Filmes plásticos para fraldas e absorventes

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ESCOLA SENAI “MARIO AMATO “
FACULDADE SENAI DE TECNOLOGIA AMBIENTAL
CURSO TÉCNICO EM PLÁSTICOS 
FELIPE MARCHEZINI BARBOSA
IGOR SUSSUMO OLIVEIRA NISHIKAWA
IGOR TADASHI TAKATA
VINÍCIUS FRANQUI BARRETO
FILMES PLÁSTICOS PARA FRALDAS DESCARTÁVEIS E ABSORVENTES
São Bernardo do Campo
2017
FELIPE MARCHEZINI BARBOSA
IGOR SUSSUMO OLIVEIRA NISHIKAWA
IGOR TADASHI TAKATA
VINÍCIUS FRANQUI BARRETO
FILMES PLÁSTICOS PARA FRALDAS DESCARTÁVEIS E ABSORVENTES
Relatório apresentado à Escola SENAI “Mario Amato”, no Curso Técnico em Plásticos, como requisito da unidade curricular de Comunicação Oral e Escrita Profa. Cilene Cláudia Diógenes.
São Bernardo do Campo
2017
AGRADECIMENTOS
O desenvolvimento dessa pesquisa ocorreu principalmente pelo tempo, experiência e informações transmitidos pelos docentes Dr. Prof° Fernando Codelo Nascimento e Prof° Robinson Meireles aos alunos.
RESUMO
Este projeto tem como objetivo explanar sobre obtenção, características e funções dos polímeros usados para a produção de fraldas e absorventes; com ênfase nos filmes plásticos. O mesmo se encaixa na categoria de relatório técnico, visto que não houve nem visita técnica, nem testes laboratoriais sobre o processo. Dentre a constituição das fraldas e absorventes, destacam-se filmes de polietileno e polipropileno, assim como polímero superabsorvente. A respeito da extrusão, é feita uma definição que abrange todas as extrusoras. Em seguida, é explicado o processo de extrusão tubular tanto ascendente como descendente. O filme advindo destes processos tem que ser bobinado, por meio de roletes fixos ou móveis, fabricados em materiais diferentes de acordo com sua função. A velocidade da extrusora e o tamanho do balão que definem tanto a largura quanto espessura do filme. São então definidas as principais caraterísticas do PEAD e do PEBD, Polietileno de Alta Densidade e Polietileno de Baixa Densidade respectivamente. Sobre o polímero superabsorvente (PSA), é importante ressaltar que sua caraterística de sucção é possível graças ao mecanismo de absorção por osmose.
Palavras-chave: Fraldas, absorventes. Polímeros. Filmes plásticos.
SUMÁRIO
 
10
1 INTRODUÇÃO
Este relatório tem o objetivo de apresentar uma pesquisa sobre filmes para fraldas descartáveis e absorventes.
Utilizaram-se nesta pesquisa artigos, folhetos, monografia, sites de pesquisa.
A metodologia adotada nesta pesquisa foi o uso de referenciais da biblioteca, além do uso do laboratório de informática da unidade escolar. 
A pesquisa foi desenvolvida pelos alunos do primeiro semestre de 2017 do Curso Técnico em Plásticos.
2 METODOLOGIA
A princípio foi consultada a biblioteca para procurar referências em meio físico. Em seguida, fez-se uso de sites de pesquisa por meio da internet para adicionar conteúdo de outras fontes ao trabalho. Com o intuito de organizar melhor o trabalho, foram pedidas ajudas e sugestões a professores que entendem do tema ou do processo; assim complementando a pesquisa. Por fim, definiu-se a parte de cada integrante do grupo para terminar a elaboração do trabalho. 
2.1 FRALDAS E ABSORVENTES
Segundo BNDES (2002 apud OLIVEIRA, 2014, p.74) as fraldas descartáveis são compostas de uma camada de celulose especial de fibra longa - celulose fluff -, na qual é adicionada uma pequena porção de gel seco. Uma fina camada de nonwomen reveste tal mistura. Por fim, um filme de polietileno é dobrado e costurado ao corpo da fralda.[1: BNDES – Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social.]
Com relação aos absorventes íntimos descartáveis, eCycle afirma que eles apresentam componentes próximos aos das fraldas de uso único. Os mesmos são compostos basicamente por celulose, polietileno, polipropileno, adesivos termoplásticos, papel siliconado, polímero superabsorvente e agente controlador de odor.
	O núcleo absorvente é constituído por uma faixa de fibra de celulose e polímero superabsorvente, o qual é revestido por uma camada de polipropileno não tecido. A constituição física do absorvente é composta por um filme de polietileno e nele são adicionados adesivos termoplásticos e papéis siliconados.
Marconato e Franchetti (2002 apud OLIVEIRA, 2014, p.77-78) relata quanto as matérias primas utilizadas na produção das fraldas descartáveis: 
Filme de polietileno: polímero sintético hidrofóbico, cuja função é ajudar a evitar vazamentos de líquidos para fora da fralda.[2: Hidrofóbico – substancia que não absorve água (HOUAISS e VILLAR, 2004 apud OLIVEIRA, 2014).]
 Polpa de celulose: (celulose fluff) polímero natural hidrofílico, usado na mistura com gel seco da fralda para contribuir com a retenção da água.[3: Hidrofílico – substancia que tem afinidade com água, capaz de absorvê-la ou adsorve-la (HOUAISS e VILLAR, 2004 apud OLIVEIRA, 2014).]
Poliacrilato de Sódio (gel): polímero sintético, superabsorvente, cristalizado no caso das fraldas. Principal responsável pelo acúmulo da umidade nas mesmas.
Tecido não tecido de Polipropileno (nonwomen): polímero sintético e hidrofóbico, que se torna hidrofílico a partir de procedimentos com surfactantes; assim permitindo o escoamento do líquido para a camada absorvente. Esta divisão que entra em contato com o usuário.[4: Surfactantes – qualquer composto que reduza a tensão superficial de uma solução, como detergentes e emulsificantes. (HOUAISS e VILLAR, 2004 apud OLIVEIRA, 2014).]
Elásticos: polímero sintético geralmente feito de fios de (poliuretanas), borracha ou lycra, são aplicadas para melhorar o ajuste das fraldas ao corpo do usuário.
Adesivos termoplásticos: constituídos de polipropileno impregnado com adesivo, são utilizados para o fechamento das fraldas.
Faixa de ajuste central: constituída de filmes de polipropileno é colada com adesivos sobre a fralda. Sua utilidade é permitir abrir e fechar a fralda quantas vezes seja necessária, sem ocorrer danificações. 
2.2 EXTRUSÃO:
O Portal São Francisco apresenta a seguinte definição sobre a extrusão:
Processo de transformação de termoplásticos onde os materiais são misturados conforme o produto final a ser fabricado, e colocados no funil de alimentação da extrusora, que após passarem para um cilindro, são impulsionados pela rosca sem fim até a matriz de extrusão.[5: Termoplásticos – É a classificação de um polímero que se funde e solidifica várias vezes (MORASSI, 2013)]
2.2.1 EXTRUSÃO DE FILME TUBULAR (BALÃO)
Conforme Roda (2012), na extrusão de filme tubular o material passa por uma matriz em forma de anel no eixo vertical. Em seguida, o mesmo passa por um jato contínuo de ar para formar o balão. Para ser bobinado, o material tem que antes passar por rolete localizados acima ou abaixo da matriz; de modo a achatar o filme. A velocidade da extrusora e o tamanho do balão influenciam diretamente na largura e na espessura do mesmo.
Extrusão ascendente pode ser entendida como um filme saindo através da matriz na parte inferior da máquina, e formando o balão em direção aos roletes, que estão na parte superior; assim resfriando o filme por meio do ar. Este tipo de processo é usado para os polietilenos.
Extrusão descendente é definida como um processo onde a matriz encontra-se no topo da estrutura da máquina, formando o balão para baixo, de modo a guiar o filme para os roletes e resfria-lo com água. A escolha da refrigeração por água é importante nessa técnica pois ela proporciona um rápido esfriamento com maior transparência do material. Tal processo é utilizado na maiora das vezes por polipropilenos.
A produção de roletes depende da sua função para o processo; se ele for móvel será feito de borracha, enquanto que se for fixo será em aço. Suas principais funções são: achatar, tracionar e eliminar bolhas de ar do filme. Para que o filme chegue frio na bobina é necessárioque cada rolete tenha pelo menos 2000 mm de distancia da matriz.
2.3 POLIETILENO
De acordo com o Portal São Francisco, o polietileno é obtido através da polimerização do gás eteno. Tal polímero é um termoplástico leve utilizado em sua maioria em embalagens e isolamento; o qual se subdivide em dois principais tipos: PEAD e PEBD.
Principais propriedades: Baixo custo, elevada resistência química, elevada resistência a solventes, baixo coeficiente de atrito, macio, flexível, fácil processamento, excelentes propriedades isolantes, baixa permeabilidade à água, atóxico, inodoro.
O PEBD é o resultado da extrusão de grânulos de eteno com baixa massa molar e a pressões e temperaturas altas. Ele se funde a uma temperatura entre 104ºC e 120ºC, e se carboniza a 300ºC. Apresenta aspecto translúcido e não é tóxico; além de ser insolúvel na água, portanto impenetrável pela mesma. 
Daniel Tietz Roda aborda que o PEAD é o resultado da extrusão de grânulos de eteno a baixas pressões e temperaturas (40°C a 150°C). Possui longas moléculas lineares e não apresenta ramificações; assim tendo maior mobilidade entre outras cadeias e participação na formação da região ordenada (cristal). Possui boa resistência a choques térmicos e baixas temperaturas; além de ser impermeável à água.
2.4 POLIPROPILENO
Ele é um plástico polimerizado a partir do gás propileno (ou propeno) sendo assim, ao lado do polietileno uma das principais poliolefinas existentes no mercado (RODA, 2010).
Acerca do polipropileno, Montenegro et al.(1996 apud OLIVEIRA, 2014, p.72) relata:
As principais características do polipropileno a sua alta aceitação e significativo crescimento são: alta rigidez, baixo peso específico (especialmente quando orientado), boa claridade e resistência às altas temperaturas (ponto de fusão de170°C); propriedades mecânicas adequadas quando reforçado, é suficiente para competir, em várias aplicações, com plásticos de engenharia de maior custo, boas propriedades que possibilita uma fácil moldagem por injeção, podendo ser estirado e orientado, fundamental para produção de fibras e filmes orientados. Se for levado em conta o fator densidade, o polipropileno é um dos materiais mais econômicos.
2.5 POLIACRILATO DE SÓDIO
Conforme Marconato e Franchetti (2002 apud OLIVEIRA, 2014, p.79), o PSA tem maior relevância entre os polímeros usados na fabricação das fraldas descartáveis; pois esse é o material responsável pela característica de absorção do produto. Para tal evento, o Poliacrilato de Sódio (PSA) equilibra a concentração de íons sódio dentro e fora do polímero, por meio da pressão osmótica advinda da diferença entre eles; isso ocorre graças ao mecanismo de absorção por osmose.
		A respeito da produção do	s polímeros superabsorventes, Irie et. al (1996 apud SUAREZ, 2014, p.10) expõe:
A produção dos polímeros superabsorventes inicia-se com uma solução aquosa, com uma concentração de 25 a 40% da massa, de monômero. A solução é arrefecida de 0 a 10 °C e transferida para o reator, que pode ser um reator de correia sem fim ou um amassador. No primeiro caso, a solução de monômero é derramada no início da correia e a polimerização é executada adiabaticamente, formando um gel duro como borracha. No fim da correia, uma extrusora corta o gel em pequenos pedaços, que posteriormente são secos. As partículas secas são moídas até atingir o tamanho de partícula desejado. No caso do amassador, a polimerização e o corte do gel são feitos em uma única etapa. Ambos os processos são utilizados em larga escala, produzindo-se até 100.000 toneladas de polímeros superabsorventes por ano. As partículas que são feitas utilizando estes processos têm uma forma irregular e parecem ser vidro quebrado, se observadas num microscópio.
3. RESULTADOS
 
Foi adquirido conhecimento tanto sobre o processo de extrusão tubular, quanto das características de cada polímero utilizado na fabricação das fraldas e absorventes. Entretanto, também é evidente que informações específicas a respeito dos mesmos só são encontradas em fontes bem aprofundadas, e não diretamente relacionadas com o tema. Por fim, essa pesquisa é importante, pois auxilia pessoas que não têm noções básicas sobre os assuntos nela analisados a terem uma melhor compreensão das utilidades dos polímeros em produtos da indústria.
4 CONCLUSÃO
A partir do desenvolvimento desse trabalho a respeito dos filmes plásticos para absorventes e fraldas descartáveis, puderam ser elaboradas explicações sobre os mesmos, e extrusão tubular, bem como suas características e composições.
Ao progredir com a pesquisa a respeito do processo de extrusão tubular, entende-se que ele consiste basicamente de um polímero que é comprimido por uma rosca dentro de um cilindro até passar por uma matriz. No caso do processo tubular, a mesma é em forma de anel.
Com o progresso da pesquisa em bibliotecas, sites e consultas com profissionais capacitados e qualificados, é possível observar e entender os processos relacionados aos filmes e suas aplicações, agregando diretamente nos conhecimentos obtidos no curso, bem como auxiliar as pessoas que não possuem conhecimento sobre o assunto.
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5 REFERÊNCIAS 
(ECYCLE) Absorventes descartáveis: história, impactos ambientais e alternativas. Disponível em: <http://www.ecycle.com.br/component/content/article/67-dia-a-dia/3989-absorventes-intimo-interno-externo-feminino-menstrual-diario-noturno-impactos-residuos-persistem-meio-ambiente-saude-mulher-infeccoes-sindrome-choque-toxico-alternativas-coletor-reutilizado-soft-tampom-absorvente-biodegradaveis.html>. Acesso em: 11 abr. 2017.
MORASSI, O. J. Polímeros termoplásticos, termofixos e elastômeros. São Paulo, SP, p. 10, 2013.
OLIVEIRA, J.M. Incorporação dos Resíduos Poliméricos da Produção de Fraldas Descartáveis em Polipropileno para a Confecção de Esquadros. São Bernardo do Campo, p. 74-79, 2014.
(PORTAL SÃO FRANCISCO). Disponível em: <http://www.portalsaofrancisco.com.br/meio-ambiente/polietileno>. Acesso em: 11 abr. 2017.
RODA, Daniel Tietz. A Extrusora e o Processo de Extrusão, 04 jun. 2012. Disponível em: <http://www.tudosobreplasticos.com/processo/extrusao.asp>. Acesso em: 11 abr. 2017.
RODA, Daniel Tietz. POLIPROPILENO (PP), 18 dez. 2010. Disponível em: <http://www.tudosobreplasticos.com/materiais/polipropileno.asp>. Acesso em: 10 abr. 2017.
RODA, Daniel Tietz. Polietilenos (PE), 29 mar. 2010. Disponível em: <http://www.tudosobreplasticos.com/materiais/polietileno.asp>. Acesso em: 10 abr. 2017.
SUAREZ, M. L. G. Polímeros Super Absorventes (PSA) como Agente de Cura Interna para Prevenir Fissuração em Concretos de Alta Resistência. Brasília, DF, p. 10, 2015.