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2 Sistema Alvenaria Estrutural

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Sistema Alvenar·iB 
Estrutural 
Um sistema construtivo que tem sido bastante utilizado atualmente sao as constru~6es 
em alvenaria estrutural. O grande diferencial da alvenaria estrutural em rela~áo a alvenaria con-
vencional é o fato de que a alvenaria estrutural é construída com o objetivo de suportar cargas e 
servir como elemento estrutural, e nao apenas servir como elemento de veda~áo ou divisáo das 
constru~6es. Na alvenaria estrutural sáo dispensados alguns elementos estruturais de concreto 
armado, como pilares ou colunas. 
Conceito 
Conceitua-se alvenaria estrutural como processo construtivo no qual os elementos que 
desempenham a fun~ao estrutural sao de alvenaria, sendo os mesmos projetados, dimensiona-
dos e executados de forma racional (Camacho, 2006). 
Materia is 
Outro diferencial do sistema em alvenaria estrutural é com rela~áo aos materiais empre-
gados, que devem ser blocos estruturais de concreto ou ceramicos conforme as normas 
NBR 6136:2007 (Blocos vazados de concreto simples para alvenaria - Requisitos) e 
NBR 15270-2:2005 (Componentes ceramicos -Parte 2: Blocos ceramicos para alvenaria estru-
tural - Terminologia e requisitos), respectivamente. 
O uso de blocos para alvenaria estrutural <leve ser baseado nos controles dos requisitos 
das normas, principalmente no tocante a resistencia dos blocos, que devem atender as especifi-
ca~óes do projeto da alvenaria. 
Nao se deve executar alvenaria estrutural com tijolos 
comuns, ou blocos, que náo atendam as especifica96es 
das normas sob pena de colocar em risco a seguran9a 
estrutural. 
Blocos Ceramicos 
Conforme a NBR 15270-2, os blocos podem ser: 
• Bloco Ceramico Estrutural - Componente da alvenaria estrutural que possui furos 
prismáticos perpendiculares as faces que os contem, produzidos para serem assentados 
com furos na vertical. 
• Bloco Ceramico Estrutural de Paredes Vazadas - Componente da alvenaria 
estrutural com paredes vazadas, empregado na alvenaria estrutural nao armada, armada 
e pretendida, conforme figura 3.1. 
Figura 3.1 - Blocos ceramicos para alvenaria estrutural, conforme a NBR 15270-2:2005 
Para efeito de fabrica~áo, a norma determina a padroniza~ao de algumas dimens6es, con-
forme a tabela 3.1. 
Tabela 3.1- Dimensoes padronizadas - NBR 15270-2:2005 
Dimensiies Dimensiies de fabricai;áo (cm) 
Largura (1) x Altura (h) x Comprimento (c) 
Comprimento 
Módulo dimensional (M) Largura Altura Meio Amarracao Amarracao M = 10,0 cm Bloco bloco (T) (l) 
(5/4) M X (5/4) M X (5/2) M 11,5 24 11.5 36,5 
(5/4) M X (2)M X (5/2) M 24 11,5 36,5 
11,5 
(5/4) M X (2)M X (3)M 19 29 14 26,5 41,5 
(5/4) M X (2)M X (4)M 39 19 31,5 51.5 
(3/2) M X (2)M X (3)M 29 14 44 
14 19 
(3/21 M X (2)M X (4)M 39 19 34 54 
(2JM X (2)M X (3JM 29 14 34 49 
19 19 
(2JM X (2)M X (4JM 39 19 59 
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Quanto a resistencia dos blocos ceramicos: 
• Para Alvenaria de Veda~ao - Conforme a tabela abaixo: 
Tabela 3.2 - Características de blocos ceramicos - N8R 15270· 1 
Posl9áo dos furos fb (MPa) 
Blocos usados com furos na horizontal ;=: 1,5 
Blocas usados com furos na vertical ;=: 3,0 
• Para Alvenaria Estrutural - Conforme NBR 15270-1, a resistencia característica a 
compressáo (fbk) deve ser considerada a partir de 3,0 MPa, referida a área bruta, e deve 
atender ao valor especificado pelo projetista estrutural. 
Modula~io 
O módulo é considerado como urna unidade e, no caso da alvenaria estrutural, considera-
-se o módulo como a soma da altura do bloco e espessura da junta de assentamento para o valor 
na vertical, e na horizontal a soma comprimento do bloco com a junta de assentamento dos 
blocos. 
A NBR 15270-2:2005 considera módulo de M = 10,0 cm, conforme a tabela 3.1, entao no 
caso de um bloco (2) M x (2) M x ( 4) M, a última linha da tabela, indica: 20 x 20 x 40 cm, mas como 
os blocos sao fabricados com 19 x 19 x 39 cm, considera-se 1 cm para a forma<;ao do módulo. 
A parede pode, entáo, ser calculada em fun<;ao dos módulos inteiros M = 20 cm de 
altura e M = 40 cm de comprimento. 
Assim, urna parede de 1,20 metros (120 cm) de comprimento, por exemplo, teria tres 
módulos de 40 cm e seria executada com tres blocos de M = 39 cm, na horizontal, ou, no 
caso de blocos de 29 cm, o módulo seria M = 30 cm e seriam usados quatro módulos, ou 
quatro blocos. 
Família de Blocos 
Os blocos sao normalmente especificados por famílias (blocos principais e especiais), as 
quais sáo determinadas pelo comprimento do bloco principal. As famílias mais comuns sao a 29 
e 39, embora a norma especifique ainda os blocos com 24 cm, conforme a tabela 3.1. 
Na figura 3.2, ternos a família 39 de blocos estruturais de concreto, na qual B2 é o bloco 
principal, B4 é o meio bloco, B 1 é um bloco especial para fazer encontros de paredes em T e B3 
sao blocos especiais usados quando náo se consegue vencer o vao com blocos inteiros. 
O uso de blocos especiais também é essencial para a realiza<;áo da amarra<;áo entre as 
fiadas. 
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Figura 3.2 - Blocas familia 39 
Familia de blocas de largura 14 cm (+especial) 
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A escolha da família é urna op<;áo do projetista e depende de fatores técnicos. 
Há, ainda, outros fatores a serem considerados, como a disponibilidade na regiáo de con-
seguir blocos da família desejada e a maior faci lidade de adapta<;áo a determinado projeto devido 
aos detalhes arquitetonicos, o que pode resultar em menor ou maior número de meios blocos 
ou blocos de dimensóes especiais para fechar os váos. 
Muitos projetistas já elaboram as dependencias pensando em blocos de dimensóes 
que eles usam comumente, e a escolha de urna família de blocos já define o módulo a ser 
usado e as dimensóes em projetos sao pensadas para serem múltiplos desses módulos sem-
pre que possível. 
Essa rotina de modula<;ao de certa forma acaba retirando um pouco da liberdade dos pro-
jetistas, pois eles tem de pensar em paredes múltiplas dos módulos. Mas esse fator acaba sendo 
superado a medida que o projetista adquire experiencia em vários projetos, e a sua forma de 
projetar acaba sendo automaticamente adaptada. 
Na figura 3.3 ternos o exemplo de um projeto de modula<;áo dos blocos, no qua] foi uti-
lizada a família 39 de blocos. Cada componente da família é especificado por cores diferentes 
para facilitar o levantamento dos quantitativos e, principalmente, para orientar a execu<;áo das 
paredes. 
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Figura 3.3 - Projeto de modula~ao de alvenaria estrutural 
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A alvenaria estrutural necessita de projeto próprio para as paredes, no 
qual sáo indicados a posi~áo e os tipos de blocos para cada fiada e cada parede, 
figura 3.4, que é identificada, normalmente, com um número para facilitar a 
execu~áo. Geralmente, os projetos indicam a primeira e a segunda fiadas que 
depois sáo sucessivamente repetidas até atingir a altura final da parede. 
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Figura 3.4 - Parte de um projeto de paredes em alvenaria estrutural 
Entendendo Melhor a Modula~ao 
O uso do projeto é baseado no sistema chamado de modula~áo, que é a 
disposi~áo dos diferentes blocos para se chegar a parede final usando apenas 
blocos inteiros, sem a necessidade de quebrá-los. Para isso sáo usados blo-
cos de diferentes tamanhos e números de furos, como blocos de dois ou tres 
furos, ou, ainda, meio bloco de apenas um furo. A montagem de urna fiada 
pode ser considerada como a montagem de um quebra-cabe~as em que as 
pe~as devem ser encaixadas. 
Em alguns casos, os projetos arquitetonicos podem ser alterados em 
alguns centímetros para poder adequar o uso dos blocos disponíveis. Um 
módulo horizontal é constituído da dimensáo do comprimento de um bloco 
mais a junta de assentamento entre um bloco e outro, quando se usar junta, 
pois em alguns casos sáo projetadas juntas secas, ou seja, quando náo se usa 
argamassa de assentamento na vertical, usa-se apenas na base dos blocos. 
Por exemplo, um bloco de concreto com 39 cm de comprimento. Ao usar urna junta de 
assentamento na vertical com 1 cm de espessura, o módulo será de 40 cm. 
Para se executar, por exemplo, urna parede reta sem portas, as chamadas paredes ccgas, 
com dimensáo de 4,0 metros, deve-se dividir o comprimento da parede (400 cm) pelo compri-
mento do módulo (40 cm), tem-se 400/40 = 10. O total de blocos usados <leve ser 10, consi-
derando a junta de 1 cm. 
Mas se a parede for de 4,2 m, é necessário utilizar um bloco auxiliar, ou seja, um bloco de 
ajuste, de 19 cm com mais 1 cm de junta, para completar os 20 cm a mais. A parede terá, assim, 
1 O blocos de 39 cm mais 1 bloco de 19 cm. 
A posi~áo dos blocos de ajuste deve ser marcada no projeto, e em geral sáo utilizadas cores 
diferentes para blocos de dimensóes diferentes. 
Deve-se iniciar a segunda fiada com um bloco diferente a fim de propiciar a amarra~áo 
entre os blocos. Para amarra~áo sáo usados blocos de dimensóes intermediárias ou blocos de 
tres furos, que tarnbém sáo usados para encontros de paredes em T ou L. 
Como já visto, o uso de cores diferentes, conforme se percebe na figura 3.5, serve para 
chamar a aten~áo dos operários (pedreiros) que iráo executar o assentamento dos blocos e, 
também, como um auxílio para o levantamento do quantitativo dos materiais necessários. 
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Figura 3.5 - locacao de blocos estratégicos 
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A alvenaria estrutural apresenta urna grande vantagem com rela~áo a alvenaria convencio-
nal que é a utiliza~áo de projeto integrado. 
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Projeto Integrado 
O projeto integrado é aquele que é feito observando os projetos com-
plementares, como projetos de instala~óes hidráulicas e elétricas e redes de 
comunica~áo. O projeto integrado evita a interferencia, ou seja, quando um 
elemento de um projeto atrapalha a execu~áo de um elemento de outro. 
Um exemplo comum de interferencia sao os elementos estruturais que 
frequentemente dificultam a execu~áo de tubula~óes de instala~óes elétricas. 
Isso acontece porque o projetísta da parte elétríca desconhece o projeto estru-
tural e náo faz um projeto adequado. 
No momento da execu~áo, a equipe de obra acaba tendo de realizar 
ajustes e isso implica na necessidade de quebrar paredes, atravessar vigas ou 
outros elementos estruturaís. 
lnstala~oes Complementares 
A alvenaria estrutural é um sistema que nao permite que as paredes 
sejam quebradas e, principalmente, removidas, pois estas sáo a sustenta~áo de 
toda a constru~áo e qualquer parte que seja quebrada provocará um enfraque-
cimento, o que pode levar ao desabamento da constru~áo. 
O projeto de alvenaria estrutural preve a execu~áo de todos os projetos 
e, principalmente, das instala~óes, em harmonía com a execu~áo das paredes . 
As instala~óes sáo embutidas nos furos dos blocas sem a necessidade de que-
bra <lestes, como demonstra a figura 3.6. 
Figura 3.6 - lnstala~oes em alvenaria estrutural 
Uso de Shafts 
Outra característica dos projetos em alvenaria estrutural é o uso de shafts, que sáo urna 
espécie de armário em que as tubula~óes de maior diametro, como colunas de esgoto e descidas 
de águas pluviais, sáo colocadas. 
Os shafts sao como chaminés e váo do térreo até o último pavimento em urna única pru-
mada, e sao fechados nos andares por painéis, conforme destaca a figura 3.7, que podem ser 
removidos para fazer manuten~áo. Ou, ainda, sem abertura, sendo nesse caso, chamados de 
shafts cegos e sao fechados com alvenaria. 
As saídas dos vasos sanitários, piase outros acessórios sáo conduzidos para o shaft na hori-
zontal em forros rebaixados logo abaixo das lajes, ficando escondidas. 
(a) 
Divisória de gesso 
acartonado 
Oormitório 1 
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Divisória de gesso 
acartonado 
Oormitório 2 
Figura 3. 7 - (a) Shaft visto em planta e (b) shaft fechado com tampa metálica 
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Refor~o das Alvenarias 
Um aspecto importante na alvenaria estrutural é o reforc;o de alguns 
pontos nas paredes, pois em alguns locais há concentrac;6es de tens6es como 
é o caso dos cantos, das extremidades livres das paredes e do cruzamento das 
paredes. 
O reforc;o é executado com um concreto de consistencia líquida cha-
mado graut,e. Esse concreto é colocado para preencher os furos dos blocos 
estruturais, os quais devem conter pelo menos urna barra de ac;o. 
O graute consiste em um concreto fino (micro-
-concreto), formado de cimento, água, agregado 
miúdo e agregados graúdos de pequena dimensáo 
(até 9,5 mm), devendo apresentar como caracterís-
tica alta fluidez de modo a preencher adequadamente 
os vazios dos blocas em que seráo lan9ados. 
CAMACHO, 2006. 
O uso de graute, figura 3.8, cría urna espécie de col una, porém como ele 
tem pouca resistencia, aproximadamente 10 MPa, náo deve ser considerado 
como um pilar ou mesmo como um elemento de concreto armado. 
Bloco de 
concreto 
--
Concreto 
líquido 
Figura 3.8 - (a) Ponto de graute - ferragem de espera e (b) preenchimento de blocos com concreto líquido 
l.graute) 
Marca~io e Alinhamento 
A marcac;áo das paredes e sua execuc;áo também sao mais precisasnos 
projetos de alvenaria estrutural do que na alvenaria convencional, pois qual-
quer desalinhamento, ou falta de prumo, pode provocar tens6es e levar as 
paredes a ruptura, e isso causaría riscos a construc;:áo. 
O alinhamento e o nivelarnento das fiadas de blocos sáo auxiliados pelo 
uso de acessórios como os escantilh6es, que sáo urna espécie de régua na qual 
sáo marcadas as alturas de cada fiada de blocos, ou seja, as galgas. 
Coma marca~áo precisa das galgas, conforme destaca a figura 3.9, basta 
que o pedreiro estique urna linha de um lado a outro da parede seguindo a 
marca~áo, e, entáo, basta assentar os blocos corn a orienta~áo das linhas para 
ter urna parede bem alinhada. 
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Figura 3.9 - Escantilhao e galgas marcadas 
Necessidade de 
Treinamento 
_ Escantilhao 
A alvenaria estrutural é um sistema construtivo que necessita capacita-
c;áo da máo de obra, desde engenheiros, passando por mestres de obra, até os 
pedreiros, pois existem detalhes técnicos específicos e materiais apropriados. 
A princípio isso pode ser considerado como um fator negativo, pois a 
empresa deve investir na qualifica~áo da sua máo de obra, porém, em urna 
análise mais profunda, observa-se que isso na verdade é um fator positivo. 
A técnica de alvenaria estrutural é baseada na racionalizac;áo da cons-
tru~áo e na menor gerac;áo de resíduo possível. E como os projetos sáo 
mais detalhados e também integrados a todos os sistemas ( instala~óes), a 
necessidade de adapta~6es é muito pequena e o "quebra-quebra" pratica-
mente náo existe. 
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Durabilid de das Obras 
Há um controle rígido das características dos materiais componentes da alvenaria estrutu-
ral, principalmente resistencia mecanica, absor~áo e defeitos dos blocos. Como existe, também, 
um controle rígido na execu~áo da alvenaria como um todo e na qualidade da argamassa de 
assentamento dos blocos, há a probabilidade de que a obra acabe tendo urna qualidade superior e 
urna vida útil maior. Embora esses aspectos ainda nao tenham sido provados científicamente. 
A seguran~a das obras em alvenaria estrutural é garantida quando respeitados os aspectos 
executivos, de manuten~áo e também de utiliza~áo da obra, como a proibi~áo de retirada de 
paredes, ou realiza~áo de furos ou abertura nas paredes, sem o consentimento de um enge-
nheiro responsável. 
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Engenheira Michelli Silvestre, da ABCP
14/10/2013
90
Alvenaria estrutural em pauta
Entrevista com engenheira da ABCP mostra  evolução da alvenaria estrutural com blocos de concreto no Brasil
O ato de sobrepor blocos (alvenaria) para construir edificações é milenar, e ao longo dos anos a engenharia evoluiu e
atualmente uma das tecnologias mais vantajosas e com melhor desempenho tem sido a alvenaria estrutural com
blocos de concreto. Muitas construtoras optam por este sistema porque, além de gerar maior economia, diminui o
volume de resíduos gerado na obra, assim como o consumo de materiais, como madeira, aço e revestimento.
Capacitação – No Brasil, a utilização da alvenaria estrutural com blocos de concreto já é bastante expressiva. A
demanda por esse sistema também pode ser notada nos cursos de capacitação da ABCP, pois o tema alvenaria
estrutural é um dos mais procurados pelo mercado. As vagas para o Curso Básico de Alvenaria Estrutural com Blocos
de Concreto, que acontece nos dias 29 de 30 de outubro, já estão praticamente preenchidas.

Acompanhe a entrevista
com a engenheira da área de Edificações da Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP) Michelli Silvestre e
entenda essa evolução.
 
ABCP – O Brasil e os Estados Unidos são dois dos países que mais utilizam o sistema de alvenaria estrutural.
Como foi essa evolução no Brasil e quais os critérios de comparação entre os dois países?
Michelli Silvestre: O uso da alvenaria estrutural teve início no Brasil no início da década de 60, com alguns casos de
pouco sucesso. Na década de 70 foram iniciadas pesquisas no IPT e na USP. No final dos anos 80 e início dos anos 90
o sistema construtivo ganhou força e as parcerias universidade / empresa permitiram a criação de materiais e
equipamentos nacionais para produção da alvenaria. A partir daí, a alvenaria estrutural passou a ser dimensionada a
partir de conceitos técnicos e detalhada de forma racional. Aliada aos estudos acadêmicos, a atuação da cadeia
produtiva, destacando‑se as atividades desenvolvidas pela ABCP e pela BlocoBrasil, levou capacitação aos fabricantes
de blocos e aos profissionais das construtoras, melhorando o desempenho do sistema construtivo como um todo.
Assim, com o envolvimento de pesquisadores, projetistas, associações, construtores e fornecedores presenciamos
hoje uma indústria de alvenaria em avançado grau de desenvolvimento. Hoje o sistema é amplamente utilizado em
todas as regiões do Brasil e é um ramo reconhecido da Engenharia, fazendo parte da grade curricular de grande parte
das faculdades.
Nos Estados Unidos, os resultados de ensaios realizados na década de 60 levaram à publicação de regras para
dimensionamento de alvenaria não armada pelo Brick Institute of America e pelo National Concrete Mansory
Association. Em 1978 e 1988 foram publicadas novas normas de projeto e execução, que evoluíram para as normas
produzidas hoje pelo Mansory Standards Joint Committee, geralmente revistas a cada três anos. Assim, percebe‑se
que a atuação da cadeia, a realização de pesquisas e ensaios e a criação de normas técnicas específicas tiveram um
papel fundamental para o desenvolvimento do sistema nos dois países. (Fonte: PARSEKIAN, G. A.; HAMID, A. A.;
DRYSDALE, R. G. Comportamento e dimensionamento de alvenaria estrutural. São Carlos: EdUFSCAR, 2012.)
 
ABCP – Em quais tipos de construção o
sistema é mais utilizado? Há limite de
número de pavimentos?
Michelli Silvestre: A alvenaria estrutural pode ser utilizada para a construção de casas e edifícios residenciais e
comerciais. No Brasil, seu uso mais comum é nas construções residenciais, mas também é largamente empregada nas
comerciais. Para que o sistema seja competitivo, é necessário atentar para determinadas características da edificação
a ser construída. A seguir, duas características que devem ser levadas em conta para definir o sistema construtivo
mais adequado:
1ª – Altura da edificação: A viabilidade de uma obra em Alvenaria Estrutural é oriunda basicamente da altura da
edificação e de sua arquitetura. Atualmente, são erguidas com sucesso torres com alturas equivalentes a 22 andares
ou mais, sendo que o Brasil é referência mundial em edifícios altos neste sistema. A maior economia, no entanto, em
geral é obtida em edificações com até 15 pavimentos. Quando a altura da edificação ultrapassa esse patamar de
andares, as tensões de compressão chegam a triplicar na base do prédio devido às ações do vento na estrutura,
fazendo com que haja a necessidade de grautear grande parte dos blocos na base do edifício. Nesses casos, o
empreendimento pode ser inviável economicamente e um estudo de viabilidade é sempre recomendado.
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2ª – Arranjo arquitetônico: É umfator
preponderante para o sucesso de um projeto em
Alvenaria Estrutural. As paredes devem estar
sempre alinhadas para que a distribuição de
cargas seja uniforme. Também é importante
considerar a densidade de paredes estruturais
por m² de parede. Preferencialmente, a
densidade deve estar na faixa de 0,5 a 0,7
metros de paredes estruturais por m² de
pavimento, pois densidades diferentes implicam
em blocos absorvendo esforços das lajes,
necessitando de maior resistência, o que pode
levar à inviabilidade construtiva um prédio de
vários pavimentos.
 
ABCP – Como a tecnologia tem se
desenvolvido nos últimos anos? Quais os
principais avanços tecnológicos?
Michelli Silvestre: No Brasil, a Alvenaria
Estrutural começou a se desenvolver a partir da
década de 60. Nessa época foi construído o
primeiro conjunto de edifícios em blocos
estruturais de concreto: o Central Parque Lapa,
em São Paulo, composto por 4 prédios com 12
andares cada. Em 1977 foram construídos os
primeiros edifícios em Alvenaria não armada,
com nove andares. Tentando adaptar a
tecnologia importada à realidade brasileira, o
processo de nacionalização do sistema
construtivo não foi muito bem sucedido na
época, com muitos casos de patologias
ocasionadas pela má qualidade dos materiais
disponíveis, fazendo com que a utilização da
Alvenaria Estrutural decaísse até a década de 90.
A partir de 1990 houve uma crescente
conscientização de que era possível aperfeiçoar a Alvenaria Estrutural aperfeiçoando as técnicas construtivas e o
cálculo estrutural, buscando conseguir um perfeito resultado final para a obra, com redução de custos. Foram
realizadas várias pesquisas no sentido de unir a tecnologia de blocos de concreto (norte‑americana) com a filosofia
da alvenaria não armada (europeia), fruto dos esforços do Centro de Pesquisas e Desenvolvimento da Construção
Civil da Escola Politécnica da USP, na época coordenado pelo Prof. Dr. Fernando Henrique Sabbatini, que realizou
pesquisas para várias empresas, como Tebas, Lix da Cunha e Encol. O trabalho com a Encol, com as consultorias da
Tecsof (São Carlos) e Wendler Projetos (Campinas) na área de estruturas resultou em um método construtivo em
alvenaria não armada para até 8 pavimentos, posteriormente estendido para até 10 pavimentos. No Brasil, o sistema
construtivo em Alvenaria Estrutural tem experimentado um grande impulso e algumas pesquisas investigam
alternativas para utilização de novos materiais. Graças à economia que proporciona e à quantidade de fornecedores, a
Alvenaria não armada de blocos vazados de concreto é um mercado promissor.
 
ABCP – Os blocos de concreto são responsáveis pela estrutura da edificação. Qual a evolução tecnológica
desse material nos últimos anos?
Michelli Silvestre: Para que a alvenaria estrutural cumpra as funções desejadas de desempenho estrutural, conforto
termo acústico, vedação e durabilidade, é fundamental que os materiais sejam especificados corretamente e a
execução seja bem feita. Em relação aos materiais, os principais insumos que compõem a alvenaria estrutural são: os
blocos estruturais de concreto, a argamassa de assentamento e o graute. E, nesse sistema construtivo, o bloco de
concreto é a opção preferida dos projetistas, pois:
o concreto utilizado na fabricação do bloco possui um módulo de elasticidade similar ao da junta de
argamassa, aproximando a resistência da alvenaria à do bloco;
a geometria dos blocos de concreto (formato, conicidade dos furos, espessura das paredes) melhora a
performance das alvenarias à compressão.
 
ABCP – Há tipos de blocos para edifícios mais baixos ou mais altos? Eles diferem de acordo com o tipo de
obra?
Michelli Silvestre: A classificação dos blocos segundo a NBR 6136:2007 é a seguinte:
Classe A (fbk > 6 MPa): Com função estrutural, para uso em elementos de alvenaria acima ou abaixo do nível
do solo;
Classe B (fbk > 4 MPa): Com função estrutural, para uso em elementos acima do nível do solo;
Classe C (fbk > 3 MPa): Com função estrutural, para uso em elementos acima do nível do solo;
Classe D (fbk > 2 MPa): Sem função estrutural, para uso em elementos de alvenaria acima do nível do solo.
De acordo com o livro “Parâmetros de projeto de alvenaria estrutural com blocos de concreto”, elaborado por um
grupo de projetistas e coordenado pelo Prof. Dr. Guilherme Aris Parsekian no âmbito da Comunidade da Construção,
a espessura mínima para uma parede estrutural é de 14 cm, sendo possível uma flexibilização para edificações com
até dois pavimentos. Nesse caso, o índice de esbeltez (L), que é a relação entre a altura efetiva (hef) e a espessura
efetiva (hef), para o caso de alvenaria não armada deve respeitar os seguintes limites:
(hef / tef) ≤ 24 para alvenaria não armada;
(hef / tef) ≤ 30 para alvenaria armada.
Outros estudos da Comunidade da Construção recomendam que os blocos com função estrutural classe C sejam
empregados, conforme sua designação, da seguinte forma:
Blocos M10 – edificações de no máximo 1 pavimento;
Blocos M12,5 – edificações de no máximo 2 pavimentos;
Blocos M15 e M20 – edificações maiores.
De qualquer forma, os blocos devem ser sempre definidos pelo projetista estrutural que, a partir de métodos de
cálculo adequados, pode determinar com precisão a espessura e a resistência de blocos ideais para cada obra.
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ABCP – Quais as principais vantagens do sistema?
Michelli  Silvestre: Os aspectos técnicos e econômicos mais importantes da Alvenaria Estrutural são:
Facilidade de controle com um sistema que possui normas ABNT para projetos, materiais e execução definindo
claramente os requisitos e critérios necessários para o bom desempenho do sistema.
Técnica executiva simplificada com blocos modulares e diversos equipamentos adaptados para tornar a
execução mais fácil, prática e produtiva.
Facilidade de treinamento e profissionalização com etapas de execução similares à tradicional técnica de
execução de paredes. Assim, a mão de obra assimila rapidamente as boas práticas construtivas.
Redução do volume de revestimento (argamassa) devido à uniformidade e regularidade nas suas geometrias.
Assentamento de revestimento cerâmico interno sobre o bloco de concreto com o uso de blocos de concreto
de qualidade e controle na execução da alvenaria.
Redução do desperdício de material com a Alvenaria Estrutural facilmente integrada a outros subsistemas. As
instalações elétricas e hidráulicas, por exemplo, podem ser embutidas nos vazios dos blocos, sem rasgos ou
aberturas para a execução. Como as instalações são realizadas simultaneamente com a elevação das paredes,
elimina‑se a possibilidade de improvisações que encarecem significativamente a construção.
Otimização de mão de obra, não sendo necessários carpinteiros e armadores para execução de pilares e vigas.
No Sistema de Alvenaria Estrutural, as barras de aço são colocadas pelos próprios pedreiros.
 
ABCP – O custo é competitivo? Qual a redução de custo comparado a outros sistemas construtivos?
Michelli  Silvestre: A alvenaria estrutural é um processo construtivo consolidado, que pode ser utilizado em qualquer
tipo de empreendimento com grande economia. O Sistema de Alvenaria Estrutural permite uma integração entre
projeto e execução e integração com outros subsistemas, proporcionando diversas vantagens e gerando uma
economia que pode chegar a 20% do custo total da obra em comparação com os sistemas tradicionais.
 
ABCP – É possível realizar projetos
arquitetônicos diferenciados utilizando
blocos de concreto?
Michelli  Silvestre: A alvenaria estrutural é um
sistema construtivo racionalizado. E, para que
na obra se obtenha a redução de custo,
otimização no tempo da execução e rendimento
desejado, é muito importante que um bom
projeto seja desenvolvido. O desenvolvimento
de projetos em alvenaria estrutural exige
procedimentos distintos. Uma das premissas é a
necessidadede compatibilização dos projetos
arquitetônico, estrutural, elétrico,
hidrossanitário e de prevenção de incêndio para
definição dos projetos executivos. Nesse
sentido, é importante que esses projetos sejam
desenvolvidos conjuntamente. Assim como no
sistema convencional de concreto estrutural não
é possível modificar pilares e vigas, no sistema
de alvenaria estrutural também não é possível
modificar paredes estruturais, mas isso não
significa que o projeto não tenha flexibilidade
de layout. Os projetos flexíveis são quase que
obrigatórios para atender as necessidades do
mercado imobiliário e facilitar a venda do
empreendimento, e atualmente é muito comum
encontrar apartamentos à venda com diferentes
opções de planta. Na alvenaria estrutural, o
remanejamento da planta só é possível se o
projeto for pensado para isso. Uma das
alternativas é utilizar algumas paredes não
estruturais. Dependendo da configuração e
características do projeto, é possível até ter
todas as paredes internas não estruturais. Vale
ressaltar que esta alternativa flexibiliza o layout,
mas encarece o sistema, e por isso deve ser
analisada de maneira criteriosa. Assim, ao optar pelo processo construtivo de alvenaria estrutural, deve‑se preparar o
projeto desde a concepção da edificação, otimizando as vantagens do sistema. Além disso, a interação entre os
profissionais envolvidos, como arquitetos, engenheiros estruturais, engenheiros de instalações, construtores e equipe
de vendas, é muito importante para assegurar que as necessidades do mercado serão atendidas.
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