Buscar

ECONOMIA AULA 07 Abordagem Macroeconômica Moeda e Inflação

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 4 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

AULA 07 
 
Abordagem Macroeconômica: Moeda e Inflação 
Conceitualmente, o termo “moeda” é usado ara denominar tudo aquilo que geralmente é aceito como meio 
de trocas de bens e serviços. Significa dizer, portanto, que a condição necessária para que algo possa ser 
aceito. 
 
Sistema de trocas e a evolução da moeda 
Não se pode afirmar com exatidão quando surgiu e qual foi a primeira moeda. Remontando aos primórdios 
da civilização, imagina-se facilmente que o homem primitivo produzia tudo quanto bastava ao seu sustento. 
Suas necessidades limitavam-se à garantia de sua sobrevivência. 
As associações e o desenvolvimento natural da vida em grupo criaram, porém, outras necessidades para cuja 
satisfação o indivíduo, isoladamente, se viu impotente. Sua auto suficiência se reduzia na medida do 
crescimento de suas necessidades. 
Nesta cadeia de raciocínio, o próximo elo foi a introdução paulatina da divisão e especialização do trabalho: 
cada indivíduo passou a produzir um ou poucos produtos, consumindo uma parte deles e tentando passar a 
outro o excedente em troca de outros bens que necessitava. 
Estabeleceu-se, então, um sistema de trocas diretas, conhecido por escambo, de mercadorias por 
mercadorias, mercadorias por serviços ou serviços por serviços. 
 
Dificuldades da economia de escambo 
É fácil imaginar as dificuldades para um razoável funcionamento dessa economia de escambo: 
Primeiro, exige uma permanente coincidência de interesses (o indivíduo “A” dispõe de arroz e quer trocar 
por carne; para se realizar essa troca, é imprescindível que ele encontre um indivíduo “B” que tenha carne 
e queira arroz!). 
Segundo, há a dificuldade de se estabelecer as relações ou preços de troca (valores entre dois bens bastante 
diferentes). 
Por tudo isso, esse sistema, que vigorou na mais remota antiguidade, era claramente ineficiente. As 
mudanças requeridas se realizaram lentamente. 
Moeda mercadoria - Moeda metálica - Moeda papel - Papel moeda 
 Moeda mercadoria - Geralmente escolhia-se uma mercadoria que fosse relativamente escassa e não 
facilmente perecível (nem sempre possível). A história registra que, em diferentes locais e épocas, foram usados 
como moeda: sal, peles, fumo, gado, trigo, rum, carne seca, ferro, cobre, dentre outros; 
 Moeda metálica - Sem dúvida, de todas as mercadorias, a preferência maior recaía, geralmente, sobre 
os metais, não só pela sua relativa escassez, mas, também, pela sua durabilidade e fácil divisibilidade. Muito 
embora o ferro, o cobre e o bronze tenham sido bastante utilizados, houve uma predominância do uso dos 
metais preciosos, notadamente a prata e o ouro; 
 Moeda papel - Com o tempo, e diante da crescente demanda por tais certificados, as casas de custódia 
passaram a emitir certificados cujo valor global em circulação excedia o valor total dos metais preciosos ali 
depositados. A experiência acumulada pelos custodiadores mostrava que nem todos os depositantes 
resgatavam, ao mesmo tempo, seus depósitos. Além do mais, enquanto alguns vinham para reconverter seus 
certificados em ouro, outros vinham para depositar. Assim, com um encaixe metálico menor, era possível 
garantir a liquidez dos certificados, isto é, garantir as reconversões que, em média, na semana ou no mês, 
correspondia a apenas uma fração do total dos certificados em circulação; 
 Papel moeda - Com o crescimento do volume e valor das transações, o manejo de grandes quantidades 
de metais preciosos tornou-se problemático pelas dificuldades de transporte e os riscos envolvidos. Pouco a 
pouco, nota-se o aparecimento de casas de custódia desses metais em diversos pontos. Essas casas passaram 
a receber em depósito os metais preciosos dos comerciantes, emitindo em troca um recibo ou certificado de 
valor correspondente. Esse certificado recebeu a denominação de moeda papel e era generalizadamente 
aceito nas transações. Sua característica principal era possuir lastro integral (100%) em ouro, isto é, a qualquer 
momento o possuidor do certificado poderia ir à casa de custódia emissora e reconvertê-lo em ouro ou prata. 
Daí sua crescente aceitabilidade como meio de pagamento em substituição aos próprios metais preciosos; 
Então vamos começar pela moeda! 
Ocorreu, assim, um novo marco histórico na evolução das formas de moeda: a passagem da moeda papel 
para os certificados emitidos sem o correspondente lastro em ouro ou prata e que vieram a ser chamados 
de papel moeda. Pouco a pouco o papel moeda passou a ter uso generalizado como meio de pagamento nas 
transações pelo simples fato de que sua aceitação era geral, não se questionando sobre a possibilidade de 
convertê-lo ou não em ouro. 
Desenvolvimento do sistema de trocas e a Evolução da Moeda: 
Sistema e Trocas 
 DIRETA (Escambo); 
 INDIRETA (Mercadorias moeda - Moeda Metálica - Moeda Papel - Papel moeda); 
 
**Num processo evolutivo normal, e com o intuito de evitar riscos de emissões exageradas, o passo seguinte 
foi a proibição de emissão de papel moeda pelos bancos privados (antigas casas de custódia), limitando-se o 
direito de sua emissão a uma instituição oficial que, pouco a pouco, se transformou nos atuais bancos 
centrais de cada país.** 
Tipos de moeda 
Numa classificação didática, temos, hoje, as seguintes espécies ou formas de moeda: 
MOEDA MANUAL: Vem a ser aquela emitida pela Casa da Moeda, representada pelas cédulas e moedas 
metálicas em circulação. 
MOEDA ESCRITURAL OU BANCÁRIA: Representada pelos depósitos à vista nos bancos comerciais. Vale 
lembrar que se trata das chamadas moedas fiduciárias (isto é, em que se tem fé ou se acredita), já que não 
possuem valor intrínseco, constituindo-se em moeda simplesmente porque têm aceitação generalizada nas 
transações econômicas. 
Funções da moeda 
Instrumento de Troca: Tendo aceitação generalizada como meio de pagamento nas transações, a moeda 
exerce sua função mais cristalina e fundamental – que é servir como instrumento ou intermediária de trocas 
entre os indivíduos para satisfação de ambas as partes; 
Padrão de Referência de Valor: Nesse caso, a moeda possibilita que todos os fatores de produção e os 
produtos (bens e serviços) possam ter seus valores expressos em unidades monetárias, propiciando a fácil 
avaliação e comparação de todos os recursos e produtos disponíveis na Economia. 
Reserva de Valor: A moeda desempenha, também, a função de reserva de valor no sentido de que o 
indivíduo pode manter sua riqueza (ou parte dela) sob a forma de moeda, por um período de tempo, 
sabendo que, amanhã ou depois, esse ativo será aceito em qualquer transação por ter liquidez absoluta. 
Trata-se, no entanto, de uma função que merece duas ressalvas: primeiro, se o indivíduo prefere manter sua 
riqueza sob a forma de moeda, ele deixa de ganhar, pois a moeda em si não gera rendimentos; segundo, e 
ao contrário, em períodos inflacionários o indivíduo perde com a desvalorização da moeda. 
 
Inflação 
A inflação é definida como sendo um aumento contínuo e generalizado do nível geral de preços, em outras 
palavras, uma perda progressiva do poder de compra da moeda. Em uma economia com inflação é 
necessário cada vez mais moeda para se comprar a mesma quantidade de bens e serviços. 
Inflação basicamente significa alta de preços. Mas uma alta de preços que têm algumas características 
próprias. Observe: 
 É GERAL, sobem os preços de todos os bens, serviços etc. na mesma proporção, uns mais, outros menos, mas 
todos sobem; 
 É DURÁVEL, o movimento de elevação dos preços não é um ponto no tempo, não é feito de avanços e recuos 
estáticos, mas persistente (e às vezes, demorado); 
 É PROGRESSIVA ou ACUMULATIVA. A inflação alimenta-se a si mesmo e pode aos poucos, aumentar a sua 
velocidade dealta (ou até mesmo de baixa); 
Mas o que faz aparecer esse fenômeno que chamamos de inflação, melhor dizendo, quais são as suas causas, de 
âmbito socioeconômico, com os seus respectivos efeitos, não só em toda a vida econômica, como também na vida 
política, na vida social e até na vida individual de cada pessoa que forma a sociedade de um país? 
As suas causas estão diretamente ligadas ao que podemos identificar e classificar como Tipos Básicos de Inflação. 
o Inflação da Demanda: A inflação de demanda é o tipo de inflação causada por um excesso de procura, 
dada a oferta disponível de bens e serviços na economia. Entre os fatores que fazem aparecer este fenômeno, 
cabe destacar: o aumento da renda disponível das pessoas; expansão dos gastos públicos (sendo que o 
governo é um dos agentes que demandam bens e serviços na economia, pressionando o nível da demanda 
agregada, que, dependendo de como o governo mexe com os seus gastos, ele pode até gerar um déficit 
público, e fazer gerar mais ainda um maior nível de demanda global do país); expansão do crédito e redução 
da taxa de juros (aumentando a liquidez, a moeda em circulação e, por conseguinte, os gastos da sociedade) 
e as expectativas dos agentes econômicos. É importante destacar que o aumento excedente da demanda só 
causa inflação, se a economia do país estiver tendendo a chegar no pleno emprego da utilização dos recursos 
(ou fatores) de produção disponíveis na economia do país; 
o Inflação de Custos (ou de Oferta): Uma determinada experiência brasileira demonstra que pode 
haver inflação, mesmo sem a presença de um excesso de demanda sobre a oferta: a demanda pode 
permanecer inalterada, isto é, não é excessiva em relação à oferta, e, não obstante, aparece a inflação, porque 
os custos (despesas com a produção) sobem, melhor dizendo, há a chamada inflação de custos (ou de oferta). 
Entre os fatores que fazem aparecer este outro fenômeno inflacionário, cabe destacar: a taxa de juros (ao 
mesmo tempo em que contribui para reduzir a demanda, gera um aumento dos custos de produção, pois as 
empresas muitas vezes pegam dinheiro emprestado em bancos), a desvalorização cambial (pois gera um 
aumento nos preços dos produtos importados que servem de matéria-prima), os preços externos de 
determinados produtos (tais como o preço internacional do petróleo), custo da mão de obra (devido a 
aumentos salariais) e aumento de impostos. O empresário, a empresa, trata de passar adiante essas elevações 
de despesas e eleva o preço de venda do seu produto. E a maior ou menor proporção que o empresário, ou a 
empresa, conseguirá repassar tais elevações para o preço do seu produto, depende das condições que se tem 
em relação ao seu poder de concentração de mercado, ou a maior ou menor concorrência que se tem neste 
mesmo mercado; 
o Inflação Inercial: O último tipo de inflação que pode ocorrer, independente de pressões de demanda 
e/ou de custos, é a inflação que está associada aos mecanismos de indexação da economia, melhor dizendo, 
a chamada inflação inercial. Ela é desenvolvida por meio da garantia que se tem de reajustar preços, a partir 
da constatação da existência de inflação, onde a inflação de hoje passa a ser o piso para a inflação de amanhã, 
mesmo não se tendo pressões de demanda e de custos, onde a inflação pode não ceder. 
 
Distorções do Processo Inflacionário 
A principal consequência de um processo inflacionário são as disparidades de preços, porque os preços dos 
produtos variam com taxas diferentes. Portanto, com a inflação, os preços relativos mudam: os preços de 
alguns insumos aumentam mais do que o de outros, as empresas tendem a variar a intensidade com que 
são usados. Por outro lado, estes tendem a gerar expectativas de que a inflação tenderá a subir no futuro 
(gerando expectativas de inflação futura), onde procurarão resguardar as suas margens de lucro, 
aumentando os preços dos seus produtos. E, ao mesmo tempo, um processo inflacionário provoca 
distorções sobre as finanças públicas; pois este processo acaba gerando uma defasagem entre o fato gerador 
e o recolhimento efetivo do imposto; assim, quanto maior a inflação, menor tende a ser a arrecadação do 
governo. 
Veja um quadro que apresenta as importantes correntes econômicas sobre o tema inflação:

Continue navegando