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PROCESSO PENAL - PRISÕES

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PROCESSO PENAL - PRISÕES
PRISÕES CAUTELARES
● Serão decretadas pelo juiz a requerimento das partes, ou no curso da investigação
criminal, por representação da autoridade policial ou mediante requerimento do MP.
Atenção: O Juiz não pode decretar de ofício medida cautelar!
● A revogação da medida cautelar poderá ser feita de ofício pelo magistrado, ou a pedido
das partes, podendo também ser substituída quando se verificar a falta de motivos para
que subsista, bem como voltar a decretá-la se sobrevierem razões que a justifiquem.
SE LIGA: O juiz não pode decretar a medida de ofício, mas poderá de ofício revogá-la,
substitui-la ou voltar a decretá-la se sobrevierem motivos que justifiquem.
● Só cabe cautelar em casos que culminem em pena privativa de liberdade.
● Se o executor do mandado verificar, com segurança, que o réu entrou ou se encontra em
alguma casa, o morador será intimado a entregá-lo, à vista da ordem de prisão. Se não
for obedecido imediatamente, o executor convocará duas testemunhas e, sendo dia,
entrará à força na casa, arrombando as portas, se preciso; sendo noite, o executor,
depois da intimação ao morador, se não for atendido, fará guardar todas as saídas,
tornando a casa incomunicável, e, logo que amanheça, arrombará as portas e efetuará a
prisão;
● § 4o O preso especial não será transportado juntamente com o preso comum (cai muito!)
Os demais direitos e deveres do preso especial serão os mesmos do preso comum.
1. PRISÃO EM FLAGRANTE
● Nos casos de prisões de casos de menor potencial ofensivo ou contravenções penais, não
será realizada a prisão em flagrante, mas sim a lavratura de um Termo Circunstanciado
de Ocorrência (TCO) e o autor do fato será imediatamente encaminhado aos Juizados
Especiais para assumir o compromisso.
● Não é
● Situações de flagrante são uma exceção à inviolabilidade do domicílio.
● A prisão em flagrante pode ser realizada por qualquer pessoa do povo (é facultativo e
configura exercício regular de direito)
● Nos casos de ação penal privada, somente pode ser realizada a apreensão física ou
captura do autor do delito, contudo, a prisão em flagrante somente ocorre com a
autorização da vítima.
● A prisão em flagrante tem natureza administrativa (pois dispensa ordem judicial
fundamentada) e constitui ato complexo (é administrativo na origem mas é,
posteriormente, judicializado).
● Habeas Corpus antes da comunicação da prisão ao juiz é endereçada ao delegado de
polícia, no entanto, após a comunicação ao juiz é endereçada ao respectivo Tribunal;
● A prisão em flagrante se divide em 4 fases: 1) Captura do Agente, 2) Condução Coercitiva,
3) Lavratura do auto de prisão em flagrante, 4) Recolhimento à prisão (quando não couber
fiança);
● A autoridade policial poderá conceder fiança nos casos em que a pena privativa de
liberdade máxima não seja superior a 04 anos
● A falta de testemunhas não impedirá a lavratura de auto de prisão em flagrante. Nesse
caso, pelo menos 02 pessoas que tenham testemunhado a apresentação do preso à
autoridade deverão assinar o APF.
● De acordo com art. 305 do CPP, na falta ou no impedimento do escrivão, qualquer pessoa
designada pela autoridade lavrará o auto, depois de prestado o compromisso legal
● Nas infrações permanentes, entende-se o agente em flagrante delito enquanto não
cessar a permanência (art. 303 do CPP)
Súmula n. 397
O poder de polícia da Câmara dos Deputados e do
Senado Federal, em caso de crime cometido nas
suas dependências, compreende, consoante o
regimento, a prisão em flagrante do acusado e a
realização do inquérito
● Auto de prisão em flagrante negativo: quando a autoridade estiver impossibilitada de
recolher o agente ao cárcere, devendo soltá-lo imediatamente por falta dos pressupostos
de flagrância;
● SITUAÇÕES EM QUE NÃO OCORRERÁ A PRISÃO EM FLAGRANTE:
1. Autor de IMPO que for imediatamente encaminhado aos Juizados;
2. Autor do delito de porte de drogas para consumo pessoal (lavra TCO);
3. Situação específica do CTB, art. 301, caput: Ao condutor de veículo, nos casos de
acidentes de trânsito de que resulte vítima, não se imporá a prisão em flagrante,
nem se exigirá fiança, se prestar pronto e integral socorro àquela;
i. Quem está cometendo ou acabou de cometer infração penal → Flagrante próprio/real/
perfeito
ii. Quem é perseguido em situação que faça presumir ser ele o autor → Flagrante
impróprio/imperfeito/quase flagrante;
iii. Quem é encontrado logo depois com instrumentos que façam presumir ser ele o autor do
crime → Flagrante ficto/presumido/assimilado;
*** Não existe um prazo determinado na Lei especificando até que momento acontece a
situação de flagrância, não precisa cessar, necessariamente, após 24hrs, por exemplo, pode se
prolongar no tempo, a depender das circunstâncias ***
FLAGRANTE PREPARADO
Ocorre quando o agente provocador induz o
indivíduo a cometer uma infração penal para
que ele possa efetuar a prisão.
O STF entende que se trata de crime
impossível, vejamos:
S 145� Não há crime, quando a preparação do
flagrante pela polícia torna impossível sua
consumação. (ILEGAL)
FLAGRANTE FORJADO/URDIDO/MAQUIADO
Trata-se de um flagrante totalmente artificial,
uma verdadeira armação realizada por
terceiros. Nesse caso, sequer há conduta do
agente que será preso. (ILEGAL)
Ex: pessoa presa por tráfico em razão de
drogas plantadas em seu carro.
FLAGRANTE ESPERADO
É uma modalidade válida de flagrante.
Ocorre quando a polícia fica aguardando a
consumação da prática delitiva da qual teve
conhecimento através da denúncia.
FLAGRANTE DIFERIDO/RETARDADO/AÇÃO
CONTROLADA
Nesse caso, a infração penal já está em
andamento, mas a polícia retarda a prisão a
fim de obter mais informações da prática
delituosa. Somente cabe diante de expressa
previsão legal. Ex: Lei das Orcrims, Lei de
Drogas e Lavagem de dinheiro.
● O flagrante diferido/ação controlada não precisa de autorização judicial ou oitiva do
MP, bastando uma prévia comunicação ao Juízo competente.
● Flagrante facultativo: Qualquer pessoa do povo; Flagrante obrigatório: Autoridade
policial;
● NÃO SERÃO APLICADAS as regras de prisão em flagrante quando se tratar de:
i) Menores de 18 anos;
ii) Membros da AGU;
iii) Advogados em geral (desde que no exercício da profissão, salvo delitos inafiançáveis);
iv) Presidente da República;
v) Membros do MP (exceto em casos de crimes inafiançáveis);
vi) Magistrados em geral (salvo crimes inafiançáveis devendo ser encaminhados
imediatamente ao Tribunal ao qual estão vinculados);
vii) Parlamentares estaduais e federais (exceto inafiançáveis, devendo ser remetido à
respectiva Casa dentro de 24hrs);
viii) Agentes diplomáticos (gozam de imunidade diplomática);
ix) Cônsul (tbm goza de imunidade, mas ela se restringe aos atos praticados no exercício
da profissão);
● Dentro de 24hrs após a prisão (material) o APF deve ser encaminhado ao Juiz
competente cc para Defensoria (se não tiver advogado), bem como deve ser entregue ao
preso a nota de culpa, mediante recibo, assinada pela autoridade, com o motivo da prisão
e indicando o nome do condutor e testemunhas. (arts. 306 e 307 são importantes!)
● IMEDIATAMENTE serão comunicados o juiz competente, o MP, a família do preso ou
alguém que ele indique acerca da sua prisão.
- STJ defende que se a comunicação à família for tardia, não contaminará o APF, que
continuará válido.
PACOTE ANTICRIME
Art. 283. Ninguém poderá ser preso senão em flagrante delito ou por ordem escrita e
fundamentada da autoridade judiciária competente, em decorrência de prisão cautelar ou em
virtude de condenação criminal transitada em julgado.
Art. 287. Se a infração for inafiançável, a falta de exibição do mandado não obstará a prisão, e o
preso, em tal caso, será imediatamente apresentado ao juiz que tiver expedido o mandado, para a
realização de audiência de custódia (previsão expressa da audiência de custódia).
Art. 310. Após receber o auto de prisão em flagrante, no prazo máximo de até 24 (vinte e quatro)
horas após a realização da prisão, o juiz deverá promover audiência de custódiacom a
presença do acusado, seu advogado constituído ou membro da Defensoria Pública e o membro
do Ministério Público, e, nessa audiência, o juiz deverá, fundamentadamente:
§ 1º Se o juiz verificar, pelo auto de prisão em flagrante, que o agente praticou o fato em qualquer
das condições constantes dos incisos I, II ou III do caput do art. 23 do Decreto-Lei n. 2.848, de 7
de dezembro de 1940 (Código Penal), poderá, fundamentadamente, conceder ao acusado
liberdade provisória, mediante termo de comparecimento obrigatório a todos os atos
processuais, sob pena de revogação.
§ 2º Se o juiz verificar que o agente é reincidente ou que integra organização criminosa armada
ou milícia, ou que porta arma de fogo de uso restrito, deverá denegar a liberdade provisória,
com ou sem medidas cautelares.
§ 3º A autoridade que deu causa, sem motivação idônea, à não realização da audiência de
custódia no prazo estabelecido no caput deste artigo responderá administrativa, civil e
penalmente pela omissão.
§ 4º Transcorridas 24 (vinte e quatro) horas após o decurso do prazo estabelecido no caput deste
artigo, a não realização de audiência de custódia sem motivação idônea ensejará também a
ilegalidade da prisão, a ser relaxada pela autoridade competente, sem prejuízo da possibilidade
de imediata decretação de prisão preventiva; (a prisão em flagrante pode ser ilegal, mas isso não
obsta a possibilidade de decretação de preventiva)
● A audiência de custódia será realizada por um Juiz de garantias e terá como finalidade
observar se a prisão realizada foi ou não válida e se o preso teve seus direitos
fundamentais respeitados pelos agentes que realizaram sua prisão.
● Na custódia, o Juiz pode tomar três medidas: ou ele relaxa a prisão por entender ser
ilegal, ou ele converte a prisão em flagrante em prisão preventiva (a pedido da autoridade
policial ou do MP, pois não pode mais fazer de ofício) ou, ainda, ele pode conceder a
liberdade provisória com ou sem cautelares (art. 319, CPP)
2. PRISÃO PREVENTIVA
● É espécie de prisão cautelar que não pode ser decretada de ofício pelo juiz, e que deve
preencher alguns requisitos.
● Cabível em qualquer fase da persecução penal (seja na fase investigatória, seja na fase
processual);
● É regulamentada unicamente pelo CPP;
● Nas ações penais privadas ou públicas com assistente, estes somente poderão requerer a
prisão preventiva quando iniciada a fase processual, durante o IP somente MP e
autoridade policial que podem representar por essa modalidade de prisão.
● NÃO possui prazo previsto em lei.
● São requisitos essenciais para decretação da prisão preventiva:
1) Verificar se a infração admite a prisão preventiva, conforme art. 313, CPP:
- Crimes dolosos com PPL máxima superior a 4 anos;
- Se tiver sido condenado por outro crime doloso, com sentença transitada em
julgado, exceto nos casos do art. 64, I, CP;
- Se o crime envolver violência doméstica familiar contra: mulher, criança, idoso,
enfermo ou PCD, para garantir a execução de protetivas de urgência;
- Quando houver dúvida sobre a identidade civil ou esta não fornecer elementos
suficientes para esclarecê-la, devendo ser colocado imediatamente em liberdade
após identificação;
2) Existência de fumus comissi delicti: Prova de existência do crime (materialidade) e
indícios de autoria;
3) Presença de periculum libertatis: É o perigo gerado pela liberdade do imputado.
Nesse sentido, deve-se comprovar, pelo menos, 01 desses casos:
● Necessidade de garantir a ordem pública (atos infracionais pretéritos
podem ser utilizados como subsídio para decretação);
● Garantia de ordem econômica: A conduta do agente pode gerar perigo as
atividades econômicas ou abusem do poder econômico;
● Garantia da aplicação da lei penal: Quando houver possibilidade de fuga
do agente;
● Conveniência da instrução criminal: Busca proteger a produção
probatória e a verdade no curso do processo; Ex: ameaça testemunhas;
● Descumprimento de qualquer das medidas impostas a título de
cautelares;
CUIDADO! O mero descumprimento de medida cautelar não vai ensejar automaticamente a
decretação da prisão preventiva!
4) Demonstração da ineficácia ou impossibilidade de aplicação de outras cautelares
diversas da prisão (a prisão vai ser sempre a ultima ratio)
● Apresentação espontânea do acusado não impede a decretação da preventiva;
PACOTE ANTICRIME
Art. 312. A prisão preventiva poderá ser decretada como garantia da ordem pública, da ordem
econômica, por conveniência da instrução criminal ou para assegurar a aplicação da lei penal,
quando houver prova da existência do crime e indício suficiente de autoria e de perigo gerado
pelo estado de liberdade do imputado.
§ 2º A decisão que decretar a prisão preventiva deve ser motivada e fundamentada em receio de
perigo e existência concreta de fatos novos ou contemporâneos que justifiquem a aplicação da
medida adotada
Art. 313. § 2º Não será admitida a decretação da prisão preventiva com a finalidade de
antecipação de cumprimento de pena ou como decorrência imediata de investigação criminal ou
da apresentação ou recebimento de denúncia
Informativo 523 / STJ: É ilegal manter a prisão provisória do
acusado nos casos em que o início do cumprimento da pena se
dará, previsivelmente, em regime menos rigoroso que o fechado.
Informativo 560 / STJ: É lícito manter a prisão preventiva
quando da sentença condenatória RECORRÍVEL que determine
o regime SEMIABERTO para o cumprimento da pena – desde
que persistam os motivos que inicialmente justificaram a
decretação da preventiva – e que o cumprimento da cautelar seja
realizado de modo adequado ao regime semiaberto.
Art. 316. O juiz poderá, de ofício ou a pedido das partes, revogar a prisão preventiva se, no correr
da investigação ou do processo, verificar a falta de motivo para que ela subsista, bem como
novamente decretá-la, se sobrevierem razões que a justifiquem.
Parágrafo único. Decretada a prisão preventiva, deverá o órgão emissor da decisão revisar a
necessidade de sua manutenção a cada 90 (noventa) dias, mediante decisão fundamentada,
de ofício, sob pena de tornar a prisão ilegal.
● Excepcionalmente será admitida a decretação de prisão preventiva em crimes culposos,
ex: Quando houver dúvida quanto a identidade do indiciado;
● NÃO PODERÁ SER DECRETADA a prisão preventiva quando houver prova nos autos que o
crime foi cometido amparado em uma excludente de ilicitude.
● Segundo o STJ, pedido de prisão preventiva realizado pelo MP durante a audiência deve
ser apreciado após a oitiva da defesa (STJ) - “Se o Ministério Público formula o pedido de
prisão preventiva na audiência, o magistrado, antes de decidir, deverá ouvir a defesa. O
pronunciamento do advogado pode ser feito oralmente e tem por objetivo resguardar
princípios como o contraditório e a ampla defesa– STJ. 6ª Turma. RHC 75.716/MG, Rel
Min. Thereza de Assis Moura, Rel. p/ Acórdão Min. Rogério Schietti Cruz, julgado em
13/12/2016.”
● Informativo 431/STF: Para o Min. Relator, as condições pessoais favoráveis não têm o
condão de, por si sós, garantir a revogação da prisão preventiva, se há nos autos
elementos hábeis a recomendar a manutenção da custódia
2.1. PRISÃO DOMICILIAR
● É uma medida DERIVADA da prisão preventiva, não constituindo nova modalidade de
prisão. (Aury Lopes)
● A prisão preventiva poderá ser substituída pela domiciliar quando:
1. MAIOR DE 80 ANOS;
2. EXTREMAMENTE debilitado;
3. IMPRESCINDÍVEL aos cuidados especiais de pessoa MENOR DE 6 ANOS ou com
deficiência;
4. Gestante;
5. MULHER com filho de ATÉ 12 ANOS de idade incompletos
6. HOMEM, caso seja O ÚNICO responsável pelos cuidados de filho de até 12 anos
de idade incompletos.
** Devendo ser comprovado os requisitos acima mencionados para sua decretação;
● Tem caráter humanitário;
● Preenchidos os requisitos, o juiz tem o poder-dever de conceder a prisão domiciliar.
3. PRISÃO TEMPORÁRIA
● Tem legislação própria que a disciplina;
● Busca assegurar a eficácia das INVESTIGAÇÕES CRIMINAIS (e somente pode ser
decretada durante essa fase) noque tange a delitos considerados mais graves;
● Somente se efetiva após expedição de mandato judicial;
● Será decretada quando:
- Imprescindível para as investigações do IP;
- Quando o indiciado não tiver residência fixa ou não fornecer elementos
necessários ao esclarecimento de sua identidade;
- Quando houver fundadas razões, de acordo com o acervo probatório, de autoria
ou participação do indiciado nos seguintes crimes:
● Homicídio doloso (art. 121 e §2º);
● Sequestro ou cárcere privado (art. 148, caput e §§1º e 2º)
● Roubo (art. 157, caput, §§1º, 2º e 3º)
● Extorsão (art. 158, caput e §§1ºe 2º)
● Extorsão mediante sequestro (art. 159, caput e §§ 1º, 2º e 3º);
● Estupro (art. 213 cc 223,§ unico)
● Epidemia com resultado morte (art. 267, §1º)
● Envenenamento de água potável, alimento ou medicamento qualificado
pela morte (art. 270 cc 285);
● Quadrilha ou bando (atualmente associação criminosa) - art. 288
● Genocídio em qualquer de suas formas típicas (art. 1, 2 e 3 da Lei 2889)
● Crimes contra o sistema financeiro
● Crimes previstos na Lei de Terrorismo;
● Crimes hediondos e equiparados
O rol acima é TAXATIVO, sendo possível a decretação da provisória somente nesses casos. Não
se aplica a crimes culposos ou contravenções penais!
● O prazo de duração da prisão temporária é de 5 dias, podendo ser prorrogado por
mais 5 dias.
● CUIDADO! No caso de crimes hediondos ou equiparados, o prazo máximo previsto na lei
será de 30 dias, prorrogável por mais 30.
● Assim como as demais prisões, NÃO PODE SER CONCEDIDA DE OFÍCIO PELO JUIZ.
● Os presos temporários deverão permanecer, obrigatoriamente, separados dos demais
detentos;
● Despacho que decretar a temporária deverá ser fundamentado e prolatado dentro de
24hrs, contadas a partir da representação ou do requerimento.
● “Decorrido o prazo do mandado de prisão temporária, a autoridade responsável pela
custódia deverá, independentemente de nova ordem da autoridade judicial, pôr
imediatamente o preso em liberdade, salvo se já tiver sido comunicada da prorrogação da
prisão temporária ou da decretação da prisão preventiva - Art. 2º, §7º, CPP;

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