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Saida Temporária e Permissao de Saida DIR PROC PENAL

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REDE DE ENSINO DOCTUM
FACULDADE DE DIREITO DA SERRA
ADRIANO CINTRA CORREIA
CRISTIANO DIAS
FRANCYNELLI BINOW
LUCAS VARGAS
RENATA MORAES
THAIS SOARES
YANN KÁSSIO
DIREITO POCESSUAL PENAL
AUTORIZAÇÕES DE SAIDA
SAÍDA TEMPORÁRIA X PERMISSÃO DE SAÍDA
SERRA
2017
ADRIANO CINTRA CORREIA
CRISTIANO DIAS
FRANCYNELLI BINOW
LUCAS VARGAS
RENATA MORAES
THAIS SOARES
YANN KÁSSIO
DIREITO POCESSUAL PENAL
AUTORIZAÇÕES DE SAIDA
SAÍDA TEMPORÁRIA X PERMISSÃO DE SAÍDA
Trabalho conferido ao docente da disciplina Direito Processual Penal II, da Faculdade de Direito de Serra, como requisito parcial para avaliação acadêmica no curso de Direito e aprovação no 5º período, tendo como orientador de conteúdo a Prof. Thiago Andrade.
SERRA
2017�
SUMÁRIO
31. INTRODUÇÃO	�
42. PERMISSÃO PARA SAÍDA	�
42.1. Fundamento Legal	�
42.3. Dos requisitos	�
52.4. Quanto aos favorecidos	�
62.5. Da apreciação e concessão	�
62.6. Do prazo de duração	�
72.7. Do direito subjetivo do preso	�
73. SAÍDA TEMPORÁRIA	�
73.1. Fundamento legal	�
73.2. Das hipóteses de concessão	�
83.3. Dos requisitos	�
93.4. Quanto aos favorecidos	�
93.5. Quanto à escolta (ela é necessária?)	�
93.6. Da automatização da concessão do benefício	�
103.7. Da autorização para a saída temporária	�
103.8. Do recurso cabível em caso de indeferimento do pedido	�
113.9. Do prazo de duração	�
113.10. Das condições estabelecidas	�
123.11. Da revogação da saída temporária	�
123.12. Recuperação do direito após a revogação	�
134. CONCLUSÃO	�
14REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS	�
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1. INTRODUÇÃO
O presente trabalho acadêmico busca explicitar de forma objetiva o funcionamento da saída temporária e da permissão de saída. De maneira simples será possível compreender quais requisitos necessários para aderir ao benefício, quem é o responsável para apreciar e decretar a autorização, a quem se destina, e qual o prazo estabelecido pela lei, tendo em vista que é de suma importância saber quais as conseqüências que serão impostas, caso haja o descumprimento de alguns dos requisitos que a lei de execução penal interpõe, uma vez que, tanto a saída temporária, como a permissão de saída constituem notáveis fatores para atenuar o rigor da execução contínua da pena de prisão.
Desde logo, este trabalho objetiva pontuar itens necessários para compreender sobre os meios que o judiciário e o direito brasileiro usam para beneficiar os apenados com a saída temporária e/ou a permissão de saída. Nessa breve introdução, será possível verificar que esse ‘’benefício’’ concebido, dependerá do preenchimento dos requisitos impostos na lei e como também das circunstâncias que serão interpretadas pelo juiz, para chegar a uma decisão para o deferimento ou não do beneficio.
Ademais, serão mais bem exemplificadas as circunstâncias, ou seja, o porquê da necessidade da saída, para que seja possível verificar a verdadeira finalidade da saída temporária pleiteada, tendo em vista os institutos que podem ser aplicados aos presos segundo os seus antecedentes e personalidade.
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2. PERMISSÃO PARA SAÍDA
2.1. Fundamento Legal
Arts. 120 e 121 da Lei de Execução Penal
Art. 120. Os condenados que cumprem pena em regime fechado ou semi-aberto e os presos provisórios poderão obter permissão para sair do estabelecimento, mediante escolta, quando ocorrer um dos seguintes fatos:
I - falecimento ou doença grave do cônjuge, companheira, ascendente, descendente ou irmão;
II - necessidade de tratamento médico (parágrafo único do artigo 14).
Parágrafo único. A permissão de saída será concedida pelo diretor do estabelecimento onde se encontra o preso.
Art. 121. A permanência do preso fora do estabelecimento terá a duração necessária à finalidade da saída.
De acordo com os preceitos legais a primeira espécie de autorização de saída se funda em razões humanitárias e é relativa à permissão de saída que será concedida pelo diretor do presídio sendo aplicada ao condenado em regime fechado ou semi-aberto e aos presos provisórios. A permissão de saída está prevista nos artigos 120 e 121 da LEP, que tem por fundamento a humanização da pena e visa possibilitar que o condenado saia do estabelecimento prisional, mediante escolta.
A permissão para saída não é um benefício ao recluso, e sim uma obrigação do Estado, posto que este, de fato é obrigado a cuidar do preso. Ele é responsável pela vida, saúde e dignidade de quem está sob sua tutela. Se o indivíduo já estiver condenado, o tempo em que ele permanecer internado no hospital conta como tempo de pena cumprido. Se ainda não estiver condenado, o tempo que ficar internado vai ser abatido da pena final se houver condenação (é o que chamamos de detração penal).
2.3. Dos requisitos
A Lei de Execução Penal regulamenta quais são as hipóteses, deixa explicita no artigo 120, I e II, as hipóteses que autorizam a permissão de saída, sendo que este rol é taxativo, ou seja, não admite interpretação extensiva, sendo somente admitidas nos casos de:
a) Falecimento ou doença grave do cônjuge, companheiro(a), ascendente, descendente ou irmão
Estes fatos devem ser indispensavelmente comprovados documentalmente para os fins de deferimento, mediante a juntada da correspondente prova. Assim, será exigido do beneficiário que demonstre documentalmente a relação de parentesco e o falecimento ou doença grave.
Essa questão tormentosa diz respeito à demonstração documental da união estável, já que muitos companheiros não documentam tal relação. Neste caso, permite-se que o condenado se valha de qualquer meio idôneo para demonstrar ao diretor da unidade prisional que o vínculo existe como, por exemplo, declarações escritas de testemunhas.
No que tange a doença grave, a LEP não exige que a enfermidade seja incurável ou que o parente esteja em estado terminal, bastando, assim, o risco de morte.
b) Necessidade de tratamento médico
O art. 120, II, da LEP faz referência ao disposto do art. 14, parágrafo único. Tal alusão, na realidade, deve ser compreendida como relativa ao disposto ao art. 14, §2º, pois que o dispositivo não contém parágrafo único.
Esta hipótese dispõe que o condenado pode sair do estabelecimento prisional, mediante escolta, para tratamento médico quando não existente no local de cumprimento da pena. O tratamento poderá se prestado tanto em unidade de saúde pública ou privada.
2.4. Quanto aos favorecidos
As permissões de saída destinam-se aos condenados que cumprem pena em regime fechado ou semiaberto e aos presos provisórios. Aos condenados que cumprem pena no regime aberto não há previsão sobre a concessão do aludido direito.
É possível estender ao condenado que cumpre a pena no regime aberto, recolhendo-se na Casa de Albergado? Neste caso, entendemos que, se o condenado necessitar se ausentar por motivo de falecimento, doença grave ou tratamento de saúde urgentes, enquanto se encontra na Casa de Albergado, a ele deverá ser concedido o direito. Tal situação de urgência deverá ser demonstrada documentalmente.
Cumpre ressaltar que ao condenado em cumprimento de pena no regime aberto, que esteja acometido por doença grave, poderá ensejar prisão domiciliar, conforme se infere do art. 117, II, da LEP.
2.5. Da apreciação e concessão
Estes direitos podem ser apreciados e concedidos por ato do Diretor do Estabelecimento Prisional. Entretanto, o juízo da execução penal poderá ser instado a analisar o pedido diante da inafastabilidade do acesso à jurisdição, seja diretamente ou quando houver negativa injustificada pelo diretor da unidade, neste último caso, o representante legal do recluso poderá recorrer ao juiz da vara de execução penal para que este determine a permissão de saída.
Qual é a peça cabível em caso de negativa injustificada?
Neste caso, havendo a negativa do diretor do presídio para a concessão desse direito, a interposiçãodo pedido de permissão para sair em favor do recluso se dará no juízo da execução e a peça cabível, neste cenário, será o mandado de segurança com pedido de liminar.
2.6. Do prazo de duração
A LEP não estabeleceu prazo de duração das permissões de saída, limitando-se a dispor, no art. 121, que terá a duração necessária à finalidade da saída. Dessa forma, entende-se que o direito será conferido de modo breve a atender a necessidade fundamentadora do pedido. Destarte, nada impede que a permissão de saída se prolongue no tempo, especialmente na hipótese de tratamento médico do preso.
2.7. Do direito subjetivo do preso
O STJ, no HC nº 170197/RJ, entendeu que a permissão de saída não configura direito subjetivo do preso, devendo ser avaliada em cada caso concreto.
3. SAÍDA TEMPORÁRIA
3.1. Fundamento legal
Arts. 122 ao 125 da Lei de Execução Penal
Esta segunda espécie de autorizações de saída é a saída temporária, e está prevista nos artigos 122 a 125 da LEP.
Pode-se definir a saída temporária como um benefício concebido pelo juiz da execução penal, aos condenados que cumprem pena em regime semi-aberto, por meio do qual ganham o direito de saírem temporariamente do estabelecimento prisional, sem vigilância direta, ou seja, sem escolta e sem guardas monitorando-os. 
De acordo com o artigo 122 do código de execução penal, a saída temporária tem por finalidade conceber ao apenado, o direito de visitar a família, freqüentar um curso, e até mesmo te participação em atividade que concorram para o retorno ao convívio social.
3.2. Das hipóteses de concessão
De acordo com o preceito legal as hipóteses de concessão da saída temporária podem ser:
a) Visita à família
É destinada à manutenção dos vínculos familiares para a reinserção social do preso. A LEP não restringe quais os familiares poderão ser visitados, podendo ser qualquer pessoa com quem o preso mantenha laços afetivos.
Neste caso, os laços familiares deverão ser demonstrados documentalmente. Na prática, é comum se conferir o direito à saída temporária para a visita à família em datas comemorativas.
b) Frequência a curso profissionalizante, bem como de instrução do 2º grau ou superior, na Comarca do Juízo da Execução
Esta hipótese é coerente com o acesso constitucional à educação preconizado no art. 205 da CF/88.
c) Participação em atividades que concorram para o retorno ao convívio social
Esta hipótese é genérica, possibilitando a saída temporária para participação em eventos culturais, artísticos, religiosos, esportivos, recreativos, etc.
3.3. Dos requisitos
A concessão da saída temporária dependerá da satisfação de requisitos constantes do art. 123 da Lei de Execução Penal.
Outrossim, a saída temporária requer o cumprimento de requisitos subjetivos e objetivos para sua concessão. Nesse contexto, estabelece o art. 123 da LEP que devem ser atendidos pelo apenado os seguintes requisitos:
a) Comportamento adequado do reeducando
Esse requisito é subjetivo e consubstanciado no mérito do condenado. As informações são prestadas pela administração do presídio em que o beneficiário cumpre a pena.
b) Cumprimento mínimo de 1/6 da pena, se o condenado for primário e 1/4 se reincidente
Esse requisito é objetivo, consistente na necessidade de que tenha o apenado tenha cumprido um lapso mínimo de pena como condição para o deferimento.
Não se exige que o cumprimento de 1/6 ou 1/4 da pena tenha ocorrido no regime semiaberto, podendo, assim, que tal lapso tenha sido adimplido quando o condenado estava cumprindo a pena no regime fechado, consoante o teor da Súmula nº 40 do STJ que dispõe que para obtenção dos benefícios de saída temporária e trabalho externo, considera-se o tempo de cumprimento da pena no regime fechado.
c) Compatibilidade do benefício com os objetivos da pena
Requisito de ordem subjetivo. Além da finalidade de prevenção geral e repressão à prática de crimes, a pena tem como objetivo a ressocialização do condenado, visando adaptá-lo ao convívio em sociedade.
3.4. Quanto aos favorecidos
As saídas temporárias, segundo a LEP, são destinadas apenas aos condenados do regime semiaberto. Destarte, tanto a doutrina quanto a jurisprudência têm admitido a concessão aos presos em regime fechado sob o fundamento da necessidade de retorno gradual do preso à sociedade.
Também é possível a concessão do benefício da saída temporária ao preso em regime aberto que esteja frequentando a Casa de Albergado, pois que, a recusa desse benefício nesta circunstância constituiria verdadeira contradictio in terminis, pois conduziria a uma paradoxal situação em que o preso em regime mais grave (semiaberto) teria direito a um benefício legal negado ao que, precisamente, por estar em regime aberto, demonstrou possuir condições pessoais mais favoráveis de reintegração à vida comunitária.
3.5. Quanto à escolta (ela é necessária?)
Na saída temporária não há escolta direta dos presos beneficiários. Evidentemente, caso o juízo da execução entenda necessário, poderá haver a fiscalização do preso por meio de monitoramento eletrônico, nos termos do art. 122, parágrafo único e 146-B, inciso II da LEP. À vista disso, a saída temporária deve ter cunho jurisdicional, ou seja, a competência para conceder a saída temporária é do juiz da execução.
3.6. Da automatização da concessão do benefício
Questão interessante diz respeito à automatização da concessão da saída temporária, de maneira que o juízo da execução predetermine datas específicas para concessão, desde que adimplidos os requisitos pelo condenado, bastando, assim, que o diretor da unidade prisional ateste tais requisitos como cumpridos.
A jurisprudência vinha rechaçando essa prática sob o fundamento de que tolheria a oitiva do Ministério Público e não analisaria a compatibilidade do benefício com os objetivos da pena. Assim, o Superior Tribunal de Justiça publicou a Súmula nº 520 que giza que “o benefício de saída temporária no âmbito da execução penal é ato jurisdicional insuscetível de delegação à autoridade administrativa do estabelecimento prisional.”
3.7. Da autorização para a saída temporária
Quando da saída temporária, diferentemente da permissão de saída, quem outorga a saída do recluso é o juiz considerando-se a atribuição exclusiva que lhe fora atribuída, este, por sua vez, é responsável por essa determinação, não podendo delegá-la a qualquer membro de fundação carcerária ou diretor de presídio.
De acordo com o instituído pela Lei 12.258/2010 ao conceder a saída temporária, o juiz deve impor ao beneficiário algumas condições, entre outras que entender compatíveis com as circunstâncias do caso e a situação pessoal do condenado.
3.8. Do recurso cabível em caso de indeferimento do pedido
Para os casos em que possa haver uma decisão prolatada pelo juiz denegando a saída temporária é possível, segundo art. 197 da LEP, interpor o recurso de agravo em execução criminal que consiste em mecanismo usado para impugnar toda decisão proferida pelo magistrado da execução penal, que prejudique direito das partes principais envolvidas no processo. O agravo previsto na LEP é inominado, pois existem o agravo de instrumento, agravo retido e o agravo regimental (Instância Superior) no processo civil.
As permissões de saída e as visitas externas devem conceder-se aos presos sempre que estas medidas não representem perigo para a sociedade e sejam proveitosas para sua reabilitação, todavia seu sucesso depende sempre da concessão criteriosa da autorização, que somente deve ser deferida ao condenado que demonstra compatibilidade com a liberdade decorrente da saída temporária.
3.9. Do prazo de duração
O art. 124 da LEP reza que, uma vez atendidos os requisitos legais, as autorizações de saída temporária, em regra, poderá ser deferida por prazo não superior a 7 (sete) dias, podendo ser renovada por mais quatro vezes durante o ano. Assim, conclui-se que poderão ser concedidas 5 (cinco) autorizaçõesde saída temporária durante o ano.
Ressalte-se, que entre cada saída temporária concedida deverá haver um lapso temporal de 45 dias, nos termos do art. 124, §3º da LEP.
Importante frisar que cada recluso terá direito a até 5 (cinco) saídas temporárias a cada 12 meses, desde que cumpridas as formalidades estabelecidas em lei. Cada saída temporária terá a duração de no máximo 7 (sete) dias fora do estabelecimento prisional.
Saliente-se que o prazo de 35 dias não será aplicado quando o condenado obtenha o direito à saída temporária para frequentar curso profissionalizante, ensino médio ou superior, caso em que o preso poderá se ausentar pelos dias necessários para atendimento das atividades discentes.
3.10. Das condições estabelecidas
Como condições para o gozo da saída temporária, dispõe o art. 124 da LEP que, ao conceder a saída temporária, o juiz imporá ao beneficiário as seguintes condições, entre outras que entender compatíveis com as circunstâncias do caso e a situação pessoal do condenado:
I – fornecimento do endereço onde reside a família a ser visitada ou onde poderá ser encontrado durante o gozo do benefício;
II – recolhimento à residência visitada, no período noturno;
III – proibição de frequentar bares, casas noturnas e estabelecimentos congêneres.
3.11. Da revogação da saída temporária
O art. 125 de LEP estatui quais as situações que enseja a revogação da saída temporária, rezando que o benefício será automaticamente revogado quando o condenado praticar fato definido como crime doloso, for punido por falta grave, desatender as condições impostas nas autorizações de saída ou revelar baixo grau de aproveitamento do curso.
A recuperação do direito à saída temporária dependerá da absolvição no processo penal, do cancelamento da punição disciplinar ou da demonstração do merecimento do condenado, consoante reza o parágrafo único do art. 125 da LEP.
3.12. Da recuperação do direito após a revogação
O parágrafo Único do artigo 125 da LEP trata-se das formas que a Lei prevê para a recuperação do direito depois de revogado, pois a recuperação dependerá:
Da absolvição no processo penal;
Do cancelamento da punição disciplinar; ou
Da demonstração do merecimento do condenado.
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4. CONCLUSÃO
O presente trabalho teve como objetivo analisar um estudo com base aos meios que o direito mediante a Lei de Execução Penal se dispôs para que seja a concebida aos apenados a Autorização de Saída. Diante do que foi pesquisado, foi analisado que existem duas formas de autorização de saída, sendo a permissão de saída e a Saída Temporária.
Foi possível concluir que o benefício da saída temporária, disciplinado nos arts. 122 à 125 da LEP, baseia-se na confiança (não há vigilância direta sobre o apenado) e no objetivo de ressocialização, já a permissão de saída disciplinada no artigo 120 também da LEP, baseia-se na lei propriamente dita, ou seja, não sendo possível a confiança, tendo como caráter o objetivo explicito concretizado na lei, onde só será cabível, caso haja o enquadramento dos requisitos da mesma.
Desta forma, foi concluído que para aderir à autorização de saída, será preciso avaliar cada caso concreto, para que se caso atendidos os requisitos, seja disponibilizado de acordo com a lei o beneficio pleiteado que é de direito do apenado.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
MIRABETE, Júlio Fabbrini; FABBRINI, Renato N. Execução Penal. 11ª ed., São Paulo: Atlas, 2004.
CAPEZ, Fernando. Curso de Direito Penal. Parte especial. v. 2. 16. ed. rev. e atual. São Paulo: Saraiva, 2014.
NUCCI, Guilherme de Souza. Manual de processo penal e execução penal. 11. ed. ver. e atual. Rio de Janeiro: Forense, 2014.
_______. Manual de processo penal e execução penal. 3. ed. revista. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2007.
[1] COAD. Informações confiáveis. Súmula no 40 stj. 12 maio 1992. Disponível em: <http://www.coad.com.br/busca/detalhe_16/841/Sumulas_e_enunciados>. Acesso em: 28 maio 2017.
[2] Copyright Canal Ciências Criminais. Autorizações de saída na lei de execuções penais. Rio Grande do Sul. 8 mar. 2017. ISSN 2446-8150. Disponível em: <https://canalcienciascriminais.com.br/autorizacoes-de-saida/>. Acesso em: 27 maio 2017.
[3] Dizer direito. Súmula 520-stj comentada. Execução penal, saída temporária. 25 mar. 2015. Disponivel em: <https://dizerodireitodotnet.files.wordpress.com/2015/05/ sc3bamula-520-stj1.pdf>. Acesso em: 27 maio 2017.
[4] Jusbrasil. A vedação das saídas temporárias. São Paulo. Disponível em: <https://canalcienciascriminais.com.br/autorizacoes-de-saida/>. Acesso em: 27 maio 2017.
[5] Portal da presidência da república. Casa civil. Lei de execução penal. Brasília. 1984. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L7210.htm>. Acesso em: 27 maio 2017.

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