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Geologia Estrutural 45 CAP. 5 - ANÁLISE DA DEFORMAÇÃO 5.1 - Teoria da Deformação Descontínua 5.1.1 - Introdução O estudo da deformação descontínua tem, nas últimas décadas, adquirido uma importância muito grande na aplicação dos fundamentos da Geologia Estrutural em diversas áreas do conhecimento humano e de interesse social: mineração, engenharia civil, problemas ambientais e de ocupação do meio físico, prospecção hidrogeológica, sismologia, etc. Diversos experimentos de laboratório tem permitido significativos avanços no entendimento dos processos relacionados ao fraturamento de corpos rochosos. Novas abordagens têm sido introduzidas pelos estudos de fraturamento hidráulico, relacionados à energia geotermal e à exploração de combustíveis fósseis. É necessário, em primeiro lugar, que se entenda os fundamentos dos mecanismos de ruptura, os quais já foram objeto de discussões em capítulos anteriores. Já foi visto que as rupturas ocorrem, em experimentos de laboratório, quando os esforços aplicados ultrapassam os limites de elasticidade dos corpos rochosos, podendo passar por um campo, de variável extensão, de deformação plástica. Deve-se recordar, também, que existem, experimentalmente, dois valores de esforço limites na relação stress-strain: • yield stress: limite de elasticidade do material • failure stress: limite de ruptura do material (brittle strenght) 5.1.2- O fraturamento e suas relações com o esforço Estudos experimentais sobre materiais isotrópicos (Figs. 3.1 e 3.2 de Nicolas) permitem visualizar o desenvolvimento de fraturas e sua relação com as pressões. Analisando a Figura 3.1, nota-se que: • fraturas de tensão aparecem, paralelas ao eixo do cilindro (σ1), para valores de esforço de 0.1 Mpa (Fig. 3.1a); • fratura isolada, de cisalhamento, aparece inclinada ao eixo do cilindro (σ1), com movimentação paralela à superfície da fratura, para valores de stress de 3.5 Mpa (Fig. 3.1b); • fraturas conjugadas aparecem, para valores de esforço de 100 Mpa (Fig. 3.1c), simetricamente inclinadas ao eixo do cilindro (σ1), formando com este um ângulo que aumentará progressivamente até um valor máximo de 450; • para maiores valores de esforço, a deformação se torna penetrativa para a escala de observação: em escala mesoscópica, assemelha-se à deformação dúctil, porém em escala microscópica a deformação é produzida por movimentos descontínuos. Prof. M. Matta & F. Matos - DGL-CG/UFPA Geologia Estrutural 46 A Figura 3.2 mostra que, com o aumento da pressão de confinamento, tanto o limite do campo elástico como o campo da deformação dúctil aumentam. 5.1.3- O fraturamento e suas relações com a profundidade Em ensaios de laboratório é possível ser calculado o esforço cisalhante (shear stress) correspondente ao ponto de ruptura de um material sob investigação, com o Prof. M. Matta & F. Matos - DGL-CG/UFPA Geologia Estrutural 47 aumento da pressão de confinamento. Isso pode ser feito através de diagramas como o da Figura 3.2, mencionada anteriormente, ou pelo diagrama de Mohr estudado no capítulo anterior (Fig. 2.16- Nicolas) Para materiais isotrópicos, é possível se estabelecer uma curva experimental de ruptura para um material, medindo a resistência máxima do mesmo sob diferentes profundidades em rochas secas. Essa curva, já mencionada no capítulo anterior, é chamada de envoltória de Mohr, e representa os esforços cisalhantes máximos suportados por um material no momento da ruptura. 5.1.4- Fraturamento em presença de pressão de fluido Em condições naturais as rochas têm fluidos nos poros. Esses espaços podem ser primários (vesículas, espaços intergranulares em rochas sedimentares, etc.) ou induzidos por deformação (microfissuras, fraturas, falhas, etc.) A pressão hidrostática esperada nos poros de uma rocha à uma profundidade qualquer, é a pressão de uma coluna d’água que se estenderia daquela profundidade até a superfície. Assim a pressão hidrostática no poro, em qualquer profundidade, seria da ordem de 40 % da pressão litostática, tomando o valor médio da densidade da coluna de 2,5 g/cm3. Pressões de poros maiores que a hidrostática podem ser geradas por diversos mecanismos, tais como: desidratação rápida de sedimentos por soterramento ou por efeito tectônico, desidratação de minerais por metamorfismo, etc. Prof. M. Matta & F. Matos - DGL-CG/UFPA Geologia Estrutural 48 A Fig. 3.7 - Nicolas mostra o efeito da pressão parcial de fluido sobre o fraturamento. Se uma pressão de fluido for criada no meio, o centro do diagrama de Mohr, representando o estado de esforço na ausência de pressões de fluido, se move para a esquerda ao longo do eixo das abcissas (esforço normal). Esse movimento é caracterizado na Fig. 3.7 pelo valor PF. Como um resultado dessa variação, o círculo do diagrama de Mohr representando o estado de esforço na presença de fluido tocará a curva da envoltória de Mohr e a ruptura do material pode ser prevista. Se, no estado inicial, o raio do diagrama de Mohr for grande, um pequeno aumento na pressão de fluido será suficiente para causar a ruptura, movendo o círculo de Mohr para o contato com a envoltória em um ponto onde a inclinação da curva é baixa (Fig. 3.7a). O ângulo α é então grande e o fraturamento ocorre por cisalhamento. Se, ao contrário, o raio inicial for pequeno, a pressão de fluido deverá ser tal que se aproxime da pressão confinante para causar o fraturamento. Nesse caso o deslocamento do círculo representativo será significante e o mesmo tangenciará a envoltória perto de sua origem, numa região de inclinação forte da curva. O ângulo α será pequeno e o fraturamento será por extensão e não mais por cisalhamento (Fig. 3.7b). Portanto, rochas porosas, onde reações de desidratação ou fusões parciais produzem uma pressão de fluido próxima da pressão sólida, podem chegar ao fraturamento qualquer que seja a profundidade. Quando os fluidos influenciam o processo, o fraturamento não está restrito à baixas profundidades. 5.1.5- Transição frágil-dúctil A maioria das rochas possuem microcavidades ou fissuras. Se forças agem sobre elas, os esforços se concentram nas terminações dessas cavidades. A partir Prof. M. Matta & F. Matos - DGL-CG/UFPA Geologia Estrutural 49 desses locais se propagarão microfraturas, principalmente paralelas à direção do eixo de maior esforço (σ1), como mostrado na Fig. 3.9 - Nicolas. O número de microfraturas e suas dimensões tendem a aumentar com o aumento da pressão confinante. Aumentam também, gradativamente com a pressão confinante, o ângulo formado pelas fraturas e o eixo maior do esforço (σ1). A ruptura ocorre quando as microfissuras se juntam para formar fraturas contínuas no material. Com o aumento da pressão confinante, começam a aparecer os primeiros sinais de deformação plástica (slip, twining, kinking, etc.) Portanto as rupturas em altas pressões de confinamento são precedidas de um período de lenta propagação de fraturas e por comportamento plástico. Com o estabelecimento do fraturamento vêm os líquidos que exercem um papel importante, modificando as condições físicas do meio e introduzindo a deformação dúctil. 6.1.6- Estruturas geradas 6.1.6.1- Introdução As manifestações mais comuns da deformação descontínua incluem a geração de falhas e fraturas, que se diferenciam pela intensidade dos deslocamentos. As estruturas descontínuas caracterizadas por nenhum ou quase nenhum deslocamento paralelo à superfície são as juntas e fraturas. As falhas, por sua vez, correspondemàquelas descontinuidades com razoáveis deslocamentos paralelos às superfícies. Prof. M. Matta & F. Matos - DGL-CG/UFPA Geologia Estrutural 50 Nesse item serão analisados os principais elementos geométricos das estruturas descontínuas, suas principais terminologias, classificações, interpretações, aplicações e relevância do estudo. 6.1.6.2- Relevância do estudo da deformação descontínua Como já mencionado anteriormente, o estudo da deformação descontínua representa um papel importante na aplicação da geologia estrutural em diversos campos do conhecimento humano, se constituindo, portanto, em uma relevante ferramenta acadêmica dentro do contexto social. Como exemplos dessas aplicações podem ser citados: Construção civil: as estruturas descontínuas são muito úteis no estabelecimento da principais direções de fraqueza de maciços rochosos e na determinação de fatores de segurança de obras de engenharia (pontes, barragens, etc.). Ex.: UHE de Tucurui. Geologia econômica: as estruturas rúpteis são importantes palcos de percolação de soluções mineralizantes na formação de diversos depósitos minerais. Além disso, o fraturamento tende a aumentar as porosidades efetivas dos corpos rochosos, contribuindo sobremaneira para a acumulação de hidrocarbonetos e água subterrânea. Geologia regional: o estudo das estruturas descontínuas contribui para o entendimento dos aspectos geométricos da deformação de uma dada área, do seu arranjo estratigráfico e do sistema de esforços responsáveis pela arquitetura tectônica regional. Essas informações são de suma importância no entendimento dos processos que atuaram na edificação de importantes setores crustais. 6.1.6.3- Estudo das falhas 6.1.6.3.1- Elementos geométricos: descrições e definições (Fig. 5.1) 1- Superfície de falha: é a superfície de descontinuidade ao longo da qual os blocos se movimentam; 2- Traço de falha: é a projeção da superfície de falha na superfície do terreno. É a linha de representação da falha em mapas; 3- Escarpa de falha: parte da superfície de falha que se projeta na superfície; 4- Flats: patamares, porções horizontalizadas das superfícies de falhas; 5- Ramps: rampas, porções mais inclinadas das superfícies de falhas; 6- Cut of line: linha de corte, interseção de elementos de referência (camadas, veios, etc.) com a superfície de falha. É o traço desses elementos sobre o plano de falha; 7- Tip line ou tip point: linha ou ponto de terminação da falha. O tip point é a projeção da tip line na superfície; 8- Teto e piso (capa e lapa): o teto é o bloco sobre a superfície da falha (no sentido do mergulho da falha) e piso é o bloco abaixo da falha; 9- Estrias de falha: linhas (lineações) que podem marcar a superfície da falha durante a movimentação. Indicam a direção do movimento; Prof. M. Matta & F. Matos - DGL-CG/UFPA Geologia Estrutural 51 10- Fibras: minerais fibrosos que podem se cristalizar nas superfícies das falhas em função das modificações de P e T; 11- Ressaltos: pequenos dentes gerados sobra a superfície da falha durante a movimentação dos blocos. São úteis na interpretação do sentido da movimentação; 12- Slickenside: o conjunto do plano de falha com as estrias, ressaltos, etc.; 13- Throw e heave: o throw é a componente vertical e o heave é a componente horizontal do rejeito da falha, ambos medidos sobre o plano da falha; 14- hade: é o complemento do ângulo de mergulho do plano de falha. Fig. 5.1 - Alguns elementos geométricos das falhas. (a) bloco diagrama mostrando teto, piso, escarpa de falha (E.F.), cut of line (C.O.L.), flat (F) e ramp (R); (b) tip point e tip line; (c) heave (h) e throw (v). 6.1.6.3.2- Classificações Várias propostas de classificação das falhas têm sido divulgadas na literatura. Aqui serão abordadas apenas algumas dessas classificações, as de caráter mais descritivo e relevantes para o objetivo desse estudo. Classificação de Anderson Prof. M. Matta & F. Matos - DGL-CG/UFPA Geologia Estrutural 52 Trata-se de uma classificação baseada na relação das falhas com o elipsóide de esforço à elas associados. A Fig. 7.34 (Hobbs) descreve os pontos fundamentais dessa proposta: Falhas normais (normal faults): vertical = σ1 horizontais = σ2 e σ3 Falhas inversas (reverse fauts): vertical = σ3 horizontais = σ1 e σ2 Falhas transcorrentes (transcurrent faults): vertical = σ2 horizontais = σ1 e σ3 Classificação geométrica: baseada na relação com os esforços aplicados Falhas extensionais = falhas relacionadas a esforços distensivos Prof. M. Matta & F. Matos - DGL-CG/UFPA Geologia Estrutural 53 Falhas de contração = falhas relacionadas a esforços compressivos Falhas direcionais = falhas associadas a movimentação lateral sinistrais (levógeras) : associadas a binários anti-horários dextrais (destrógeras) : associadas a binários de sentido horário Classificação baseada na direção do movimento (estrias) Fig.5.2. Falhas de rejeito direcional (transcorrentes): movimentação paralela ao plano da falha Falhas de rejeito de mergulho: movimentação paralela ao mergulho do plano de falha Falha de rejeito oblíquo: movimentação em direção intermediária entre a direção e o mergulho do plano de falha. Fig. 5.2 – Direções das estrias indicando falhas de rejeito direcional (1), de rejeito de mergulho (2) e de rejeito oblíquo (3). Classificação baseada no sentido do movimento (Fig. 5.3) Falhas normais : o teto desce em relação ao piso Falhas inversas : o teto sobe em relação ao piso Falhas direcionais = movimentos horizontais sinistrais (levógeras) : movimento no sentido anti-horário dextrais (destrógeras) : movimento no sentido horário Prof. M. Matta & F. Matos - DGL-CG/UFPA Geologia Estrutural 54 Fig. 5.3 - Classificação de falhas em relação ao sentido do movimento. (a) falhas extensionais ou normais, (b) falhas de contração ou inversas, (c) falha direcional sinistral e (d) falha direcional dextral. Classificação quanto à inclinação do plano de falha Falhas verticais (Fig. 5.4 a) Falhas de alto ângulo (600 - 900 ) (Fig. 5.4 b) Falhas de médio ângulo (300 - 600 ) (Fig. 5.4 c) Falhas de baixo ângulo (00 - 300 ) (Fig. 5.4 d) Falhas horizontais (Fig. 5.4 e) (a) (b) (c) (d) (e) Fig. 5.4 – Classificação de falhas baseada na inclinação do plano de falha. Classificação quanto à retilineidade do traço da falha (em seção) - Fig. 5.5 Falhas retas: a superfície de falha é plana e o traço da falha em seção é reto Falhas lístricas: a superfície da falha é ondulada e o traço da falha em seção é curvo Prof. M. Matta & F. Matos - DGL-CG/UFPA Geologia Estrutural 55 Fig. 5.5 - Falha reta (a) e falha lístrica (b). Obs.: As falhas retas normalmente estão associadas à homogeneidade do campo reológico e são rasas, enquanto as falhas lístricas são produto da heterogeneidade do campo reológico (profundas) 6.1.6.3.3- Deslocamentos das Falhas Os movimentos ao longo de planos de falhas podem ser translacionais (t) ou rotacionais (r), dependendo do fato de que as linhas retas situadas nos blocos opostos da superfície de falha e que eram paralelas antes do falhamento conservem (t) ou não conservem (r) esse paralelismo depois do falhamento. Na natureza, via de regra, todas as falhas possuem os dois movimentos combinados. Se o movimentorotacional for muito pequeno ele pode ser desprezado por comparação com o translacional. Prof. M. Matta & F. Matos - DGL-CG/UFPA Geologia Estrutural 56 O rejeito de uma falha é o movimento relativo de pontos previamente adjacentes nos lados opostos da superfície de falha, sendo medido sobre essa superfície. Pode-se enumerar diversas componentes do rejeito da falha e a Fig. 8.4 (Ladeira) resume essas nomenclaturas. 6.1.6.3.2- Feições Associadas às Falhas (Fig. 5.6) ? Roll over → antiforme formado no bloco do teto pelo movimento da falha; ? Horse → é uma fatia aprisionada entre duas falhas convergentes; ? Hangingwall sinform (sinforme do teto) → sinforme localizado no teto da falha normal e criado pela rotação dos blocos; Prof. M. Matta & F. Matos - DGL-CG/UFPA Geologia Estrutural 57 ? Detachment fault → superfície de movimentação principal, localizada na porção mais profunda dos blocos, para onde convergem as falhas menores; ? Decollement fault → falha de descolamento. Mesma definição do detachment, para o caso de existir um controle reológico no desenvolvimento da falha; ? Estrutura duplex → estrutura formada por falhas isoladas por duas falhas maiores denominadas falha do teto (roof fault) e falha do assoalho (floor fault); ? Back thrust → retro empurrão, empurrões que se desenvolvem em sentido contrário ao empurrão principal; ? Estrutura pop up → fatia crustal separada por uma falha inversa e um retro-empurrão (falhas divergentes); ? Zona triangular → fatia crustal isolada entre duas falhas inversas e um retro-empurrão; ? Thrust sheets → lasca de empurrão ou escamas de empurrão, fatias isoladas entre duas falhas inversas; ? Thrust nappes → napes de cavalgamento, lascas de empurrão alóctonas, com deslocamentos superiores a 10 km; ? Leque imbricado → conjunto de falhas inversas que convergem para baixo e se abrem para cima. Na base, normalmente, ocorre uma zona de deslocamento; ? Blind thrust → empurrões cegos, zonas de empurrão que não alcançam a superfície do terreno. Prof. M. Matta & F. Matos - DGL-CG/UFPA Geologia Estrutural 58 Fig. 5.7 - Algumas feições associadas às falhas e associações de falhas. Outras associações de falhas Fig. 5.8 - Estruturas imbricadas. Leque imbricado de ponta (leading imbricate) e leque imbricado de cauda (trailing imbricate) Prof. M. Matta & F. Matos - DGL-CG/UFPA Geologia Estrutural 59 Fig. 5.9 - Estrutura de horst e graben com falhas retas. Fig. 5.10 - Graben simétrico. Fig. 5.11 - Estrutura de hemi-graben. Prof. M. Matta & F. Matos - DGL-CG/UFPA Geologia Estrutural 60 Fig. 5.12 - Sistema de falhas sintéticas. Propagação no sentido do piso. Fig. 5.13 - Sistema de falhas antitéticas. Falhas se desenvolvem no sentido do teto. Prof. M. Matta & F. Matos - DGL-CG/UFPA Geologia Estrutural 61 Fig. 5.14 - Sistema de falhas em dominó. 6.1.6.3- Estudo das Juntas 6.1.6.3.1- Conceito: Juntas são fraturas que se apresentam obedecendo um arranjo regular através de superfícies paralelas ou subparalelas, ao longo das quais a movimentação é desprezível. Sistema de Juntas: duas ou mais famílias de juntas intercruzadas, isolando blocos poliédricos, cujas formas e dimensões dependem das orientações e espaçamentos entre as famílias de juntas. Clivagem de fratura: pode ser considerada como um caso particular de uma família de juntas, cujos planos mostram espaçamentos inferiores a 2 cm. 6.1.6.3.2- Classificações das Juntas 1- Em relação à outras estruturas planares ? juntas direcionais → paralelas às direções das feições planares ? juntas de mergulho → paralelas à direção do mergulho das feições planares ? juntas oblíquas → ocupam posições intermediárias entre a direção e o mergulho das feições planares ? juntas de acamamento → caso particular de juntas paralelas aos planos de acamamento Prof. M. Matta & F. Matos - DGL-CG/UFPA Geologia Estrutural 62 Fig. 5.15 - Relação das juntas com superfícies dobradas. (a) famílias de juntas desenvolvidas sobre uma camada de rocha; (b) e (c) juntas longitudinais, transversais e diagonais. (Fig. 5.1 - Nicolas) 2- Em relação às dobras (Fig. 5.15) • juntas longitudinais → paralelas aos eixos das dobras • juntas transversais → transversais aos eixos das dobras • juntas diagonais → oblíquas aos eixos das dobras 3-Em relação ao arranjo geométrico (Fig. 5.16) • juntas concêntricas • juntas radiais • juntas escalonadas (a) juntas concêntricas (b) juntas radiais Prof. M. Matta & F. Matos - DGL-CG/UFPA Geologia Estrutural 63 (c) juntas escalonadas Fig. 5.16 - Juntas classificadas quanto ao arranjo geométrico. 4- Em relação à origem (Fig. 5.17) ? juntas extensionais: juntas de distensão, de partição, de extensão, ou juntas dilatacionais → planos normais à direção de σ3 ? juntas de cisalhamento: geralmente conjugadas, formando ângulos em torno de 60o , podem mostrar pequenos deslocamentos ? juntas híbridas: combinam cisalhamento com extensão 5-Outras denominações ? juntas de resfriamento: relacionadas à redução de volume nos resfriamentos de lavas; ? juntas de dissecação: se instalam em sedimentos que secam progressivamente (gretas de contração); ? juntas hexagonais: (disjunção colunar), formam colunas de seções hexagonais, normalmente em arenitos e basaltos. Estão relacionados à homogeneidade do material. Juntas híbridas Juntas de cisalhamento Juntas extensionais Prof. M. Matta & F. Matos - DGL-CG/UFPA Fig. 5.17 – Classificação de juntas em relação à origem CAP. 5 - ANÁLISE DA DEFORMAÇÃO Classificação de Anderson Falhas de contração = falhas relacionadas a esforços compressivos Falhas direcionais = falhas associadas a movimentação lateral Falhas inversas : o teto sobe em relação ao piso 6.1.6.3.2- Classificações das Juntas
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