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Parasitologia 2 - Arachnidas

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PARASITOLOGIA II 
 
CLASSE ARACHNIDA 
As primeiras características são a divisão do corpo em 
cefalotórax (praticamente é a peça bucal, região que realiza a 
fixação) e o abdome (globosa, toda a parte de sistema interno, 
útero, intestino, traqueias...) sendo esta região utilizada para 
diferenciar os sexos. Por exemplo, alguns carrapatos possuem 
uma placa nesta região quando machos e as fêmeas não 
apresentam. Olhos podem ser presentes ou ausentes, sendo 
que a maioria os apresenta (um olho comum), podendo ser 
usado na identificação de carrapatos, geralmente localizados 
na lateral do abdome. Todos são ápteros e áceros (sem 
antenas, sua parte sensorial fica por conta dos palpos, 
principalmente). As ninfas e adultos apresentam 4 pares de 
patas, já as larvas possuem 3 pares de patas, a respiração é 
traqueal ou cutânea e o abdome não é segmentado. 
 
Será estudada apenas uma ordem com 4 subordens diferenciadas de acordo com seu aparelho respiratório. 
 
ORDEM ACARI:​ Corpo globoso, não segmentado, convexo dorsal e plano ventral (varia de acordo com os estágios 
e sua alimentação); abdome fusionado ao cefalotórax, na sua metamorfose apresenta as fases de OVO -LARVA – 
NINFA – ADULTO. São parasitas durante qualquer fase de sua vida, parasitando mamíferos, aves, répteis e 
anfíbios. O corpo continua revestido por proteína, um tegumento cuticular mole ou quitinoso. Apresenta a cutícula 
com presença de espinhos, pelos e escamas. Além disso, esta ordem apresenta no final do cefalotórax uma região 
que é a base e poderá ser usada para diferenciar gêneros. A fixação das patas é feita pelas coxas na região do 
abdômen. 
 
Os ovos sempre estão no ambiente, com exceção dos ácaros que possuem os ovos nos animais. Estes ficam 
aglomerados, tendo um aspecto gosmento nos carrapatos e com uma coloração acastanhada. Se os ovos ficarem 
muito escuros ou muito claros e perder esse aspecto gosmento são ovos inférteis. 
 
Larvas são muito pequenas, ficando em baixo do pelo, parasitando o animal e podendo fazer a transmissão de 
agentes e por serem muito pequenas acabam sendo ignoradas. Quando a larva fica na vegetação fica movimentando 
o primeiro par de patas com a função sensorial para captar temperatura, oxigênio, tem noção pela sombra, um 
hospedeiro chegando, por exemplo, e com os outros 2 pares de patas (larvas com 3 pares de patas) irão fazer a 
fixação. 
 
Não apresentam um tempo médio de vida, isso vai depender da sua alimentação, podendo aguardar em jejum até que 
consiga encontrar um animal e possa evoluir, até 200 dias, por exemplo, então sua evolução irá ocorrer a partir de 
sua alimentação. A maioria das espécies possuem hospedeiros preferenciais, mas o carrapato, principalmente, irá 
parasitar outros animais quando necessário, esse é o caso do homem que não é preferencial de nenhum, porém pode 
ser parasitado. 
 
A fêmea é sempre mais importante, é quem se alimenta mais porque necessita de suporte para gerar os ovos. O 
macho tem importância também por parasitar, mas em situações como anemia estão mais relacionadas com a fêmea. 
Existem algumas espécies que realizam a partenogênese, mas a maioria das fêmeas necessita do macho. A vida da 
fêmea acaba no momento em que ela termina de botar os ovos no caso dos carrapatos. 
 
 
Nos animais os carrapatos tendem a ficar em regiões quentes e com pele mais fina, regiões mais escondidas e 
vascularizadas, evitando o dorso para que se protejam contra presas. Os ácaros de sarna são estruturas microscópicas 
então o local onde irá parasitar será diferente. 
 
Apêndices Cefálicos: ​Apresentam os ​palpos​ recobertos por cerdas com função sensorial, Medialmente a estas 
estruturas estão as ​quelíceras​, usadas para perfurar. Ventralmente pode-se enxergar o ​hipostômio ​que faz com que o 
Arachnida permaneça fixado no animal. Também apresenta dentes, e produz uma substância cementante que cela a 
fixação, por isso, ao arrancar o carrapato, muitas vezes vem um pedaço de pele ou este sai pela metade. 
 
Peças Bucais:​ adaptadas à succão de fluido, são formadas por duas quelíceras móveis com função de perfuração e 
pouca de função sensorial. Se não são utilizadas acabam atrofiando. Apresenta 1 par de palpos, lateralmente as 
quelíceras com função sensorial. O Hipostômio está entre as quelíceras e tem a função de fixação. A maioria dos 
animais tende a se alimentar de sangue ou secreções do corpo destes hospedeiros. Ele introduz as quelíceras que dão 
espaço, o palpo é enfiado na pele e então o hipostômio irá ficar fazendo a fixação. As fêmeas ainda apresentam uma 
região chamada de área porosa, mas a diferenciação entre os sexos é dada pelo escudo (metade na fêmea e inteiro no 
macho). 
 
Idiossoma:​ é uma peça única, com patas inseridas na face ventral (4 ou 3 pares), suas patas fixam-se no abdome 
pelas coxas, no tarso há vários artículos terminando em pelo, garras ou ventosas com pedicelo (no caso de 
carrapatos). O escudo é uma estrutura de quitina inteiriça dorsal, serve para dar proteção aos animais e fazer 
diferenciação sexual. Este apresenta um orifício genital, que é o primeiro, mais anterior. Na parte mais posterior 
encontra-se o orifício anal. As fêmeas apresentam um escudo pela metade, portanto seus olhos poderão ser um pouco 
menores, localizados bem no final deste escudo. Nos machos os olhos estão localizados mais lateralmente. 
 
O orifício genital será importante para a cópula e postura, na parte ventral e perto do gnatossoma as fêmeas 
apresentam o órgão de Gené que seria uma espécie de mão que empurra os ovos para fora (carrapatos). Nos 
carrapatos mais comum a cópula será no animal. Em volta do estigma (orifícios respiratórios) há uma placa de 
quitina funcionando como uma placa de proteção, podendo ser usado para diferenciar espécies. 
 
Importância:​ causam injúria direta, irritação, desvalorização do couro, anemia, inoculam toxinas (sua fixação pode 
apresentar até risco de morte em alguns carrapatos), podem transmitir vírus, riquétsias, bactérias e protozoários. 
Pode ocorrer lesões de couro, diminuição na produção. 
 
As subordens são diferenciadas pela presença e posição dos estigmas: 
➔ Subordem Astigmata ou Sarcoptiformes: ​sem orifício respiratório. Ácaros de sarna. 
➔ Subordem Prostigmata ou Trombidiformes:​ orifício respiratório próximo ao gnatossoma. Ácaros 
produtores de sarna ou não. 
➔ Subordem Mesostigmata ou Gamasida:​ orifício respiratório entre 2º e 3º par de patas. Não costumam ficar 
no animal, apenas quando se alimentam ficando muito tempo escondidos no ambiente. 
➔ Subordem Metastigmata ou Ixodídeos:​ orifícios respiratórios do 3º ou 4º par de patas (carrapatos). 
 
SUBORDEM METASTIGMATA: 
Dimensões grandes, visíveis a olho nu (as larvas são pequenas e sugam sangue e 
podem transmitir agentes então deve-se tomar cuidado), parasitam diversos tipos 
de animais. Apresentam um par de estigmas respiratórios laterais, sendo que estes 
podem estar localizados após o 3º (carrapatos moles - família Argasidae) ou 4º par 
(família Ixodidae) de patas. Possuem ​hipostômio com dentes​ recorrentes para 
fixação, sendo esta característica exclusiva da ordem. São parasitas obrigatórios, 
se por qualquer motivo não encontrar o hospedeiro, ciclo não segue e morre. Está 
 
sempre fixado no hospedeiro, porém, pode ser encontrado no solo ao fazer a muda ou solto nos pelos quando acabou 
de chegar no animal. 
 
A posição do Gnatossoma é importante para a diferenciação de famílias, 
sendo que este possui sua parte dorsal convexa com ou sem escudo. 
Novamente, a fêmea apresenta o ​órgão de Gené​, que auxilia na postura de 
ovos. Após o ânus, pode ter o sulco anal posterior ou anterior, e alguns 
macho apresentam placas adanais, podendo ser 1 par ou 2 pares. Olhos, 
quando presentes, estão situados nas bordas ântero laterais do escudo. A 
superfície é plana, 3 a 4 pares de patas, ânus situado no terçomediano 
posterior, orifício genital situado no terço mediano anterior. Possuem 
estruturas quitinosas, peritremas, envolvendo os orifícios respiratórios. 
 
FAMÍLIA IXODIDAE:​ Conhecidos como carrapatos duros, pois possuem escudo. Gnatossoma anterior, fêmeas 
apresentam áreas porosas na base do gnatossoma, há dimorfismo sexual acentuado, sendo a fêmea bem maior que o 
macho. Os estigmas respiratórios estão atrás do 4º par de patas. A ovipostura é feita de forma contínua e de grande 
número de ovos, após isto a fêmea morre. Apresenta um único estágio ninfal, ingestão de sangue copiosa, a cópula 
irá ocorrer no hospedeiro, mas o ovo é colocado no solo. 
Classificação​: 
- Monoxenos​ - quando usam um hospedeiro durante a vida toda. Quando a larva sobe em um hospedeiro, 
todo o ciclo ocorre neste animal, incluindo as ecdises e mudas. Ex: ​Anocentor nitens​, ​Rhipicephalus 
microplus​. 
- Dioxenos​ - A larva e a ninfa ocupam um hospedeiro, onde ocorre a primeira muda. Depois desce ao solo e 
realiza a segunda muda, quando adulto busca um novo hospedeiros. 
- Trioxenos​. Cada estágio ocorre em um hospedeiros e todas as mudas ocorrem fora do corpo do animal. Ex: 
Rhipicephalus sanguineus​; ​Amblyomma spp​. Não necessariamente são animais diferentes, mas precisa ir ao 
ambiente para fazer a muda e depois voltar pro animal. 
Subfamílias: ​Rhipicephalinae​ (​R. sanguineus, R. microplus​); ​Amblyomminae​ (​Anocentor nitens, Amblyomma spp, 
Haemaphysalis​); ​Ixodinae​ (​Ixodes​). 
 
Subfamília Rhipicephalinae​: podem possuir olhos localizados dorsalmente nas bordas do escudo, peças bucais 
curtas, macho possui placas adanais para fixação e suco anal posterior (depressão observada no tegumento do 
carrapato, após o ânus). Alguns machos e alguns gêneros apresentam placas adanais, onde observa-se uma parte 
mais grossa no tegumento ao redor do orifício anal, podem estar em pares. 
 
●​ Rhipicephalus sanguineus​: conhecido como “carrapato do cão”. São trioxenos. Pode parasitar felinos, ruminantes, 
aves… Até o homem, mas geralmente encontramos no cão. Fica escondido em frestas no ambiente. Possui a base 
gnatossoma hexagonal e pontiaguda, escudo não ornamentado (sem manchas, marcas ou cor), peritrema em forma de 
gota (às vezes visível na face ventral), coxas do mesmo tamanho. Os machos podem apresentar ​festões​, tanto na face 
dorsal quanto ventral. 
- Importância​: causa irritação, anemia, paralisia. Além disso, transmite ​Babesia canis, Ehrlichia canis, 
Rickettsia rickettsi, Hepatozoon canis, B. equi, B. caballi, B. bigemina, Anaplasma marginale​. 
 
CICLO​: Ocorre o período pré postura (PPP), onde a fêmea escolhe um lugar úmido, com luminosidade adequado 
etc, dura em média 6 dias. Após, ocorre o período de postura (PP), dura em média 15 dias, nesse período a fêmea 
deposita os ovos (em torno de 2k-3k) e morre. Ovo passa por um período de incubação (PI) dura em média 18 dias, e 
se forma a larva. Esta pode ficar no ambiente em jejum por até 250 dias. Há alimentação das larvas e período pré 
exúvia (PPE), que dura em média 10 dias. Há o período de exúvia (PE), dura em torno 2 dias e vira ninfa. Esta 
sobrevive até 180 dias em jejum. Quando encontra seu segundo hospedeiro, se alimenta em média 5 dias. Passa pelo 
PPE, ecdise, sobrevivência e alimentação do adulto (dura em média 9 dias). 
 
 
●​ Rhipicephalus (Boophilus) microplus​: monoxeno, conhecido como “carrapato do boi”, mas pode parasitar cães, 
outros ruminantes etc. Base gnatossoma hexagonal, arredondada, escudo não ornamentado, presença de olhos, 
peritrema circular. Não tem festões. O peritrema é circular e o macho tem prolongamento caudal pontiagudo e 2 
pares de placas adanais. 
- Importância: transmite​ Babesia bigemina, B. bovis​ e ​Anaplasma​. Irritação, anemia etc. 
CICLO​: No inverno é praticamente inexistente, pois abaixo de 15º não há eclosão dos ovos e menos que 5º nem há 
postura. Há o PPP, depois PP, fêmea morre, ovo fica no ambiente. PI = 18 dias. A larva é o primeiro estado 
parasitário que sobe no bovino, a partir disso, todos os estágios (alimentação da larva, PPE…) ocorrem no animal. 
 
Subfamília Amblyomminae​: Não possuem placas adanais, festões estão presentes, sulco anal posterior. Pode ou 
não apresentar olhos, rostro curto ou longo. 
● ​Anocentor nitens​: São monoxenos, conhecidos como “carrapato da orelha dos equinos”, pois parasita o pavilhão 
auricular de, preferencialmente, equinos. È semelhante ao ​R. microplus,​ porém mais escuro. Rostro curto e escudo 
não ornamentado. As coxas são bífidas, parecem ser cortadas e aumentam progressivamente de tamanho. Peritrema 
em forma de “disco de telefone”, mais avantajado. 
- Importância​: transmite ​Babesia caballi, B. equi​, causa irritação, anemia, perda na produção, predisposição à 
miíase etc. 
CICLO​: semelhante ao ​R. microplus​. Faz a fixação e todo os períodos ocorrem no equino. Após, se desprende e faz 
postura no solo. 
 
● ​Amblyomma spp​: No Brasil há 32 espécies que parasitam mamíferos, aves, répteis e anfíbios. São importantes: ​A. 
cajennense e A. aureolatum ​(cães domésticos e selvagens), pois estes são transmissores de ​Rickettsia rickettsii​, que 
causam febre maculosa. Características do gênero: rostro longo, base do gnatossoma paralela, escudo ornamentado 
(característico do Amblyomma). Atrás da última coxa temos o orifício respiratório. Peritrema em geral tem formato 
triangular ou em vírgula. Festões e olhos presentes. Todo Amblyomma é Trioxeno. 
● A. cajennense​ (​A. sculptum​): conhecido como “carrapato estrela”, “carrapato do cavalo”. Parasita equinos, 
possui pouca especificidade parasitária, sobretudo larvas e ninfas, que parasitam um grande número de 
animais domésticos, silvestres e, inclusive o homem. 
● Haemaphysalis leporispalustris​: conhecido como “carrapato do coelho silvestre”. Parasita coelhos silvestres, 
mas as larvas e ninfas podem atacar as aves. Já foi constatada em felinos e equinos. 
CICLO​: Ciclo normal de um trioxeno, há PPP, PP, PI sobrevivência, alimentação da larva, ecdise, sobrevivência, 
alimentação da ninfa, ecdise, sobrevivência e alimentação do adulto. 
 
Subfamília Ixodinae​: rostro/gnatossoma longo (peças bucais mais longas), sem olhos, macho possui a face ventral 
provida de placas. Sulco anal ​anterior​ ao ânus, peritrema em formato circular. 
● ​Ixodes spp: ​parasitam mamíferos e aves, importante pois são vetores de ​Borrelia, Babesia​ e algumas espécies tem 
toxinas que causam paralisia e morte. Pode ser trioxeno ou dioxeno. Escudo sem ornamentação, festões e olhos 
ausentes. 
 
FAMÍLIA ARGASIDAE​: conhecidos como “carrapatos moles” pela ausência de escudo dorsal. Apesar de não ter 
escudo o tegumento é bem rugoso, com áreas mais grossas, estriadas - chamado de mamilonado. Não possuem uma 
capacidade de alimentação grande, não regurgitam tanto. Na face dorsal podemos enxergar somente as patas saindo. 
O gnatossoma só é visto na face ventral (adultos e ninfas) ou anterior (nas larvas) e há uma faixa dividindo a face 
dorsal da ventral. Quando os olhos são presentes estão na face ventral. Coxas sem acessórios. 
 
Estigmas respiratórios entre as coxas III e IV. Apresenta dimorfismo sexual, porém pouco acentuado. Os machos 
apresentam orifício genital circular pequeno e mediano, já as fêmeas têm fenda, maior, entre as coxas II, além de não 
ter áreas porosas. A ovipostura é parcelada, poucos ovos e existem 2 estágios ninfais. Há ingestão de sangue 
moderada e a cópula é feita fora do hospedeiro. 
 
 
● ​Argas miniatus​: parasita aves (galinha, pato, pombo). Possui uma faixa clara mediana separando região ventral e 
dorsal. Adultos durante o dia escondidos nas frestas dos galinheiros sob pedaços de madeiras, frestas etc. Causa 
irritação, espoliação, anemia e baixa na produção, além de poderem transmitir agentes causadores de doenças, como 
Borrelia anserina​. Têm hábitos noturnos,adultos se alimentam por +- 30 minutos e voltam para o esconderijo, há 
cópula. Fêmea faz posturas parceladas, precedidos de alimentação. PI: 3 semanas. Larvas hexápodas alimentam-se 
por 5-10 dias. As larvas ingurgitadas abandonam a ave, fazem ecdise, viram ​protoninfa​ e depois​ deutoninfa​. Em 2 
semanas vira adulto. Ciclo completo em 2 meses. Larvas vivem até 3 meses, ninfas e adultos até 2 anos. 
 
● ​Ornithodorus spp.: ​“carrapato do chão”, com ou sem olhos, corpo espesso, oval, mais largo posteriormente. Não 
possui faixa clara mediana separando região ventral e dorsal. O tegumento é mamilonado, bem grosso, cheio de 
pontos. Parasitam mamíferos. Adultos vivem escondidos no solo, piso de estábulos, galpões etc. Para diferenciar 
macho e fêmea, teria que olhar o formato do orifício genital, pois não possui escudo. Possui ​5 estágios ninfais​, ciclo 
longo, de 6m a 1 ano. 
 
● ​Otobius spp.: ​tegumento granuloso no adulto, na ninfa está coberto por espinhos. Possui uma constrição na parte 
do abdômen, fazendo seu corpo ficar mais magrinho na parte posterior. Seus olhos são ausentes. 
- Otobius megnini​: parasitam ruminantes, equinos, caninos, felinos, suínos, animais silvestres, raramente 
homem e aves (não são seletivos). Larvas e ninfas são parasitas do pavilhão auricular. Adultos não 
parasitam, durante seu ciclo parasitário não ficam só no animal, prolongando seu ciclo (pode durar de 1-7 
meses). Vivem em esconderijos como galhos de árvores, onde ocorre a cópula e a postura. 
 
SUBORDEM ASTIGMATA (sarcoptiformes) 
Têm 4 pares de patas (composta de coxa, tarso, garra tarsal e pré-tarso), sendo o tamanho dessas importantes para 
diferenciação. Acoplados ao pedicelo, podem ter ventosas, responsáveis pela fixação. Tem também apódemas, uma 
extensão cuticular da coxa. 
 
Possuem palpos simples, quelíceras em pinças (bem especializada para rasgar e perfurar). Alguns podem ter ventosa 
copuladora. Não possuem estigmas ou com um sistema traqueal abrindo-se em áreas porosas situadas em várias 
partes do corpo. Seu corpo é pouco quitinizado, mais claro e mole. 
 
FAMÍLIA SARCOPTIDAE:​ composto de 3 gêneros, Sarcoptes, Notoedes e Cnemidocoptes. Possuem o corpo 
arredondado, rostro curto e largo e apresentam ​tocóstomo transversal​ (orifício presente na fêmea para postura de 
ovos). Há 4 pares de patas curtas, grossas e cônicas inseridas na porção ventral do idiossoma. O 1º e 2º par de patas 
ultrapassam os limites do corpo, enquanto o 3 e 4 são atrofiados e não ultrapassam. 
 
São ácaros pequenos, os machos são menores do que as fêmeas. Possuem pedicelo e ventosas em algumas patas, 
conforme o gênero. Na porção dorsal do idiossoma apresentam dilatações pontiagudas, os espinhos. Os machos não 
possuem ventosas copuladoras. É caracterizada por escavar galerias epidérmicas e viver ali, o que causa muita 
coceira, principal sinal clínico, levando à lesões secundárias (infecções bacterianas). 
 
● ​Sarcoptes spp.: ​são bem inespecíficos, parasitam diversos animais, humanos, cães, bovinos, ovinos… Possuem a 
face dorsal com espinhos e áreas triangulares pontiagudas dorsalmente na cutícula. Seu rostro é curto e cônico. Ânus 
terminal e ventosas ambulacrárias. Os machos não possuem ventosas copuladoras, margem posterior não bilobada. 
Localizam-se no tecido cutâneo e galerias intra-epidérmicas, onde as fêmeas colocam os ovos. Se alimentam de 
células e linfa. Seu ciclo inteiro dura de 10 a 15 dias. Contaminação ocorre por contato direto. 
 
● ​Notoedres spp.​: acomete principalmente gatos, coelhos e ratos, parasitando o pavilhão auricular causando​ sarna 
notoédrica​. Face dorsal com escamas moles e espinhos finos e longos. Seu ânus é dorsal e possuem ventosas 
ambulacrárias. Machos são avermelhados. Rostro curto e largo, 4 pares de patas curtas, grossas e cônicas. 
 
 
● Knemidokoptes spp​.: parasitos de aves, principalmente galinhas. Face dorsal nua sem espinhos e áreas triangulares, 
possuem estrias e escamas irregulares. Possuem 2 cerdas posteriores.Na região anterior, abaixo do rostro há apódema 
em forma de lira. A fêmea não possui ventosas e os machos têm ventosas em todas as patas. Ânus subterminal. 
 
FAMÍLIA PSOROPTIDAE​: Corpo ovóide, sem estrias, sem espinhos e sem áreas triangulares dorsais. Possui 
rostro longo e cônico, bem desenvolvidos, além de patas grandes e mais longas. O macho tem o 4º par de patas 
menor que o 3º. Há ventosas com pedicelo longo e triarticulado ou pedicelo curto e simples, porém os machos 
apresentam ventosas copuladoras adanais e com prolongamentos. Vivem na superfície pele sem cavar galerias, 
gerando formação de nódulos, pústulas e descamação desta. Contaminação por contato direto e é frequente a 
contaminação bacteriana. 
 
● Psoroptes spp.​: causam a​ sarna psoróptica​. São específicos conforme a espécie, podendo parasitar diversos 
animais, porém não parasitam cão, gato e homem; Rostro longo e cônico, patas longas e espessas. Possuem pedicelo 
longo e triarticulado, ânus terminal. Macho possuem o 4º par de patas menor, com ventosas copuladoras e 
extremidade posterior com bilobulação média. As fêmea possuem ventosas no 1º, 2º e 4º par de patas, enquanto o 
macho no 1º, 2º e 3º. O orifício genital da fêmea forma um “​⋂​” - U invertido. 
 
● Chorioptes sp.​: Acometem principalmente bovinos, causando​ sarna corióptica​. São menores que o Psoroptes, 
possuem rostros curto e côncavo, levemente cônico. Não possuem espinhos. Patas longas e espessas, porém com 
pedicelo curto e simples (não segmentado). Macho possuem 2 lóbulos bem acentuados (lobos opistossomais) e com 
ventosas nos 4 pares de patas. As fêmeas não possuem ventosas 3º par de patas. Também não fazem galerias, as 
peças bucais não perfuram a pele (removem debris), localizam-se principalmente nas pernas, cauda e pescoço. Causa 
uma sarna menos severa que o Psoroptes. 
 
● Otodectes spp​.: O. cynotis, causa a​ sarna otodécica​, atinge conduto auditivo de cães. Pedicelo curto e simples. 
Macho possuem ventosas em todos os pares de patas, e tem extremidade posterior bilobada, com presença de 
ventosas copuladoras adanais. Já as fêmeas possuem ventosas no 1 e 2º pares de patas, e têm o 4º par de patas 
atrofiado. As quelíceras são adaptadas para mastigação, vivem na superfície, pois também não formam galerias. 
A transmissão ocorre por contato direto ou das fêmeas infestadas para os filhotes. Causa muito prurido, inflamação 
da pele, otite e outras infecções secundárias. Dependendo da severidade da infecção, o animal pode passar a andar 
em círculos e até levar a surdez. 
 
Diferenças Sarcoptes Psoroptes 
Corpo Arredondado Oval 
Patas Curtas, grossas e cônicas Longas e espessas 
Rostro Curto e largo Comprido e cônico 
Patas 3ºpar de patas é atrofiado Fêmeas tem 3 e 4º pares do mesmo 
tamanho, Machos 4ºpar atrofiado 
Espinhos Dorsalmente Sem espinhos 
 
A principal diferença das subordens pra diferenciação é a localização do estigma. 
 
SUBORDEM MESOSTIGMATA 
Ácaros um pouco maiores que os astigmatas, com corpo deprimido. Seus 4 pares de patas são do mesmo tamannho. 
Possuem escudo dorsal e placas ventrais, que ajudam a diferenciar as famílias e gêneros. Há placa anal (quitinosa na 
 
face ventral posterior, localizada no ânus na placa anal - 3 cerdas), esternal (quitinosa na parte ventral anterior, com 
2 pares de cerdas), e genitoventral (quitinosa na superfície ventral, 1 par de cerdas e 2 orifícios). Seu corpo é repleto 
de cerdas (espinhos) nas placas, que também auxiliam na diferenciação de espécies. Peritrema lateralmente. Possuem 
palpos compostos de 5 segmentos, quelíceras grandes constituídas de 3 segmentos, gnatossoma comprido\alongado, 
1 par de estigmas lateralmente, no nível das coxa II e coxa III. Podem ser de vida livre ou parasitas internos. 
 
 
FAMÍLIA DERMANYSSIDAE:​ patas semelhantes nos machos e fêmeas, sao robustas e alongadas, todas do 
mesmo tamanho,terminadas com pulvilo e duas garras. Nos machos as quelíceras são em pinca, nas fêmeas é em 
estilete e terminado em pinça. Possuem uma abertura anal no terço posterior do escudo anal, e há um escudo 
genitoventral na região anterior. 
 
● Dermanyssus spp.​: Corpo oval, extremidade posterior mais larga que a anterior, idiossoma com poucos pelos, 
patas robustas e semelhantes em tamanho, escudo dorsal mais estreito posteriormente e mais largo anteriormente, 
terminando de forma arredondado. Gnatossoma alongado. Antes de se alimentar tem coloração esbranquiçada, após, 
ficam avermelhados\pretos, é conhecido como ácaro vermelho. Parasitam principalmente galináceos, mas também 
raramente mamíferos (inclusive o homem). Localizam-se na pele, no conduto auditivo, porém somente a noite, pois 
durante o dia ficam escondidos em frestas, etc. 
 
CICLO: Fêmea e macho realizam cópula, fêmea deposita ovos em frestas (pode ocorrer de forma sucessiva), que 
eclodem e liberam uma larva. Esta não se alimenta, fica escondida. Após 1-2 dias, vira protoninfa, que já sai a noite 
para se alimentar. Após uns dias faz a muda para deltoninfa e, depois, adulto. O escudo dorsal só está presente no 
adulto, este não está presente nas ninfas e larvas. Duração total em torno de 7 dias, porém mais longo no inverno. 
Podem ficar até 6 meses sem hospedeiro, portanto, sem se alimentar. 
 
Importância​: o Dermanyssus pode ser portador do Vírus da Encefalite Equina, alguns autores dizem que essa 
transmissão ocorre de forma transovariana. 
 
 
FAMÍLIA MACRONYSSIDAE:​ possui o escudo genitoventral mais afilado, não é tão arredondado. Seu escudo 
dorsal é mais afilado posteriormente, sua abertura anal fica na região anterior do escudo anal. Suas quelíceras são 
terminadas em formato de pinças. 
 
● Ornithonyssus spp.:​ Patas e quelíceras longas com bifurcação (quelas ou pinças), corpo oval de cor branca a 
preto-avermelhado após alimentação. Possui escudo dorsal (pontiagudo posteriormente), gênito-ventral (estreito na 
região posterior), anal (forma oval, ânus localizado na região ​anterior​ do escudo). Peritrema alongado. 
- O. bursa:​ escudo dorsal bem afilado. 3 pares de cerdas dentro da placa esternal. 
- O. sylviarum:​ escudo dorsal mais arredondado. Possui 2 pares de cerdas na placa esternal e 1 par fora da 
placa. 
 
CICLO: Faz todo o seu ciclo no hospedeiro, localiza-se principalmente na região da cloaca, que fica com aspecto de 
suja. São hematófagos e podem sobreviver até 2 meses sem alimentação. A postura de ovos pode ocorrer nas aves ou 
nos ninhos, estes são brancos e pegajosos, feitos em postura parcelada. A eclosão dos ovos ocorre 1 ou 2 dias após a 
postura. As larvas hexápodas não se alimentam, fazem muda pra protoninfa, que se alimenta de sangue. Faz muda 
para deltaninfa, sendo que esta ​não​ se alimenta. Muda para adulto, fêmea faz postura. Ciclo dura de 7 a 10 dias. 
 
FAMÍLIA VARROIDAE:​ parasitas de abelhas. Em 95 quase exterminou as abelhas nos EUA, a larva da abelha 
morre ou sofre alguma disfunção devido à alimentação do ácaro com hemolinfa. 
 
● Varroa spp.:​ escudos desenvolvidos quitinizados com muitos espinhos. Patas bem desenvolvidas e com ventosas. 
Possui o corpo mais largo do que longo. Escudo dorsal com muitos espinhos, gnatossoma alongado, 4 patas robustas 
do mesmo tamanho, com ventosas. Há também escudo anal, genitoventral e esternal. O orifício anal fica mais na 
região posterior. 
FAMÍLIA RAILLIETIA​: não se sabe se a alimentação é por sangue, linfa ou cerume. 
● Raillietia spp.:​ São parasitas do ducto auditivo externo. Possuem escudo dorsal sem forma, e há presença de placa 
anal. Escudo genitoventral com 1 par de cerdas, também sem muita forma definida. Escudo esternal com 3 pares de 
cerdas dentro dele. Seu gnatossoma é um pouco ventral, palpos também com 5 segmentos. Possuem quelíceras em 
forma de pinça e garras na região do tarso, que pioram a lesão na hora da alimentação. 
 
CICLO: Larvas não se alimentam. A fêmea, machos e larvas ficam no ouvido externo do animal, ou seja, a postura e 
eclosão ocorrem ali. A larva desce ao meio ambiente, faz a muda para proto e depois deutoninfa. Quando muda para 
adulto, este sobe, ficando no animal. 
 
FAMÍLIA RHINORICIDAE: ​utiliza-se a forma do escudo opistossomal para diferenciar espécies. Corpo oval, 
patas longas todas do mesmo tamanho. 
● Sternostoma spp.: ​gnatossoma quase ventral, a placa podossomal é pentagonal a triangular, placa opistossomal 
alongada, placa esternal retangular, e ânus terminal com pequena placa. Possui um par de garras na região do tarso 
em todas as patas. Parasitam vias respiratórias de aves, podendo ser encontrado no pulmão, saco respiratórios e 
traqueia. Alimentam-se de sangue. 
 
CICLO: ocorre todo no hospedeiro, fêmea faz a postura de ovos no pulmão, que eclode para larva (não se alimenta), 
fazendo muda para protoninfa (se alimenta) e deutoninfa (não se alimenta) e em seguida adultos (se alimenta). A 
fêmea faz a postura de ovos já larvados. 
 
SUBORDEM PROSTIGMATA (trombidiformes) 
Possui 2 famílias importantes, sendo estas a Demodicidae e Trombiculidae. Corpo alongado, tegumento mole, 
quelíceras em estiletes, palpos bem desenvolvidos, ausência de escudo esternal. 
 
 
FAMÍLIA DEMODICIDAE:​ são muito pequenos, acomete principalmente cães. Estão normalmente no pelo dos 
animais, mas causam doença em situações de imunossupressão. Seu abdome é alongado e transversalmente estriado. 
O adulto possui 4 patas curtas e do mesmo tamanho. Pode não ter estigma ou par próximo ao gnatossoma. 
 
● Demodex spp.: ​corpo parece estar dividido em cabeça, tórax e abdômen. Gnatossoma rostro grande e saliente, 
quelíceras em estiletes aderidas aos palpos, que são bem desenvolvidos. Podossoma com a cutícula lisa e 
opistossoma com a cutícula estriada transversalmente (aspecto anelado). Orifício genital feminino ventralmente em 
fenda longitudinal entre o IV par de patas. Orifício genital masculino ventral, emergindo dele o pênis entre o I e II 
par de patas. Parasita diversos mamíferos, principalmente os cães. São parasitos dos folículos pilosos, gl sebáceas e 
linfonodos subcutâneos de mamíferos, deixam pele com aspecto áspero e podem predispor à infecção bacteriana. 
 
CICLO: ocorre todo no hospedeiro, no folículo piloso. É feita a postura de ovos, eclode a linfa, faz a muda para 
protoninfa, deutoninfa e adulto, todos se alimentam. Adultos saem na superfície da pele para realizar a cópula. Dura 
em torno de 18-24 dias. 
 
FAMÍLIA TROMBICULIDAE:​ grandes, visíveis a olho nu. Só a larva é parasito, ninfas e adultos são de vida 
livre. As larvas possuem muitas cerdas nas patas, escudo dorsal simples, seus palpos apresentam 5 segmentos, 
quelíceras pontiagudas. Adultos e ninfas com idiossoma com formato oval. Escudo com cerdas ramificadas. 
Tegumento é densamente recoberto por cerdas, dando ao ácaro uma aparência aveludada. Coloração característica 
alaranjada. Pode acometer qualquer espécie animal, inclusive o homem. 
 
CICLO: adultos fazem a postura no meio ambiente, eclode gerando uma larva. Quando passa um hospedeiro, esta 
sobe e se alimenta, ficando lá por em torno de 15 dias. Desce ao ambiente e faz suas mudas até adulto, sendo que 
estes se alimentam de matéria orgânica ou pequenos aracnídeos. O ciclo completo dura de 2 meses a 1 ano.

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