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• Quando Zn é adicionado ao HCl produz uma reação espontânea: • O número de oxidação do Zn aumentou de 0 para 2+. O H+ faz com que o Zn seja oxidado H+ é o agente oxidante ou oxidante. O Zn faz com que o H+ seja reduzido Zn é o agente redutor ou redutor. O agente de redução é oxidado e o agente de oxidação é reduzido. Reações de Oxirredução • O Zn é oxidado a Zn2+ enquanto o H+ é reduzido a H2. • O número de oxidação do H reduziu de 1+ para 0. OBS: Em algumas reações os estados de oxidação variam mas não se pode dizer que as substâncias perderam ou ganharam elétrons: Não se deve igualar o estado de oxidação com a carga real do átomo em uma substância química nº de oxidação é usado p/ “contabilizar” os elétrons. 2H2(g) + O2(g) → 2H2O(g) 0 0 +1 -2 • O H2 foi oxidado do estado de oxidação 0 ao 1+. A REAÇÃO É UMA REAÇÃO DE OXIRREDUÇÃO. • O O2 foi reduzido do estado de oxidação 0 ao 2-. H2O não é um composto iônico não há a transferência completa de elétrons do H2 p/ O2. 2 Apesar da reação de oxidação e de redução ocorrerem simultaneamente é conveniente usá-las separada as semi- reações são um meio conveniente de separar reações. Lei da conservação de massa: a quantidade de cada elemento presente no início da reação deve estar presente no final. Balanceamento de Equações de Oxirredução Conservação da carga: os elétrons não são perdidos em uma reação química. Semi-Reações: Considere a reação: Essa reação pode ser separada em 2 semi-reações: Oxidação: os elétrons são produtos. Redução: os elétrons são reagentes. 3 Considere a titulação de uma solução ácida de Na2C2O4 (oxalato de sódio, incolor) com KMnO4 (violeta escuro). Balanceamento de Equações pelo Método das Semi-Reações: O MnO4 - é reduzido a Mn2+ (rosa claro) enquanto o C2O4 2- é oxidado a CO2. O ponto de equivalência é dado pela presença de uma cor rosa claro. Se mais KMnO4 é adicionado, a solução passa para púrpura devido ao excesso de KMnO4. A equação química não-balanceada: MnO4 - (aq) + C2O4 2- (aq) Mn 2+ (aq) + CO2(g) A reação ocorre em meio ácido o H+ é consumido e H2O é produzida. 4 Para balancear a reação em meio ácido segue-se os passos: 1. Escreva a reação em duas semi-reações uma p/ oxidação e outra p/ a redução. 2. Faça o balanceamento de cada semi-reação: 3. Multiplique cada semi-reação para fazer com que o número de elétrons seja igual. 4. Adicione as reações e simplifique. 5. Confira! c. Depois faça o balanceamento do H adicionando H+. a. Primeiro com elementos diferentes de H e O. b. Depois faça o balanceamento do O adicionando H2O. d. Termine fazendo o balanceamento de cargas adicionando elétrons do lado com maior carga positiva total. 5 1. As duas semi-reações incompletas são: 2. A adição de H2O e H + produz: b. MnO4 - (aq) Mn 2+ (aq) + 4H2O(l) MnO4 - (aq) + 8H + (aq) Mn 2+ (aq) + 4H2O(l) c. Existe uma carga 7+ à esquerda e 2+ à direita 5 elétrons precisam ser adicionados à esquerda: Semi-reação de redução balanceada. 6 Na reação do oxalato, existe uma carga 2- à esquerda e carga 0 à direita é preciso adicionar 2 elétrons: 3. Para fazer o balanceamento dos 5 ē para o permanganato e 2 ē p/ o oxalato, precisamos de 10 ē p/ ambos: MnO4 -(aq) + 8H+(aq) + 5ē Mn2+(aq) + 4H2O(l) (x 2) C2O4 2-(aq) 2CO2(g) + 2ē (x 5) 2MnO4 -(aq) + 16H+(aq) + 10ē 2Mn2+(aq) + 8H2O(l) 5C2O4 2-(aq) 10CO2(g) + 10ē A multiplicação resulta: 4 e 5. A reação balanceada: 2MnO4 -(aq) + 5C2O4 2-(aq) + 16H+(aq) 2Mn2+(aq) + 8H2O(l) + 10CO2(g) 7 Balanceamento de Equações para Reações que ocorrem em Meio Básico: 1. Escreva as duas semi-reações. 2. Faça o balanceamento de cada semi-reação: 3. Multiplique cada semi-reação para fazer com que o número de elétrons seja igual. 4. Adicione as reações e simplifique. 5. Confira! c. Depois faça o balanceamento do H adicionando H+. a. Primeiro com elementos diferentes de H e O. b. Depois faça o balanceamento do O adicionando H2O. d. Termine fazendo o balanceamento de cargas adicionando elétrons. OH- é adicionado para “neutralizar” o H+ usado. (2 lados) 8 Exercício: Faça o balanceamento das seguintes reações: Cr2O7 2-(aq) + Cl-(aq) Cr3+(aq) + Cl2(g) (meio ácido) Células Voltaicas • A energia liberada em uma reação de oxi-redução (redox) espontânea é usada para executar trabalho elétrico. • Uma reação espontânea desse tipo ocorre quando uma fita de Zn é colocada em uma solução de Cu2+ (CuSO4). Células voltaicas ou galvânicas são aparelhos nos quais a transferência de elétrons ocorre através de um circuito externo as reações nessas células são espontâneas. A cor azul do Cu2+(aq) desaparece e Cu se deposita na fita de Zn ao mesmo tempo Zn começa a se dissolver. Zn(s) + Cu2+(aq) Zn2+(aq) + Cu(s) MnO4 -(aq) + CN-(aq) CNO-(aq) + MnO2(s) (meio básico) a) b) 9 À medida que ocorre a oxidação, o Zn é convertido em Zn2+ e 2ē os ē fluem do anodo p/ o catodo onde são usados na reação de redução. • Espera-se que o eletrodo de Zn perca massa e que o eletrodo de Cu ganhe massa. O funcionamento de uma célula voltaica requer quatro elementos imprescindíveis: Uma área onde ocorre a reação de oxidação, área anódica: anodo; Uma área onde ocorre a reação de redução, área catódica: catodo; Uma ligação metálica que une ambas as áreas e por onde fluem os elétrons resultantes da reação anódica: condutor. Um composto iônico em contato simultâneo com as mesmas áreas por onde fluem os íons resultantes de ambas as reações: eletrólito. 10 11 De forma geral: 1. No anodo os elétrons são produtos (oxidação). 2. No catodo os elétrons são reagentes (redução). 3. Os elétrons não podem “nadar”. Os elétrons fluem do anodo para o catodo o anodo é negativo e o catodo é positivo. Os elétrons não conseguem fluir através da solução, eles têm que ser transportados por um fio externo. 12 Os ânions e os cátions movimentam-se por uma barreira porosa ou ponte salina. Os cátions movimentam- se em direção ao compartimento catódico p/ neutralizar o excesso de íons carregados negativamente. Os ânions movem-se para o compartimento anódico para neutralizar o excesso de íons de Zn2+ formados pela oxidação. Catodo: Cu2+ + 2ē → Cu o contra-íon do Cu está em excesso. 13 Fem de Pilhas O fluxo de elétrons do anodo para o catodo é espontâneo. Os elétrons fluem do anodo para o catodo pq o catodo tem uma energia potencial elétrica mais baixa do que o anodo. A diferença de potencial entre dois eletrodos: é a diferença na energia potencial por carga elétrica é medida em volts Um volt é a diferença potencial necessária para conceder 1 joule de energia para uma carga de 1 coulomb: 𝟏𝑽 = 𝟏𝑱 𝟏𝑪 A diferença de potencial entre 2 eletrodos na célula voltaica é a força diretora que empurra os elétrons pelo circuito externo. Essa diferença de potencial é a força eletromotriz („provoca o movimento do ē) ou fem. 14 A fem de uma pilha é o Ecel (∆E): potencial da célula é medido em volts e pode ser chamado de voltagem da célula. A fem de uma célula voltaica depende das reações que ocorrem no anodo e no catodo, da [ ] dos reagentes e produtos e da temperatura. Se a reação na célula é espontânea (célula voltaica ou galvânica) o Ecel (∆E) é POSITIVO. Parasoluções 1 mol/L (ou 1 atm) a 25 °C (condições padrão), a fem padrão ou potencial padrão da célula é denominada E°cel. Zn(s) + Cu2+(aq, 1 mol/L) Zn2+(aq, 1 mol/L) + Cu(s) E°cel = +1,10 V Potenciais-padrão de Redução (Semicélula): • A fem ou ddp da célula é a diferença entre dois potenciais de eletrodo: um associado ao anodo e outro ao catodo. 15 Por convenção: o potencial de cada eletrodo é escolhido como o potencial de redução que ocorre naquele eletrodo. O E°cel pode ser calculada a partir de potenciais padrão de redução: Toda célula voltaica envolve 2 semicélulas não é possível medir o potencial-padrão de redução de uma semi-reação diretamente. Os potenciais-padrão do eletrodo são tabelados p/ reações de redução são os potenciais-padrão de redução, Eºred. 𝑬𝒐 =𝒄𝒆𝒍 𝑬 𝒐 𝒄𝒂𝒕𝒐𝒅𝒐 − 𝑬𝒐 (𝑨𝒏𝒐𝒅𝒐)𝒓𝒆𝒅𝒓𝒆𝒅 Os potenciais padrão de redução, E°red, são medidos em relação ao eletrodo padrão de hidrogênio (EPH). A semi-reação de referência é a redução de H+(aq) a H2(g) sob condições padrão ao potencial dessa semicélula é atribuído 0 V. 16 2H+(aq, 1 mol/L) + 2ē H2(g, 1 atm) E°red = 0,0 V O EPH consiste em um eletrodo de Pt finamente divida colocado em uma solução 1 mol/L de H+ onde H2 (1 atm) é borbulhado através de um tubo: 17 Como determinar o E°red de um eletrodo? A reação espontânea é a oxidação do Zn e a redução do H+. Zn(s) + 2H+(aq) Zn2+(aq) + H2(g) O Zn2+ / Zn é o anodo e o EPH é o catodo. A voltagem medida no voltímetro é +0,76 V = E°cel: 𝑬𝒐 =𝒄𝒆𝒍 𝑬 𝒐 𝒄𝒂𝒕𝒐𝒅𝒐 − 𝑬𝒐 (𝑨𝒏𝒐𝒅𝒐)𝒓𝒆𝒅𝒓𝒆𝒅 +0,76𝑉 = 0,0𝑉 − 𝐸𝑜 (𝐴𝑛𝑜𝑑𝑜)𝑟𝑒𝑑 𝑬 𝒐 𝑨𝒏𝒐𝒅𝒐 = −𝟎, 𝟕𝟔𝑽𝒓𝒆𝒅 18 𝑬𝒐 𝑨𝒏𝒐𝒅𝒐 = −𝟎, 𝟕𝟔𝑽𝒓𝒆𝒅 Mesmo a reação ocorrendo no anodo (oxidação), o Eº é atribuído para a reação de redução! “E°red” Zn2+(aq) + 2ē Zn(s) • Como o E°red = -0,76 V, conclui-se que a redução do Zn 2+ na presença do EPH não é espontânea a oxidação do Zn com o EPH é espontânea. • O potencial elétrico mede a energia potencial por carga elétrica potenciais-padrão de redução são propriedades intensivas. A variação do coeficiente estequiométrico em uma semi- reação NÃO afeta o valor do potencial-padrão de redução. 2 Zn2+(aq, 1 mol/L) + 4ē 2 Zn(s) E°red = -0,76 V 19 20 Exercício: Usando os potenciais-padrão de redução listados na Tabela anterior, calcule a fem padrão para a reação que ocorre em uma célula galvânica descrita abaixo: Cr2O7 2-(aq) + 6I-(aq) + 14H+(aq) 2Cr3+(aq) + 3I2(s) + 7H2O(l) Agentes Oxidantes e Redutores: P/ cada semicélula E°red fornece uma medida da força diretora para a reação ocorrer Qnto + positivo o valor de E°red maior a força diretora para a redução. Em qualquer célula voltaica a reação no catodo tem um valor mais positivo de E°red que a reação no anodo. A maior força diretora da semi-reação do catodo é usada para forçar a reação do anodo ocorrer „no inverso‟ como uma oxidação O E°cel é a “força diretora líquida” que empurra os elétrons pelo circuito externo. 21 Quanto mais positivo o E°red mais forte é o agente oxidante à esquerda. Quanto mais negativo o E°red mais forte é o agente redutor à direita. Uma espécie na esquerda superior da tabela de potenciais-padrão de redução oxidará espontaneamente uma espécie que está na direita inferior da tabela o F2 oxidará o H2 ou o Li. 22 As reações redox não se referem apenas às reações em células voltaicas, uma abordagem mais abrangente é: Um valor positivo de E indica um processo espontâneo Um valor negativo de E indica um processo não espontâneo. Espontaneidade de Reações Redox 𝑬𝒐= 𝑬𝒐 𝒑𝒓𝒐𝒄𝒆𝒔𝒔𝒐 𝒅𝒆 𝒓𝒆𝒅𝒖çã𝒐 − 𝑬𝒐 (𝒑𝒓𝒐𝒄𝒆𝒔𝒔𝒐 𝒅𝒆 𝒐𝒙𝒊𝒅𝒂çã𝒐)𝒓𝒆𝒅𝒓𝒆𝒅 ‘cel’ foi retirado do E° p/ indicar que a fem não se refere somente à células voltaicas e E°red são mais genéricos não se referem mais ao catodo e anodo e sim aos processos. Exercício: Usando os potenciais-padrão de redução determine se as seguintes reações são espontâneas sob condições padrão: (a) Cu(s) + 2H+(aq) Cu2+(aq) + H2(g) (b) Cl2(g) + 2I -(aq) 2Cl-(aq) + I2(s) 23 A variação de energia livre de Gibbs, ∆G, é uma medida da espontaneidade do processo naquela T e P constantes. • A fem e o ∆G estão relacionadas de acordo com a equação: Tanto n quanto F são valores positivos um valor positivo de E leva a um valor negativo de ∆G. Fem e Variação de Energia Livre: ∆𝑮 = −𝒏𝑭𝑬 𝐨𝐮 ∆𝑮𝒐 = −𝒏𝑭𝑬𝒐 Em que: ΔG é a variação da energia livre, n é o n° de mol de elétrons transferidos, F é a constante de Faraday e E é a fem da célula. A constante de Faraday é a carga elétrica em 1 mol de ē: 𝟏𝑭 = 𝟗𝟔𝟓𝟎𝟎 𝑪/𝒎𝒐𝒍 = 𝟗𝟔𝟓𝟎𝟎 𝑱 𝑽−𝟏 𝒎𝒐𝒍−𝟏 A unidade de ΔG calculado usando a equação acima é J/mol „por mol‟ no sentido de „por mol da reação escrita‟. Tanto o E positivo quanto ∆G negativo indicam que uma reação é espontânea. 24 Exercício: (a) Use os potenciais-padrão de redução listados na tabela p/ calcular a variação da energia livre, ∆G°, para a seguinte reação: 4Ag(s) + O2(g) + 4H +(aq) 4Ag+(aq) + 2H2O(l) (b) Suponha que a reação do item (a) fosse escrita: 2Ag(s) + ½O2(g) + 2H +(aq) 2Ag+(aq) + H2O(l) Quais são os valores de E° e ∆G° quando a reação for escrita dessa maneira? 25 Equação de Nernst: À medida que a reação redox ocorre as concentrações dos reagentes e produtos variam não se tem mais o “potencial padrão”. A fem gerada sob condições não-padrão são calculadas usando a equação de Nernst. A dependência da fem da pilha com a [ ] pode ser obtida através da dependência do ∆G com a [ ]: Efeito da Concentração na Fem da Pilha Q é o quociente da reação. A fem cai progressivamente até E = 0: [reagentes] e [produtos] param de variar: EQUILÍBRIO a pilha „acabou‟. ∆𝑮 = ∆𝑮𝒐 + 𝑹𝑻 𝒍𝒏𝑸 −𝒏𝑭𝑬 = −𝒏𝑭𝑬𝒐 + 𝑹𝑻 𝒍𝒏𝑸 𝑬 = 𝑬𝒐 − 𝑹𝑻 𝒏𝑭 𝒍𝒏𝑸 Reordenando: ∆𝑮 = −𝒏𝑭𝑬 EQUAÇÃO DE NERNST 26 A equações de Nernst é geralmente expressa em termos de log: A T = 298 K 2,303RT/F = 0,0592 V: 𝑬 = 𝑬𝒐 − 𝟐, 𝟑𝟎𝟑𝑹𝑻 𝒏𝑭 𝒍𝒐𝒈𝑸 𝑬 = 𝑬𝒐 − 𝟎, 𝟎𝟓𝟗𝟐 𝒏 𝒍𝒐𝒈𝑸 (𝑻 = 𝟐𝟗𝟖 𝑲) Pode-se usar essa equação p/ calcular a fem de uma célula sob condições não-padrão ou p/ determinar [ ] de reagente ou produto medindo a fem da célula. Exercício 1: Calcule a fem (298 K) gerada pela reação abaixo quando [Cr2O7 2-] = 2,0 mol/L, [H+] = [I-] = 1,0 mol/L e [Cr3+] = 1,0 x 10-5 mol/L. (E0 = 0,79 V) Cr2O7 2-(aq) + 6I-(aq) + 14H+(aq) 2Cr3+(aq) + 3I2(s) + 7H2O(l) Exercício 2: Se a voltagem de uma célula Zn/H+ é 0,45 V a 25 °C quando [Zn2+] = 1,0 mol/L e PH2 = 1,0 atm, qual é a concentração de H +. Zn(s) + 2H+(aq) Zn2+(aq) + H2(g) E° = 0,76 V 27 Exemplo: Em um compartimento tem-se um placa de Ni metálico com Ni2+(aq) 1,0 mol/L e em outro Ni metálico com Ni2+(aq) 1,0 ×10-3 mol/L: Um compartimento consistirá de uma solução concentrada, enquanto o outro tem uma solução diluída. Pilhas de Concentração: Uma célula voltaica pode ser construída usando concentrações diferente da mesma espécie no anodo e no catodo. 28 Ni(s) Ni2+(aq) + 2ē E°red = -0,28 V ANODO: Ni2+(aq) + 2ē Ni(s) E°red = -0,28 V CATODO: 𝑬𝒐 =𝒄𝒆𝒍 𝑬 𝒐 𝒄𝒂𝒕𝒐𝒅𝒐 − 𝑬𝒐 (𝑨𝒏𝒐𝒅𝒐)𝒓𝒆𝒅𝒓𝒆𝒅 𝑬𝒐 =𝒄𝒆𝒍 − 𝟎, 𝟐𝟖 − −𝟎, 𝟐𝟖 = 𝟎 Apesar da fem padrãoser zero a pilha funciona sob condições não- padrão porque as [Ni2+] são diferentes nos compartimentos. A pilha funcionará até que as [Ni2+] sejam iguais em ambos os compartimentos. A oxidação do Ni(s) ocorre na semicélula contendo a solução + diluída aumentando a [Ni2+] ANODO. A redução de Ni2+(aq) ocorre na semicélula contendo a solução + concentrada diminuindo a [Ni2+] CATODO. 29 Ni(s) Ni2+(aq; diluída) + 2ē ANODO: Ni2+(aq; concentrada) + 2ē Ni(s) CATODO: TOTAL: Ni2+(aq; concentrada) Ni2+(aq; diluída) Calculando a fem da pilha de concentração: n = 2 e Q = [Ni2+]diluída / [Ni 2+]concentrada A fem a 298 K: 𝑬 = 𝑬𝒐 − 𝟎, 𝟎𝟓𝟗𝟐 𝒏 𝒍𝒐𝒈𝑸 𝑬 = 𝟎 − 𝟎, 𝟎𝟓𝟗𝟐 𝟐 𝒍𝒐𝒈 [𝑵𝒊𝟐+]𝒅𝒊𝒍𝒖í𝒅𝒂 [𝑵𝒊𝟐+]𝒄𝒐𝒏𝒄𝒆𝒏𝒕𝒓𝒂𝒅𝒂 𝑬 = − 𝟎, 𝟎𝟓𝟗𝟐 𝟐 𝒍𝒐𝒈 𝟏, 𝟎 × 𝟏𝟎−𝟑 𝟏, 𝟎 𝑬 = +𝟎, 𝟎𝟖𝟖𝟖 𝐕 A fem da pilha é ≈0,09 V apesar de E° = 0 a ≠ na [ ] fornece a força diretora p/ pilha 30 Exercício: Uma célula voltaica é construída com dois eletrodos de hidrogênio. O Eletrodo 1 tem PH2 = 1,0 atm e uma [H +] desconhecida. O eletrodo 2 é o EPH ([H+] = 1,0 mol/L e PH2 = 1,0 atm). A 298 K a voltagem medida da pilha é 0,211 V, e observa-se que os elétrons fluem do eletrodo 1 pelo circuito externo para o eletrodo 2. Calcule a [H+] para a solução no eletrodo 1. Qual é seu pH? 31 Fem da Célula e Equilíbrio Químico: - A fem de uma célula voltaica cai conforme os reagentes são convertidos em produtos o valor de Q aumenta e E diminui até ser atingido E = 0. No equilíbrio E = 0 Q = Keq e substituindo na equação de Nernst tem-se: Rearranjando: ∆G = -nFE quando E = 0 ∆G = 0 (Célula em Equilíbrio). 𝟎 = 𝑬𝒐 − 𝟎, 𝟎𝟓𝟗𝟐 𝒏 𝒍𝒐𝒈𝑲𝒆𝒒 (𝑻 = 𝟐𝟗𝟖 𝑲) 𝒍𝒐𝒈𝑲𝒆𝒒 = 𝒏𝑬𝒐 𝟎, 𝟎𝟓𝟗𝟐 (𝑻 = 𝟐𝟗𝟖 𝑲) A constante de equilíbrio de uma reação redox pode ser obtida a partir da fem padrão para a reação. 32 Baterias ou Pilhas Pilhas conectadas em série produzem uma voltagem maior soma das fems das pilhas individuais. Pilha comum 1 célula voltaica Bateria de Carro Várias Células em série • Bateria ou pilha é uma fonte de energia eletroquímica fechada e portátil que consiste em 1 ou mais células voltaicas. Diferentes aplicações exigem baterias com diferentes propriedades. De Carro fornece uma corrente alta em um curto intervalo de tempo. De Marcapassos fornece uma corrente muito pequena em um longo período de tempo. 33 Bateria de Chumbo e Ácido: Uma bateria de carro de 12 V consiste de 6 pares de catodo/anodo, cada um produzindo 2 V. Catodo: PbO2 empacotado em uma grade de metal em H2SO4. Anodo: Grade de Pb preenchida com Pb esponjoso • Os “reagentes” são sólidos não é necessário separar a bateria em compartimentos de anodo-catodo. Espaçadores de madeira ou fibra de vidro são usados para evitar que os eletrodos se toquem. 34 PbO2(s) + HSO4 -(aq) + 3H+(aq) + 2ē PbSO4(s) + 2H2O(l) ANODO: Pb(s) + HSO4 -(aq) PbSO4(s) + H +(aq) + 2ē CATODO: PbO2(s) + Pb(s) + 2HSO4 -(aq) + 2H+(aq) 2PbSO4(s) + 2H2O(l) 𝑬𝒐 =𝒄𝒆𝒍 𝑬 𝒐 𝒄𝒂𝒕𝒐𝒅𝒐 − 𝑬𝒐 (𝑨𝒏𝒐𝒅𝒐)𝒓𝒆𝒅𝒓𝒆𝒅 𝑬𝒐 =𝒄𝒆𝒍 𝟏, 𝟔𝟖𝟓 − −𝟎, 𝟑𝟓𝟔 = 𝟐, 𝟎𝟒𝟏 𝑽 • Como os reagentes e produtos são sólidos eles são excluídos do ‘Q’ as quantidade de Pb, PbO2 e PbSO4 não tem efeito na fem. A bateria mantém a fem relativamente constante durante a descarga fem varia um pouco pq a [H2SO4] varia com a extensão da descarga. • A bateria de Pb e ácido pode ser recarregada por uma fonte externa o PbSO4 formado durante a descarga adere nos eletrodos: 2PbSO4(s) + 2H2O(l) PbO2(s) + Pb(s) + 2HSO4 -(aq) + 2H+(aq) PbSO4 é convertido em Pb em um eletrodo e em PbO2 no outro. 35 36 Pilha Seca (Pilha de Laclanché, 1866): Na versão original ácida: Usada em lanternas, rádios, portáteis, etc. Somente uma fração do material do CATODO é ativa (vizinhanças do eletrodo). 2NH4 +(aq) + 2MnO2(s) + 2ē Mn2O3(s) + 2NH3(aq) + H2O(l) ANODO: Zn(s) Zn2+(aq) + 2ē CATODO: Isolamento Bastão de Grafite (CATODO) Cápsula de Zn (ANODO) Pasta úmida de MnO2 e Carvão (faz contato com CATODO) Pasta NH4Cl/ZnCl2 (eletrólito) As duas reações gerais na pilha: Mobilidade das substâncias na pasta de eletrólitos é bastante limitada. 37 Mais de 1010 pilhas alcalinas são produzidas por ano. O catodo é uma mistura de MnO2 e grafite. Pilhas Secas Alcalinas: O anodo dessa pilha consiste de Zn em pó imobilizado em um gel em contato com uma solução concentrada de KOH. O anodo e o catodo são separados por um tecido poroso e a pilha é selada em uma capa de aço ( risco de vazamento). 2MnO2(s) + 2H2O(l) + 2ē 2MnO(OH)(s) + 2OH -(aq) ANODO: Zn(s) + 2OH-(aq) Zn(OH)2(s) + 2ē CATODO: 2MnO2(s) + Zn + 2H2O(l) 2MnO(OH)(s) + Zn(OH)2(s) E = 1,55 V 38 39 Mantêm a voltagem cte + tempo e produzem ~ 50% a + de E KOH é melhor condutor eletrolítico e por isso a resistência interna dessa pilha é menor. Atualmente algumas pilhas dispõem de um medidor de carga. Tira metálica (sob o rótulo) encosta nos polos da pilha e a corrente elétrica gerada aquece a tira metálica o calor muda a cor de um corante mostrando a situação da carga da pilha. Pilha de níquel-cádmio Produzem 1,4 V, que se mantém constante até a descarga; Quando fora de uso demoram mais tempo para se descarregarem; Podem ser recarregadas 4000 X Antigamente muito empregadas em aparelhos elétricos sem fio: câmeras, barbeadores, telefones sem fio e celulares. 40 A pilha de níquel-cádmio é baseada nas seguintes reações em meio alcalino (KOH): 2NiO(OH)(s) + 2H2O(l) + 2ē 2Ni(OH)2(s) + 2OH -(aq) ANODO: Cd(s) + 2OH-(aq) Cd(OH)2(s) + 2ē CATODO: 2NiO(OH)(s) + Cd(s) + 2H2O(l) 2Ni(OH)2(s) + Cd(OH)2(s) Pilha de Lítio-Iodo (Li-I2) A pilha de lítio-iodo revolucionou a história do marca-passo cardíaco. Essas pilhas conhecidas por serem: Muito leves (20 g); Terem uma longa duração (8-10 anos); Serem pouco toxicas para o corpo humano. 41 I2(s) + 2ē 2I -(pol) ANODO: 2Li(s) 2Li+(s) + 2ē CATODO: 2Li(s) + I2(s) 2LiI(s) E = 2,8 V O I2 é aglomerado no polímero e fica envolto pelo Li sendo o conjunto é blindado com um revestimento de níquel ou aço inox. 42 Pilha de íon Lítio ou Li-Polímero (LiPo) Refere-se a 2 tipos de sistemas: i. Originalmente é uma tecnologia que visa usar eletrólito polimérico ao invés de eletrólito líquido ainda estão em desenvolvimento. ii. Atualmente o “polímero” é aplicado no revestimento/separador da pilha e a para “gelificar” o eletrólito. São geralmente achatadas e muito leves não é realmente uma pilha polimérica, eletrólito continua sendo líquido ou gel Teoricamente poderiam ser finas, flexíveis e terem diferentes formatos sem risco de vazamento de eletrólito. 43 Possuem várias vantagens em relação as outras pilhas recarregáveis: São muito mais leves que outras baterias recarregáveis do mesmo tamanho Os eletrodos são de Li e Carbono. Li é altamente reativo é possível armazenar bastante E em suas ligações. Significando uma densidade de energia muito alta para essas baterias. Baterias de íon Li perdem ~5% de sua carga/mês enquanto que as de Ni-Cd perdem 20% no mesmo período. Bateria de íon-Li pode armazenar150 watts-hora de eletricidade/kg Pb-H2SO4 é capaz de armazenar apenas 25 watts-hora/Kg. 44 Não apresentam o efeito memória não é preciso descarregá-las totalmente antes da recarga. Começam a se decompor assim que saem da fábrica, quer você as use ou não. Conseguem suportar centenas de ciclos de carga/descarga Desvantagens: São extremamente sensíveis à altas T o calor faz com que se decomponham muito mais rapidamente. Descarregar completamente, elas não podem mais ser utilizadas. Deve ter um “computador de bordo” para gerenciá-la, tornando-as mais caras do que as baterias comuns. Há uma pequena chance de que, se uma bateria de íon-lítio falhar, ela se incendeie. 45 Anodo Catodo Separador Guia de Anodo Guia de Catodo Válvula de segurança Isolamento Aço: polo (-) Tampa: polo (+) Isolamento Vedação PTC Bateria Cilíndrica de íon Li: 46 Funcionamento Baseia-se no fenômeno de Intercalação Iônica. Difusão de íons Li+ através da rede cristalina tanto do catodo como do anodo quando intercala em um deintercala do outro. A intercalação de um Li+ num eletrodo requer, obrigatoriamente, para manter sua neutralidade, a intercalação de um elétron. O eletrodo que recebe o íon intercalante e consequentemente um elétron é REDUZIDO. O outro eletrodo que cede o íon intercalante e consequentemente um elétron é OXIDADO. O movimento desses íons de lítio ocorre a uma tensão relativamente alta, de forma que cada célula produz 3,7 V. LiMO2(s) + 6C(s) Li(1-x)MO2(s) + LixC6(s) 47 Mecanismo de Descarga: Anodo Catodo Separador Elétrons Corrente Carga Eletrólito tipo gel ou polímero O eletrólito é uma mistura de solventes orgânicos apróticos e sais de Li: Carbonato de Etileno (EC), Carbonato de Propileno (PC) ou Carbonato de Dimetila (DMC), e LiClO4, LiPF6. Carbono Grafite óxidos de metais de transição litiados: LiMn2O4, LiCoO2 e LiNiO2. 48 Catodo Anodo Separador Elétrons Corrente Eletrólito tipo gel ou polímero Mecanismo de Carga: Anodo Catodo 49 Pilha ou Célula de Combustível (CC) • Ao contrário das pilhas (que armazenam E elétrica), as CC são dispositivos de conversão contínua de E química em E elétrica. A queima dos combustíveis produz energia, por ex: H2(g) + ½O2(g) H2O(g) + Calor CH4(g) + 2O2(g) CO2(g) + 2H2O(g) + Calor Óleo combustível + 2O2(g) CO2(g) + H2O(g) + Calor • Considerando que combustões são reações redox, a ideia da CC é obter a E liberada pela combustão já diretamente na forma de E elétrica, o que eleva o rendimento para cerca de 55%. • O calor (E) pode ser usada numa termoelétrica para produzir eletricidade, quando se obtém um rendimento da ordem de 40%. 50 A grande vantagem da CC é seu funcionamento contínuo e a produção apenas de H2O, que não polui o meio ambiente nas espaçonaves, essa água é usada pela tripulação. Pilhas desse tipo foram usadas nas espaçonaves Gemini, Apolo e nos ônibus espaciais. ANODO: H2(g) + 2OH -(aq) 2H2O(g) + 2ē CATODO: ½O2(g) + H2O(aq) + 2ē 2OH -(aq) GLOBAL: H2(g) + ½O2(g) H2O(g) As reações são: Outra vantagem é ser mais leve do que, por ex, as baterias de Pb. Elas funcionam pela reação de combustão entre o H2 e o O2 produzindo H2O. Sua principal desvantagem ainda é seu alto custo. As reações de corrosão são reações redox espontâneas nas quais um metal é “atacado” por alguma substância em seu ambiente e é convertido num composto indesejado. Corrosão A ferrugem requer tanto O2 quanto H2O. Como E°red(Fe 2+) < E°red(O2), o Fe pode ser oxidado pelo O2. Corrosão do Ferro: O pH, presença de sais, o contato de metais mais difíceis de oxidar que o Fe e o desgaste do Fe podem acelerar o processo. Catodo: O2(g) + 4H +(aq) + 4ē 2H2O(l) E°red = 1,23 V Anodo: Fe(s) Fe2+(aq) + 2ē E°red = -0,44 V Uma parte do Fe funciona como anodo e os ē produzidos migram pelo metal até outra parte da superfície que funciona como catodo, onde o O2 é reduzido. 51 A redução do O2 necessita de H + uma diminuição [H+] torna a redução do O2 menos favorável. Fe em contato com uma solução de pH maior que 9 não sofre corrosão. O Fe2+ formado no anodo eventualmente é oxidado a Fe3+ forma óxido de ferro (III) hidratado conhecido como FERRUGEM: 4Fe2+(aq) + O2(g) + 4H2O(l) + xH2O(l) 2Fe2O3∙xH2O(s) + 8H +(aq) Oxidação ocorre no local de maior [O2] 52 A corrosão pode ser impedida através do revestimento do ferro com tinta ou um outro metal. Mesmo que o revestimento for quebrado o Fe é o catodo no qual o O2 é reduzido e o Zn o anodo que é corroído no lugar do Fe. Prevenindo a Corrosão do Ferro: O Fe galvanizado é revestido com uma fina camada de Zn. O zinco protege o ferro uma vez que o Zn é o anodo e Fe é o catodo: Com os potenciais padrão de redução acima o Zn é mais facilmente oxidável do que o Fe. 53 Proteção catódica é uma técnica que inibe as reações de oxidação através da introdução de anodos de sacrifício. O metal que é oxidado e protege o catodo é chamado de anodo de sacrifício. • É muito usado para proteger encanamentos subterrâneos pedaços de metal „ativo‟ como Mg são enterrados ao longo do encanamento e conectados ao cano. 54 55 • As reações de eletrólise são não espontâneas. No entanto, em células eletrolíticas os elétrons são forçados a fluir do anodo para o catodo. Eletrólise • As reações não espontâneas necessitam de uma corrente externa para fazer com que a reação ocorra. Nas células voltaicas e eletrolíticas: A redução ocorre no catodo A oxidação ocorre no anodo. Por exemplo: corrente externa pode ser aplicada na eletrólise de NaCl fundido (ígnia): 2NaCl(l) 2Na(l) + Cl2(g) 56 • O eletrodo conectado no terminal (-) da fonte é o catodo recebe ē p/ reduzir a substância • Os ēs removidos pela oxidação no anodo migram para o terminal positivo da fonte completando o circuito. Catodo: 2Na+(l) + 2ē 2Na(l) 2Na+(l) + 2Cl-(l) 2Na(l) + Cl2(g) Anodo: 2Cl-(l) Cl2(g) + 2ē 57 Na eletrólise feita em solução aquosa deve-se considerar a oxidação da H2O p/ formar O2 e a redução p/ formar H2. Eletrólise de Soluções Aquosas: Por ex. vamos considerar a eletrólise de uma solução aquosa de NaF: Os possíveis reagente na célula são Na+, F- e H2O Tanto Na + quanto H2O podem ser reduzidos , mas o F - não pode pois já esta na forma mais reduzida. As possíveis reações no CATODO: Na+(aq) + ē Na(s) E°red = -2,71 V 2H2O(l) + 2ē H2(g) + 2OH -(aq) E°red = -0,83 V A redução da H2O a H2 é mais favorável que a do Na + em Na Gás H2 é produzido no Catodo. F- ou H2O devem ser oxidados no anodo o Na + não pode perder mais ēs. 58 Independentemente do fato de H2O ou OH - ser oxidado, O2(g) é produzido no anodo em vez F2(g). 2F-(aq) F2(g) + 2ē E°red = +2,87 V 2H2O(l) O2(g) + 4H +(aq) + 4ē E°red = +1,23 V As possíveis reações no ANODO: Como a oxidação é o inverso da redução: qnto menos positivo o E°red mais favorável é a oxidação Conforme os E°red acima é mais fácil oxidar a H2O que o F -. Na realidade é mais fácil oxidar o OH- produzido na cátodo. 4OH-(aq) O2(g) + 2H2O(l) + 4ē E°red = +0,40 V O NaF serve apenas como eletrólitop/ permitir que a corrente seja conduzida pela célula eletrolítica. 59 Catodo: 4H2O(l) + 4ē 2H2(g) + 4OH -(aq) E°red = -0,83 V 2H2O(l) 2H2(g) + O2(g) E° = - 1,23 V Anodo: 4OH-(aq) O2(g) + 2H2O(l) + 4ē E°red = +0,40 V E° = E°red (cat) – E°red (ano) é NEGATIVO processo não é espontâneo e deve ser realizado com uma fonte de energia externa. A eletrólise de NaCl(aq) leva a um resultado INESPERADO NO ANODO no catodo H2O é reduzida a H2 = ao NaF(aq). 2Cl-(aq) Cl2(g) + 2ē E°red = +1,36 V 2H2O(l) O2(g) + 4H +(aq) + 4ē E°red = +1,23 V As possíveis reações no ANODO são: Com base no E°red a H2O deveria oxidar em vez do Cl - na prática ocorre o inverso: a oxidação da H2O é termodinamicamente mais favorável mas a do Cl- é cineticamente favorecida (Ea menor) 60 Catodo: 2H2O(l) + 2ē H2(g) + 2OH -(aq) E°red = -0,83 V 2H2O(l) + 2Cl -(aq) H2(g) + 2OH -(aq) + Cl2(g) E° = - 2,19 V Anodo: 2Cl-(aq) Cl2(g) + 2ē E°red = +1,36 V Processo industrial importante para produção de H2, Cl2 e NaOH. Eletrólise com Eletrodos Ativos: Eletrodos ativos: os eletrodos que fazem parte da eletrólise. A galvanoplastia ou galvanização eletrolítica usa eletrólise p/ depositar uma fina camada de metal sobre outro melhorar aspecto visual ou resistência à corrosão. Um exemplo é a galvanização de aço com Ni: o catodo da célula é o aço que será galvanizado e o anodo é de Ni. 61 Catodo (lâmina de Aço): Ni2+(aq) + 2ē Ni(s) E°red= - 0,28V Anodo (lâmina de Ni): Ni(s) Ni2+(aq) + 2ē E°red = - 0,28V A fem da célula E°= 0V se observarmos a reação total parece que não ocorreu nada: mas átomos de Ni são transferidos do anodo para o catodo. Eletrodo Ativo 62 Aspectos Quantitativos da Eletrólise: A estequiometria de uma semi-reação mostra quantos ē são necessários para o processo eletrolítico. P/ qualquer semi-reação a quantidade de substância reduzida ou oxidada na célula eletrolítica é ∝ n° ē transmitido Na+(aq) + ē Na(s) Por exemplo a redução do Na+ a Na envolve 1 ē: 1 mol de ē depositará 1 mol de Na metálico; 2 mols de ē depositarão 2 mols de Na metálico... Cu2+(aq) + 2ē Cu(s) 2 mols ē : 1 mol Cu Al3+(aq) + 3ē Al(s) 3 mols ē : 1 mol Al A quantidade de carga que passa pela solução é medida em coulombs 1 mol de ē = 96500 C = 1 F (Faraday): 𝟏𝑭 = 𝟗𝟔𝟓𝟎𝟎 𝑪 𝒎𝒐𝒍 𝒅𝒆 𝒆− 63 1 C é a quantidade de carga (Q) passando num circuito em 1 s quando a corrente (i) for 1 ampère (A): Exercício: Calcule a massa em gramas de Al produzida em 1,00 h pela eletrólise de AlCl3 fundido se a corrente elétrica é 10,0 A. 𝑸 = 𝒊 × 𝒕 Quantidade de carga (Coulombs) que passa por uma célula. 64 Trabalho Elétrico: Energia livre é uma medida da quantidade máxima de trabalho (wmáx) útil que pode ser obtida de um sistema: Se o trabalho é negativo, então o trabalho é executado pelo sistema e E > 0 Célula Voltaica produz eletricidade. A fem pode ser pensada como uma medida da força motriz para um processo redox. Em uma célula eletrolítica uma fonte externa de energia é necessária para fazer com que a reação ocorra: Processo não espontâneo ∆G > 0 e Ecel < 0. Para forçar a ocorrência do processo deve ser aplicado um potencial externo, Eext, maior em módulo do que Ecel: Eext > - Ecel Por Ex.: Se em um processo o Ecel = - 0,9 V o Eext deve ser maior que +0,9 V para que o processo se efetue. 65 O trabalho elétrico pode ser expresso em unidades de watt vezes o tempo unidade de potencia elétrica: taxa de gasto de energia: 𝟏𝑾 = 𝟏 𝑱 𝒔 𝐨𝐮 𝟏 𝐉 = 𝐖 × 𝒔 (𝑾𝒂𝒕𝒕 − 𝒔𝒆𝒈𝒖𝒏𝒅𝒐) A unidade dos utensílios elétricos é o quilowatt-hora (KWh) = 3,6x106 J: 𝟏𝑲𝑾𝒉 = 𝟏𝟎𝟎𝟎 𝑾 × 𝟔𝟎 × 𝟔𝟎 𝒔 = 𝟑, 𝟔 × 𝟏𝟎𝟔𝑱 Conversão de hora p/ segundo 1 h = 60 min 1 min = 60 s 1h = 3600 s 66
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