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CoachingPGE-SP simulado 1 comentarios

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SIMULADO 1 
COMENTÁRIOS 
 
 
 
 
 
 
 
2 
 
Direito Constitucional 
1. Sobre o Poder Constituinte Originário, assinale a alternativa 
incorreta: 
a) As Teorias do Poder Constituinte têm origem no final do século XVIII, 
a partir de Emmanuel Sieyès, as quais surgem com a concepção de que 
o Poder Constituinte sempre existiu e sempre existirá como instrumento 
para estabelecer e restabelecer a Constituição e, portanto, a forma de 
Estado, a organização e a estrutura da sociedade política. 
b) Para a escola consagrada pelo Supremo Tribunal Federal, o Poder 
Constituinte Originário é um poder de direito, pois provém de uma 
base normativa anterior, firmada no direito natural, que lhe dá 
fundamentos jurídicos e lhe condiciona a validade. 
c) O Poder Constituinte não se finaliza com a simples edição de uma nova 
Constituição, pois é um poder permanente e, de acordo com a visão mais 
tradicional, é também inicial, incondicionado e juridicamente ilimitado. 
d) De acordo com o que a doutrina chama de Paradoxo da Onipotência, 
o Poder Constituinte Originário não pode ditar normas jurídicas 
inalteráveis ao arbítrio de si próprio, daí a necessidade de se desmistificar 
a tese segundo a qual o Poder Constituinte Originário não se sujeita a 
limites jurídicos. 
e) Ao Poder Constituinte Originário opõem-se limites ideológicos e limites 
estruturais. 
 
Comentários: 
Alternativa A – Correta. Neste sentido, ensina a doutrina de Juliano 
Taveira Bernardes e Olavo Augusto Vianna Alves Ferreira. 
Alternativa B – Incorreta. Para a escola positivista, ratificada pelo 
Supremo Tribunal Federal (ADInMC 2.356/DF), o Poder Constituinte 
Originário é um poder de fato que se impõe, seja pelo consenso popular, 
 
 
3 
 
seja à base da força, sem fundamento jurídico ou qualquer tipo de direito 
prévio que pudesse ser invocado. 
Alternativa C – Correta. Esta afirmativa decorre da diferença entre titular 
e agentes do poder constituinte. A titularidade se atribui ao povo. Apenas 
o exercício é delegado a representantes. A nação não fica submetida à 
Constituição que ela estabeleceu, pelo seu poder constituinte. Ele pode 
sempre refazer a Constituição, estabelecer uma nova Constituição. 
Alternativa D – Correta. Apenas para complementar: “se uma divindade 
é onipotente, pode então criar uma pedra tão pesada que não possa 
carregar? (...) Por outras palavras, se o poder constituinte é considerado 
juridicamente ilimitado (onipotente), uma disposição constitucional feita 
por ele poderia regular qualquer aspecto jurídico, no âmbito do sistema 
jurídico a que lhe correspondesse, incluindo ela mesma. Mas, se assim 
fosse, o constituinte originário poderia tornar alguma parte da 
constituição imodificável até por ele próprio? A resposta é negativa.” 
(Bernardes, Juliano Taveira. Direito Constitucional – Tomo I). 
Alternativa E – Correta. Ideológicos consistem em crenças ou valores e 
estruturam que que conforma o âmbito social, como o sistema de classes, 
por exemplo. 
 
 
______________________________________________________________________ 
 
2. Sobre o Poder Constituinte e temas correlatos, assinale a 
alternativa correta: 
a) O Poder Constituinte Derivado Reformador encontra limitações apenas 
nas cláusulas pétreas. 
b) Não será objeto de deliberação a proposta de emenda que vise alterar 
a forma federativa do Estado, o voto direto, secreto, universal, periódico 
 
 
4 
 
e obrigatório, a separação dos poderes e os direitos e garantias 
individuais. 
c) O Poder Constituinte Derivado Decorrente está submetido aos 
Princípios Constitucionais Sensíveis, aos Princípios Constitucionais 
Estabelecidos e aos Extensíveis. 
d) Poder Constituinte Difuso é aquele exercido pelos estados membros 
quando promovem emendas pontuais em suas Constituições Estaduais. 
e) O Poder Constituinte Reformador não se submete a regras 
estabelecidas pelo Poder Constituinte Originário porque eles possuem 
competências distintas. 
 
 
Comentários: 
Alternativa A – Incorreta. O poder Constituinte Derivado deve atender às 
limitações jurídicas, implícitas e explícitas. 
Alternativa B – Incorreta. Contraria o disposto no art. 60, par. 4º, da 
CF/88 porque este não prevê como cláusula pétrea o voto obrigatório e 
porque não é quaisquer alterações naquelas matérias que são vedadas, 
mas apenas as que tendem a aboli-las. 
Alternativa C – Correta. Sensíveis são aqueles cuja inobservância podem 
gerar a intervenção federal (art. 34, inc. VII, da CF/88). Estabelecidos são 
aqueles que limitam a autonomia estadual. Extensíveis são aqueles que 
regulam a organização da União, mas que devem ser também observados 
pelos estados membros por força da Simetria. 
Alternativa D – Incorreta. O poder constituinte difuso manifesta-se 
quando os órgãos incumbidos de aplicar as normas constitucionais se 
deparam com imperfeiçoes ou obscuridades e procuram corrigi-los por 
meio de expedientes não previstos formalmente, como as convenções 
 
 
5 
 
constitucionais e os costumes constitucionais, bem como as mutações 
constitucionais. 
Alternativa E – Incorreta. O Poder Constituinte Derivado é juridicamente 
limitado e condicionado. 
 
______________________________________________________________________ 
 
3. Sobre a possibilidade de emenda da Constituição da República 
Federativa do Brasil (CF/88), assinale a alternativa correta: 
a) A CF/88 pode ser emendada mediante proposta de um terço, no 
mínimo, do Congresso Nacional. 
b) A CF/88 pode ser emendada mediante proposta de mais da metade 
das Assembleias Legislativas das unidades da Federação, manifestando-
se em cada uma dela, pela maioria absoluta dos seus membros. 
c) O Presidente da República não tem competência para apresentar 
proposta de Emenda à Constituição. 
d) A matéria constante de proposta de emenda rejeitada ou havida por 
prejudicada, ainda assim, pode ser objetivo de nova proposta na mesma 
sessão legislativa. 
e) A Constituição não poderá ser emendada na vigência de 
intervenção federal, de estado de defesa ou de estado de sítio. 
 
Comentários: 
Alternativa A – Incorreta. O art. 60, inc. I, da CF/88 prevê a emenda por 
iniciativa de um terço, no mínimo, da Câmara dos Deputados ou do 
Senado Federal. 
Alternativa B – Incorreta. O art. 60, II, da CF/88 exige a maioria relativa 
em cada uma das Assembleias Legislativas. 
 
 
6 
 
Alternativa C – Incorreta. O art. 60, II(, da CF/88 prevê a possibilidade 
de Emenda por iniciativa do Presidente da República. 
Alternativa D – Incorreta. O art. 60, par. 5º, da CF/88 prevê exatamente 
o contrário. 
Alternativa E – Correta. É o teor do art. 60, par. 1º, da CF/88. 
 
______________________________________________________________________ 
 
4. Analise as assertivas abaixo: 
I – Mutação constitucional é o ato ou efeito modificativo da constituição 
sem revisões formais do texto das disposições constitucionais. 
II – Embora possam servir de parâmetro de controle das normas 
infraconstitucionais, as mutações constitucionais subordinam-se às 
reformas constitucionais. 
III – Na mutação constitucional alteram-se o significado, o sentido 
interpretativo de determinada norma constitucional, podendo haver 
também alteração do texto. 
IV – A mutação constitucional não tem lugar em nosso sistema jurídico, 
em razão de a Carta Política ser escrita e rígida. 
Está CORRETO o que consta APENAS em 
a) I e II 
b) I, II e III 
c) II, III e IV 
d) I, II e IV 
e) I, II, III e IV 
 
Comentários: 
Apenas I e II sãocorretas. 
Alternativa I – Correta. É a definição dada pela doutrina. 
 
 
7 
 
Alternativa II – Correta, pois como o limite da interpretação é o texto, 
novas alterações formais acabam por prevalecer sobre anteriores 
alterações informais da Constituição. 
Alternativa III – Incorreta. A mutação constitucional altera apenas o 
entendimento que se tem a respeito de uma norma constitucional, mas o 
seu texto permanece inalterado. 
Alternativa IV – Incorreta. A mutação constitucional não só tem lugar em 
nosso sistema jurídico como já foi realizada em diversos momentos pelo 
STF (ADPF 156, HC 82.959, RE 197.917, etc.). 
 
______________________________________________________________________ 
 
5. Assinale a alternativa incorreta: 
a) No contexto da CF/88 há a previsão de apenas uma revisão, a se 
realizar contados 05 anos da data de promulgação do texto 
constitucional, pelo voto da maioria absoluta, em sessão unicameral. 
b) A CF/88 não trouxe limitações temporais ao poder geral de reforma, 
mas trouxe previsão expressa de limite temporal para o exercício do poder 
de revisão constitucional. 
c) A Teoria da Dupla Reforma, rejeitada pela maioria da doutrina, 
preceitua a possibilidade de realização de duas operações, sendo a 
primeira que revoga ou excepciona as limitações cridas pelo poder 
constituinte originário e a segunda que altera a Constituição, sem 
desrespeito ao texto já em vigor após a modificação. 
d) Prevalece no Brasil que as normas constitucionais originárias não 
podem ser objeto de reconhecimento de inconstitucionalidade, ao 
contrário das normas elaboradas pelo constituinte derivado, salvo 
quando a norma criada por emenda constitucional não alterar 
substancialmente a norma constitucional originária. 
 
 
8 
 
e) O Poder Constituinte Reformador realiza a modificação da 
Constituição por meio de Emendas Constitucionais, cujo projeto 
deverá ser aprovado em cada Casa do Congresso Nacional em dois 
turnos, pelo voto de três quintos dos respectivos Membros e, 
posteriormente, sancionado pelo Presidente da República. 
 
 
Comentários: 
Alternativa A – Correta. Art. 3º, do ADCT. 
Alternativa B – Correta. Art. 3º, do ADCT. 
Alternativa C – Correta. Como se vê, tal teoria é uma tentativa de burla 
às limitações criadas pelo Poder Constituinte Originário e, por isto, é tão 
rechaçada. 
Alternativa D – Correta. Qualquer órgão que reputasse inconstitucional 
uma norma produzida pelo Poder Constituinte Originário estaria na 
verdade agindo como tal, e sem legitimidade para tanto. O mesmo não 
ocorre no controle de emendas constitucionais, as quais devem 
obediência às normas constitucionais originárias. 
Alternativa E – Incorreta. Após a votação em dois turnos há a 
promulgação pelas Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado 
Federal. 
 
______________________________________________________________________ 
 
6. Em relação aos direitos fundamentais e a interpretação conferida 
pelo Supremo Tribunal Federal, assinale a alternativa incorreta: 
a) De acordo com o Supremo Tribunal Federal, são constitucionais os 
artigos da Lei 13.146/2015 que determinam que as escolas privadas 
ofereçam atendimento educacional adequado e inclusivo às pessoas com 
 
 
9 
 
deficiência sem que possam cobrar valores adicionais de qualquer 
natureza em suas mensalidades, anualidades e matrículas para 
cumprimento dessa obrigação. 
b) Em sede de medida cautelar, o Supremo Tribunal Federal, entendeu 
pela inconstitucionalidade da Lei que autorizou o uso da 
fosfoetanolamina por pacientes, mesmo sem que existam estudos 
conclusivos sobre os efeitos colaterais em seres humanos e mesmo sem 
que haja registro sanitário da substância perante a ANVISA. 
c) As autoridades e os agentes fiscais tributários da União, dos 
Estados, do DF e dos Municípios não podem requisitar diretamente 
das instituições financeiras informações sobre movimentações 
bancárias dos contribuintes, pois do contrário haveria quebra de 
sigilo bancário e violação ao direito fundamental à intimidade, bem 
como à inviolabilidade das comunicações e de dados. 
d) De acordo com recente decisão proferida no âmbito do Supremo 
Tribunal Federal, o Poder Judiciário pode obrigar o Município a fornecer 
vaga em creche para criança de até 05 anos de idade, por se tratar de um 
dever constitucionalmente previsto para os Municípios. 
e) De acordo com o Supremo Tribunal Federal, o Tribunal de Contas da 
União não pode manter em sigilo a autoria de denúncia a ele apresentada 
contra administrador público, tendo em vista o direito fundamental de 
resposta, proporcional ao agravo, constitucionalmente garantido. 
 
Comentários: 
Alternativa A – Correta. STF. Plenário, ADI 5357. Info 829. 
Alternativa B – Correta. STF Plenário. ADI 5501. Info 826. 
Alternativa C – Incorreta. STF. Plenário. ADI 2390/DF, entre outras. Info 
815. Não se trata de quebra, mas de transferência de sigilo e, por isto, é 
constitucional o art. 5º e 6º, da LC 105/01. 
 
 
10 
 
Alternativa D – Correta. STF. Decisão monocrática. RE 956475. Info 827. 
Alternativa E – Correta. STF. MS 24.405/DF. 
 
______________________________________________________________________ 
 
7. Júlia nasceu no Brasil e era brasileira nata. Mudou-se para os 
Estados Unidos da América (EUA), onde se casou com um norte-
americano (2000). Conseguiu o green card (2005), que é um visto 
concedido para que se possa viver e trabalhar naquele país. Em 
seguida, Julia também requereu e conseguiu obter a nacionalidade 
norte americana (2014). Em 2015, Júlia matou o seu marido e fugiu 
para o Brasil. Os EUA pediram a extradição de Júlia. Diante do caso 
apontado e, tendo em vista o entendimento do Supremo Tribunal 
Federal sobre o tema, assinale a opção correta: 
a) O Brasil não pode conceder tal extradição por se tratar de brasileira 
nata, conforme previsão Constitucional. 
b) O Brasil pode conceder tal extradição em função do crime praticado 
somado à fuga para o Brasil, em razão de Tratado Internacional. 
c) O Brasil não pode conceder tal extradição porque Júlia só se 
naturalizou nos EUA para que pudesse exercer os seus direitos civis. 
d) O Brasil pode conceder tal extradição porque Júlia, ao adquirir a 
nacionalidade norte-americana, perdeu a nacionalidade brasileira. 
e) O Brasil não pode conceder tal extradição porque o Brasil não admite 
a extradição de brasileiros. 
 
Comentários: 
A alternativa correta é a D, conforme decidiu o STF no MS 
33864/DF. Se um brasileiro nato que mora nos EUA e possui o green 
card decidir adquirir a nacionalidade americana, ele irá perder a 
nacionalidade brasileira. Isto porque o art. 12, par. 4º, inc. II prevê a 
perda da nacionalidade do brasileiro que adquirir outra nacionalidade, 
 
 
11 
 
ressalvando apenas o caso em que isto só se dá como condição para o 
exercício dos direitos civis no outro país. 
No caso em tela, Júlia não precisava adquirir a nacionalidade 
norte-americana como condição para o exercício de direitos civis. Isto 
porque ela já os exercia com o green card, pois podia morar e trabalhar 
livremente nos EUA. Deste modo, a aquisição da cidadania americana 
ocorreu não como condição para exercício de direitos civis e sim por livre 
e espontânea vontade, o que acarreta a perda da nacionalidade brasileira. 
Com tal perda, Maria pode ser extraditada para os EUA. 
Veja: brasileiro nato nunca pode ser extraditado. Mas, Júlia 
deixou de ser brasileira nata ao perder a nacionalidade brasileira por ter 
adquirido de livre e espontânea vontade (e não como condição para o 
exercício dos direitos civis) outranacionalidade. 
8. Em relação aos direitos políticos, considere: 
I. A soberania popular é exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto 
e secreto, com valor igual para todos, nos termos da lei, e mediante 
plebiscito, referendo e iniciativa popular. 
II. O alistamento eleitoral e o voto são: obrigatórios para os maiores de 
dezoito anos, mas facultativos para (i) os analfabetos, (ii) os maiores de 
setenta anos e (iii) os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos. 
III. O militar alistável é elegível, atendidas as seguintes condições: (I) se 
contar menos de dez anos de serviço, deve se afastar da atividade, e (II) 
se contar com mais de dez anos de serviço, será agregado pela autoridade 
superior e, se eleito, passará automaticamente, no ato de diplomação 
para a inatividade. 
IV. É vedada a cassação de direitos políticos, cuja perda ou suspensão só 
se dará nos casos de cancelamento de naturalização por sentença 
transitada em julgado, por incapacidade civil absoluta, por condenação 
criminal transitada em julgado enquanto durarem seus efeitos, por 
recusa de cumprir a obrigação a todos imposta ou prestação alternativa, 
por improbidade administrativa. 
Está correto o que consta APENAS em 
 
 
12 
 
a) I, II, III e IV. 
b) I, II e III. 
c) I e II. 
d) I. 
e) I, III e IV. 
 
Comentários: 
Estão corretas todas as assertivas – alternativa A. 
Assertiva I – Correta. É o teor do art. 14, caput, da CF/88. 
Assertiva II – Correta. É o teor do art. 14, par. 1º, da CF/88. 
Assertiva III – Correta. É o teor do art. 14, par. 8º, da CF/88. 
Assertiva IV – Correta. É o teor do art. 15, da CF/88. 
 
______________________________________________________________________ 
 
9. Sobre o controle de constitucionalidade, assinale a alternativa 
incorreta: 
a) A decisão proferida em sede de controle de constitucionalidade difuso 
produz efeitos entre as partes, não dispõe de efeito vinculante e, em regra, 
produz efeitos retroativos. 
b) A Modelo Austríaco de controle de constitucionalidade incorporou a 
doutrina de Kelsen do controle concentrado de constitucionalidade e o 
Modelo Norte-Americano é identificado como o berço do controle 
difuso/concreto. 
c) O veto presidencial, ainda que motivado em questões 
constitucionais, não é tido como controle de constitucionalidade. 
d) O STF tem demonstrado que não abona a tese da eficácia erga omnes 
das decisões proferidas em controle concreto/difuso de 
constitucionalidade. 
 
 
13 
 
e) Se, o ato normativo impugnado por meio de Ação Civil Pública for de 
caráter concreto e singular, não há qualquer impedimento ao controle 
concreto de constitucionalidade. 
 
Comentários: 
Alternativa A – Correta. É como leciona a doutrina. 
Alternativa B – Correta. É como leciona a doutrina. 
Alternativa C – Incorreta. O veto presidencial fundamentado em questões 
constitucionais é classificado como controle de constitucionalidade 
político. 
Alternativa D – Correta. STF AgRg na Rcl 4.563/SP. 
Alternativa E – Correta. Isto porque, neste caso, não restam dúvidas de 
que não há usurpação da competência constitucional do STF. (STF Rcl 
664). 
 
______________________________________________________________________ 
 
10. Sobre o controle de constitucionalidade, assinale a opção 
incorreta: 
a) A decisão proferida em sede de Ação Direta de Inconstitucionalidade 
produz efeitos erga omnes, em regra retroativos, vinculantes em relação 
aos órgãos do Poder Judiciário e à Administração Pública Federal, 
Estadual e Municipal. 
b) Viola a cláusula de reserva de plenário a decisão de órgão fracionário 
de tribunal que, embora não declare expressamente a 
inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do Poder Público, afasta 
sua incidência, no todo ou em parte. 
c) Conforme preceitua a CF/88, somente pelo voto da maioria absoluta 
de seus membros ou dos membros do respectivo órgão especial poderão 
 
 
14 
 
os tribunais declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do 
Poder Público. 
d) Conforme entendimento exarado recentemente pelo Supremo 
Tribunal Federal, se já houve pronunciamento anterior, emanado do 
Plenário do STF ou do órgão competente do TJ Local, declarando 
determinada lei ou ato normativo inconstitucional, não será possível 
que o tribunal julgue que esse ato é inconstitucional de forma 
monocrática ou por um colegiado que não seja o plenário, sem que 
isso implique violação à cláusula de reserva de plenário. 
e) Conforme entende o Supremo Tribunal Federal, é possível a modulação 
dos efeitos da decisão proferida em recurso extraordinário com 
repercussão geral reconhecida, desde que haja o voto de 2/3 (dois terços) 
dos seus Membros. 
 
Comentários: 
Alternativa A – Correta. Art. 28, par. Único, da Lei n. 9868/99. 
Alternativa B – Correta. É o teor da Súmula Vinculante n. 10. 
Alternativa C – Correta. É o teor do art. 97, da CF/88. 
Alternativa D – Incorreta. Contraria o que decidido pelo STF, na Rcl 
17185 AgR/MT. Info 761. 
Alternativa E – Correta. STF RE 586453. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
15 
 
Direito Processual Civil 
11. Sobre a Advocacia Pública e a Fazenda Pública, assinale a 
alternativa incorreta: 
a) Procurador Estadual que defende em juízo os interesses de estado 
da Federação diverso do qual está vinculado, em função de Convênio 
firmado entre seu estado e o outro estado da federação, não precisa 
comprovar a regularidade da representação. 
b) Incumbe à Advocacia Pública, na forma da lei, defender e promover os 
interesses públicos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos 
Municípios, por meio da representação judicial, em todos os âmbitos 
federativos, das pessoas jurídicas de direito público que integram a 
administração direta e indireta. 
c) Nas ações cujo réu seja um Município que ainda não criou, por meio 
de lei, o cargo de procurador com função expressa de representação do 
ente político, deverá o Prefeito ser citado e apresentada a procuração pelo 
advogado encarregado da respectiva defesa. 
d) Os Estados e o DF poderão ajustar compromisso recíproco para prática 
de ato processual por seus procuradores em favor de outro ente federado 
mediante convênio firmado pelas respectivas procuradorias. 
e) Procuradores da Fazenda Pública a representam em juízo sem a 
necessidade de apresentação de procuração, pois trata-se de 
representação (presentação) que decorre da lei. 
 
Comentários: 
Alternativa A – Incorreta. Conforme prevê o art. 75, par. 4º, do NCPC, um 
estado da federação (“A”) pode firmar com outro estado da federação (“B”) 
um convênio estabelecendo, por exemplo, que caso o estado B precise 
participar de uma audiência perante um órgão jurisdicional do estado A, 
é possível que tal ato seja praticado por um procurador do estado A, 
desde que firmado um convênio entre os respectivos estados. Veja que a 
 
 
16 
 
atuação do procurador do estado “A”, neste caso, se dá em defesa dos 
interesses do estado “B” e, por força de um convênio. Como a 
representação não decorre da lei, mas de convênio, que é um negócio 
jurídico processual, deverá ser comprovada a sua regularidade, mediante 
cópia do convênio e do extrato de suas publicações do Diário Oficial. 
Alternativa B – Correta. Cópia do art. 182, da CF/88. 
Alternativa C – Correta. O art. 75, inc. III, NCPC, prevê que o Município 
será representado ativa e passivamente por seu prefeito ou procurador. 
Deste modo, enquanto não criado o cargo de procurador municipal, deve 
o Prefeito ser citado e o advogado encarregado da defesa necessitará de 
procuraçãodada pelo Prefeito. Por outro lado, sendo criado o cargo de 
Procurador Municipal, com função expressa de representação do ente 
político, este deverá ser citado e promoverá a defesa dos interesses do 
Município. 
Alternativa D – Correta. Cópia do art. 75, par. 4º, do NCPC. 
Alternativa E – Correta. Não há previsão legal que exija apresentação de 
procuração por parte do Procurador da Fazenda Pública. Aliás, nem 
poderia haver. Isto porque se trata de uma representação (ou de modo 
mais tecnicamente adequado, de presentação) que decorre da lei. A 
procuração é materialização de negócio jurídico, circunstância 
incompatível com a natureza da relação que se estabelece entre o órgão 
público e seus procuradores. 
 
 
 
 
______________________________________________________________________ 
 
 
 
17 
 
12. Sobre as prerrogativas processuais da Fazenda Pública, assinale 
a alternativa incorreta: 
a) Uma das prerrogativas atribuídas à Fazenda Pública em juízo 
evidencia-se no fato de que, em regra, o ônus da prova é do particular 
que com ela litiga. 
b) A União, os Estados, o Distrito Federal, os Municípios e suas 
respectivas autarquias e fundações de direito público gozarão de 
prazo em dobro para as suas manifestações processuais, mesmo no 
caso de previsão de prazo próprio para o ente público, cuja contagem 
terá início com a sua intimação. 
c) O NCPC, ao prever que os membros da advocacia pública serão civil e 
regressivamente responsáveis quando agirem com dolo ou fraude no 
exercício de suas funções, indica ter adotado a Teoria da Dupla Garantia, 
a qual já foi aplicada pelo STF em alguns julgados. 
d) A Fazenda Pública goza da prerrogativa de prazo diferenciado quando 
atua como parte, como assistente de uma das partes e quando figura 
como interveniente. 
e) Empresas Públicas e Sociedades de Economia Mista não são abarcadas 
pela prerrogativa da contagem dos prazos processuais em dobro. 
 
Comentários: 
Alternativa A – Correta. Tal afirmativa decorre da presunção de 
legitimidade dos atos administrativos. 
Alternativa B – Incorreta. Contraria o art. 183, par. 2º, NCPC, de acordo 
com o qual não há contagem do prazo em dobro quando a lei estabelece 
prazo próprio para o ente público. 
Alternativa C – Correta. No RE 327904 e no RE 720275, o STF decidiu 
conforme o entendimento que garante (a) ao particular a propositura em 
face da Fazenda Pública, beneficiando-se das decorrências de 
responsabilidade objetiva (desnecessidade de produção de prova quanto 
 
 
18 
 
à culpa) (b) ao servidor de responder apenas frente ao Poder Público em 
caso de culpa ou dolo e regressivamente. Obs.: atente-se para o fato de 
que o STJ já entendeu de modo diverso, atribuindo ao demandante 
(vítima) a opção contra quem demandar, se contra o estado ou se contra 
o servidor (1.325.862). 
Alternativa D – Correta. Conforme prevê o art. 183, NCPC, a Fazenda 
Pública goza de prazo em dobro em TODAS as suas manifestações 
processuais. Portanto, seja a qual título for: como parte ou como 
interveniente. 
Alternativa E – Correta. A contagem do prazo em dobro é prerrogativa 
prevista para a Fazenda Pública, na qual se incluem apenas as pessoas 
jurídicas de direito público, ou seja, a União, os Estados, o DF, os 
Municípios e suas respectivas autarquias e fundações. 
 
______________________________________________________________________ 
 
13. Com relação aos prazos e intimação da Fazenda Pública, assinale 
a alternativa correta: 
a) Conforme previsão do NCPC, a Advocacia Pública não exercerá suas 
atribuições durante o período compreendido entre 20 de dezembro e 20 
de janeiro, já que neste período fica suspenso o curso dos prazos 
processuais. 
b) Em se tratando de Juizado da Fazenda Pública, há prazo diferenciado, 
contado em dobro, para a Fazenda Pública. 
c) O prazo para a Fazenda Pública impugnar o Cumprimento de Sentença 
e para apresentar Embargos à Execução é contado em dobro. 
d) A retirada dos autos do cartório ou da secretaria em carga pela 
Advocacia Pública implicará intimação de qualquer decisão contida 
no processo retirado, ainda que pendente de publicação. 
 
 
19 
 
e) Conforme previsão do NCPC, o advogado da parte contrária pode 
promover a intimação do advogado público por meio do correio, juntando 
aos autos, em seguida, cópia do ofício de intimação e do aviso de 
recebimento. 
 
Comentários: 
Alternativa A – incorreta. De fato, entre o período de 20 de dezembro a 20 
de janeiro fica suspenso o curso dos prazos processuais, conforme prevê 
o art. 220, caput, do NCPC. Porém, neste período, a Advocacia Pública 
(assim como o Ministério Público, a Defensoria Pública, os Juízes e 
auxiliares da justiça) exercem normalmente suas atribuições, nos termos 
do art. 220, par. 1º, NCPC. Deste modo, a suspensão prevista no art. 220, 
caput, não alcança os prazos da Fazenda Pública. 
Alternativa B – Incorreta. Contraria o disposto no art. 7º, da Lei 
12.153/09. 
Alternativa C – Incorreta. O art. 535, do NCPC, prevê um prazo de 30 dias 
para a Fazenda Pública apresentar Impugnação ao Cumprimento de 
Sentença. Trata-se de prazo previsto especificamente para a Fazenda 
Pública, já que nos demais casos, o prazo para impugnação é de 15 dias 
(art. 525, NCPC). Sendo um prazo específico, não se aplica a contagem 
em dobro, como prevê o art. 183, par. 2º, do NCPC. O mesmo motivo 
incide no caso dos Embargos apresentados pela Fazenda Pública em 
Execução de Título Executivo Extrajudicial, para os quais há previsão de 
prazo específico de 30 dias para a Fazenda Pública (art. 910, NCPC) em 
detrimento do prazo geral, para os demais casos, que é de 15 dias (art. 
915, NCPC). 
Alternativa D – Correta. Cópia do art. 272, par. 6º, do NCPC. 
Alternativa E – Incorreta. A previsão do art. 269, par. 1º, do NCPC, não 
se aplica à intimação do advogado público, pois a Fazenda Pública há se 
 
 
20 
 
de ser intimada pessoalmente, o que se faz por carga, remessa ou por 
meio eletrônico (art. 183, caput e par. 1º, NCPC). 
 
______________________________________________________________________ 
 
14. Sobre a prescrição e as pretensões formuladas em face da 
Fazenda Pública, assinale a alternativa incorreta: 
a) Nas relações jurídicas de trato sucessivo em que a Fazenda Pública 
figure como devedora, quando não tiver sido negado o próprio direito, a 
prescrição atinge apenas as prestações antes do quinquênio anterior à 
propositura da ação. 
b) A prescrição em favor da Fazenda Pública recomeça a correr, por dois 
anos e meio, a partir do ato interruptivo, mas não fica reduzida aquém 
de cinco anos, embora o titular do direito a interrompa durante a primeira 
metade do prazo. 
c) Conforme a orientação mais recente do Superior Tribunal de 
Justiça prescreve em 03 anos a Ação de Indenização proposta em 
face da Fazenda Pública, com exceção daquela que seja manejada em 
razão da alegação de tortura, a qual é imprescritível. 
d) Conforme previsão legal, todo e qualquer direito ou ação contra a 
Fazenda Federal, Estadual ou Municipal, seja qual for a sua natureza, 
prescrevem em cinco anos contados da data do ato ou fato do qual se 
originaram. 
e) Por expressa disposição do NCPC, o juiz pode conhecer de ofício a 
prescrição, mas antes de decretá-la cumpre-lhe determinar a intimação 
das partes para pronunciarem-se a respeito, salvo no caso de 
improcedência liminar. 
 
 
 
 
 
 
 
21 
 
Comentários: 
Alternativa A – Correta. É o teor da Súmula 85, do STJ. 
Alternativa B – Correta. É o teor da Súmula 383, do STJ, editada em 
análise ao art.9º c/c art. 1º, do Dec. 20.910/32. 
Alternativa C – Incorreta. De fato, o STJ proferiu decisão (Resp 1.417.171) 
pela imprescritibilidade das ações propostas em face da Fazenda Pública 
em razão da alegação de tortura, em razão da gravidade da violação à 
dignidade (evidenciada pela perseguição, tortura e prisão, por motivos 
políticos, praticados durante o período militar). 
Porém, com relação às Ações de Indenização, em geral, propostas em face 
da Fazenda Pública, conforme orientação mais recente do STJ (Resp 
1.251.993), é de se observar a regra do art. 1º, do Dec. 20910/32 que é 
especial em detrimento do prazo geral previsto no art. 206, par. 3º, 
CC/02). 
Alternativa D – Correta. É o teor do art. 1º, do Decreto 20910/32. 
Alternativa E – Correta. É o teor do art. 487, par único, do NCPC, que 
também se aplica no caso de ser a Fazenda Pública um dos litigantes. 
 
______________________________________________________________________ 
 
15. Em relação a atuação da Fazenda Pública como ré, assinale a 
alternativa correta: 
a) A citação da União, dos Estados, do Distrito Federal, do Municípios 
e de suas respectivas autarquias e fundações de direito público será 
realizada perante o órgão de Advocacia Pública responsável por sua 
gestão. 
 
 
22 
 
b) A União, os Estados, o Distrito Federal, os Municípios e as entidades 
da Administração Pública Indireta não estão obrigados a manter cadastro 
nos sistemas de processo em autos eletrônicos, para efeito de citação. 
c) A Teoria da Aparência não se aplica às citações feitas às pessoas 
jurídicas de direito público, pois esta não se faz pelo correio e sim 
por meio de oficial de justiça. 
d) A Fazenda Pública, quando figura como ré, está sujeita ao ônus da 
impugnação específica dos fatos alegados pelo autor e, não apresentando 
resposta está sujeita ao efeito material da revelia. 
e) Nos termos da lei, a Fazenda Pública, quando figura como ré, está 
autorizada a concordar com a desistência da ação requerida pelo autor 
independentemente de este renunciar expressamente ao direito sobre o 
que se funda a ação. 
 
Comentários: 
Alternativa A – Incorreta. A mencionada citação é realizada perante o 
órgão responsável por sua representação judicial (art. 242, par. 3º, CPC). 
Alternativa B – Incorreta. Contraria o disposto no art. 246, par. 1º e 2º, 
do NCPC. 
Alternativa C – Correta. A citação das pessoas jurídicas de direito público 
deve ser realizada de modo pessoal, por meio de oficial de justiça, salvo 
quando os autos são eletrônicos. Neste caso, a citação deve atender aos 
requisitos da legislação de regência (Lei n. 11.419/06), observado o 
cadastro prévio. 
Alternativa D – Incorreta. A Fazenda Pública não se submete ao ônus da 
impugnação específica e, no caso de não apresentar resposta também 
não se sujeita ao efeito material da revelia (presunção de veracidade dos 
fatos alegados pelo autor). Isto se justifica seja porque o direto da 
Fazenda é indisponível, não sendo admissível confissão no tocante aos 
fatos que lhe dizem respeito, seja em razão da presunção de legitimidade 
dos atos administrativos. 
 
 
23 
 
Alternativa E – Incorreta. Contraria o disposto no art. 3º, da Lei 9.469/97. 
Este dispositivo é criticado por parte da doutrina que o entende 
desarrazoado. Porém, o STJ já se manifestou pela sua aplicação (REsp 
460.748, REsp 651.721, REsp1.174.137). 
 
______________________________________________________________________ 
 
16. Em relação às despesas, custas e honorários advocatícios, 
assinale a alternativa incorreta: 
a) As despesas dos atos processuais praticados a requerimento da 
Fazenda Pública serão pagas ao final pelo vencido. 
b) Os estados, o Distrito Federal e os municípios, quando figurem em 
causa processada perante a Justiça Federal ficam isentos do pagamento 
das correlatas custas. 
c) As perícias requeridas pela Fazenda Pública poderão ser realizadas por 
entidade pública ou ter o valores adiantados pela própria Fazenda, salvo 
quando não há previsão orçamentária, caso em que os honorários 
periciais poderão ser pagos no exercício seguinte ou ao final, pelo vencido, 
nos termos da lei. 
d) Os honorários de sucumbência devidos aos advogados públicos 
federais integram o seu subsídio. 
e) A concessão da gratuidade da justiça não afasta a responsabilidade do 
beneficiário pelas despesas processuais e pelos honorários advocatícios 
decorrentes de sua sucumbência. 
 
Comentários: 
Alternativa A – Correta. É o teor do art. 91, NCPC. 
Alternativa B – Correta. É o teor do art. 4º, I, da Lei 9289/96 
Alternativa C – Correta. É o teor do art. 91, par. 1º, NCPC. 
 
 
24 
 
Alternativa D – Incorreta. Contraria o disposto no art. 29, par. Único, da 
Lei n. 13.327/16, a qual foi editada por força do art. 85, do NCPC. 
Alternativa E – Correta. É o teor do art. 98, par. 2º, do NCPC, o qual é 
complementado pelo par. 3º. 
 
 ______________________________________________________________________ 
 
17. Assinale a alternativa correta: 
a) A majoração dos honorários em sede recursal, chamada de 
sucumbência recursal, tem cabimento no caso de remessa necessária. 
b) Não serão devidos honorários de sucumbência no cumprimento de 
sentença contra a Fazenda Pública que enseje expedição de 
precatório desde que não tenha sido impugnada. 
c) Estão dispensados de preparo, mas não do porte de remessa e retorno, 
os recursos interpostos pela União, pelo Distrito Federal, pelos Estados, 
pelos Municípios e respectivas autarquias. 
d) Conforme previsão inovadora do NCPC a Fazenda Pública está 
obrigada ao depósito da importância de 5% (cinco por cento) sobre o valor 
da causa como condição para o ajuizamento da Ação Rescisória. 
e) Na hipótese de reiteração de Embargos de Declaração meramente 
protelatórios, a Fazenda Pública fica impedida de apresentar novo 
recurso enquanto não efetuar o correspondente depósito da multa. 
 
Comentários: 
Alternativa A – Incorreta. A sucumbência recursal está prevista no art. 
85, par. 11º, do NCPC, por meio da majoração dos honorários fixados 
anteriormente, levando em conta o trabalho adicional realizado em grau 
recursal. No caso da remessa necessária está ausente a causalidade. É 
que, a remessa necessária se dá por força de lei e não porque o vencido 
 
 
25 
 
a provocou (ou seja, não foi o vencido que deu causa à eventual 
sucumbência em âmbito recursal). 
Alternativa B – Correta. É o teor do art. 85, par. 7º, o qual se justifica 
pelo fato de que o cumprimento de sentença não decorre da resistência 
da Fazenda Pública em realizar o pagamento, mas da necessidade de 
obediência da ordem cronológica de inscrição dos precatórios. Por outro 
lado, havendo a impugnação, fica evidenciada a mencionada resistência. 
Alternativa C – Incorreta. Contraria o disposto no art. 1.007, par. 1º, 
NCPC. 
Alternativa D – Incorreta. Contraria o disposto no art. 968, par. 1º, NCPC. 
Alternativa E – Incorreta. Contraria o disposto no art. 1026, par. 3º, 
NCPC. 
 
______________________________________________________________________ 
 
18. Sobre a intervenção anômala, assinale a alternativa correta: 
a) A União só poderá intervir nas causas em que figurarem, como autoras 
ou rés, autarquias, fundações públicas, sociedades de economia mista e 
empresas públicas federais se demonstrar que possui interesse jurídico 
e direto no objeto da ação. 
b) Na intervenção anômala, a Fazenda Pública tem sua atuação limitada 
apenas ao esclarecimento de questões de fato e de direito, podendo juntar 
documentos e memoriais reputados úteis ao exame da matéria. 
c) Deacordo com o entendimento do STJ, não se admite o pedido de 
suspensão de segurança pela Fazenda Pública, nas mesmas hipóteses 
em que se admite o recurso fundamentado em intervenção anômala. 
d) Nos termos da legislação de regência, quando a União comparece em 
juízo apenas para interpor recurso baseado na intervenção anômala, não 
há que se falar em deslocamento da competência para a Justiça Federal. 
 
 
26 
 
e) As pessoas jurídicas de direito público poderão nas causas cuja 
decisão possa ter reflexos, ainda que indiretos, de natureza 
econômica, intervir para esclarecer questões de fato e de direito, 
podendo juntar documentos e memoriais reputados úteis ao exame 
da matéria e, se for o caso, recorrer, hipótese em que, para fins de 
competência, serão consideradas partes. 
 
 
Comentários: 
Alternativa A – Incorreta. Contraria o disposto no art. 5º, par. único, da 
Lei n. 9.469/10. 
Alternativa B – Incorreta. De fato, a atuação da Fazenda Pública no caso 
de intervenção anômala é limitada, mas, além de tais esclarecimentos, 
bem como de tais documentos e memoriais, a Fazenda tem ainda a 
possibilidade de interpor recurso. 
Alternativa C – Incorreta. O STJ já firmou entendimento de que é possível 
não somente a interposição de recurso pela Fazenda Pública, mas 
igualmente do pedido de suspensão, pelo par. único do art. 5º, da Lei 
9.469/10 (Corte Especial AGP 1.621). 
Alternativa D – Incorreta. Contraria o disposto no art. 5º, par. único, da 
Lei n. 9.469/10. Ao interpor o recurso, conforme a previsão legal, a União 
torna-se parte e isto provoca o deslocamento da competência para a 
Justiça Federal. 
Alternativa E – Correta. É o teor do art. 5º, par. único, da Lei 9.469/10, 
que prevê a intervenção anômala. 
 
 
______________________________________________________________________ 
 
 
 
27 
 
19. Sobre a remessa necessária assinale a alternativa correta: 
a) De acordo com o entendimento do STJ, no reexame necessário, é 
defeso ao tribunal agravar a condenação imposta à Fazenda Pública. 
b) De acordo com o entendimento do STJ, a remessa oficial devolve ao 
Tribunal o reexame de todas as parcelas da condenação suportadas pela 
Fazenda Pública, salvo a dos honorários de advogado. 
c) Está sujeita à remessa necessária, na Ação Popular, a sentença 
favorável ao autor. 
d) A sentença que concede ou que nega a segurança está sujeita à 
remessa necessária. 
e) De acordo com o entendimento do STF, transita em julgado a sentença 
por haver omitido o recurso ex officio. 
 
Comentários: 
Alternativa A – Correta. É o teor da Súmula 45, do STJ. 
Alternativa B – Incorreta. Contraria a Súmula 325, do STJ, de acordo 
com a qual a remessa oficial devolve ao Tribunal o reexame de todas as 
parcelas da condenação suportadas pela Fazenda Pública, inclusive dos 
honorários de advogado. 
Alternativa C – Incorreta. Contraria o disposto no art. 19, da Lei 
4.717/65. Por expressa previsão legal, na Ação Popular, há remessa 
necessária no caso de sentença que extingue o processo sem resolução 
de mérito ou da que julga improcedente o pedido. 
Alternativa D – Incorreta. Contraria o disposto no art. 14, par. 1º, da Lei 
n. 12.016/09. Por expressa previsão legal, no Mandado de Segurança, é 
a sentença que concede a segurança que está sujeita à remessa 
necessária. 
Alternativa E – Incorreta. Contraria a Súmula 423, do STF. A simples 
omissão do juiz em determinar a remessa necessária fará com que não 
 
 
28 
 
transite em julgado a sentença, podendo a qualquer momento ser 
determinada a remessa necessária ou avocados os autos pelo Presidente 
do Tribunal. A omissão é situação diversa da dispensa motivada da 
remessa necessária. Esta última se não for objeto de recurso provoca o 
trânsito em julgado da sentença. 
 
______________________________________________________________________ 
 
20. Sobre a execução contra a Fazenda Pública, assinale a assertiva 
correta: 
a) No caso de condenação da Fazenda Pública em quantia certa, o 
cumprimento de sentença far-se-á a requerimento do exequente, sendo a 
executada intimada para pagar o débito ou apresentar impugnação, no 
prazo de trinta dias, sob pena de multa de dez por cento. 
b) Nos Embargos à Execução, a Fazenda Pública poderá alegar 
qualquer matéria que lhe seria lícito deduzir como defesa no 
processo de conhecimento. 
c) Conforme decisão proferida pelo Supremo Tribunal Federal, os débitos 
de natureza alimentar cujos titulares tenham 60 (sessenta) anos ou mais 
na data de expedição do precatório, ou sejam portadores de doença grave 
serão pagos com preferência sobre todos os demais débitos, até o valor 
equivalente ao triplo daquele definido como valor máximo para 
pagamento por meio de Requisição de Pequeno Valor. 
d) Por se tratar de matéria de ordem pública, a prescrição está entre as 
matérias que podem ser alegadas pela Fazenda Pública quando da 
Impugnação ao Cumprimento de Sentença, ainda que tal fenômeno tenha 
ocorrido antes de proferida a sentença. 
e) Em se tratando de cumprimento de sentença que reconheça a 
exigibilidade de obrigação de pagar quantia certa pela Fazenda Pública, 
não se admite a execução da parte não questionada pela executada na 
Impugnação. 
 
 
 
29 
 
Comentários: 
Alternativa A – Incorreta. Contraria o disposto no art. 534, par. 2º e o art. 
535, caput, do NCPC. No cumprimento de sentença, a Fazenda Pública é 
intimada apenas para, querendo, impugnar em 30 (trinta) dias a 
execução e, não para pagar. O pagamento deve se realizar pelo 
procedimento do precatório ou requisição de pequeno valor. 
Alternativa B – Correta. É o teor do art. 910, par. 2º, NCPC, que consagra 
os Embargos à Execução como ação sem qualquer limitação cognitiva, a 
qual visa combater uma execução fundada em título executivo 
extrajudicial. 
Alternativa C – Incorreta. A assertiva coincide com o que prevê o par. 2º, 
do art. 100, da CF/88, com a redação que lhe foi dada pela EC 62/09. 
Porém, conforme o entendimento do STF é inconstitucional a expressão 
“na data de expedição do precatório”, ao fundamento de que excluir da 
preferência o sexagenário que complete a idade ao longo do processo 
ofende a isonomia (ADI 4.357 e ADI 4.425). 
Alternativa D – Incorreta. Contraria o art. 535, VI, do NCPC, o qual 
permite seja a prescrição alegada como matéria de defesa em Impugnação 
ao Cumprimento de Sentença, pela Fazenda Pública, desde que tal 
prescrição tenha se dado em momento posterior ao do trânsito em julgado 
da sentença. 
Alternativa E – Incorreta. Contraria o disposto no art. 535, par. 4º, NCPC, 
de acordo com o qual, se a impugnação for parcial, a parte não 
questionada será, desde logo, objeto de cumprimento. A doutrina anota 
que neste caso não incide a vedação do par. 8º, do art. 100, da CF/88, 
pois não se trata de intenção do exequente de repartir o valor para receber 
uma parte por Requisição de Pequeno Valor (RPV) e outra, por precatório. 
 
 
 
 
30 
 
Direito Civil 
 
21. Sobre a vigência das leis, de acordo com a Lei de Introdução às 
Normas do Direito Brasileiro, pode-se afirmar que: 
a) Em todos os casos, a lei começa a vigorar, no país, 45 (quarenta e 
cinco) dias depois de oficialmente publicada. 
b) Nos Estados estrangeiros, a obrigatoriedade da lei brasileira, quando 
admitida, se inicia 3 (três) meses depois de promulgada. 
c) As correções a texto de lei já em vigor não são consideradas lei nova, 
sendo necessária substancial modificação no texto legal para tanto. 
d) Se, antes de entrar a lei em vigor, ocorrer nova publicação de seu 
texto, destinadaa correção, o prazo de 45 (quarenta e cinco) dias 
começará a correr da nova publicação. 
e) A lei nova, que estabeleça disposições gerais ou especiais a par das já 
existente revoga ou modifica a lei anterior. 
 
Comentários: 
A questão poderia ser resolvida a partir da literalidade de artigos 
constantes da LINDB. 
a) INCORRETO. Art. 1o Salvo disposição contrária, a lei começa a vigorar 
em todo o país quarenta e cinco dias depois de oficialmente publicada. 
b) INCORRETO. Art. 1º, §1º Nos Estados, estrangeiros, a obrigatoriedade 
da lei brasileira, quando admitida, se inicia três meses depois de 
oficialmente publicada. 
c) INCORRETO. Art. 1º, § 4o As correções a texto de lei já em vigor 
consideram-se lei nova. 
d) CORRETO. Art. 1º, § 3o Se, antes de entrar a lei em vigor, ocorrer nova 
publicação de seu texto, destinada a correção, o prazo deste artigo e dos 
parágrafos anteriores começará a correr da nova publicação. 
 
 
31 
 
e) INCORRETO. Art. 2º, § 2o A lei nova, que estabeleça disposições gerais 
ou especiais a par das já existentes, não revoga nem modifica a lei anterior. 
 
______________________________________________________________________ 
 
22. No que se refere à aplicação e à revogação das normas, a Lei de 
Introdução às Normas do Direito Brasileiro determina que: 
a) Não dispondo em sentido contrário, a revogação de uma lei restaura a 
vigência da lei anterior, operando efeito repristinatório automático. 
b) Na aplicação da lei, cabe ao juiz, a fim de criar uma norma 
individual, interpretá-la buscando atender aos fins sociais a que ela 
se dirige e às exigências do bem comum. 
c) É possível que lei de vigência permanente deixe de ser aplicada em 
razão do desuso, situação em que o ordenamento jurídico pátrio admite 
aplicação dos costumes de forma contrária àquela prevista na lei 
revogada pelo desuso. 
d) Quando a lei for omissa, o juiz decidirá o caso de acordo com a 
analogia, os costumes e a equidade. 
e) No direito brasileiro não se admite a revogação tácita de leis. 
 
Comentários: 
 
a) INCORRETO. Repristinação consiste no retorno da lei revogada por ter 
a lei revogadora perdido vigência. O art. 2º, §3º da LINDB expressamente 
exclui do Direito Brasileiro a repristinação automática. 
Art. 2º, § 3o: Salvo disposição em contrário, a lei revogada 
não se restaura por ter a lei revogadora perdido a vigência. 
 
b) CORRETO. Art. 5o: Na aplicação da lei, o juiz atenderá aos fins sociais 
a que ela se dirige e às exigências do bem comum. 
 
 
 
32 
 
c) INCORRETO. Art. 2o: Não se destinando à vigência temporária, a lei terá 
vigor até que outra a modifique ou revogue. 
Não há, portanto, que se falar em perda da eficácia da lei pelo desuso, 
vigendo a lei até que outra a modifique ou revogue. 
 
d) INCORRETO. Art. 4o: Quando a lei for omissa, o juiz decidirá o caso de 
acordo com a analogia, os costumes e os princípios gerais de direito. A 
equidade, portanto, não foi listada como técnica de colmatação de 
lacunas na LINDB. 
 
e) INCORRETO. Art. 2º, § 1o: A lei posterior revoga a anterior quando 
expressamente o declare, quando seja com ela incompatível ou quando 
regule inteiramente a matéria de que tratava a lei anterior. Portanto, além 
da revogação expressa, existem duas hipóteses de revogação tácita no 
ordenamento jurídico: quando a norma for incompatível com a anterior 
ou quando regule inteiramente matéria de que tratava a lei anterior. 
 
______________________________________________________________________ 
 
23. De acordo com a Lei de Introdução às Normas do Direito 
Brasileiro, assinale a alternativa correta. 
a) Consideram-se adquiridos os direitos cujo começo do exercício 
dependa de condição preestabelecida inalterável ao arbítrio de 
outrem. 
b) A revogação pode ocorrer de duas maneiras: pela derrogação, que é a 
supressão integral da lei, ou pela ab-rogação, quando a supressão é 
apenas parcial. 
c) Para ser aplicada, a norma deverá estar vigente e, por isso, uma vez 
que ela seja revogada, não será permitida a sua ultratividade. 
d) Com relação à vigência espacial das normas, vige no Direito 
Brasileiro a regra da territorialidade, não sendo admitido, em face da 
 
 
33 
 
soberania, que o magistrado aplique norma estrangeira em caso 
julgado no território nacional. 
e) Após ter adquirido um terreno, caso sobrevenha norma que proíba 
construções nessa área, o recém proprietário não será atingido por ela, 
tendo em vista a proteção ao direito adquirido. 
 
Comentários: 
a) CORRETO. Art. 6º, §2º: Consideram-se adquiridos assim os direitos que 
o seu titular, ou alguém por ele, possa exercer, como aqueles cujo começo 
do exercício tenha termo pré-fixo, ou condição preestabelecida 
inalterável, a arbítrio de outrem. 
b) INCORRETO. A assertiva inverteu os conceitos de derrogação e de ab-
rogação. Vejamos. 
 Derrogação: supressão parcial da lei. 
 Ab-rogação: supressão integral da lei (Dica 
mnemônica: Ab = absoluta) 
c) INCORRETO. 
Via de regra, a norma deverá ser aplicada apenas durante sua 
vigência. No entanto, não é possível descartar, no Direito Brasileiro, a 
possibilidade de as normas possuírem ultratividade. 
Exemplo evidente de ultratividade é aquele trazido pelo art. 144 do 
CTN, o qual prevê que o lançamento se reporta à data de ocorrência do 
fato gerador, regendo-se pela lei então vigente. Nesse caso, portanto, 
ainda que a lei tenha sido revogada, ela produzirá efeitos por força do 
mencionado dispositivo legal. 
Outro exemplo de ultratividade é o conteúdo do art. 2.028 do 
CC/02, o qual consubstancia regra de transição para os prazos 
prescricionais que hajam sido reduzidos pelo novo diploma civilista. 
 
 
34 
 
d) INCORRETO. 
De fato, vige, no Direito Brasileiro, a regra da territorialidade. No 
entanto, a LINDB entabula diversas hipóteses em que se admite a 
aplicação da legislação estrangeira no bojo de processo julgado no 
território nacional. Inclusive, dispõe o art. 14 da LINDB que “não 
conhecendo a lei estrangeira, poderá o juiz exigir de quem a invoca prova 
do texto e da vigência”. 
e) INCORRETO. 
A simples aquisição do terreno não gera direito adquirido a que o 
proprietário realize qualquer construção. 
No caso apresentado, a aquisição do terreno estará perfectibilizada, 
não podendo ser impedida por lei superveniente. A construção, por outro 
lado, deve observar a legislação ao tempo da respectiva licença. 
 
______________________________________________________________________ 
 
24. No que se refere à pessoa natural, analise as assertivas seguintes. 
I. Quanto ao momento do surgimento da personalidade jurídica das 
pessoas naturais, a literalidade do Código Civil adotou a teoria natalista, 
no entanto, doutrina e jurisprudência têm defendido a adoção da teoria 
concepcionista. 
II. A lei prevê direitos ao nascituro, desde a concepção, mas a capacidade 
civil da pessoa começa no momento do nascimento com vida. 
III. Dentre os direitos do nascituro, estão os direitos de personalidade. 
IV. A capacidade de direito é noção que se confunde com o próprio 
conceito de personalidade, sendo inerente a qualquer pessoa. 
Estão corretas apenas: 
a) I e II 
b) I, III e IV 
c) II e IV 
 
 
35 
 
d) I, II e III 
e) todas as assertivas 
 
Comentários: 
I. CORRETO. 
A teoria natalista defende a ideia de que a personalidade civil 
somente se inicia com o nascimento com vida. Nesse caso o nascituro 
teria mera expectativa de direito. 
Já a teoria concepcionista, entende que os direitos do nascituro 
passam a existir a partir do momento daconcepção. 
De acordo com Luciano Medeiros, a legislação vigente abre espaço 
para as duas teorias. ‘Pelas decisões dos tribunais, a gente verifica uma 
tendência à adoção da teoria concepcionista. Se a gente fizer 
interpretação isolada de alguns dispositivos do Código Civil, a tendência 
é acreditar que, de fato, o legislador adotou a teoria natalista. Mas, se 
fizermos uma interpretação sistemática com outros dispositivos do 
Código Civil, há a certeza de que o legislador garante direitos ao 
nascituro, e a gente pode concluir que o nascituro é pessoa, então já tem 
direitos amparados pela própria lei’. Em um caso julgado em junho de 
2008, o Superior Tribunal de Justiça também decidiu em favor de um 
nascituro, que recebeu indenização por danos morais em razão da morte 
do pai vítima de acidente de trabalho. O bebê ainda não nascido recebeu 
R$ 26 mil, valor igual ao determinado para cada um dos irmãos dele. 
 
II. INCORRETO. 
Segundo o art. 2º do CC/02, a personalidade, e não a capacidade 
civil começa do nascimento com vida. 
Não olvide que, até os 16 anos, a pessoa é absolutamente incapaz 
para a prática dos atos civis, não se podendo imaginar que a capacidade 
civil se inicie com o nascimento. 
 
 
 
36 
 
III. CORRETO. 
O art. 2º do CC/02 dispõe que “a lei põe a salvo, desde a concepção, 
os direitos do nascituro”. A jurisprudência brasileira já se consolidou no 
sentido de que o nascituro possui direitos de personalidade, já se tendo 
notícia de condenação em danos morais destinados ao nascituro, de 
direito ao nome ao natimorto, dentre outros. 
 
IV. CORRETO. 
Capacidade é um conceito fundamental da teoria do D. Civil, 
desdobrando-se na capacidade de direito e na capacidade de fato ou de 
exercício. 
A capacidade de direito ou de gozo é uma capacidade geral, 
genérica, que qualquer pessoa tem. Segundo Orlando Gomes, a 
capacidade de direito é noção que se confunde com o próprio 
conceito de personalidade. 
A capacidade de fato ou de exercício nem toda pessoa tem, porque 
ela traduz uma aptidão para, PESSOALMENTE, praticar atos na vida 
civil. A ausência da capacidade de fato gera a incapacidade civil. 
Reunindo-se as duas capacidades, temos a capacidade civil plena. 
 
______________________________________________________________________ 
 
25. Com base no Código Civil, acerca dos direitos de personalidade, 
assinale a alternativa correta. 
a) São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida 
civil os que, por enfermidade ou deficiência mental, não tiverem o 
necessário discernimento para a prática desses atos. 
b) É defeso o ato de disposição do próprio corpo, quando importar 
diminuição permanente da integridade física ou contrariar os bons 
costumes. 
 
 
37 
 
c) Por envolver direito de personalidade, a disposição gratuita do próprio 
corpo, no todo ou em parte, para depois da morte, é ato intransmissível 
e irrevogável. 
d) É inexigível o consentimento de pessoa biografada relativamente 
a obras biográficas literárias ou audiovisuais, sendo por igual 
desnecessária a autorização de pessoas retratadas como 
coadjuvantes ou de familiares, em caso de pessoas falecidas ou 
ausentes. 
e) Cessará para os menores a emancipação pela concessão dos pais, ou 
de um deles na falta do outro, mediante instrumento público, desde que 
haja homologação judicial. 
 
Comentários: 
a) INCORRETO. Com a vigência da lei 13.146/2015, apenas os menores 
de 16 anos passaram a ser considerados absolutamente incapazes. 
b) INCORRETO. Art. 13 – Salvo por exigência médica, é defeso o ato de 
disposição do próprio corpo, quando importar diminuição permanente da 
integridade física, ou contrariar os bons costumes. 
c) INCORRETO. Art. 14, parágrafo único – O ato de disposição pode ser 
livremente revogado a qualquer tempo. 
d) CORRETO. Trata-se de importante entendimento consagrado pelo STF 
na ADI 4815, divulgado no informativo 789 do STF. 
Nas palavras de Márcio André (Dizer o Direito): “Para que seja 
publicada uma biografia NÃO é necessária autorização prévia do 
indivíduo biografado, das demais pessoas retratadas, nem de seus 
familiares. Essa autorização prévia seria uma forma de censura, não 
sendo compatível com a liberdade de expressão consagrada pela CF/88. 
Caso o biografado ou qualquer outra pessoa retratada na biografia 
entenda que seus direitos foram violados pela publicação, ele terá direito 
 
 
38 
 
à reparação, que poderá ser feita não apenas por meio de indenização 
pecuniária, como também por outras formas, tais como a publicação de 
ressalva, de nova edição com correção, de direito de resposta etc.” 
e) INCORRETO. Art. 5º, parágrafo único, I – Cessará, para os menores, a 
incapacidade pela concessão dos pais, ou de um deles na falta do outro, 
mediante instrumento público, independentemente de homologação 
judicial, ou por sentença do juiz, ouvido o tutor, se o menor tiver dezessete 
anos completos. 
______________________________________________________________________ 
 
26. Quanto ao regime da Pessoa Jurídica, marque a alternativa 
correta. 
a) O Código Civil de 2002 adotou a teoria da ficção para explicar a 
natureza da pessoa jurídica. Para essa corrente, a pessoa jurídica possui 
uma existência meramente ideal ou abstrata, sendo uma criação da 
técnica do direito. 
b) A existência legal da pessoa jurídica de direito privado se dá 
apenas com a inscrição do ato constitutivo no respectivo registro, 
antes do que ela não existe formalmente. 
c) De acordo com o Código Civil, o encerramento irregular de 
determinada sociedade empresária é, por si só, causa suficiente para 
a desconsideração da personalidade jurídica. 
d) As pessoas jurídicas possuem autonomia patrimonial, mas essa 
autonomia é relativizada no caso de abuso de personalidade, 
caracterizado pelo desvio de finalidade, ou pela confusão patrimonial, 
permitindo o Código Civil que a desconsideração seja decretada de 
ofício pelo magistrado. 
e) As pessoas jurídicas, conforme estabelece o Código Civil, são 
detentoras de direitos de personalidade, merecendo ampla proteção 
nesse cenário. 
 
 
 
39 
 
Comentários: 
a) INCORRETO. 
Em verdade, o Código Civil, de acordo com a doutrina, adotou a 
teoria da realidade técnica para explicar a pessoa jurídica. 
Existem, no direito, duas correntes básicas quanto à natureza da 
pessoa jurídica: afirmativista e negativista. 
 Corrente negativista: negava a existência da pessoa jurídica 
(Planiol, Brinz, Bekker, Ihering, Duguit). Defendiam alguns 
que a “pessoa jurídica” nada mais seria um grupo de pessoas 
físicas reunidas (teoria da mera aparência); outros, que seria 
um patrimônio coletivo; ou então, um patrimônio afetado a 
uma finalidade. Essa corrente não prevaleceu. 
 Corrente afirmativista: admitia a existência da pessoa 
jurídica. Dentro dela, contudo, várias teorias foram 
elaboradas, sendo que as mais importantes são: teoria da 
ficção (Windscheid; Savigny); teoria da realidade objetiva 
(Clóvis Beviláqua); teoria da realidade técnica (Saleilles; 
Ferrara). 
1) Teoria da ficção: a pessoa jurídica teria uma existência 
meramente ideal ou abstrata, sendo uma criação da pura 
técnica do direito. Crítica: teoria muito abstrata; 
encarcerava-se a pessoa jurídica apenas no plano ideal do 
direito, não visualizando a sua existência social. 
2) Teoria da realidade objetiva: também conhecida como 
teoria sociológica ou organicista, contrapõe-se à teoria da 
ficção, defendendo que a pessoa jurídica seria, 
simplesmente, um organismo social vivo, a ser explicado 
pela sociologia, e não pela técnica dodireito. Essa teoria 
tinha a qualidade de reconhecer a dimensão social da 
pessoa jurídica, mas, por outro lado, negava-lhe a técnica 
do direito, encarcerando-a no plano sociológico. 
 
 
40 
 
3) Teoria da realidade técnica: trata-se de uma teoria mais 
equilibrada, pois reconhece não só que a pessoa jurídica é 
personificada pela técnica abstrata do direito, mas 
também que possui dimensão social, integrando relações 
de variada ordem (reconhece, portanto, as qualidades das 
duas teorias anteriores). Para a maioria da doutrina, é a 
teoria adotada pelo CC/02. 
 
b) CORRETO. Art. 45 do CC/02 – Começa a existência legal das pessoas 
jurídicas de direito privado com a inscrição do ato constitutivo no 
respectivo registro, precedida, quando necessário, de autorização ou 
aprovação do Poder Executivo, averbando-se no registro todas as 
alterações por que passar o ato constitutivo. 
 
c) INCORRETO. 
Segundo decidiu o STJ, nas relações regidas pelo CC/2002, o 
encerramento das atividades ou a dissolução, ainda que irregulares da 
sociedade não é causa, por si só, para a desconsideração da 
personalidade jurídica (EREsp 1306553/SC). 
Essa é a posição também da doutrina majoritária, conforme restou 
consignado no Enunciado da IV Jornada de Direito Civil do CJF: 
282 – Art. 50: O encerramento irregular das atividades da 
pessoa jurídica, por si só, não basta para caracterizar 
abuso da personalidade jurídica. 
Vale ressaltar que a súmula 435 do STJ (“presume-se dissolvida 
irregularmente a empresa que deixar de funcionar no seu domicílio sem 
comunicação aos órgãos competentes, legitimando o redirecionamento da 
execução fiscal para o sócio gerente”) possui aplicação especificamente 
no âmbito do processo de execução fiscal. 
 
 
41 
 
No que se refere à desconsideração regida pelo Código Civil, adotou-
se a teoria maior, exigindo-se, além da insolvência, a demonstração de 
abuso de personalidade, caracterizado pelo desvio de finalidade ou pela 
confusão patrimonial. 
d) INCORRETO. 
Dispõe o art. 50 do CC/02: “Em caso de abuso da personalidade 
jurídica, caracterizado pelo desvio de finalidade, ou pela confusão 
patrimonial, pode o juiz decidir, a requerimento da parte, ou do Ministério 
Público quando lhe couber intervir no processo, que os efeitos de certas 
e determinadas relações de obrigações sejam estendidos aos bens 
particulares dos administradores ou sócios da pessoa jurídica.” 
Nota-se, portanto, que o Código Civil exige para que o juiz decida 
pela desconsideração que haja requerimento da parte o do MP, não 
admitindo a desconsideração de ofício. Vale ressaltar que, no âmbito do 
Código de Defesa do Consumidor, não existe a mesma exigência, sendo 
possível que o magistrado, ex officio, determine a desconsideração 
episódica da pessoa jurídica. 
e) INCORRETO. 
O fundamento dos direitos da personalidade é a sua cláusula geral, 
qual seja, a dignidade da pessoa humana. Partindo-se dessa premissa, 
pode-se dizer que pessoa jurídica não possui direitos da 
personalidade, pois ela não tem dignidade humana. Nesse sentido, o 
Enunciado nº. 286 da JDC: “Os direitos da personalidade são direitos 
inerentes e essenciais à pessoa humana, decorrentes de sua dignidade, 
não sendo as pessoas jurídicas titulares de tais direitos. – embora não 
sejam titulares de direitos da personalidade, as pessoas jurídicas 
também merecem proteção”. 
Nessa linha, prevê o art. 52 do CC/02: “aplica-se às pessoas 
jurídicas, no que couber, a proteção dos direitos da personalidade”. 
Conclui-se, destarte, que as pessoas jurídicas não possuem direitos da 
 
 
42 
 
personalidade, mas merecem a mesma proteção. O fundamento é o 
atributo de elasticidade dos direitos da personalidade. 
A proteção da pessoa jurídica, no que se refere aos direitos da 
personalidade, encontra-se limitada por lei. Deve-se entender “no que 
couber” como “naquilo que a falta de estrutura biopsicológica permite 
exercer”; ex.: direito à imagem, ao nome etc. (STJ - REsp 433.954/MG - 
proteção da pessoa jurídica por protesto indevido de duplicata). 
Pessoa jurídica pode sofrer dano moral? Sim, pois ela merece 
proteção. É o que diz a Súmula 227 do STJ: “a pessoa jurídica pode sofrer 
dano moral”. Essa súmula, em verdade, deve ser lida da seguinte forma: 
“a pessoa jurídica pode sofrer dano moral, no que couber”. 
Fundamentalmente, o dano moral é vocacionado à pessoa humana, mas 
pode se referir à pessoa jurídica, no que couber, como para a preservação 
da sua honra objetiva, cuja violação ocasiona, inclusive, prejuízos 
financeiros decorrentes do abalo da imagem da pessoa jurídica perante a 
sociedade. 
______________________________________________________________________ 
 
27. Sobre o bem de família legal, de acordo com o entendimento do 
Superior Tribunal de Justiça, assinale a alternativa correta. 
a) É impenhorável o bem de família indireto, entendido como o único 
imóvel residencial do devedor que esteja locado a terceiros, 
independentemente da destinação da renda obtida com a locação. 
b) Na execução civil movida pela vítima, não é oponível a 
impenhorabilidade do bem de família adquirido com o produto do crime, 
salvo no caso em que a punibilidade do acusado tenha sido extinta em 
razão do cumprimento das condições estipuladas para a suspensão 
condicional do processo. 
c) A impenhorabilidade do bem de família, por se referir ao instituto do 
patrimônio mínimo é irrenunciável por parte do seu beneficiário, não 
podendo ser afastada, em hipótese alguma, pelo magistrado, ainda que 
verificada situação de má-fé. 
 
 
43 
 
d) A desconsideração da personalidade jurídica de sociedade implica o 
afastamento da impenhorabilidade dos bens dos sócios, uma vez que o 
objetivo é buscar o adimplemento das obrigações. 
e) A penhora sobre imóvel de empresa pode ser afastada em favor do 
sócio que nele resida quando envolva empresas com conotação 
familiar em que o local de funcionamento confunde-se com a própria 
moradia da família. 
 
Comentários: 
a) INCORRETO. Súmula 486 do STJ: É impenhorável o bem de família 
indireto, entendido como o único imóvel residencial do devedor que esteja 
locado a terceiros, desde que a renda obtida com a locação seja revertida 
para a subsistência ou a moradia da sua família. 
b) INCORRETO. Na execução civil movida pela vítima, não é oponível a 
impenhorabilidade do bem de família adquirido com o produto do crime 
(art. 3º, VI da lei 8.009), ainda que a punibilidade do acusado tenha sido 
extinta em razão do cumprimento das condições estipuladas para a 
suspensão condicional do processo, pois essa exceção não consta na lei 
(REsp 1.091.236/RJ). 
c) INCORRETO. O bem de família é um instituto que visa a assegurar o 
direito fundamento à moradia (art. 6º, caput, da CF/88), sendo um 
corolário da dignidade da pessoa humana, razão pela qual é preciso que 
seja dada uma interpretação ampliativa à proteção legal. O benefício 
conferido pela Lei nº 8.009/90 trata-se de norma cogente, que contém 
princípio de ordem pública, e sua incidência somente é afastada se 
caracterizada alguma hipótese descrita no art. 3º do mesmo diploma. 
Nada obstante, em julgamento emblemático, o STJ reconheceu a 
possibilidade de afastar a proteção legal ao bem de família no caso de 
flagrante má-fé do beneficiário (REsp 1461301/MT, Informativo 558) 
 
 
44 
 
d) INCORRETO. A desconsideração da personalidade jurídica de 
sociedade não implica, por si só, o afastamento da impenhorabilidade dos 
bens de família dos sócios, salvo se os atos que ensejaram a 
desconsideração também se ajustarem às exceções legais previstasno 
art. 3º da Lei n. 8.009/90. Tais exceções devem ser interpretadas 
restritivamente, não se podendo, por analogia ou esforço hermenêutico, 
apanhar situações não previstas em lei, de modo a superar a proteção 
conferida à entidade familiar. STJ. 4ª Turma. REsp 1.433.636-SP, Rel. 
Min. Luis Felipe Salomão, julgado em 2/10/2014 (Info 549) 
e) CORRETO. Para o STJ, a penhora sobre imóvel de empresa pode ser 
afastada em favor do sócio que nele resida, mas apenas quando envolva 
“empresas com conotação familiar em que, muitas vezes, o local de 
funcionamento confunde-se com a própria moradia” (vide, p.ex., REsp n° 
470.893/RS e 621.399/RS). 
______________________________________________________________________ 
 
28. A respeito do bem de família convencional, assinale a alternativa 
que está de acordo com o Código Civil de 2002. 
a) A dissolução da sociedade conjugal extingue o bem de família 
b) Podem os cônjuges, ou a entidade familiar, mediante escritura pública 
ou testamento, destinar parte de seu patrimônio para instituir bem de 
família, desde que não ultrapasse metade do patrimônio líquido existente 
ao tempo da instituição, mantidas as regras sobre a impenhorabilidade 
do imóvel residencial estabelecida em lei especial. 
c) O efeito jurídico da impenhorabilidade concedido ao bem de 
família poderá abranger valores mobiliários, cuja renda será aplicada 
na conservação do imóvel e no sustento da família. 
d) O bem de família consistirá em prédio residencial urbano ou rural, não 
abrangendo as pertenças e os acessórios. 
 
 
45 
 
e) O bem de família é isento de execução por dívidas posteriores à sua 
instituição, inclusive as que provierem de tributos relativos ao prédio, ou 
de despesas de condomínio. 
 
Comentários: 
a) INCORRETO. Art. 1.721 – A dissolução da sociedade conjugal não 
extingue o bem de família 
b) INCORRETO. Art. 1711 – Podem os cônjuges, ou a entidade familiar, 
mediante escritura pública ou testamento, destinar parte de seu 
patrimônio para instituir bem de família, desde que não ultrapasse um 
terço do patrimônio líquido existente ao tempo da instituição, mantidas 
as regras sobre a impenhorabilidade do imóvel residencial estabelecida 
em lei especial. 
c) CORRETO. Art. 1.712 – O bem de família consistirá em prédio 
residencial urbano ou rural, com suas pertenças e acessórios, 
destinando-se em ambos os casos a domicílio familiar, e poderá abranger 
valores mobiliários, cuja renda será aplicada na conservação do imóvel e 
no sustento da família. 
Registre-se que, por força do art. 1.713, os valores mobiliários não 
poderão exceder o valor do prédio instituído em bem de família, à época 
de sua instituição. 
d) INCORRETO. Art. 1.712 – O bem de família consistirá em prédio 
residencial urbano ou rural, com suas pertenças e acessórios, 
destinando-se em ambos os casos a domicílio familiar, e poderá abranger 
valores mobiliários, cuja renda será aplicada na conservação do imóvel e 
no sustento da família. 
 
 
46 
 
e) INCORRETO. Art. 1715 – O bem de família é isento de execução por 
dívidas posteriores à sua instituição, salvo as que provierem de 
tributos relativos ao prédio, ou de despesas de condomínio. 
 
______________________________________________________________________ 
 
29. Sobre as diversas classes de bens previstas no Código Civil 
brasileiro, é correto afirmar 
a) As edificações que, separadas do solo, forem removidas para outro 
local perdem seu caráter de bens imóveis, ainda que conservem a sua 
unidade. 
b) Os bens pertencentes às pessoas jurídicas de direito público a que se 
tenha dado estrutura de direito privado são considerados bens 
dominicais, sendo permitida sua alienação livremente, visto que 
inexistente a finalidade pública. 
c) Os bens de uso comum do povo, tais como rios mares, estradas, 
ruas e praças, podem ser utilizados de forma gratuita ou mediante 
retribuição, conforme estabelecido legalmente pela entidade a cuja 
administração pertencerem. 
d) São pertenças os bens que, constituindo partes integrantes, se 
destinam, de modo duradouro, ao uso, ao serviço ou ao aformoseamento 
de outro. 
e) As benfeitorias, considerando-se como tais os melhoramentos ou 
acréscimos sobrevindos ao bem, ainda que sem a intervenção do 
proprietário, possuidor ou detentor, podem ser voluptuárias, úteis ou 
necessárias. 
 
Comentários: 
a) INCORRETO. Art. 81. Não perdem o caráter de imóveis: I - as 
edificações que, separadas do solo, mas conservando a sua unidade, 
forem removidas para outro local; 
 
 
47 
 
b) INCORRETO. Art. 101. Os bens públicos dominicais podem ser 
alienados, observadas as exigências da lei. 
c) CORRETO. Art. 103. O uso comum dos bens públicos pode ser gratuito 
ou retribuído, conforme for estabelecido legalmente pela entidade a cuja 
administração pertencerem. 
d) INCORRETO. Art. 93. São pertenças os bens que, não constituindo 
partes integrantes, se destinam, de modo duradouro, ao uso, ao serviço 
ou ao aformoseamento de outro. 
e) INCORRETO. Art. 97. Não se consideram benfeitorias os 
melhoramentos ou acréscimos sobrevindos ao bem sem a intervenção do 
proprietário, possuidor ou detentor. 
______________________________________________________________________ 
 
30. O domicílio da pessoa natural é o lugar onde ela estabelece sua 
residência com ânimo definitivo. Sobre esse instituto assinale a 
alternativa INCORRETA. 
a) Se a pessoa natural tiver diversas residências, onde, alternadamente, 
viva, considerar-se-á domicílio seu qualquer delas. 
b) É domicílio da pessoa natural, quanto às relações concernentes à 
profissão, o lugar onde esta é exercida. Se a pessoa exercitar 
profissão em diversos lugares, constituirá domicílio o principal 
estabelecimento da pessoa. 
c) O domicílio do servidor público é o lugar em que exerce 
permanentemente suas funções, ainda que seja outra a sua residência. 
d) Têm domicílio necessário o incapaz, o servidor público, o militar, o 
marítimo e o preso. 
e) Quanto às pessoas jurídicas de direito privado, o domicílio é onde 
funcionarem as respectivas diretorias e administrações, ou onde 
elegerem domicílio especial no seu estatuto ou atos constitutivos. 
 
 
48 
 
Comentários: 
a) Correta, de acordo com o art. 71 do CC. 
b) INCORRETA. O art. 72, parágrafo único do CC/02 aduz “se a pessoa 
exercitar profissão em lugares diversos, cada um deles constituirá 
domicílio para as relações que lhe corresponderem”. 
c) Correta, de acordo com o art. 76, parágrafo único do CC/02. 
d) Correta, de acordo com o art. 76 do CC/02 
e) Correta, de acordo com o art. 75, IV do CC/02. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
49 
 
Direito Administrativo 
31. Com relação aos bens públicos, assinale a opção correta. 
a) Os registros de propriedade particular de imóveis situados em 
terrenos de marinha são oponíveis à União. 
b) A ausência de transcrição no registro imobiliário induz a presunção 
de que o imóvel sob litígio constitui terra devoluta. 
c) Em regra, as terras devolutas pertencem à União e são 
consideradas bens dominicais ou dominiais. 
d) De acordo com a jurisprudência do STF, não são bens da União 
as terras onde se localizavam os aldeamentos indígenas extintos 
antes da Constituição de 1891, de domínio dos estados-membros. 
e) As praias fluviais constituem bens dos Estados. 
 
Comentários: 
 
Item a: ERRADO. Súmula 496: "Os registros de propriedade 
particular de imóveis situados em terrenos de marinha não são oponíveis 
à União." 
 
Item b: ERRADO. O STJ, ao julgar

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