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RESUMO VP1 Teoria da constituição

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Teoria da Constituição
Professor: Bruno Weyne
Monitora: Marcela Macêdo
REVISAO VP1
Constitucionalismo
Constitucionalismo significa, em essência, limitação do poder e supremacia da lei. Sendo tal conceito dividido na doutrina em dois sentidos: 
	- o amplo: o Estado ter uma constituição, independente do regime político ou âmbito jurídico que quer se destinar.
	- o estrito: sentido de que haverá uma proteção, uma tutela das liberdades, em que surgiu no final do século XVII, sem a imposição do Estado pelo uso da força. Tendo como horizonte o princípio da separação dos poderes e a garantia de direitos.
Constitucionalismo antigo e medieval: 
- Grécia: pólis grega, democracia direta, assembléias. Sociedade estratificada, privilegio a poucos, limitação voltada ao bem comum, visão organicista da comunidade política.
- Roma: concepção moderna de separação de poderes (Consulados, Assembleia e o Senado).
- Idade Média: pluralismo político, múltiplas instituições (Igreja, reis, senhores feudais, cidades, as corporações de ofício e o Imperador). Exemplo: Carta Magna de 1215.
Constitucionalismo moderno:
O constitucionalismo moderno vai trazer a idéia de que o poder do Estado deve ser limitado a fim de preservar o espaço de liberdade individual de cada um. Sai-se do Estado Absoluto, vindo a surgir à necessidade de criar estruturas de conter o poder para garantir a liberdade alcançada. O Direito não vai estar subordinado à política, assim o poder político só será exercido se estiver conforme com as normas do próprio Direito. Surgindo a idéia de Estado de Direito. Sendo a constituição um instrumento normativo em que trará as normas de organização do poder do Estado.
Para o surgimento do constitucionalismo moderno, houve três momentos históricos importantes como a ascensão da burguesia como classe hegemônica, o fim da unidade religiosa na Europa, com a Reforma Protestante, e a cristalização de concepções de mundo racionalistas e antropocêntricas legadas pelo Iluminismo no séc. XVIII.
Para Hobbes, para sair do estado de natureza, considerado por ele um estado de guerra de todos contra todos, os indivíduos abrem mão de toda sua liberdade, por meio do contrato social, em favor do Estado.
Enquanto para Locke, ao celebrar o contrato social, as pessoas alienam para o Estado apenas uma parcela da liberdade irrestrita de que desfrutavam no estado de natureza, retendo, no entanto, determinados direitos naturais que todos os governantes devem ser obrigados a respeitar.
O Estado será criado, segundo Rosseau, através da vontade livre dos indivíduos de se associar por meio de um pacto (contrato social), o qual terá como ideal a soberania, a vontade do povo. 
A constituição trará no seu corpo limitação do poder, garantias individuais, a soberania popular como fundamento de legitimidade do poder político e por fim o Estado como resultado de um contrato social.
Experiências históricas referentes ao constitucionalismo moderno: 
- Modelo Inglês: não havia propriamente absolutismo, visto que já havia limitações de poder decorrente de costumes e pactos, como a Magna Carta de 1215; século XVII- Revolução Gloriosa: caracterizada pela tensão coroa e parlamento; documentos constitucionais como Petition of Rights (1628); Habeas Corpus Act (1679), e o Bill of Rights (1689); respeito às tradições constitucionais; não há constituição escrita, sendo a constituição flexível e histórica (tradições históricas do povo inglês); princípio da supremacia política do parlamento.
- Modelo Francês: Revolução Francesa (1789); poder constituinte representado pela soberania da nação; constituição escrita; legislativo como protagonista, visto que a lei representa a vontade geral.
- Modelo Norte Americano: a Constituição dos Estados Unidos de 1787 introduziu o Estado Federal, o presidencialismo e o sistema de freios e contrapesos; constituição rígida, sintética, suas normas constitucionais cabíveis a interpretação, devido a plasticidade; jusnaturalismo liberal; vetor democrático e liberal; por a Constituição ser norma jurídica, deve ser invocada pelo Poder Judiciário ( caso Marbury VS Madison).
Constitucionalismo liberal: final do século XVIII e vai até a 1ª Guerra Mundial, com as Revoluções Liberais; supremacia constitucional; Estado de Direito; direitos civis e políticos, ligados ao valor de liberdade; liberdade negativa, igualdade formal e propriedade.
Constitucionalismo social: como marco histórico a pressão social dos trabalhadores, aliados com o temos da burguesia, início pouco antes do fim da Primeira Grande Guerra Mundial (1918); liberdade positiva, igualdade material e propriedade; diversas vertentes de pensamento, como o marxismo, o socialismo utópico e a doutrina social da Igreja Católica; função social da propriedade.
Direito Constitucional:
Direito Constitucional se encontra atualmente dotado de força normativa em que ordena e conforma a realidade social e política, ao impor deveres e assegurar direitos. 
A palavra Direito possui três sentidos: o Direito como ciência, sendo um domínio cientifico acerca de um determinado objeto; Direito positivo referente a normas vigentes; e por fim Direito como direito subjetivo, sendo a faculdade do individuo de fazer o direito em seu favor.
O Direito constitucional é do ramo do Direito Público. Configura-se relação de direito público quando um dos sujeitos ou ambos forem Estado ou outra pessoa de direito público; quando o interesse do objeto da relação for predominantemente de natureza geral; quando a natureza da relação for de subordinação.
Direito privado: princípio da livre iniciativa; princípio da autonomia da vontade; responsabilidade subjetiva.
Direito Público: princípio da soberania estatal; princípio da legalidade; princípio da supremacia do interesse público; responsabilidade objetiva.
Tipologia ou Classificação das Constituições:
1) Quanto ao conteúdo(modo de identificação)
- formal: dotada de superioridade, de hierarquia no ordenamento do Estado.
- material: são normas jurídicas que se tem como objeto a estrutura do Estado, a organização dos poderes e os direitos fundamentais
2) Quanto à forma(forma de veiculação das normas constitucionais)
- escrita: são as constituições quando sistematizadas em um único texto. Como Brasil, EUA, Portugal, Alemanha.
- não escrita: constituições contidas em textos esparsos e /ou costumes e convenções sedimentadas ao longo da história. Como exemplo a da Inglaterra, da Nova Zelândia e Israel. Não há qualquer formalização por escrito da prática constitucional; apenas a mera prática reiterada na historia que vai viabilizar o funcionamento do poder. (DETALHE: constituição não escrita é histórica).
3) Quanto ao modo de elaboração(surgimento da constituição)
- dogmática: resultam do trabalho de um órgão constituinte sistematizador das idéias fundamentais da teoria jurídica, política, dominantes naquele momento. Sempre são escritas, partindo de teorias pré concebidas, ideologias, dogmas políticos.
- históricas: são formadas lentamente por meio do tempo, na medida em que os usos e costumes são incorporados na vida estatal.
4) Quanto a origem(identificação da legitimidade democrática ao seu exercício)
- promulgada: se origina a partir de um processo democrático, o povo elege seus representantes e depois ratifica a constituição criada. Havendo participação popular. Como exemplo, Brasil de 1988.
- outorgada: é aquela imposta, quando não há manifestação popular na sua elaboração. Sendo imposta pelo agente detentor do poder político. Vem de um contexto autoritário, resulta do exercício de um grupo político dominante. Como a CF/37 e CF/67.
5) Quanto à estabilidade(procedimento adotado para alteração do texto constitucional)
- rígida: guarda relação com o procedimento adotado para a modificação do texto constitucional. Quando o procedimento de modificação é mais complexo do que aquele estipulado para a criação da legislação infraconstitucional. Como a do Brasil e do EUA.
- semirrigida: quando parte da constituição, geralmente normas materialmenteconstitucionais, pode ser alterada por meio de um procedimento mais dificultoso, enquanto o restante pode ser modificado pelo mesmo procedimento previsto para a legislação infraconstitucional. Como a do Brasil de 1824. zSão previstas matérias específicas, cuja alteração requer procedimento especial. As demais matérias submetem-se a um procedimento mais simples, típico de leis ordinárias.
- flexível: quando a constituição pode ser alterada pela atuação do legislador ordinário, seguindo procedimento adotado para edição de legislação infraconstitucional.
6) Quanto à extensão(grau de detalhamento e abrangência das normas)
- sintética: quando se limita a traçar as diretrizes gerais da estruturação do estado. Tem-se linguagem mais aberta, principiológica, no qual permite a atualização por meio da interpretação, permitindo uma maior estabilidade. Como por exemplo, a do EUA.
- analítica: Caracterizam-se por conter matérias que por sua natureza são alheias ao direito constitucional. São sempre escritas. Suas normas tratam ora de minúcias de regulamentação, ora de regras pertinentes ao campo da legislação ordinária. Como as Constituições de Portugal, Espanha, Índia e Brasil.

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