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�PAGE � �PAGE �21� PRESSÃO ATMOSFÉRICA Impulsionada pela força gravitacional, a atmosfera exerce continuamente uma força sobre a superfície da Terra. Essa força é chamada de pressão atmosférica, que pode ser definida como a força que a atmosfera exerce sobre cada cm² de área. Ao nível do mar, essa força é de 1,033 kgf por cm², que equivale a 1013,25 hPa. Obs.: o “hPa” – Hectopascal é a unidade de pressão mais utilizada, embora a pressão se meça também por Polegadas de Mercúrio e Milímetros de Mercúrio. Quem primeiro demonstrou a existência da pressão atmosférica foi Evangelista Torricelli, em 1643. Torricelli encheu com mercúrio um tubo de vidro de 1 m de comprimento por 1 cm² de seção. Ao nível do mar, mergulhou a extremidade oposta numa vasilha que também continha mercúrio e observou que o mercúrio do tubo desceu até parar em 76 cm (760 mm), concluindo que a pressão atmosférica exercida sobre o mercúrio da vasilha equilibrava o mercúrio do tubo nessa altura. Esse valor (760 mm de Hg) ficou convencionado como Pressão Padrão ao Nível do Mar. Assim: Assim, a Pressão Padrão ao Nível do Mar = 760 mm Hg = 29,92 pol Hg = 1013,2 hPa Esse valor de pressão é chamado de QNE. Como é constituído por gases, o ar atmosférico é compressível, apresentado densidades que variam com a altitude e, portanto, variações nos valores da pressão vertical. Ao mesmo tempo, devido às variações da temperatura à superfície da Terra, além de outras causas de origem dinâmica, que acarretam variações na densidade do ar, a pressão varia também no sentido horizontal. Tomando-se como referência o nível do mar, à medida que se eleva na atmosfera, o peso do ar acima vai diminuindo, e a pressão cai. Primeiro lentamente, depois mais rapidamente nos níveis mais elevados. Em média, metade do peso da atmosfera concentra-se nos primeiros 5.500 metros, ou seja, até a pressão de 500 hPa. Consideram-se os seguintes valores médios de variação da pressão com a altitude: � Variações diuturnas da pressão Devido ao efeito direto do sol, que provoca o aquecimento da Terra (e do ar em contato com ela) e também devido ao próprio peso da atmosfera, esta está em constante movimento ondulatório conhecido como Maré Barométrica. As pressões máximas costumam ocorrer em torno das 1000 e 2200 h, e as pressões mínimas por volta das 0400 e 1600 h. Variações dinâmicas da pressão As pressões variam também devido aos deslocamentos de grandes sistemas de pressão e de massas de ar. No sentido horizontal, a variação da pressão tem relação com a temperatura, a altitude, a densidade e a umidade do ar: maior temperatura - menor pressão maior altitude - menor pressão maior pressão - maior densidade maior umidade - menor densidade Instrumentos medidores de pressão Chamam-se barômetros os instrumentos de se medir a pressão atmosférica. Existem basicamente dois tipos de barômetros: Barômetro de mercúrio – (ou hidrostático) – funciona com a expansão ou contração de uma coluna de mercúrio, e a leitura da pressão é feita numa escala graduada, depois de se ajustar um dispositivo no topo da coluna. Barômetro aneróide – (ou elástico) – funciona com cápsulas que se expandem ou comprimem com as variações de pressão. A pressão ao nível da estação Quando se faz a leitura do barômetro em algum ponto da superfície da Terra, tem-se, naturalmente, o valor que a pressão atmosférica está exercendo naquele ponto. Esse valor é chamado de QFE. Como os barômetros das estações de meteorologia aeronáutica estão instalados no mesmo nível das pistas, diz-se que o QFE é a pressão da pista, ou da estação. Isóbaras e Sistemas de Pressão São linhas que unem pontos de mesma pressão atmosférica. Normalmente são traçadas de 2 em 2 hPa e permitem visualizar o comportamento de sistemas de pressão na atmosfera. Esses sistemas podem ser de ALTA PRESSÃO e de BAIXA PRESSÃO. SISTEMA DE ALTA PRESSÃO – a pressão é mais elevada no seu interior, reduzindo-se à medida que se afasta do centro. Portanto, a pressão decresce do centro para a periferia. Assemelha-se à representação das curvas de nível dos relevos das montanhas. Nas cartas meteorológicas é identificado pelas letras “A” (de Alta) ou “H” (de High), como também pela cor azul. No Sistema de Alta, as superfícies isobáricas tendem a se afastar do nível do mar. Um Centro de Alta também pode ser referido como um Anticiclone. SISTEMA DE BAIXA PRESSÃO – a pressão é mais baixa no seu interior, aumentando-se quando se afasta do centro. Portanto, a pressão aumenta do centro para a periferia. Assemelha-se à representação das curvas de nível dos vales. Nas cartas meteorológicas é identificado pelas letras “B” (de Baixa) ou “L” (de Low), como também pela cor vermelha. No Sistema de Baixa, as superfícies isobáricas tendem a se aproximar do nível do mar. Pode ser referido também como um Centro Ciclônico ou Ciclone. CRISTA – é o nome que se dá a um prolongamento de um Sistema de Alta Pressão alongado. Normalmente está associado a tempo bom. CAVADO – acontece quando um Sistema de Baixa se dispõe de maneira alongada. Geralmente está associado a condições de tempo adversas. CRISTA CAVADO COLO – é o nome que se dá quando dois Centros de Alta e dois Centros de Baixa se dispõem em oposição. Nessas regiões os ventos normalmente são fracos, mas muito variáveis. � Janeiro Julho 1 hPa = 30 pés = 9 metros 1 pol Hg = 1.000 pés = 300 metros 1 mm Hg = 36 pés = 12 metros Distribuição global de valores de pressão ao nível do mar, com exemplos de cristas e cavados A B A B H L H L
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