criminosa tem apenas algumas décadas e ganhar cunho nacional, as forças de segurança ainda detém pouco conhecimento sobre o assunto. O conhecimento sobre EXPLOSIVOS ainda não é tão difuso nas forças policiais do Brasil, devido ao pouco (ou nenhum) uso pratico nas atividades policiais, e ao uso ser voltado praticamente às questões comerciais. Porém nas últimas décadas, quadrilhas especializadas em assaltos a bancos ou a empresa de valores, tem utilizado com certa frequência o uso de EXPLOSIVOS em suas atividades criminosas. Como a pratica é recente, ainda não existem dados profundos sobre o modo de agir destes criminosos, o que existem são pesquisas isoladas, a níveis regionais, de mídias jornalísticas ou da polícia civil. Para falarmos sobre EXPLOSIVOS, voltemos à China do ano de 1000 d.C. com a descoberta da pólvora: uma mistura de carvão, enxofre e nitrato de potássio, muito utilizada em artifícios pirotécnicos. Agora como material bélico foi o frade alemão Berthold Schwarz, no século XIV, com a primeira arma de fogo. Este material ainda seria utilizado por mais 500 anos como fonte de propulsão até que o químico italiano Ascanio Sobrero, descobre a nitroglicerina, que segundo os químicos, é altamente instável. Em 1867, o químico sueco Alfred Nobel, inventa a DINAMITE, explosivo largamente usado em diversas atividades, e a mais famosa entre os arrombadores de bancos. Partindo da mistura da nitroglicerina com uma terra rica em fosseis, que a deu mais estabilidade, estes detonantes são muitos usados em demolições e escavações, por exemplo. Ainda no século XIX era descoberto o TNT (trinitrotolueno), explosivo principalmente usado por militares na fabricação de minas e granadas. Isto devido à sua maior segurança pois só é detonado em reação a duas outras substancias: azida de chumbo e fulminato de mercúrio. Outro poderoso explosivo é o óleo combustível nitrato de amônio, criado em 1950, decorre da reação do vapor desse óleo com o gás do nitrato de amônio e sua principal utilização é na mineração e na construção civil. 3 O QUE SÃO EXPLOSIVOS E O QUE ELES CONTÊM? Segunda reportagem publicada na revista SUPER INTERESSANTE, Edição 180ª de setembro de 2002, fala que “são substanciais inflamáveis que, uma vez incendiadas, liberam gases de alta temperatura com uma pressão violenta”, em outras palavras é uma violenta reação química devido à instabilidade molecular de suas substancias. Para explicar melhor sobre esta reação química, o Maj Eng Cabral Gomes, professor de Química de EXPLOSIVOS da Academia Militar, em seu artigo NOVAS TECNOLOGIAS NA INICIAÇÃO DE CARGAS EXPLOSIVAS, fala que: “são substancias químicas que quando convenientemente iniciadas, provocam uma rápida reação e subsequente passagem ao estado gasoso. Esta reação é acompanhada de uma elevação brusca de temperatura, originando um aumento considerável de volume, que é acompanhado de uma forte produção de energia expansiva, energia esta que é a razão de toda destruição provocada pela explosão.” (GOMES, 200?) O Grupamento de Operações com Produtos Perigosos (GOPP) dos CBMERJ, elaborou um manual devido a necessidade dos CBM do Rio de Janeiro em padronizar procedimentos acerca de produtos controlados, entre eles o objeto deste trabalho. Este mesmo manual define explosivos como “substancias capazes de rapidamente se transformarem em gases, produzindo calor intenso e pressões elevada” observando os variados conceitos de autores distintos, todos remetem a uma só ideia de que o resultado final dos EXPLOSIVOS produzirá sempre “calor e pressão”. 3.1 Decomposição química A decomposição dos EXPLOSIVOS ocorre de três maneiras distintas: combustão, deflagração e detonação. Na combustão o explosivo queima pela propagação da condutividade térmica; na deflagração ocorre uma combustão acelerada com aumento de temperatura e pressão; e na detonação, a mais violenta de todas, há um efeito de ruptura, com enorme pressão, ou onda de choque, com velocidade de transformação na ordem de 2 a 9 km/s. Para ilustrar melhor, segue um quadro demonstrativo: Processos e características da decomposição química dos explosivos Processo Características Velocidade de transformação Efeito Combustão A reação propaga-se pela condutividade térmica Moderada (daordem de cm/s) O explosivo queima Deflagração Combustão acelerada, com aumento local de temperatura e pressão Rápida (da ordem de 100 a 1000 m/s) O explosivo deflagra. Tem efeito de uma pressão progressiva Detonação Criação de uma onda de choque associada à reação química Muito rápida (da ordem de 2 a 9 km/s) O explosivo detona. Tem um efeito de ruptura, com uma pressão muito grande, e de impacto (onda de choque) Fonte: Raul Gomes, 2000. Já o manual T9-1903 classifica o processo de decomposição química nos mesmo princípios, mas com as seguintes transformações: Queima ................Até 1000 m / s. Deflagração ..........De 1000 a 2000 m / s. Explosão ..............De 2000 a 3000 m / s. Detonação ............Acima de 4000 m / s. E sua velocidade de Transformação leva em consideração os seguintes Fatores de Dependência: Quantidade de explosivo, Condições e forma de emprego, e Pureza e estado de conservação. Quando a detonação de um alto explosivo é iniciada pelo choque ou calor, forma- se uma onda, denominada ONDA DE CHOQUE, reage sobre as partículas da substância, fazendo com que a transformação ao estado gasoso se processe quase instantaneamente. A expansão da massa gasosa é contrariada por tudo que lhe oponha resistência e, em consequência, tudo será afastado ou se romperá. A violência da explosão depende da velocidade de detonação e da temperatura e volume dos gases produzidos. A maior parte dos EXPLOSIVOS usados em arrombamentos bancários ou afins, reagem por deflagração ou detonação devido à violência da onda de choque, infelizmente a imperícia desses meliantes põe em risco tanto a estrutura física do local a ser detonado como as adjacências como a própria vida e de vítimas. O paradigma de que só pondo a carga a ser detonada sem se preocupar com a preparação do ponto ou quantidade precisa ser quebrada, pois a onda de choque pode ser invisível e fatal. Em seu manual de campanha de EXPLOSIVOS e destruições, lançado em 1991, Marius Neto separa os EXPLOSIVOS que reagem por detonação em EXPLOSIVOS militares e comerciais. De maneira bem didática ele conta que os EXPLOSIVOS militares possuem uma velocidade de detonação variável de 6000 e 9000 m/s (alta); e os comerciais, devido ao seu emprego mais direcionado ao público civil, tem uma velocidade de propagação menor, de 3000 a 7000 m/s. O que há de comum entre todos os EXPLOSIVOS é que, no momento de iniciação, a reação é rápida, “formando um grande volume de gás a altas temperaturas” (NETO, 1991). 4 FISCALIZAÇÃO O maior responsável pela fiscalização das fabricantes de EXPLOSIVOS e estopins é o Exército Brasileiro, que exerce o direito, quando julgar necessário, fiscalizar, por meio de militares responsáveis ou agente técnico credenciado para tal fim. Estes fiscais possuem livre acesso às dependências da fábrica ou paióis como também às documentações relativas aos produtos EXPLOSIVOS em suas posses. Mas a função fiscalizadora não se restringe apenas às fabricas ou empresas utilizadoras dos EXPLOSIVOS, pois sabe-se que parte dos materiais EXPLOSIVOS que são utilizados em assaltos a bancos entram de maneira irregular através das fronteiras, que são de responsabilidades das Forças Federais. São observados, durante a inspeção, itens de segurança e um certificado onde conste que o produto fora fabricado e controlado em acordo com as determinações existentes na norma NEB/T E-293. Apesar de toda fiscalização ou forma de controle por parte dos órgãos responsáveis, existem duas formas básicas de obter EXPLOSIVOS: comprando o material nos países vizinhos ou roubo de empresas que utilizam os EXPLOSIVOS, este último é o método mais usual de obtenção do material no Maranhão. a) COMPRA DE EXPLOSIVOS: o principal meio de compra de EXPLOSIVOS de maneira ilícita vem das fronteiras. Nos países vizinhos onde a fiscalização de EXPLOSIVOS é deficiente, os EXPLOSIVOS são comprados como se fossem produtos qualquer, junto com a compra vem uma ‘explicação’ do vendedor quanto a correta utilização dos artefatos; b) ROUBO DE EXPLOSIVOS: os dados de roubo de EXPLOSIVOS no Brasil não são oficiais, mas segundo o Exército Brasileiro, no ano de 2012 foram registrados 60 casos de roubo de cargas explosivas, parece um número pequeno, porém em cada roubo a quantidade pode chegar a toneladas! Lugares com deficiência na segurança ou armazenagem são as preferidas das quadrilhas, como canteiros de obras e pedreiras, um exemplo foi o roubo de dinamites, em 2014, de uma pedreira em Parauapebas - PA, que segundo a Polícia Civil, em reportagem ao G1 MA à época, seria para assaltos a bancos nos Estados do Pará e Maranhão. No Brasil, a sanção penal prevista para quem usa de maneira ilegal os explosivos, é regida pela Lei nº 10.826, de 22 de dezembro de 2003, que possui a seguinte redação: Art. 16. Possuir, deter, portar, adquirir, fornecer, receber, ter em depósito, transportar, ceder, ainda que gratuitamente, emprestar, remeter, empregar, manter sob sua guarda ou ocultar arma de fogo, acessório ou munição de uso proibido ou restrito, sem autorização e em desacordo com determinação legal ou regulamentar: Pena – reclusão, de 3 (três) a 6 (seis) anos, e multa. Parágrafo único. Nas mesmas penas incorre quem: [...] III – possuir, detiver, fabricar ou empregar artefato explosivo ou incendiário, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar; [...] V – vender, entregar ou fornecer, ainda que gratuitamente, arma de fogo, acessório, munição ou explosivo a criança ou adolescente; e VI – produzir, recarregar ou reciclar, sem autorização legal, ou adulterar, de qualquer forma, munição ou explosivo. E o Código Penal brasileiro prever a seguinte pena: Art. 251 – Expor a perigo a vida, a integridade física ou o patrimônio de outrem, mediante explosão, arremesso ou simples colocação de engenho de dinamite ou de substância de efeitos análogos: Pena – reclusão de 3(três) a 6(seis) anos e multa. § 1º - se a substância não é dinamite ou explosivo de efeitos análogos: Pena – reclusão de 1(um) a 4(quatro) anos e multa. [...] § 3º No caso de culpa, se a explosão é de dinamite ou substância de efeitos análogos, a pena é de detenção, de seis meses a dois anos; nos demais casos, é de detenção, de três meses a um ano 5 MANUSEIO E DESTRUIÇÃO DE EXPLOSIVOS Em regras gerais, todo material explosivo, falhado ou não, deve ser destruído de imediato e no local onde estão alocadas, isto porque parte-se do pressuposto de que todo material explosivo tem poder de destruição, independentemente do tamanho ou material. Há um grande perigo aos policiais sem o treinamento específico para o manuseio de engenhos falhados, pela sensibilidade química dos seus componentes e que, se falharam, é porque houve uma interrupção desconhecida no processo de reação química; conforme recomenda-se no manual do Exército Brasileiro C5-37, o contato deve ser evitado. Este mesmo manual mencionado acima recomenda duas formas de destruição: destruição pelo fogo, seguindo os procedimentos previstos para queima de EXPLOSIVOS; e o que normalmente é usual, a destruição por explosão, que trata de aplicar uma outra carga de EXPLOSIVOS junta ao “engenho falhado” e proceder com a detonação das duas. Conforme orientações contidas na Nota de Aula Básico de explosivos - PCERJ, os procedimentos iniciais ao ser encontrado um objeto suspeito por algum civil ou PM, são: Informar com exatidão a localização do objeto, isolando a área; Desobstruir a área ao redor do objeto;Remoção, se for o caso, do objeto para uma área remota, usando técnica apropriada (apenas pessoal especializado); Evacuação total ou parcial do local; e Acionamento de equipe especializada para neutralizar, remover ou destruir no local. 5.1 Remoção das falhas Segundo orientações contidas no Manual C 5-25, os procedimentos adotados para remoção de cargas falhadas procedem-se da seguinte forma: esperar no mínimo 30 minutos, para investigar a causa da falha e tomar qualquer ação. Se a carga não tiver enchimento, evitar manuseá-la; escorvar um petardo de 500 g de TNT ao lado da falha e acionar novamente; se o enchimento não for superior a 30 cm, procurar acionar a carga explodindo uma nova carga- escorva de 1 kg de TNT sobre o enchimento; e se a carga falhada estiver enterrada é necessário remover cuidadosamente o enchimento. Estas ações não devem ser executadas com ferramentas metálicas, porque, por descuido, a ação da ferramenta sobre a carga poderá acioná-la. Em caso de EXPLOSIVOS não escorvados e haver necessidade e possibilidade de transportá-lo, deve-se observar as prescrições de segurança contidas no C 5-25 do Exército Brasileiro que seguem os seguintes princípios: os EXPLOSIVOS não devem ser transportados em reboque; não conduzir EXPLOSIVOS junto com espoletas ou detonadores; e identificar a viatura que está transportando. A Polícia Militar do Maranhão deveria, aos mesmos moldes ou adaptado à realidade da PM, criar uma equipe especializada na destruição de artefatos EXPLOSIVOS, como existe no Exército Brasileiro chamado de TULEDeF (Turma de Levantamento e destruição de Engenho Falhado). Órgãos de segurança pública como a Polícia Civil do Rio de Janeiro, disponibilizam vagas a militares de outras unidades da federação para especialização no EBE – Estagio Básico de Explosivo. 5.2 Equipamento de Proteção Individual Para desativação de artefatos explosivos (DAE), sigla usado pelo Exército Brasileiro ou artefatos não detonados (AND) nomenclatura usada pelas polícias civis e militares, utiliza-se roupas especiais. Essas roupas especiais são confeccionadas por materiais que vão desde placas de cerâmica a kevlar, o mesmo encontrado nos coletes balísticos. O tipo de roupa varia de acordo com a resistência e proteção requerida. Para se entender os danos a proteção à que a roupa especial antibomba é submetida, conceituaremos a seguir o que ocorre em uma explosão: onda de propulsão, ondas de choque, fragmentação, calor e rajada de vento. a) ONDA DE PROPULSÃO – durante uma explosão, tudo ao seu redor fica superpressurizado, ou seja, as partículas contidas no ar ficam comprimidas em uma velocidade semelhante ou superior à do som. A tendência dessa onda é de se dissipar por uma grande área em milésimos de segundos. A maior destruição da explosão vem dessa onda de propulsão inicial que Ao atingir algum obstáculo (estrutura ou pessoa), será visto a força da explosão, primeiro impacto, depois a destruição do obstáculo. b) ONDAS DE CHOQUE – o resultado da violência da onda de propulsão é a onda de choque, que são de alta velocidade, ou ondas de pressão, que possuem a característica peculiar de atravessar tecidos ou órgãos atrás da energia transportada pelo meio que a transportam, chegando a ser supersônica. As roupas especiais existentes ainda não possuem uma maneira eficaz de impedir que as ondas de choque as transpassem. Um exemplo de uma ocorrência do tipo foi um Tenente do Exército que veio a óbito, por parada cardíaca, durante a explosão de petardos em um campo de instrução no 23 Batalhão de Caçadores, Fortaleza – CE no ano de 2010; ele foi atingido pela onda de choque que ocasionou a parada do coração sem danos aos tecidos. c) FRAGMENTAÇÃO – são os estilhaços resultantes da explosão. O deslocamento de ar da onda de propulsão carrega consigo materiais que podem ser nocivos ao material ou pessoal próximo da explosão. d) FOGO E CALOR – durante a explosão, a pressão sofrida gera calor elevado e o material constituinte do explosivo pode gerar fogo. e) RAJADA DE VENTO – é ocasionado pelo deslocamento de massa de ar durante a passagem da onda de propulsão. Porém esse deslocamento de ar pode sofrer deslocamento contrário devido ao vácuo que é produzido no local da explosão, puxando material de volta à origem da explosão. Esse evento é bem visível em uma grande explosão que forma o corpo de “cogumelo”, em que a massa de ar afasta-se da origem da explosão e depois suga tudo para a mesma origem. Entendido as reações da explosão a que a roupa especial antibomba é submetida, quando a mesma é atingida, a sua função é reduzir a força do impacto pelas fibras que a formam. essas fibras dispersam a energia da explosão por toda a roupa. A proteção balísticas tem a função de dissipar a energia e repelir os fragmentos da explosão. E quanto ao calor e ao fogo produzido, estas são neutralizadas pela característica antichamas do tecido. O tecido dessa roupa é constituído de Kevlar ou de aramida, fibras derivadas de polímeros. A relação resistência-peso desse tipo de tecido é ideal para roupas resistentes a explosões. Também pode ser acrescentada à roupa uma camada extra de espuma ou de outro enchimento para maior eficiência da proteção ao usuário, não apenas contra fragmentos, mas também para amortecimento de quedas do operador. Os componentes das roupas antibomba são: a) CAPACETE - resistente a explosões pode ser fabricado com um núcleo em aramida, algumas camadas externas protetoras e um cinto de suspensão. Há uma abertura frontal no capacete, o visor, transparente e balístico, e, de acordo com a necessidade dos usuários, fones e microfone embutidos para comunicação, além de câmeras, lanternas e um sistema de ventilação. b) COLARINHO - proteção do pescoço e se estende até o capacete. c) GALOCHAS – tipo de bota especial presa a roupa do operador. d) PLACAS - distribuídas por toda a roupa, protegem regiões sensíveis como pescoço, peito e virilha. Mas dependendo das especificações do comprador, podem vir em bolsos internos nos braços, pernas e costelas. e) FÁCIL SOLTURA – em caso de uma necessidade de socorro do operador e necessitar tirar a roupa, ela possui tirantes de soltura rápida. f) REFRIGERAÇÃO – algumas roupas possuem um mecanismo de refrigeração interno constituído de uma bolsa de gelo e de tubos por onde circulam a agua fresca. Pela tecnologia empregada e ser um produto fabricado fora do país, o custo é elevadíssimo dissuadindo a compra de tais roupas por alguns governos ou não interessantes à segurança estadual. 6 EXPLOSIVOS MILITARES Segundo o manual do Exército Brasileiro que trata sobre EXPLOSIVOS, Munições e Artifícios – T9-1903- EXPLOSIVOS “são substâncias que sob a ação de um excitante, se transformam em grande volume de gases, sob grande pressão, em um curto espaço de tempo e com grande produção de calor”. O material Excitante, de que trata esta definição, Sempre existirá, excetuando-se a pólvora Química de Base Dupla. Esmiuçando toda essa definição do manual T9-1903, fica mais fácil de entender o processo de iniciação. Segundo conta Cabral Gomes, o sistema de iniciação da reação química de um explosivo secundário é geralmente desencadeado por um detonante primário. Ou seja, essa carga facilmente encontrada de um dispositivo, denominado detonador. Este processo é chamado de INICIAÇÃO e acontece das seguintes maneiras: introduz-se um detonador direto no explosivo; ou usa-se o detonador ligado a um cordão detonante, este que, envolve o explosivo a ser detonado. 6.1 Principais explosivos existentes no mercado brasileiro É de fundamental importância que haja umaequipe especializada no manejo e reconhecimento dos materiais EXPLOSIVOS por segurança das operações. Também é interessante lembrar que os EXPLOSIVOS são comercializados nos estados sólidos e líquidos além de poderem receber alguma outra substância em sua mistura. A atenção nos que são comercializados no estado liquido deve ser redobrado por serem extremamente sensíveis ao calor, fricção ou choque como as azida de chumbo, fulminato de mercúrio e a nitroglicerina. Além dos EXPLOSIVOS apresentados no início deste trabalho, segue abaixo alguns EXPLOSIVOS encontrados no mercado Brasileiro, extraídos do Caderno de Instrução Explosivos, Munições e Artifícios da Escola de Material Bélico do Exército, e os mais usuais por quadrilhas especializadas em arrombamentos com EXPLOSIVOS: NITROPENTA: É utilizado em detonadores, cordéis detonantes e espoletas. É também utilizado em composições explosivas com outros EXPLOSIVOS. Também conhecido como pentrita ou tetro nitrato de pentaeretrita, é extremamente sensível e um dos mais poderosos EXPLOSIVOS militares. É comparado, em força, à nitroglicerina e ao RDX. Emprego: reforçador e ruptura. Toxidez: pequenas doses: abaixa a pressão arterial; elevadas doses provocam dispneia e convulsões. Estabilidade: altamente estável devido a sua estrutura simétrica. Sensibilidade: choque, atrito e tiro de fuzil. Temperatura de explosão: 225º C. Calor de detonação: 1.385cal/g. Produto de detonação: calor: 1.385cal/g e Gases: 790 ml/g. TNT (trinitrotolueno) Emprego: ruptura. Solubilidade: solúvel em acetona, álcool, éter, benzeno. Descontaminação com água quente. Efeito da luz solar e ultravioleta: sofre descoloração, decomposição, aumenta sua sensibilidade ao choque, caracterizando-se pelo aparecimento de manchas. Toxidez: pequena, porém os vapores provenientes da fusão, podem causar dor de cabeça e gosto amargo na boca. Sensibilidade: insensível ao choque, calor, atrito ou tiro de fuzil, quando sólido e em bom estado, sensível e aumenta sua detonação por simpatia quando no estado liquido. Estabilidade: bastante estável quando perfeitamente empaiolado segundo T9-1903 Temperatura de detonação: 475º C. Obs.: Explosivo altamente destrutível com velocidade de reação de 6900 m/s, por ter tanta potência é classificado como alto explosivo; seu material químico por ser mais trabalhado dar- lhe estabilidade ao choque e maior resistência ao tempo de armazenagem. COMPOSTO C: Emprego: ruptura. Toxidez: produz alguns gases tóxicos semelhante a dinamite. Sensibilidade: choque, atrito e tiro de fuzil. Estabilidade: menor que a do TNT, armazenados em período de mais de 5 meses e a 65ºC, causa leve exsudação. Temperatura de detonação: 278ºC. Calor de detonação: 1,240 cal/g. PENTOLITE: Emprego: ruptura. Velocidade de detonação: densidade: 1,65 - velocidade: 7.450 m/s. Toxidez: própria do TNT. Sensibilidade: choque. Estabilidade: menor que a da nitropenta, exsudação se armazenado a mais de 50ºC. Temperatura de detonação: 220ºC DINAMITES O mais usado por bandidos em arrombamentos e já abordado no início deste artigo no tópico 2 SURGIMENTO DOS EXPLOSIVOS, são os mais comercializados e empregados por empresas mineradoras do Brasil. Elas explodem pela ação de espoletas e são muito sensíveis ao calor, choque e fricção. Os armazenamentos delas são feitos em bananas de 225g, 0,03m de diâmetro por 0,2m de comprimento (pequenas, mas destruidoras). Existem três tipos de dinamites, mas as características são praticamente as mesmas: a) DINAMITE COMUM – se distingue por ter a % e peso de nitroglicerina em cerca de 50%; b) DINAMITE AMONIA – características semelhantes a DINAMITE COMUM; c) DINAMITE GELATINA – explosivo plástico e potente, insolúvel na água. d) DINAMITE MILITAR - É um explosivo de velocidade média 6100 m/seg, composta de RDX (75%), Trotil (15%) e absorvente (10%). Ao contrário da dinamite comercial, não contém nitroglicerina, não ficando, assim, sujeita a congelamento em clima frio nem à exsudação nos climas quentes. Não possui odor forte e não absorve ou retém umidade. Em comparação com 60% das dinamites comuns, é relativamente insensível à: fricção, choques e impactos de projetis de armas portáteis. Pode ser utilizada em cargas subaquáticas desde que não haja um período de imersão superior a 24 horas. A dinamite militar é acondicionada em cartuchos (bananas) embrulhadas em papel encerado. Não é conveniente o seu uso em ambientes fechados, visto desprender gases venenosos em sua detonação. A dinamite militar tem como principal emprego substituir as dinamites comerciais nas construções militares e trabalhos de destruição. Abre-se uma observação que além dos explosivos apresentados acima, existe uma enorme gama de diversas procedências e finalidades. Apenas foram abordados neste artigo os mais encontrados no comercio e os preferidos por bandidos, portanto os mais fáceis de um policial se deparar em uma ocorrência desse tipo. 7 USO DE EXPLOSIVOS NO MARANHÃO O uso indiscriminado de EXPLOSIVOS em assaltos a banco pelo Maranhão a fora mostra o despreparo das forças de segurança na identificação e neutralização dos agentes criminosos, além da ineficácia da segurança das empresas comercializadoras desses EXPLOSIVOS e do Exército em fiscalizar e controlar sua produção e comercialização. Outro ponto, o uso de EXPLOSIVOS mostra o poderio bélico dessas quadrilhas que além deste material possuem todo um armamento pesado fazendo frente às guarnições das localidades afetadas. Outro ponto deficiente é que essas quadrilhas especializadas escolhem cidades pequenas, normalmente guarnecidas por grupamentos pequenos de policiais, estes costumados a atenderem ocorrências de proporções menores e por consequência, destreinadas para este tipo de situação. Segundo dados disponíveis no sítio da Polícia Civil do Maranhão, consta que no ano de 2015 quase 80 pessoas foram presas envolvidas em arrombamentos bancários, e além das prisões, a Polícia Civil apreendeu 159 bananas de dinamite e outros explosivos que seriam utilizadas em ações criminosas, segundo o delegado Luís Jorge, titular do DCRIF. Esse total vem de um apanhado geral do ano, porém apenas em uma prisão efetuada pela Superintendência Estadual de Investigações Criminais (Seic) foram apreendidas cerca de 120 bananas de dinamites, além de outros armamentos e munições. Pelas proporções tomadas nessa modalidade criminosa, apelidaram esse tipo de ocorrência de “novo cangaço”: explosão de caixas eletrônicos em pequenas cidades do interior, substituindo assaltos a carros fortes e ataques diretos a instituições financeiras. Uma desvantagem da Polícia Militar do Maranhão é que as “equipes especializadas” a este tipo de ocorrência se concentram na capital do Estado, devido ao tamanho do território, a mobilidade dessas tropas desencadeiam uma logística enorme para seu transporte e suporte no local do acontecido. Uma problemática dessas equipes especializadas referido no parágrafo anterior, são que elas não possuem um esquadrão antibomba montada ou uma equipe com curso específico, para gerenciarem o manuseio dos artefatos deixados no local, pondo em risco a segurança dos militares como também da população. Em levantamento feito pelo Sindicato dos Bancários, consta que o Estado teve só no ano de 2015, 59 arrombamentos, número expressivamente alto em relação a anos anteriores: QUADRO COMPARATIVO DE OCORRÊNCIAS 2014/2015/2016 TIPO 2014 2015 ATÉ FEV/2016 Assaltos 19 11 05 Arrombamentos 45 59 15 Saidinhas Bancárias 11 12 02 TOTAL 75 82 22 Atenção: neste comparativo, não estãoincluídas as tentativas de assaltos, arrombamentos e saidinhas. As informações aqui registradas foram divulgadas pela imprensa. Fonte: Sítio do Sindicato dos Bancários do Maranhão, 2016. Já em levantamento mais atualizado colhido do Portal G1MA, consta que no Estado já ocorreram 21 arrombamentos bancários, número também considerado alarmante, conforme detalhado abaixo: Lista de arrombamento a bancos do Estado do Maranhão no ano de 2016: DATA CIDADE OCORRÊNCIA 05 Jan Alto Alegre do Pindaré Na primeira Ação do ano os criminosos explodiram os caixas eletrônicos e quase toda a agência do banco do Bradesco. Iniciando o calendário anual das ações criminosas com utilização de EXPLOSIVOS 06 Jan Igarapé Grande Oito criminosos roubam duas agências bancarias da cidade com utilização de EXPLOSIVOS 08 Jan Bacuri Quatro bandidos fortemente armados invadem e explodem uma agência bancaria da cidade deixando a frente da agência parcialmente destruída. A ação ocorreu na madrugada. 10 Jan Maracaçumé Dois bandidos invadem a agência do banco do Bradesco utilizando como ferramenta de arrombamento um maçarico. 12 Jan Icatu Doze assaltantes fortemente armados invadem a agência do Bradesco levando consigo vários malotes de dinheiro do banco. 12 Jan Grajaú Dez bandidos fortemente armados invadem uma agência bancaria da cidade, a ação dura cerca de 50 Min. O diferencial desse assalto foi a forma meticulosa no planejamento do assalto com fechamento das vias de acesso à cidade e a tomada de reféns. 18 Jan Alcântara Cinco meliantes armados de pistolas renderam os funcionários do banco e assaltam o cofre da agência. Não houve utilização de EXPLOSIVOS. 18 Jan Paulo Ramos Durante a madrugada, bandidos aproveitam de uma festa que ocorria na cidade para explodirem a agência do Banco do Bradesco, além do dinheiro levaram as armas do segurança da agência. 19 Jan Paraibano Cinco bandidos invadem uma agência do banco do Bradesco. Renderam os funcionários e assaltaram o cofre da agência. 25 Jan Araguanã Sete homens armados explodem a agência do banco do Bradesco. 26 Jan Paraibano Durante a madrugada, quatro homens explodem os caixas eletrônicos do Banco do Brasil da cidade. Segundo assalto a banco na mesma cidade em menos de um mês. 29 Jan Duque Bacelar Assalto de pequenas proporções. Três meliantes armados renderam os funcionários e levaram uma pequena quantia em dinheiro. 1º Fev Tufilândia Com a utilização de EXPLOSIVOS, bandidos explodem uma agência do Bradesco. 03 Fev Peri-Mirim Durante a madrugada, quadro bandidos explodiram uma agência do Banco do Bradesco, a única da cidade. 15 Fev Colinas Considerado o arrombamento mais violento do ano, mais de dez homens fortemente armados conduzindo três veículos explodiram a agência do banco do Brasil fazendo uma vítima fatal que tentou fugir do local. Na fuga os bandidos utilizaram os reféns como escudo. 06 Mar Nova Olinda Com a utilização de dinamite em sua ação, criminosos destruíram os caixas eletrônicos. A violência da explosão deixou comprometida a estrutura do prédio. 06 Abr Santa Luzia do Tide Cerca de vinte bandidos armados bloquearam o acesso a cidade, explodiram o caixa eletrônico, fizeram reféns na fuga e trocaram tiros com a PM local. 15 Abr Mata Roma Em síntese, cinco bandidos armados entraram no início do expediente do Banco do Bradesco e anunciaram o assalto. Houve troca de tiros com a polícia local em que um dos assaltantes veio a óbito. 1º Mai Satubinha Segundo informações da Polícia Militar, quatro homens invadiram o posto bancário do Banco Bradesco explodindo-o com dinamite. 2 Mai Amapá do Maranhão Segundo informações do Portal G1MA, quatro homens explodiram o Banco Bradesco da cidade deixando para trás uma banana de dinamite falhada! 8 Mai Centro Novo do Maranhão Seis homens tentaram roubar os caixas eletrônicos do Banco Bradesco da cidade. A tentativa saiu frustrada por não contarem com auxílio de materiais que arrombassem. Fontes: Site G1 MA, 2016. Nota-se o número de arrombamentos com utilização de EXPLOSIVOS na tabela acima, nota-se ainda a quase exclusividade de cidades interioranas e a incidência da escolha do Banco do Bradesco, tal escolhas devido à baixa segurança no município como da instituição financeira. No ano de 2015, segundo o Sindicato dos bancários do Maranhão, agências bancarias de 52 municípios dos 217 existentes no Estado sofreram arrombamentos com um total de 59 agências destruídas, número superior ao ano anterior com 15 agências a mais. 8 CONCLUSÃO Este trabalho vem como uma explicação genérica do que é explosivo na tentativa de abranger todas suas circunstâncias possíveis, servindo como fonte de informação e consulta às forças policiais da importância da criação de uma equipe antibomba especializada, decorrente do frequente uso de EXPLOSIVOS em assaltos a bancos e da tropa convencional não ter as condições adequadas para o manuseio. É noticiado com certa frequência, nas mídias jornalísticas, de arrombamentos bancários no interior do Maranhão. O uso de EXPLOSIVOS é uma realidade assombrosa pois amedronta a população e aterroriza as guarnições que se deparam com o abismo da ignorância do assunto. Investimentos em cursos e equipamentos até dissuadem o Governo pelo valor altíssimo, mas a perda com o descrédito na imagem da segurança pública é imensurável, como também o custo a vida de policiais! O policial comum, voltado simplesmente às atividades de policiamento ostensivo rotineiro, não possui obrigação de conhecer todos os explosivos e sua manipulação, função esta de perito na área. Mas é de suma importância a inclusão no programa básico de instrução dos militares como também a criação de corpos especializados da detecção, manuseio e destruição de artefatos explosivos. Porém como dito no início deste artigo, este trabalho tem caráter informativo e instrutivo dos tipos de explosivos e suas consequências em caso de manuseio errado. Em outras palavras, apenas de esclarecimento sobre um assunto ainda obscuro, mas que, com a devida observância, poderá salvar vidas. ABSTRACT This paper addresses specific events for the inappropriate use of explosive devices by gangs specialized in bank burglaries. Add wave of such violence opens an inquiry into the preparation of the Public Security Force and the demystification of the subject within the corporation. The intended goal is informative and generic nature as for a technical scope not reach the primary target, the common security officer. It is known, however, that it is still quite ignored by authorities, but the high levels calls attention to an urgent restructuring of operational procedures in case of possible occurrence. It will be addressed in this work still types, uses and explosives on data surveys in the state of Maranhão, as well as the correct handling and the consequences in case of misuse. Keywords: Explosives. Dynamite. Burglary. Shock wave. REFERÊNCIAS AVANTE BOMBEIRO, Revista do CBMERJ - Manual Básico de Operações com Produtos Perigosos - Ano III, Nº 03 - Junho/1998 Câmara dos Deputados. Código Penal, Decreto-Lei Nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940. Brasília. Exército Brasileiro. Escola de Material Bélico, Transformação de Munições e Destruição. Rio de Janeiro. 2000. Exército Brasileiro. Escola de Material Bélico, Explosivos, Munições e Artifícios. Rio de Janeiro. 2000. Exército Brasileiro. Port. Nº 004-EME, DE 07 de janeiro de 2000. Manual de Campanha, C5- 37. MINAS E ARMADILHAS.2º Edição. Brasília. 2000. Exército Brasileiro. Port. n° 05 de 15 de fevereiro de 1996 – SCT. NEB/T E-293, Estopim Hidráulico. Brasília. 1996 Exército Brasileiro. Port. Nº 107-EME, de 20 de outubro de 1970. Manual Técnico T 9-1903 - ARMAZENAMENTO, CONSERVAÇÃO, TRANSPORTE E DESTRUIÇÃO DE MUNIÇÕES, EXPLOSIVOS E ARTIFICIOS. Brasília. 1970 G1 MA. Disponível em http://g1.globo.com/ma/maranhao/ Acesso em: 15 Maio 2016. Gomes, Cabral. Revista da Academia Militar. Novas Tecnologias na Iniciação de Cargas Explosivas. Portugal. 200?. Gomes, Raul - Demolição de estruturas pelo uso controlado de explosivos. Dissertação de Mestrado, Universidade Técnica de Lisboa, 2000. SUPER INTERESSANTE, Abril. Revista Eletrônica. 180ª Ed. São Paulo. 2002. Neto, Marius Teixeira - Manual de campanha de explosivos e destruições. Brasília, 1991. Planalto. Sistema Nacional de Armas, Lei nº 10.826, de 22 de dezembro de 2003. Brasília Polícia Civil do Maranhão. Governo Intensifica Ações de Combate e Prevenção de Assaltos a Bancos. Disponível em<https://www.ssp.ma.gov.br/2016/01/26/governo-intensifica-acoes- de-combate-e-prevencao-de-assaltos-a-bancos/> Acesso em 21 Abr 2016. Polícia Civil do Maranhão. Polícia Prende Suspeitos de Assaltos em Municípios Maranhenses. Disponível em <https://www.ssp.ma.gov.br/2015/05/27/policia-prende- suspeitos-de-assaltos-em-municipios-maranhenses/> Acesso em 21 Abr 2016. Sindicato dos Bancários do Maranhão. Ocorrências 2016. Disponível em <http://www.bancariosma.org.br/paginas/noticias.asp?p=13772> Acesso em 21 de Abr 2016. Secretaria de Estado de Segurança Pública. Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro – Antibomba. Nota de Aula Básico de Explosivos. Rio de Janeiro. 2003. UOL, Ciência. Roupas Anti Explosão. Disponível em: <http://ciencia.hsw.uol.com.br/roupas- anti-explosao.htm> Acesso em: 19 mar. 2016
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