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Rem Koolhaas - resumo

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Rem Koolhaas 
Teoria 
 Rem Koolhaas, discípulo de Peter Eisenman, pró-modernista (mas claro, também 
critica o modernismo, pois este negligenciou a complexidade em seus projetos urbanos), 
assim como Eisenman afirma, para Koolhaas a cidade moderna ainda essa por se 
concretizar. Koolhaas também contribuiu com o desconstrutivismo, apesar de que, taxá-
lo assim seria generalizar demais. Trabalha o conceito da cidade genérica, do dinamismo 
que ela possui, trata da cidade contemporânea. Em seu texto fala sobre o bigness, que 
é a construção que consegue acompanhar todo o dinamismo da cidade contemporânea, 
que faz parte do urbano, ao mesmo tempo que o exclui, a arquitetura É o urbanismo, 
trata-se de uma explosão da escala de edifícios, é um shopping, um arranha-céu, simula 
a cidade que gostaríamos de viver. 
 No trecho do seu livro, “S, M, L, XL” em que ele trata sobre Bigness, ele a define de 
diversas formas. A arte na arquitetura é inútil no Bigness, segundo ele, o interior e o 
exterior tornam-se projetos separados, um concorda com a intabilidade do programa, a 
congestão de atividades, e o outro tenta passar a aparente estabilidade de um objeto. 
O impacto independe da qualidade. Bigness é o máximo que a arquitetura pode fazer, 
no bigness, há o “plan-plataform”, as “supersized structures”, o “program”, e a 
“suspension”. Segundo Koolhaas, a tarefa da arquitetura não é mais organizar o espaço 
com elementos permanentes; e sim expor a agitação da atual situação urbana. No 
bigness, Koolhaas defende o corte livre. 
 Koolhaas, em sua pesquisa, ele trata muito sobre a cidade genérica, a qual está cheia 
de junk spaces – não lugares -, não oferece uma identidade, é uma cidade comercial, 
cheia de vias, cheia de letreiros e de informações, é a cidade caótica, onde se pode 
encontrar tudo, é amorfa e resistente ao planejamento. Ele cita que a generic city 
representa a morte do planejamento, mas não porque não é planejada, mas a força do 
capitalismo, vence-o, faz com que ele não faça diferença na cidade genérica. Na cidade 
genérica as construções, as vias e a natureza coexistem em flexíveis relações, numa 
espetacular diversidade organizacional. Ele diz que a cidade genérica aprecia suas 
invenções, como pontes, viadutos e túneis, invenções essa que seriam a solução para os 
congestionamentos, e fala que é um erro dos arquitetos as propostas de incentivo à 
pedestrianização, que essas propostas não servem como solução para a generic city. 
 Sobre a cidade contemporânea, formada a partir da economia, com espraiamento 
urbano das edges cities, ele cita como exemplo Atlanta, as cidades dos arredores de 
Paris e Cingapura. Nas suas pesquisas sobre esse tipo de cidade, em “New York 
delirante”, há itens a respeito da influência das massas e da cultura metropolitana na 
arquitetura e no urbanismo. Para ele, no período entre as duas guerras mundiais, a 
arquitetura passou por uma mudança definitiva, as suas formas com significado culturais 
foram perdidas, agora o que importa é o acúmulo de atividades, a rapidez, a grandeza 
das estruturas. Koolhaas, é completamente fascinado por NY, daí o nome de seu livro, 
pois, se trata de uma cidade onde, a questão cultural não foi a preocupação na sua 
formação, onde se tem acesso a tudo, se pode comprar tudo. 
 Na sua defesa da cidade contemporânea, Koolhaas usa como exemplo seus projetos - 
que serão, posteriormente tratados na fase histórica desses textos -, projetos que se 
localizam em lugares onde não se pode mais chamá-los de subúrbios, são as novas edge 
cities, e é nessas cidades que ele quer mostrar seu manifesto, confrontá-las com as 
cidades do passado como Paris e Amsterdã. Também trata das cidades formadas em 
trechos, nas periferias urbanas, que demonstram, segundo ele, certo fracasso da cidade 
moderna, porém, ele não lamenta esse fracasso, afirma que os estragos neomodernos 
resultantes oferecem novos temas de trabalho/pesquisa, ele aprecia a cidade 
“colagem”. 
 Tratando do projeto para o IBA em Berlim ele afirma ser, junto com Ungers, os únicos 
que divergem do objetivo de experimento de reconstrução da cidade moderna, para ele, 
não há mais memória, só há a memória do ambiente destruído do pós-guerra. 
 Koolhaas tem como sua principal marca o seu realismo, a sua negação à utopia que os 
outros arquitetos, contemporâneos a ele, seguem. Ele se identifica com os 
construtivistas russos com o conceito de condensador social – o qual propõe o edifício 
que possui o máximo de atividades coletivas possíveis -. Ele, gosta da arquitetura 
comercial das edge cities de Venturi (é importante lembrar que o populismo de Koolhaas 
é diferente do de Venturi). Para ele o desejo do lucro prevalece à forma. É mais um 
arquiteto que afirma que a forma não segue a função. 
 
História 
1. Netherlands Danstheatre 
Koolhaas faz o projeto segundo a forma ditada pela economia, e as formas resultantes 
não foram tão ambiciosas quanto no projeto pra prefeitura de Haia. Neste projeto faltou 
um pouco de atenção ao programa de teatro, o qual Koolhaas tanto endeusou, o edifício 
terminou recebendo a ausência de qualquer referência à dança. Possui elementos 
singulares muito originais, como a escada e o foyer. Koolhaas é muito atento ás 
superfícies, gosta de interliga-las, e demonstrar o corte livre – principal componente de 
seus projetos -, ele mistura muito bem o componente de seus edifício. Por fim, esta obra 
caracteriza muito bem as teorias de Koolhaas, onde se misturam as superfícies, e as 
atividades, onde há ~ ou deveria haver uma congestão de usos ~ mas por ser um teatro, 
que prescinde dessas características comerciais, esse movimento todo de Koolhaas 
nesta obra não adiantou de muita coisa. 
 
2. Nexus World Fukuoka 
 Trata-se de um conjunto residencial, que embora tenha como foco as moradias, 
Koolhaas aproveita o projeto para demonstrar uma proposta habitacional que possa 
ser considerada como universal e genérica. Ele faz uma arquitetura sem 
características no lugar, sua arquitetura é genérica. O caminho que ele escolhe são 
as casas pátio, e esse pátios se produzem nos pisos superiores, lado a lado com os 
outros que possibilitam o uso intensivo do solo. Ao mesmo tempo que Koolhaas 
deixa a vida privada para o morador, ele tenta valorizar as atividades conjuntas – 
pode se dizer que tirou inspiração do condensador social -. É importante ressaltar, 
que não só nessa obra, mas também na maioria das demais obrar de Koolhaas, é 
procurado o uso de materiais baratos, banais, facilmente encontrados na cidade 
contemporânea. 
3. Kunsthal, em Roterdam 
 
 Semelhante ao Danstheatre, aqui, Koolhaas parece disposto a não perder um 
metro quadrado sequer da área do terreno. Koolhaas adora ver o edifício como 
contêiner, como uma caixa de aitivdades múltiplas, e isso acontece no Kunsthal, 
o retângulo base se decompõe em fitas transversais de associadas funções, usos 
e serviços. Koolhaas introduz uma rampa oblíqua (item muito usado em seus 
projetos para a definição de corte livre). Ele manipula essa estrutura com 
bastante destreza, incluindo uma passagem que vai de uma fachada a outra, 
como se fosse uma rua subterrânea. Os episódios mais notáveis deste edifício 
são os planos inclinados. 
 
4. Lille, Grand Palais 
 Ótimo exemplo do uso de matérias banais e baratos, nessa obra, Koolhaas 
esbanja este artifício. Tendo Lille como uma cidade “queridinha”, sua edge city 
favorita foi alvo de mais de um de seus projetos. Trata-se de um lugar de 
encontro de tráfego ferroviário com o viário, e esse encontro traz um grande 
espaço residual, que será o espaço do Grand Palais. A obra tem forma ovoide, e 
como em tantas outrasde suas obras, ele aceita a escala de grande cidade, e 
Koolhaas compreende que a sociedade atual requer um espaço grande de forma 
unitária e sintética que se instale num meio caótico que atenda às suas 
necessidades. E novamente, com sua forma de contêiner, Koolhaas aplica suas 
faixas ao longo da edificação sem nenhum preconceito.

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