Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
24-02-2017 Teoria da Constituição Classificação da constituição quanto ao modo de ser (ontológica) O teórico da classificação quanto ao modo de ser, Karl Loewestein, o critério de classificação do autor leva em consideração a eficácia das normas constitucionais perante a realidade da política de um Estado. Loewestein entende que as constituições devem servir, na essência, para limitar o poder político. Normativa Segundo o autor, as constituições normativas possuem validade jurídica, pois suas normas são frequentemente observadas por aqueles que exercem poder político, revelando um sentimento de absoluta reverência a constituição. Loewestein afirma que a constituição normativa corresponde a roupa que veste bem. Nominal Por sua vez, as constituições nominais, não tem validade jurídica, pois aqueles que exercem o poder político, descumprem suas normas frequentemente. O autor sustenta que estas constituições são editadas com uma certa precipitação, visto que as instituições políticas daquelas sociedades ainda não alcançaram um grau de maturidade suficiente para respeitar incondicionalmente as normas constitucionais, que pode vir a acontecer em um momento futuro. Loewestein diz que as constituições nominais correspondem a roupa que ainda não veste muito bem, mas que um dia poderá vestir. Semântica Por fim, o autor afirma que as constituições semânticas têm como objetivo único, legitimar juridicamente o exercício autoritário do poder. Trata-se de uma constituição a serviço do exercício abusivo do poder, e não uma constituição preocupada com a limitação do poder pelo direito. Loewestein afirma que as constituições semânticas são verdadeiros disfarces. Como exemplo de constituição semântica, podemos citar a constituição de 1937. A constituição brasileira de 1988 é considerada normativa (normalmente cobrado nas provas), mas há entendimento de que seja nominal a caminho da normativa. Neoconstitucionalismo 2.1 Constitucionalismo moderno O constitucionalismo moderno, inspirado nos ideais iluministas do século 18, correspondia a uma teoria voltada à organização do estado e a limitação do poder. Naquela época, havia uma dicotomia entre estado e sociedade. Logo, a constituição deveria estruturar o funcionamento do Estado e limitar o poder em benefício da sociedade 2.2 Constitucionalismo contemporâneo O Constitucionalismo contemporâneo, teorizado na segunda metade da década de 1940, (o marco fundamental é a constituição alemã de 1949) também se preocupa com a organização do Estado e com a limitação do poder. Todavia, a ideologia predominante consiste na substituição do estado legislativo de direito, baseado na lei e no princípio da legalidade, pelo estado constitucional de direito, baseado na constituição e no princípio da constitucionalidade. O neoconstitucionalismo propõe a superação dos paradigmas do constitucionalismo moderno. No constitucionalismo contemporâneo, a lei deixa de ocupar posição de centralidade do sistema, e passa a ser ocupado pela constituição, que vai irradiar suas normas e valores por todo o direito. Assim sendo, toda a interpretação do direito corresponde a uma interpretação constitucional. O neoconstitucionalismo supõe que a legitimidade de uma norma não depende unicamente da competência do órgão que a editou, mas sobretudo a correspondência do conteúdo da norma com normas, valores e opções políticas gerais e específicas da constituição
Compartilhar