Buscar

Processo Penal - PRISÃO

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 24 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 24 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 24 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

PRISÃO
Conceito de prisão
É a privação da liberdade de locomoção determinada por ordem escrita da autoridade competente ou em caso de flagrante delito.
Este conceito advém do que determina a Constituição Federal em seu artigo 5º, LXI, “que ninguém será preso senão em flagrante delito ou por ordem escrita e fundamentada da autoridade judiciária competente, salvo nos casos de transgressão militar ou crime propriamente militar , definidos em lei”
Não obstante a admissão da privação da liberdade individual, a Carta Magna, por outro lado, procurou resguardar o cidadão de toda e qualquer extralimitação do Poder Público. Daí os princípios constantes do artigo 5º, III, XLIX,LIV,LXII,LXIII,LXIV,LXX e LXVI.
A prisão deve ser comunicada á autoridade judiciária, mesmo que sido por este determinada, para que haja um controle da legalidade das prisões efetuadas 
Espécies de prisão
a) Prisão-pena ou prisão penal é a que resulta de condenação transitada em julgado, na qual foi imposta pena privativa de liberdade. Tem finalidade repressiva.
b) Prisão processual: é a prisão cautelar, também conhecida como prisão provisória; inclui:
A PRISÃO EM FLAGRANTE (esta dura apenas durante a elaboração do auto de prisão em flagrante. Após isto, é convertida em prisão preventiva.)
A PRISÃO PREVENTIVA e
A PRISÃO TEMPORÁRIA (Lei n. 7.960, de 21-12-1989).
c) Prisão Civil: é a decretada em casos de devedor de alimentos e depositário infiel, únicas permitidas pela Constituição (arrt. 5º, LXVII).
Atenção: a Súmula 419 do STJ estabelece: “Descabe a prisão civil do depositário judicial infiel”. 
 Vale ressaltar que a Corte do STF, há três meses, editou a Súmula Vinculante nº. 25 com o seguinte teor: É ilícita a prisão civil de depositário infiel, qualquer que seja a modalidade do depósito .
d) Prisão disciplinar: permitida pela Constituição para o caso de transgressões militares e crimes militares (CF, art. 5º, LXI).
Obs.:	A prisão administrativa foi abolida pela nova ordem constitucional,
	A prisão para averiguação, que é a privação momentânea da liberdade, fora das hipóteses de flagrante e sem ordem escrita do juiz competente, além de inconstitucional, configura crime de abuso de autoridade (Lei. n. 4.898/65, art. 3º, a e I).
 Possibilidade de Prisão processual
Art 283. Ninguém poderá ser preso senão em flagrante delito ou por ordem escrita e fundamentada da autoridade judiciária competente, em decorrência de sentença condenatória transitada em julgado ou, no curso da investigação ou do processo, em virtude de prisão temporária ou prisão preventiva. 
§ 1º As medidas cautelares previstas neste Título não se aplicam à infração a que não for isolada, cumulativa ou alternativamente cominada pena privativa de liberdade. 
A prisão processual tem natureza cautelar, ou seja, visa a proteger bens jurídicos envolvidos no processo ou que o processo pode, hipoteticamente, assegurar. Somente pode ser decretada a prisão processual se o agente for surpreendido em flagrante, ou caso seja decretada uma ordem escrita e fundamentada (mandado de prisão). O mandado de prisão é expedido quando decretada prisão preventiva, prisão temporária, ou para cumprimento de prisão pena. 
Para decretar a prisão processual precisam estar presentes os pressupostos das medidas cautelares, que são o fumus boni iuris e o periculum in mora. 
0 fumus boni iuris é a probabilidade de a ordem jurídica amparar o direito que, por essa razão, merece ser protegido. 0 periculum in mora é o risco de perecer que corre o direito se a medida não for tomada para preservá-lo.
0 primeiro princípio que rege a prisão processual informa que- a prisão não se mantém nem se decreta se não houver perigo à aplicação da lei penal, perigo à ordem pública ou necessidade para a instrução criminal.
0 segundo princípio é o de que a prisão deve ser necessária para que se alcance um daqueles objetivos. Não pode caber qualquer critério de oportunidade ou conveniência; o critério é de legalidade e de adequação a uma das hipóteses legais.
 PRISÃO EM DOMICÍLIO
Art. 283 §  2º “A prisão poderá ser efetuada em qualquer dia e a qualquer hora, respeitadas as restrições relativas à inviolabilidade do domicílio.
A Constituição Federal dispõe, no seu art. 5º , XI, que "a casa é o asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem consentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou durante o dia, por determinação judicial".
 Com isso, temos duas situações distintas - a violação do domicílio à noite e durante o dia:
a) durante a noite: somente se pode penetrar no domicílio alheio em quatro hipóteses:
com o consentimento do morador;
em caso de flagrante delito;
desastre; ou
para prestar socorro.
b) durante o dia, cinco são as hipóteses;
consentimento do morador;
flagrante delito;
desastre;
para prestar socorro; ou
mediante mandado judicial de prisão ou de busca e apreensão
Assim, havendo mandado de prisão, a captura, no interior do domicílio, somente pode ser efetuada durante o dia (das 6 às 18 horas), dispensando-se, nesse caso, o consentimento do morador.
Durante a noite, na oposição do morador ou da pessoa a ser presa, o executor não poderá invadir a casa, devendo aguardar que amanheça para dar cumprimento ao mandado, sob pena de, ao violar, estar caracterizado o crime de abuso de autoridade, conforme Lei n. 4.898/65, art. 4º, a).
 Mandado de Prisão
Salvo o caso de flagrante, a prisão sempre se efetiva com mandado escrito da autoridade judicial, representado por um instrumento que corporifica a ordem judicial competente.
Art. 285. “A autoridade que ordenar a prisão fará expedir o respectivo mandado”
Requisitos do mandado de prisão (art 285 do CPP):
- deve ser lavrado pelo escrivão e assinado pela autoridade competente,
- deve designar a pessoa que tiver de ser presa, por seu nome, alcunha ou sinais característicos;
- deve conter a infração penal que motivou a prisão (a CF exige que a ordem seja fundamentada - art. 5º, LXI);
- deve indicar qual o agente encarregado de seu cumprimento (oficial de justiça ou agente da polícia judiciária);
Cumprimento do mandado:
- a prisão poderá ser efetuada a qualquer dia e a qualquer hora, inclusive domingos e feriados, e mesmo durante a noite, respeitada apenas a inviolabilidade do domicílio acima mencionada (CIPP, art. 283 § 2º );
- O mandado será passado em duplicata, e o executor entregará ao preso, logo depois da prisão, um dos exemplares com declaração do dia, hora e lugar da diligência. Da entrega deverá o preso passar recibo no outro exemplar; se recusar, não souber ou não puder escrever, o fato será mencionado em declaração, assinada por duas testemunhas. Conforme art. 286, do CPP).
- Se a infração for inafiançável, a falta de exibição do mandado não obstará à prisão, e o preso, em tal caso, será imediatamente apresentado ao juiz que tiver expedido o mandado.
- o preso será informado de seus direitos, entre os quais o de permanecer calado, sendo-lhe assegurada a assistência da família e de advogado (CF, art. 5º, LXIII);
- o preso tem direito à identificação dos responsáveis por sua prisão ou por seu interrogatório extrajudicial (CF, art. 5º, LXIV)-,
- a prisão, excepcionalmente, pode ser efetuada sem a apresentação do mandado, desde que o preso seja imediatamente apresentado ao juiz que determinou sua expedição, conforme art. 287 do CIPP).
- A prisão em virtude de mandado entender-se-á feita desde que o executor, fazendo-se conhecer do réu, lhe apresente o mandado e o intime a acompanhá-lo.
- Se houver, ainda que por parte de terceiros, resistência à prisão em flagrante ou à determinada por autoridade competente, o executor e as pessoas que o auxiliarem poderão usar dos meios necessários para defender-seou para vencer a resistência, do que tudo se lavrará auto subscrito também por duas testemunhas.(art 292 do CPP)
- Se o executor do mandado verificar, com segurança, que o réu entrou ou se encontra em alguma casa, o morador será intimado a entregá-lo, à vista da ordem de prisão. Se não for obedecido imediatamente, o executor convocará duas testemunhas e, sendo dia, entrará à força na casa, arrombando as portas, se preciso; sendo noite, o executor, depois da intimação ao morador, se não for atendido, fará guardar todas as saídas, tornando a casa incomunicável, e, logo que amanheça, arrombará as portas e efetuará a prisão.(ART 293 do CPP).
- O morador que se recusar a entregar o réu oculto em sua casa será levado à presença da autoridade, para que se proceda contra ele como for de direito.
- não é permitida a prisão de eleitor, desde 5 dias antes até 48 horas depois da eleição, salvo flagrante delito ou em virtude de sentença penal condenatória (art. 236, caput, do Código Eleitoral).
Emprego de Força
 O art. 284 do CPP diz que não será permitido o emprego de força, salvo a indispensável no caso de resistência ou de tentativa de fuga do preso.
 A lei não permite o emprego de força, salvo se for necessário, ou seja, indispensável no caso de resistência ou tentativa de fuga do preso quando da execução do mandado, bem como quando resiste o capturando e se opõe com violência ou ameaça à prisão na exibição do mandado e intimação para acompanhar o executor. 
Custódia
Art. 288. Ninguém será recolhido à prisão, sem que seja exibido o mandado ao respectivo diretor ou carcereiro, a quem será entregue cópia assinada pelo executor ou apresentada a guia expedida pela autoridade competente, devendo ser passado recibo da entrega do preso, com declaração de dia e hora.
A custódia, sem a observância dessas formalidade, constitui crime de abuso de autoridade (Lei n. 4.898/65, arts. 3º, a, e 4º, a), No caso de custódia em penitenciária, há necessidade de expedição de guia de recolhimento, nos termos dos arts. 105 e 106 da Lei de Execução Penal.
 Prisão fora do território do juiz
Art. 289.  Quando o acusado estiver no território nacional, fora da jurisdição do juiz processante, será deprecada a sua prisão, devendo constar da precatória o inteiro teor do mandado.
§ 1º Havendo urgência, o juiz poderá requisitar a prisão por qualquer meio de comunicação, do qual deverá constar o motivo da prisão, bem como o valor da fiança a ser arbitrada. 
§ 2º A autoridade a quem se fizer a requisição tomará as precauções necessárias para averiguar a autenticidade da comunicação. 
§ 3º O juiz processante deverá providenciar a remoção do preso no prazo máximo de 30 (trinta) dias, contados da efetivação da medida.
 Quando o acusado estiver em comarca diversa do juiz que determinou a expedição do mandado de prisão poderá ser expedida carta precatória para cumprimento no local onde ele estiver.
 Não há pois impedimento, dentro do território nacional, que a captura possa ser efetuada fora da jurisdição territorial do juiz que a ordenou, por meio de carta precatória (art. 289 CPP).
 Havendo urgência, ( por ex. eminência de fuga para o exterior), permite a lei a prisão sem carta precatória, hipótese em que o juiz poderá requisitar a prisão a comarca deprecada por qualquer meio de comunicação, do qual deverá constar o motivo da prisão, bem como o valor da fiança se arbitrada, devendo a autoridade a quem se fizer a requisição averiguar a autenticidade da comunicação. Neste caso o juiz que determinou a expedição do mandado deve providenciar a remoção do preso no prazo máximo de 30 (trinta) dias, contados do dia em que o acusado for preso.
Comunicação aos órgãos competentes:
 O Art. 289-A, acrescentado pela Lei 12.403/2011, prevê que o juiz competente providenciará o imediato registro do mandado de prisão em banco de dados mantido pelo Conselho Nacional de Justiça para essa finalidade. 
 Qualquer agente policial poderá efetuar a prisão determinada no mandado de prisão registrado no Conselho Nacional de Justiça, ainda que fora da competência territorial do juiz que o expediu.
 Qualquer agente policial poderá efetuar a prisão decretada, ainda que sem registro no Conselho Nacional de Justiça, adotando as precauções necessárias para averiguar a autenticidade do mandado e comunicando ao juiz que a decretou, devendo este providenciar, em seguida, o registro do mandado na forma do caput deste artigo.
 A prisão será imediatamente comunicada ao juiz do local de cumprimento da medida o qual providenciará a certidão extraída do registro do Conselho Nacional de Justiça e informará ao juízo que a decretou.
 O preso será informado de seus direitos, nos termos do inciso LXIII do art. 5º da Constituição Federal e, caso o autuado não informe o nome de seu advogado, será comunicado à Defensoria Pública.
  Havendo dúvidas das autoridades locais sobre a legitimidade da pessoa do executor ou sobre a identidade do preso, aplica-se o disposto no § 2º do art. 290 deste Código.
  O Conselho Nacional de Justiça regulamentará o registro do mandado de prisão a que se refere o caput deste artigo.
Prisão em perseguição
O Art 290 diz que se o réu, sendo perseguido, passar ao território de outro município ou comarca, o executor poderá efetuar-lhe a prisão no lugar onde o alcançar, apresentando-o imediatamente à autoridade local, depois de lavrado, se for o caso, o auto de flagrante, providenciará para a remoção do preso.
 Entender-se- que o executor vai em perseguição do réu, quando:
a) tendo-o avistado, for perseguindo sem interrupção, embora depois o tenha perdido de vista;
b) sabendo, por indícios ou informações fidedignas, que o réu tenha passado, há pouco tempo, em tal ou qual direção, pelo lugar em que o procure, for no seu encalço.
 Quando as autoridades locais tiverem fundadas razoes para duvidar da legitimidade da pessoa do executor ou da legalidade do mandado que apresentar, poderão pôr em custódia o réu, até que fique esclarecida a dúvida.
 Nesta hipótese, contanto que a perseguição não seja interrompida, o executor poderá efetuar a prisão onde quer que alcance o capturando, desde que dentro do território nacional.
 PRISÃO ESPECIAL
Consoante redação do artigo abaixo, determinadas pessoas, em razão da função que desempenham ou de uma condição especial que ostentam, têm direito à prisão provisória em quartéis ou em cela especial.
 Sem ferir o preceito constitucional de que todos são iguais perante a lei, esta prevê hipóteses em que a custódia do preso provisório pode ser efetuada em quartéis ou prisão especial, prerrogativa concedida a certas pessoas pelas funções que desempenham, por sua
educação, etc. A prisão especial perdurará enquanto não transitar em julgado a sentença condenatória (arts. 295 e 296 CPP e alterações posteriores). Nos locais onde não houver estabelecimento adequado para se efetivar a prisão especial, pode-se efetuar a prisão provisória domiciliar, prevista na Lei nº 5.256/67.
 Art. 295. Serão recolhidos a quartéis ou a prisão especial, à disposição da autoridade competente, quando sujeitos a prisão antes de condenação definitiva:
I - os ministros de Estado;
II - os governadores ou interventores de Estados ou Territórios, o prefeito do Distrito Federal, seus respectivos secretários, os prefeitos municipais, os vereadores e os chefes de Polícia.
III - os membros do Parlamento Nacional, do Conselho de Economia Nacional e das Assembléias Legislativas dos Estados;
IV - os cidadãos inscritos no "Livro de Mérito";
V - os oficiais das Forças Armadas e do Corpo de Bombeiros;
VI - os magistrados;
VII - os diplomados por qualquer das faculdades superiores da República;
VIII - os ministros de confissão religiosa;IX - os ministros do Tribunal de Contas;
X - os cidadãos que já tiveram efetivamente a função de jurado, salvo quando excluídos da lista por motivo de incapacidade para o exercício daquela função;
XI - os delegados de polícia e os guarda-civis dos Estados e Territórios, ativos e inativos.
Leis especiais ampliaram este rol, como por exemplo, para professores e pilotos de aeronaves.
0 Superior Tribunal de Justiça já decidiu que, na ausência de acomodações adequadas em presídio especial, o titular do benefício poderá ficar preso em estabelecimento militar (HC 3.375-2, 5º p. 17634),
 Já em se tratando de militar, o paragrafo único do art 300 do CPP, diz que se este for preso em flagrante delito, após a lavratura dos procedimentos legais, será recolhido a quartel da instituição a que pertencer, onde ficará preso à disposição das autoridades competentes.
A prisão especial perdurará enquanto não transitar em julgado a sentença condenatória. Após esta, o condenado será recolhido ao estabelecimento comum.
0 presidente da República, durante o seu mandado, não está sujeito a nenhum tipo de prisão provisória, já que a Constituição Federal exige sentença condenatória (art. 86, parágrafo 3º).
 Segundo o artigo 296 do CPP, os inferiores e praças de pré, onde for possível, serão recolhidos à prisão, em estabelecimentos militares, de acordo com os respectivos regulamentos. 
 
Como já dito a prisão especial, somente pode ser concedida durante o processo ou inquérito policial, de maneira que após a condenação transitada em julgado cessa o benefício, devendo ser recolhido a um estabelecimento comum. 
Posteriormente a Lei 10.258/01, restringiu alguns direitos do preso especial:
 Os únicos privilégios do preso especial são:
recolhimento em estabelecimento distinto do comum ou cela distinta dentro do mesmo estabelecimento
não ser transportado junto com o preso comum.
Além destas não haverá nenhuma diferença.
9. PRISÃO PROVISÓRIA DOMICILIAR
 A prisão domiciliar consiste no recolhimento do indiciado ou acusado em sua residência, só podendo dela ausentar-se com autorização judicial. É o que prevê o artigo 317 do CPP.
 No que tange à prisão domiciliar inovou o legislador ao conceber a prisão domiciliar cautelar, e, o que antes era apenas admitido em certos casos de cumprimento de pena, passou a ser aceito também em relação ao preso provisório, uma vez que o art. 317 (com a novel redação) refere-se ao indiciado ou ao acusado.
 A prisão domiciliar não exonera o preso de comparecer e de outras restrições estabelecidas pelo juiz. Poderá haver vigilância quanto ao cumprimento da prisão domiciliar, mas deverá respeitar a intimidade da residência. A violação de qualquer das condições impostas implicará perda do benefício, devendo o réu ser recolhido a estabelecimento penal, onde permanecerá separado dos demais presos.
Cabimento: Poderá o juiz substituir a prisão preventiva pela domiciliar quando o agente for: (Alterado pela L-012.403-2011)
I - maior de 80 (oitenta) anos; 
II - extremamente debilitado por motivo de doença grave;
III - imprescindível aos cuidados especiais de pessoa menor de 6 (seis) anos de idade ou com deficiência;
IV - gestante a partir do 7º (sétimo) mês de gravidez ou sendo esta de alto risco.
 
A prisão domiciliar tem sido utilizada como alternativa para a prisão-albergue (forma de cumprimento de pena, regime aberto), em locais em que não há estabelecimento adequado para o cumprimento da prisão-albergue.
 Nas localidades onde não houver estabelecimento adequado para o recolhimento em prisão especial, o juiz, considerando a gravidade da infração e ouvido o Ministério Público, poderá autorizar a prisão do réu ou indiciado na própria residência, de onde não poderá ele afastar-se sem previa autorização judicial (Lei n. 5.256, de 6-4-1967).
 A proibição de ausentar-se do País será comunicada pelo juiz às autoridades encarregadas de fiscalizar as saídas do território nacional, intimando-se o indiciado ou acusado para entregar o passaporte, no prazo de 24 (vinte e quatro) horas.
 Presos Provisórios:
 O artigo 300 do CPP prevê que as pessoas presas provisoriamente ficarão separadas das que já estiverem definitivamente condenadas, nos termos da lei de execução penal. 
Prisão do militar. O militar preso em flagrante delito, após a lavratura dos procedimentos legais, será recolhido a quartel da instituição a que pertencer, onde ficará preso à disposição das autoridades competentes. 
Obs: A captura poderá ser requisitada, à vista de mandado judicial, por qualquer meio de comunicação, tomadas pela autoridade, a quem se fizer a requisição, as precauções necessárias para averiguar a autenticidade desta. 
 PRISÕES CAUTELARES
            Prisões de cunho cautelar são aquelas prisões decretadas quando ainda não há o trânsito em julgado do processo. 
A prisão cautelar sempre que necessária não viola o princípio da presunção de inocência, obviamente desde que o magistrado fundamente concretamente a necessidade e imprescindibilidade de um encarceramento provisório. 
 MEDIDAS CAUTELARES
 As medidas cautelares são benefícios que se destinam a libertar o preso por infração a que a lei comina pena privativa de liberdade. 
 São aplicadas pelo juiz, quando entender que apenas a liberdade provisória não é suficiente, devendo também aplicar uma ou mais das medidas cautelares. 
 As medidas cautelares possuem caráter substitutivo prevalente sobre a prisão preventiva e podem sobrevir, também, após a prisão em flagrante, desde que a prisão preventiva se mostre tão inadequada ou excessiva quanto a tão-só libertação (art. 310, II, contrario sensu, c/c novo art. 321, CPP).
 As medidas cautelares serão decretadas:
 pelo juiz, de ofício
 ou a requerimento das partes ou, 
quando no curso da investigação criminal, por representação da autoridade policial ou mediante requerimento do Ministério Público (novo art. 282, § 2º, CPP).
 Elas podem ser impostas isolada ou cumulativamente (Art. 282, § 1º, CPP). Quando descumpridas, as medidas cautelares podem ser substituídas, cumuladas ou, só em último caso, pode ser decretada a prisão preventiva (Art. 282, § 4º e art. 312, CPP).
 A prisão é medida de excepcionalidade. Assim, ela somente deverá ser mantida se estiverem presentes os motivos ensejadores da prisão preventiva. 
 As medidas cautelares em substituição a prisão preventiva deverão ser aplicadas observando-se a:
I - necessidade para aplicação da lei penal, para a investigação ou a instrução criminal e, nos casos expressamente previstos, para evitar a prática de infrações penais;
II - adequação da medida à gravidade do crime, circunstâncias do fato e condições pessoais do indiciado ou acusado.
 Elas poderão ser aplicadas isolada ou cumulativamente, ou seja o juiz poderá aplicar uma ou mais medidas cautelares.
 As medidas cautelares somente serão decretadas pelo juiz:
Hipóteses de medida cautelares diversas da prisão: Art. 319 do CPP
 São medidas cautelares diversas da prisão: 
I - comparecimento periódico em juízo, no prazo e nas condições fixadas pelo juiz, para informar e justificar atividades; 
II - proibição de acesso ou frequência a determinados lugares quando, por circunstâncias relacionadas ao fato, deva o indiciado ou acusado permanecer distante desses locais para evitar o risco de novas infrações; 
III - proibição de manter contato com pessoa determinada quando, por circunstâncias relacionadas ao fato, deva o indiciado ou acusado dela permanecer distante; 
IV - proibição de ausentar-se da Comarca quando a permanência seja conveniente ou necessária para a investigaçãoou instrução; 
V - recolhimento domiciliar no período noturno e nos dias de folga quando o investigado ou acusado tenha residência e trabalho fixos;
VI - suspensão do exercício de função pública ou de atividade de natureza econômica ou financeira quando houver justo receio de sua utilização para a prática de infrações penais;
VII - internação provisória do acusado nas hipóteses de crimes praticados com violência ou grave ameaça, quando os peritos concluírem ser inimputável ou semi-imputável (art. 26 do Código Penal) e houver risco de reiteração;
VIII - fiança, nas infrações que a admitem, para assegurar o comparecimento a atos do processo, evitar a obstrução do seu andamento ou em caso de resistência injustificada à ordem judicial;
IX - monitoração eletrônica.
Características das medidas cautelares:
 a) institutos instrumentais, ou seja, voltados a assegurar o resultado útil de um processo a que o réu pode/deve responder solto. 
 b) substitutivas da prisão processual (e também substituíveis entre si).
c) são dotadas de revogabilidade, pois podem ser impostas e revogadas a qualquer tempo, desde que estejam presentes seus requisitos. 
d) são provisórias, porque só subsistem enquanto durar a existência ou não de sua motivação (Art. 282, § 5º do CPP),
 e) taxativas (só é possível impor medida cautelar prevista em lei) 
f) excepcionais (não é por que não cabe a prisão provisória que as cautelares devem ser automaticamente aplicadas).
Legitimidade: 
O juiz, quando no curso da investigação criminal poderá decretá-la: 
de ofício 
por representação da autoridade policial ou
mediante requerimento do Ministério Público.
Procedimento: Ressalvados os casos de urgência ou de perigo de ineficácia da medida, o juiz, ao receber o pedido de medida cautelar, determinará a intimação da parte contrária, acompanhada de cópia do requerimento e das peças necessárias, permanecendo os autos em juízo.
 Não cumprimento da medida: No caso de descumprimento de qualquer das obrigações impostas, o juiz, de ofício ou mediante requerimento do Ministério Público, de seu assistente ou do querelante, poderá substituir a medida, impor outra em cumulação, ou, em último caso, decretar a prisão preventiva (art. 312, parágrafo único).
Revogação: O juiz poderá revogar a medida cautelar ou substituí-la quando verificar a falta de motivo para que subsista, bem como voltar a decretá-la, se sobrevierem razões que a justifiquem. 
Atenção: O juiz ao receber um pedido de aplicação de uma medida cautelar deverá determinar a intimação da parte contrária acompanhada de cópia do requerimento e das peças necessárias, permanecendo os autos em juízo, contudo, essa medida não deverá ser adotada nos casos de urgência ou de perigo de ineficácia da medida:
Éo que diz o Artigo 282 § 3º: Ressalvados os casos de urgência ou de perigo de ineficácia da medida, o juiz, ao receber o pedido de medida cautelar, determinará a intimação da parte contrária, acompanhada de cópia do requerimento e das peças necessárias, permanecendo os autos em juízo.
Se o indiciado ou o réu descumprir uma medida cautelar decretada pelo juiz, este poderá:
I – substituir a medida cautelar por outra.
II – impor outra medida cautelar de forma cumulada com a anteriormente imposta.
III – decretar, em último caso, a prisão preventiva.
Art. 282 § 4º No caso de descumprimento de qualquer das obrigações impostas, o juiz, de ofício ou mediante requerimento do Ministério Público, de seu assistente ou do querelante, poderá substituir a medida, impor outra em cumulação, ou, em último caso, decretar a prisão preventiva (art. 312, parágrafo único).
 Audiência de Custódia.
Consiste na garantia da rápida apresentação do preso a um juiz nos casos de prisões em flagrante. A ideia é que o acusado seja apresentado e entrevistado pelo juiz, em uma audiência em que serão ouvidas também as manifestações do Ministério Público, da Defensoria Pública ou do advogado do preso. 
Durante a audiência, o juiz analisará a prisão sob o aspecto da legalidade, da necessidade e da adequação da continuidade da prisão ou da eventual concessão de liberdade, com ou sem a imposição de outras medidas cautelares. O juiz poderá avaliar também eventuais ocorrências de tortura ou de maus-tratos, entre outras irregularidades.
O projeto prevê também a estruturação de centrais de alternativas penais, centrais de monitoramento eletrônico, centrais de serviços e assistência social e câmaras de mediação penal, que serão responsáveis por representar ao juiz opções ao encarceramento provisório.
A implementação das audiências de custódia está prevista em pactos e tratados internacionais assinados pelo Brasil, como o Pacto Internacional de Direitos Civis e Políticos e a Convenção Interamericana de Direitos Humanos, conhecida como Pacto de San Jose. 
Prisão preventiva
Art. 311. Em qualquer fase da investigação policial ou do processo penal, caberá a prisão preventiva decretada pelo juiz, de ofício, se no curso da ação penal, ou a requerimento do Ministério Público, do querelante ou do assistente, ou por representação da autoridade policial.
Conceito: É prisão processual decretada pelo juiz durante a investigação policial ou processo criminal, antes do trânsito em julgado, sempre que estiverem preenchidos os requisitos legais e ocorrerem os motivos autorizadores.
Prisão preventiva é medida excepcional
 Segundo Luiz Flávio Gomes, a prisão preventiva não é apenas a ultima ratio. Ela é a extrema ratio da ultima ratio. A regra é a liberdade; a exceção são as cautelares restritivas da liberdade (art. 319, CPP); dentre elas, vem por último, a prisão, por expressa previsão legal.
 Decretação da prisão preventiva
Conforme previsto no art. 311, do CPP, supramencionado, a prisão preventiva pode ocorrer em qualquer fase da investigação policial ou do processo penal, em virtude de requerimento do Ministério Público, do querelante, do assistente, de representação da autoridade policial (seguida de manifestação do parquet), ou de ofício pelo juiz.
 Cabe tanto em ação penal pública quanto em ação privada.
Legitimidade para decretá-la: Somente o Juiz pode decretá-la.
Legitimidade para requere-la: 
1) Na fase de inquérito: 
a) a requerimento do Ministério Público ou do querelante
 b) ou por representação da autoridade policial (neste caso é ouvido o MP)
2) No curso da ação penal: 
a) de ofício, 
b) ou a requerimento do Ministério Público,
c) do querelante ou do assistente, 
d) ou por representação da autoridade policial (neste caso é ouvido o MP)
 Pressupostos para a prisão preventiva 
Art. 312. A prisão preventiva poderá ser decretada como garantia da ordem pública, da ordem econômica, por conveniência da instrução criminal, ou para assegurar a aplicação da lei penal, quando houver prova da existência do crime e indício suficiente de autoria.
São pressupostos para a decretação: (fumus boni iuris)
a) prova da existência do crime (prova da materialidade delitiva)
b) indício suficiente da autoria.
Com efeito, esses pressupostos constituem o fumus boni iuris para a decretação da custódia. 0 juiz somente poderá decretar a prisão preventiva se estiver demonstrada a probabilidade de que o acusado tenha sido o autor de um fato típico.
Observa-se que, nessa fase, não se exige prova plena, bastando meros indícios, isto é, que se demonstre a probabilidade do réu ou indiciado ter sido o autor do fato delituoso. A dúvida, portanto, milita em favor da sociedade, e não do réu (princípio do in dubio pro societate).
Os fundamentos da preventiva nada mais são do que o outro motivo da tutela cautelar, qual seja, o periculum in mora.
Requisitos legais (periculum in mora)
a) garantia da ordem pública: a prisão cautelar é decretada com a finalidade de preservar bem jurídico essencial à convivência social, como, por exemplo, a proteção social contra réu perigosoque poderá voltar a delinqüir; a proteção das testemunhas ameaçadas pelo acusado ou proteção da vítima, garantindo a credibilidade da justiça, em crimes que provoquem grande clamor popular,
b) conveniência da instrução criminal: visa impedir que o agente perturbe ou impeça a produção de provas, ameaçando testemunhas, apagando vestígios do crime, destruindo documentos etc., situações que demonstram evidente o periculum in mora, pois não se chegará à verdade real se o réu permanecer solto até o final do processo.
c) garantia de aplicação da lei penal: no caso de iminente fuga do agente do distrito da culpa, inviabilizando a futura execução da pena. Se o acusado ou indiciado nã tem residência fixa, ocupação lícita, nada, enfim, que o radique no distrito de culpa, há um sério risco para a eficácia da futura decisão se ele permanecer solto até o final do processo, diante da sua provável evasão.
d) garantia da ordem econômica: o art. 86 da Lei n. 8.884, de 11 de junho de 1994 (Lei Antitruste), incluiu no art. 312 do CPP esta hipótese de prisão preventiva. Trata-se de uma repetição do requisito "garantia da ordem pública".
e) Descumprimento da medida cautelar imposta. A prisão preventiva também poderá ser decretada em caso de descumprimento de qualquer das obrigações impostas por força de outras medidas cautelares (art. 282, § 4º)
A decisão que decreta a prisão preventiva é irrecorrível, podendo, no entanto, ser impetrado habeas corpus.
 Admissibilidade da prisão preventiva
Art. 313. Nos termos do art. 312 deste Código, será admitida a decretação da prisão preventiva:
I - nos crimes dolosos punidos com pena privativa de liberdade máxima superior a 4 (quatro) anos; 
II - se tiver sido condenado por outro crime doloso, em sentença transitada em julgado, ressalvado o lapso temporal de 5 anos entre o cumprimento da pena e o cometimento do novo crime;
III - se o crime envolver violência doméstica e familiar contra a mulher, criança, adolescente, idoso, enfermo ou pessoa com deficiência, para garantir a execução das medidas protetivas de urgência;
 Assim, não cabe prisão preventiva em caso de crime culposo. E aos crimes cuja pena máxima seja inferior a 4 anos. 
Como vimos, não se decreta, também, no caso de ter o réu agido acobertado por causa de exclusão da ilicitude.
 Será admitida a prisão preventiva, por sua vez, quando houver dúvida sobre a identidade civil da pessoa ou quando esta não fornecer elementos suficientes para esclarecê-la, devendo o preso ser colocado imediatamente em liberdade após a identificação, salvo se outra hipótese recomendar a manutenção da medida. 
 Excludentes de Antijuridicidade:
 Também não será decretada a prisão preventiva quando se verificar que o réu agiu em excludente de antijuridicidade. 
 O art 314 do CPP prevê que, a prisão preventiva em nenhum caso será decretada se o juiz verificar pelas provas constantes dos autos ter o agente praticado o fato nas condições previstas nos incisos I, II e III do caput do art. 23 do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 - Código Penal.
 Necessidade de fundamentação
Em obediência ao princípio constitucional da motivação das decisões judiciais, (artigo 93 da CF), o despacho que decretar ou denegar a prisão preventiva será sempre fundamentado. Inteligência do art. 315 do CPP.
 Este artigo diz que a decisão que decretar, substituir ou denegar a prisão preventiva será sempre motivada, em respeito ao artigo 93, IX da CF. O Juiz ao decretar a prisão deve fundamentar qual o motivo que o levou a decretá-la.
Art 315 do CPP. A decisão que decretar, substituir ou denegar a prisão preventiva será sempre motivada.
 Revogação da Prisão Preventiva
Art. 316. 0 juiz poderá revogar a prisão preventiva se, no decorrer do processo, verificar a falta de motivo que subsista, bem como de novo decretá-la, se sobrevierem razões que a justifiquem.
 Quando não persistirem os motivos para mantença da prisão preventiva ou mesmo se depois de solto sobrevierem motivos para decretarem novamente a prisão preventiva, o juiz poderá revogá-la ou redecretá-la.
 
RECURSO CABÍVEL: Todavia, da decisão que revoga a prisão preventiva, cabe recurso em sentido estrito (CPP, art. 581, V).
Atenção: A prisão preventiva será determinada quando não for cabível a sua substituição por outra medida cautelar (art. 319).”
A prisão preventiva poderá ser decretada durante o inquérito policial.
A prisão preventiva NÃO é admissível em crimes culposos.
 
 Prisão temporária (Lei 7960/89)
Previsão legal
A prisão temporária foi editada pela Medida Provisória n. 111, de 24 de novembro de 1989, posteriormente substituída pela Lei n. 7.960, de dezembro de 1989.
Conceito: Prisão cautelar de natureza processual destinada a possibilitar as investigações a respeito de crimes graves, durante o inquérito policial.
Autoridade competente para decretação
 Só pode ser decretada pela autoridade judiciária.
Fundamentos
A prisão temporária pode ser decretada nas seguintes situações:
I) imprescindibilidade da medida para as investigações do IP;
II) indiciado não tem residência fixa ou não fornece dados necessários ao esclarecimento de sua identidade;
III) fundadas razões da autoria ou participação do indiciado em qualquer um dos seguintes crimes:
homicídio doloso, 
seqüestro ou cárcere privado ( com as alterações da Lei 11.106/05 ao artigo 148 do CP), 
roubo, 
extorsão, 
extorsão mediante seqüestro,
estupro, 
atentado violento ao pudor (revogado pela Lei 12.025/09), 
rapto violento (revogado pela Lei 11.106/05), 
epidemia com resultado morte, 
envenenamento de água potável ou substância alimentícia ou medicinal com resultado morte, 
quadrilha ou bando, 
genocídio,
tráfico de drogas e
crimes contra o sistema financeiro.
 A grande discussão sobre o cabimento da temporária diz respeito ao preenchimento dos elementos que justifiquem a decretação da medida. 
São diversas as correntes sobre o tema, prevalecendo a que admite a temporária com base no inciso III obrigatoriamente, pois ele materializaria a fumaça do bom direito para a decretação da medida (fumus comissi delicti), e, além dele, uma das hipóteses dos incisos I ou II: ou é imprescindível para as investigações, ou o indiciado não possui residência fixa, ou não fornece elementos para a sua identificação.
Procedimento: 
O juiz através da representação do Delegado ou por requerimento do Ministério Público aprecia o pedido de decretação de prisão temporária no prazo de 24 horas. 
O pedido é analisado, em despacho fundamentado, decidindo ou não sobre a prisão. 
Nos pedidos feitos pela autoridade policial, sempre é ouvido o Ministério Público;
Decretada a prisão temporária, o mandado será expedido em duas vias, sendo que uma delas, que será entregue ao preso, serve como nota de culpa;
Efetuada a prisão, a autoridade policial informará o preso dos direitos assegurados na CF;
Durante o prazo da temporária, pode o juiz, de ofício, a requerimento do MP ou defensor, “determinar que o preso lhe seja apresentado, solicitar informações e esclarecimentos da autoridade policial e submetê-lo a exame de corpo de delito” (§ 3º, art. 2º).
Decorrido o prazo legal o preso deve ser posto imediatamente em liberdade, salvo se for decretada a preventiva.
Ao decretar a prisão temporária, o Juiz poderá, de ofício, determinar que o preso lhe seja apresentado, solicitar esclarecimentos da autoridade policial e submeter o preso a exame de corpo de delito.
Os presos temporários deverão permanecer, obrigatoriamente, separados dos demais detentos.
A partir do recebimento da representação da autoridade policial pela decretaçãoda prisão temporária, o juiz DEVERÁ  decidir no prazo de 24 horas.
Prazo de duração da prisão temporária: 
05 (cinco) dias, prorrogáveis por igual período, desde que justificadamente. 
Crimes hediondos: 30 (trinta) dias, prorrogáveis por igual período, desde que justificadamente.
Legitimidade: 
a prisão temporária somente pode ocorrer:
a requerimento do MP 
ou representação do delegado (neste caso será ouvido o MP)
Obs: O delegado não tem capacidade postulatória e, portanto, ele representa a prisão temporária ao juiz. Ele não requer. Na hipótese de representação do delegado sempre será ouvido o Ministério Público, que manifesta concordância ou não sobre o pedido da Autoridade Policial. Somente o juiz pode decretá-la.
Sujeito passivo e oportunidade para decretação
Sujeito passivo: o indiciado, ou mesmo o suspeito, não havendo necessidade de indiciamento formalizado. 
Oportunidade: o momento em que pode ser decretada vai da ocorrência do fato até o recebimento da denúncia, porque, se instaurada a ação penal, o juiz deverá examinar a hipótese como de prisão preventiva. 
OBSERVAÇÕES:
a prisão temporária será decretada pelo juiz, mediante representação da autoridade policial ou a requerimento do Ministério Público;
não pode ser decretada pelo juiz de ofício,
no caso de representação da autoridade policial, como já dito, o Ministério Público deve ser ouvido;
o juiz tem o prazo de 24 horas, a partir do recebimento da representação ou requerimento, para decidir fundamentadamente sobre a prisão,
o mandado de prisão deve ser expedido em duas vias, uma das quais deve ser entregue ao indiciado, servindo como nota de culpa;
efetuada a prisão, a autoridade policial deve advertir o preso do direito constitucional de permanecer calado,
o prazo de 5 dias ou 30 dias (este se o crime for hediondo) pode ser prorrogado, desde que comprovada a extrema necessidade;
-decorrido o prazo legal para duração da prisão temporária, se não prorrogada, o preso deve ser colocado imediatamente em liberdade, a não ser que tenha sido decretada sua prisão preventiva, pois o atraso configura crime de abuso de autoridade (Lei n, 4.898/65, art. 4º, I).
o preso temporário deve permanecer separado dos demais detentos.
 Prisão para o fim de extradição: 
 Visa assegurar a efetividade do processo extradicional, sendo condição para o seu início. É ordenada pelo Ministro do STF que for relator do processo. A extradição é requerida, pela via diplomática, pelo país estrangeiro que tiver firmado tratado internacional com o Brasil. O Ministério das Relações Exteriores remeterá o pedido ao Ministério da Justiça, que o encaminhará ao STF. Vencido o prazo da prisão cautelar, "o indivíduo detido provisoriamente será posto em liberdade, se não tiver chegado o pedido formal de extradição, devidamente instruído, isto é, com os documentos exigidos".

Continue navegando