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EBGL (parte 1)
CLC – ORLANDO ROCHA 
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NAVIO DE GÁS LIQUEFEITO
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NAVIO DE GÁS LIQUEFEITO
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OPERAÇÃO MAIS SIMPLES DO NAVIO DE GÁS
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1. PRODUÇÃO DO GÁS LIQUEFEITO
GLP: expressão genérica para PROPANO, BUTANO ou mistura de ambos. 
OBTENÇÃO PRIMÁRIA: óleo crú processado em refinarias ou subprodutos de instalações de produtos químicos. 
Apenas disponível na forma pressurizada e comercializada em cilindros e pequenos tanques de pressão (vasos de pressão). 
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OBTENÇÃO SECUNDÁRIA: de correntes de gás natural ou de óleo cru em/ou próximo ao ponto de produção.
GÁS NATURAL (GN) DE UM POÇO: metano, pequenas quantidades de HC pesados conhecidos como Líquidos de Gás natural (LGN) e variadas quantidades de água, CO2, N2 e outras substância que não os HCs.
A relação entre GN, LGN e GLP está mostrado na figura a seguir.
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GLP
 PROPANO (C3)
BUTANO (C4)
ETANO (C2)
PENTANO (C5) e 
FRAÇÕES PESADAS
LGN
GÁS
NATURAL
METANO (C1)
ÁGUA, CO2, N2 e OUTROS CONTAMINANTES QUE NÃO SÃO HIDROCARBONETOS
CONSTITUINTES DO GÁS NATURAL
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Qualquer que seja sua origem o gás natural necessita de tratamento para remoção de HCs pesados e dos constituintes que não são HC, para assegurar que o produto esteja em condição tecnicamente aceitável para liquefação ou uso na forma gasosa. 
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TRANSPORTE MARÍTIMO DE GÁS LIQUEFEITO
INÍCIO: década de 1920
PRODUTOS: Butano e Propano
ARMAZENAMENTO: vasos de pressão
TEMPERATURA: ambiente
Primeiro Navio: EE.UU. 1931 para butano e na EUROPA :1950.
Desenvolvimento de técnicas de refrigeração e dos metais adequados a baixas temperaturas permitiram o transporte das carga em temperatura abaixo da ambiente.
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Final de 1950: gases passaram a ser comercializados na condição de parcialmente refrigerados e os navios foram construídos com vasos de pressão que empregavam materiais adequados às baixas temperaturas.
Metade de 1960: navios para transportar GLP totalmente refrigerado e sob pressão atmosférica. 
Também nessa época entraram em operação os navios de Gás Natural Liquefeito (GNL) e de Gás Etileno Liquefeito (GEL). 
Em seguida, a Amônia tornou-se uma carga comum e os Gases Químicos tornaram-se comercialmente importantes.
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PRINCÍPIOS BÁSICOS DO TRANSPORTE DE GÁS
Transporte no estado líquido: volume até cerca de 850 vezes menor do que no estado gasoso.
 
Relação peso/volume: comércio economicamente praticável.
Liquefação do gás: pressurização, redução de sua temperatura ou utilização de ambos.
Tipos de transporte de gás liquefeito:
a) PRESSURIZADO; e
b) REFRIGERADO 
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No tipo PRESSURIZADO: a carga é transportada em temperatura ambiente e os tanques devem suportar a pressão na mais alta temperatura prevista da carga.
45oC é a mais alta temperatura assumida e corresponde à pressão de 17,5 barg (kg/cm2) para o gás PROPILENO, que é a carga mais volátil que pode ser transportada em temperatura ambiente.
Vasos de pressão cilíndricos e esféricos são usados para armazenar estas cargas.
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NAVIO DE GÁS TIPO PRESSURIZADO
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NAVIO DE GLP TIPO PRESSURIZADO
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No tipo REFRIGERADO a carga é transportada em temperatura abaixo da ambiente e os tanques devem suportar a pressão na mais alta temperatura prevista, ser de material adequado as mais baixas temperaturas prevista e serem isolados termicamente.
Os tanques têm que ser de liga especial de aço que dependem das temperaturas de transporte das cargas.
A pressão de projeto do tanque depende do grau de refrigeração pretendido. Assim podemos ter o transporte: “TOTALMENTE REFRIGERADO” ou “SEMI-REFRIGERADO”
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TOTALMENTE REFRIGERADO: carga é refrigerada de modo que sua pressão seja muito próximo à pressão atmosférica ou seja, no ponto de ebulição atmosférico e os tanques não necessitam ser vasos de pressão embora tenham e exigência de fabricação com metal adequado à baixa temperatura
SEMIRREFRIGERADO: carga é refrigerada abaixo da temperatura ambiente, sem ser totalmente refrigerada, seu vapor pode exercer uma pressão significante, exigindo que os tanques sejam vasos de pressão e fabricados com metal adequado à baixa temperatura. 
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NAVIO TOTALMENTE REFRIGERADO
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NAVIO DE GÁS TIPO SEMIRREFRIGERADO
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As cargas adequadas ao transporte em navios de gás estão relacionadas nos Códigos de Gás da IMO. 
As mais comuns são: Amônia, GLP, GNL, Butadieno, Butileno, Etileno, Propileno e VCM.
Dessas cargas apenas o GNL e o Etileno não podem ser liquefeitos por pressurização devido terem suas temperaturas críticas abaixo da temperatura ambiente.
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CONDIÇÕES DE TRANSPORTE DE ALGUMAS CARGAS
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2. FÍSICA E QUÍMICA
PROPRIEDADES E CARACTERÍSTICAS DOS GASES LIQUEFEITOS E SEUS VAPORES
GÁS é uma substância normalmente presente no estado de vapor em condições ambientais.
Em termos gerais, GÁS LIQUEFEITO é um liquido que na temperatura ambiente e pressão atmosférica será um GÁS. 
Pela definição do IGC Code, GÁS LIQUEFEITO é um líquido que tem pressão de vapor que excede a 2,8 bar na temperatura de 37,8 oC (100oF).
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As cargas de gás liquefeito típicas são HCs saturados, tais como: metano (CH4), etano (C2H6), propano (C3H8) e n-butano (C4H10).
Há cargas de gás liquefeito típicas que são HCs insaturados, tais como: etileno (C2H4), propileno (C3H6), butileno (C4H8), butadieno (C4H6) e isopreno (C5H8).
Há um grupo de cargas de gás liquefeito que são gases químicos e são caracterizados pela presença em suas estruturas moleculares de outros átomos que não só os de H e C, tais como: Óxido de Etileno (C2H4O), Óxido de Propileno (C3H6O) e VCM (CH2CHC). 
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HCs saturados como, por exemplo, METANO, ETANO, PROPANO e BUTANO são incolores e inodoros. A esses gases são adicionados compostos de enxofre (mercaptans) como odorizantes (percepção pelo odor).
HCs insaturados são mais vulneráveis e mais instáveis do que os HCs saturados.
Muitos gases químicos são reativos. 
Gases liquefeitos que são instáveis ou reativos podem ser estabilizadas pela adição de um INIBIDOR.
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Alguns inibidores são tóxicos e podem não evaporar com a carga e, por essa razão, o vapor da carga poderá não ficar inibido. 
Oficiais responsáveis pelas operações devem se certificar que, caso uma carga deva estar inibida para ser transportada, seja recebido do terminal ou do embarcador um CERTIFICADO DE INIBIÇÃO DE CARGA, antes da partida.
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No Certificado devem constar, pelo menos, as seguintes informações:
(a) nome do inibidor e quantidade adicionada;
(b) data em que o inibidor foi adicionado e a duração normalmente prevista para sua efetividade na carga; 
(c) limitação de temperatura que possa afetar o inibidor; e 
(d) ação a ser tomada se a duração da viagem exceder o tempo de vida efetiva do inibidor.
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Principais inibidores usados:
 
 1) Hidroquinone (HQ); e 
 2) para – Thetryl Butyl Catechol (p-TBC).
Não existem inibidores para algumas cargas reativas. 
Nestes casos: cargas deverão ser transportadas sob pressão positiva de gás inerte com teor de O2 de, no máximo, 0,2% por volume.
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PRESSÃO ABSOLUTA: todos os medidores de pressão medem a diferença de pressão, ou seja a pressão manométrica
O valor da pressão absoluta que está sendo medida é obtida pela adição da pressão externa à pressão manométrica 
PRESSÃO MANOMÉTRICA: mede a diferença de pressão entre aquela ao qual o manômetro está conectado e a pressão externa ao manômetro. 
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CONVERSORES DE UNIDADES DE PRESSÃO
(Sistema Internacional de Unidades)
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CALOR é uma forma de energia que se adicionada a uma substância aumenta a velocidade de movimento das moléculas constituintes dessa substâncias.
 A temperatura é a medida da quantidade de calor de uma substância ou a freqüência das vibrações moleculares.
 
 Por exemplo, abaixo de 0 oC a
água está no estado sólido (gelo) e se adicionarmos calor a ela, sua temperatura aumenta até atingir 0 oC sem que haja mudança no seu estado físico. Este calor adicionado é chamado de CALOR SENSÍVEL.
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Ao atingir 0oC o calor adicionado ao gelo faz mudar seu estado físico, de sólido para líquido, mantendo esta temperatura até que toda mudança esteja completada.
Este calor é o CALOR LATENTE e como a mudança é de sólido para líquido ele é definido como CALOR LATENTE DE FUSÃO; a temperatura de 0 oC é o PONTO DE CONGELAMENTO da água. Isto ocorre em todas as mudanças de estados físicos
Com base nisto, podemos definir CALOR SENSÍVEL e CALOR LATENTE como a seguir: 
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CALOR SENSÍVEL é a quantidade de calor adicionada ou retirada de uma substância para variar sua temperatura sem mudar seu estado fásico.
CALOR LATENTE é a quantidade de calor adicionada ou retirada de uma substância para mudar se estado físico sem variar a sua temperatura. 
Assim, podemos ter a denominação do CALOR LATENTE de acordo com a mudança de estado, como, por exemplo:
VAPORIZAÇÃO (líquido vapor); 
LIQUEFAÇÃO-CONDENSAÇÃO (vapor líquido), etc.
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As substâncias existem na natureza nos estados SÓLIDO, LÍQUIDO e GASOSO.
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DIAGRAMA DE TEMPERATURA/PRESSÃO
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PROPRIEDADES DOS LÍQUIDOS PUROS
DENSIDADE DE UM LÍQUIDO é definida como a massa por unidade de volume (m/v) e pode ser medida em kg/dm3, kg/litro ou kg/m3. 
A densidade dos gases liquefeitos diminui com o aumento da temperatura devido ao coeficiente de expansão do volume que é relativamente grande para os gases liquefeitos. Todos os gases liquefeitos têm densidade menor que 1 com exceção do CLORO (1,52).
Na tabela a seguir podemos ver a densidade em relação a água, de alguns gases liquefeitos em seus pontos de ebulição atmosférico.
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PROPRIEDADES FÍSICAS DOS GASES
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DENSIDADE DO VAPOR SATURADO dos gases liquefeitos geralmente é expressa em kg/m3. Ela aumenta com o aumento da temperatura devido o vapor estar em contato com seu líquido e quando a temperatura aumenta mais líquido é transferido para a fase vapor levando a um aumento na pressão de vapor. Isto resulta em um considerável aumento na massa por unidade de volume do espaço do vapor. 
Com exceções do metano, etileno e amônia, todos os demais gases tem densidade relativa do vapor maior que 1. 
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PRESSÃO DE VAPOR SATURADO
O vapor no espaço acima do líquido não está estático uma vez que as moléculas de líquido próximas à superfície do líquido estão constantemente saindo para a fase vapor e as moléculas de vapor estão retornando a fase líquida.
Um VAPOR SATURADO em qualquer temperatura é o vapor que está em equilíbrio com seu líquido naquela temperatura. Nesta condição o espaço não pode aceitar qualquer vapor posterior proveniente do líquido, embora continue havendo trocas contínuas de moléculas entre o vapor e o liquido. 
A pressão exercida por um vapor saturado numa determinada temperatura é chamada de PRESSÃO DE VAPOR SATURADO naquela temperatura.
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DIFUSÃO E MISTURA DE GASES
Um frasco de perfume aberto tem seu aroma sentido por todo o ambiente. A difusão é a propriedade de duas ou mais substâncias misturarem-se espontaneamente, resultando em soluções (misturas homogêneas), quando colocadas em presença uma das outras. Se conhecermos os componentes de uma mistura de gases, é possível fazer alguns cálculos para determinar a densidade relativa e a pressão de vapor saturado dessa mistura.
O GLP é uma mistura que pode ser feita nos tanques de terra ou nos tanques de bordo.
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PERIGOS DOS GASES 
Todos os navios de gás são projetados de maneira que, nas operações normais, o pessoal não necessita ficar exposto aos perigos que as cargas representam. Entretanto, num vazamento acidental, procedimento incorreto ou tarefas de manutenção, o pessoal poderá ficar exposto aos produtos líquidos ou gasosos.
Certamente, os principais perigos à saúde que os gases apresentam são: 
a) TOXIDADE;
b) DEFICIÊNCIA DE OXIGÊNIO;
c) QUEIMADURA PELO FRIO E QUÍMICA; e
d) INFLAMABILIDADE;
e) REATIVIDADE
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DADOS DE SAÚDE PARA VAPORES/GASES
X=SUAVE XX=FORTE
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DADOS DE SAÚDE PARA LÍQUIDOS
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TOXIDADE
Toxidade é a capacidade de uma substância para causar dano ao tecido humano, prejuízo ao sistema nervoso central, doença ou, em casos extremos, a morte quando ingerida, inalada ou absorvida através da pele. Exposição a gases tóxicos pode levar aos seguintes efeitos:
1) irritação do pulmão e garganta, dos olhos e algumas vezes da pele; 
2) narcose, que pode resultar em interferência ou inibição de resposta e controle normais; e 
3) dano de curta/longa duração e até mesmo permanente ao tecido corporal ou sistema nervoso.
O Limite de Tolerância (Threshold Limit Value-TLV) recomendado para os diversos produtos que são transportados devem ser usados como parâmetros que norteiam a toxidade das cargas. 
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DEFICIÊNCIA DE OXIGÊNIO
O corpo humano necessita de ar com teor de 21% de O2 embora uma atmosfera com um nível menor possa ser suportada por algum tempo. A suscetibilidade das pessoas pela redução do nível de O2 varia de uma para outra, porém em níveis abaixo de 19,5% de oxigênio, geralmente existe rápido prejuízo na atividade e no poder de raciocínio. 
Esta diminuição é particularmente perigosa pois a vitima pode não reconhecer o perigo ou tornar-se confusa e ser incapaz de atuar corretamente. 
Em níveis abaixo de 16% de oxigênio, o inicio de inconsciência pode ser rápido e se a vitima não for removida rapidamente da área, pode haver para na respiração. 
Em níveis mais baixos, o tempo permitido de exposição diminui rapidamente e, mesmo que a vitima seja removida antes da morte, pode ocorrer dano permanente no cérebro.
 
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A deficiência de O2 por deslocamento ocorrerá quando as concentrações de vapor de carga ou de gás inerte estão presente em qualquer espaço e pode ocorrer devido a outras razões tal como oxidação.
 
Pelas razões acima e tendo em mente que as concentrações de gás em um espaço fechado raramente são homogêneas, é essencial proibir a entrada nesse espaço, a menos que o teor de O2 seja medido em diversos pontos de amostragem e em diferentes níveis.
Se houver necessidade absoluta de entrada e os critérios acima não puderem ser observados, o pessoal deve ser protegido por aparelho de respiração antes de entrar no espaço. 
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QUEIMADURA PELO FRIO E QUÍMICA
O contato da pele com materiais que estão muito frios em relação à temperatura do corpo humano causará dano similar àquele em que o contato é feito com materiais quentes. Evidentemente existem tais riscos na operação da planta ou no manuseio do navio de gases liquefeitos totalmente refrigerados.
 
Embora os materiais do sistema de contenção para manuseio de gases liquefeitos dos navios totalmente pressurizados sejam seguros em ou próximo a temperatura ambiente, deve ser lembrado que vazamento de líquido de uma tubulação pressurizada rapidamente vaporizará até uma temperatura totalmente refrigerada e nunca deve ser feita aproximação sem uma roupa de proteção.
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Os sintomas de queimadura pelo frio com pelo quente são extremamente dolorosas ná área afetada, com confusão, agitação e possibilidade de desfalecimento da vitima. Se a área da queimadura for grande inevitavelmente será desenvolvido o choque.
Deve ser notado que na tabela anterior existem 4 produtos relacionados ( amônia, cloro, óxido de etileno e óxido de propileno) que causam queimadura química além da queimadura pelo frio. Embora a rápida evaporação dos gases liquefeitos minimizem a extensão da queimadura química sobre a pele, tais gases são especialmente perigosos para os olhos. 
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INFLAMABILIDADE
Todos os gases liquefeitos transportados por mar , são inflamáveis, com exceção do CLORO, N2 e GASES REFRIGERANTES. 
Os vapores dos gases inflamáveis são, geralmente, tão fáceis
de entrar em ignição como aqueles provenientes do óleo. A única exceção é o vapor da amônia que não requer energia da fonte de ignição tão alta que dos outros vapores inflamáveis.
Devido a alta pressão de vapor e a rápida vaporização dos gases liquefeitos derramados, a propagação dos vapores inflamáveis é provável que seja mais extensa do que no caso de uma vazamento similar de óleo. A chance de ignição depois de um derramamento de gás liquefeito, é maior. A irradiação de incêndio em gases liquefeitos, por causa de uma rápida produção de vapor, pode ser intensa e nenhum combate a incêndio deve ser feito sem a proteção da roupa de bombeiro. 
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DADOS DE INFLAMABILIDADE
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TRATAMENTO COM PRIMEIROS SOCORROS
Os procedimentos de primeiros socorros para acidentes envolvendo carga são dados nas Folhas de Informações das Cargas .
Os navios-tanque de gás liquefeito que transportam cargas tóxicas devem ter equipamento médico de primeiros socorros para acidentes que envolvam as cargas a bordo. Este equipamento inclui o de ressuscitação e antídotos para os produtos.
O Comandante ou o Oficial responsável deve estar familiarizado com o uso do equipamento médico de primeiros socorros. O tratamento médico profissional deve sempre ser solicitado nos casos em que os acidentados tiverem sido submetidos a vapores tóxicos e/ou irritantes. 
A publicação IMO – Medical First Aid Guide for Use in Accidents Involving Dangerous Goods (MFAG) dá informações detalhadas acerca dos sinais e sintomas, primeiros socorros e administração de antidotos. 
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FISPQ – ÓXIDO DE ETILENO (FOLHA 1)
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FISPQ – ÓXIDO DE ETILENO (FOLHA 2)
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FISPQ – ÓXIDO DE ETILENO (FOLHA 3)
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FISPQ – ÓXIDO DE ETILENO (FOLHA 4)
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REATIVIDADE
As cargas de gases liquefeitos podem reagir de várias maneiras, tais como:
1) com ela mesma (auto-reação);
2) com o ar;
3) com a água;
4) com outra carga; e
5) com outros materiais.
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AUTO REAÇÃO 
Cargas tais como o Butadieno, o Isopreno, o VCM e o Óxido de Etileno, podem auto-reagir. Esta reação pode levar a polimerização que poderá ser iniciada com a presença de pequenas quantidades da carga anterior.
A polimerização normalmente gera calor o que vai produzir a aceleração da reação.
Os Códigos de Gás da IMO requer que estas cargas sejam transportadas inibidas com entrega do Certificado de Inibição ao navio.
Não há inibidores para algumas cargas como por exemplo o Óxido de Etileno. Estas cargas devem ser transportadas sob pressão positiva de gás inerte de modo que o teor de O2 não ultrapasse 0,2% por volume.
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REAÇÃO COM O AR
Algumas cargas como, por exemplo o Butadieno, podem reagir com o ar formando compostos instáveis como os peróxidos.
PERÓXIDO é um composto formado pela combinação química do líquido ou vapor de carga com o oxigênio atmosférico ou oxigênio de outra fonte (exemplo:ferrugem no tanque de carga). 
Estes compostos podem ser, em alguns casos, altamente reativos ou instáveis e constituem um perigo em potencial.
Estas cargas são transportadas inibidas ou sob pressão de gás inerte e o teor de oxigênio na carga deve ser medido para evitar a formação desse peróxido. 
O peróxido mais comum é o chamado Pop Corn (pipoca) que podem obstruir a tubulação e válvulas do sistema de carga. 
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PROPRIEDADES DOS GASES LIQUEFEITOS
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REAÇÃO COM A ÁGUA – HIDRATOS
O GLP (Propano e Butano) podem formar hidratos sob certas condições de temperatura e pressão e na presença de água. Esta água pode estar presente no GLP como uma impureza ou ser retirada da antepara do tanque se houver ferrugem presente. A ferrugem que foi desidratada do GLP perde sua força de adesão à antepara do tanque e pode ficar acumulada no fundo do tanque como um pó fino.
Os hidratos de GLP são sólidos cristalinos brancos como a neve que, quando presentes, podem bloquear filtros e válvulas reguladoras do retorno de condensado da planta de reliquefação e podem causar avarias nas bombas de carga.
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Inibidores de hidratos, tais como metanol e etanol, podem ser adicionados em pontos adequados do sistema de carga desde que tenha havido permissão do embarcador.
Se um inibidor de hidrato tiver que ser adicionado a uma carga que pode polimerizar, deve-se ter extremo cuidado pois ele pode interferir com o mecanismo de inibição do polímero.
 
O metanol por ser tóxico exige cuidados especiais. Os tanques que contém metanol devem ser identificados de forma a evitar manuseio incorreto pelo pessoal de bordo. 
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REAÇÃO COM OUTRAS CARGAS
Algumas cargas podem reagir de forma violenta com outras cargas. Isto exige que sejam evitadas misturas destas cargas.
Nos navios de gás liquefeito os sistemas de carga são totalmente independentes. A segregação envolve linhas, sistemas de refrigeração e de reliquefação, ventilação, etc.
Para informações sobre a reatividade entre cargas, devem ser consultadas as Folhas de Informações das Cargas que serão manuseadas e os regulamentos nacionais vigentes.
A seguir temos uma tabela de compatibilidade entre cargas.
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COMPATIBILIDADE ENTRE CARGAS
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REAÇÃO COM OUTROS MATERIAIS
As Folhas de Informações dos Produtos trazem uma relação de materiais que não são compatíveis com determinadas cargas. Os materiais usados nos tanques, redes e acessórios devem levar em consideração estas compatibilidades.
Por exemplo, o gás inerte não pode ser usado para purga dos vapores de carga da Amônia porque o teor de CO2 contido no mesmo poderá levar a formação de carbonato ou carbamato de amônia.
Também deve ser observado, entre outras,as possíveis reações que podem ocorrer com os óleo lubrificantes que forem utilizados nos compressores de carga. Os gases de HC liquefeitos podem dissolver-se no óleo lubrificante e esta contaminação pode resultar em inadequada lubrificação de compressores, selos de bombas, etc. 
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REATIVIDADE COM MATERIAIS
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REPAROS E TRABALHOS A QUENTE
Os reparos fora da praça de máquinas que necessitem de trabalhos a quente somente devem ser realizados quando forem essenciais para segurança ou operação imediata do navio e não for possível usar nenhuma outra alternativa para execução desses reparos.
Também os reparos na praça de máquinas quando associados ao combustível, lubrificação e sistemas de carga devem ser proibidos até que as exigências da legislação nacional e outras aplicáveis possam ser cumpridas, considerações de segurança tenham sido avaliadas e uma permissão de trabalho a quente tenha sido emitida. Isto pode envolver o comandante, a companhia, o embarcador, o terminal e a autoridade do porto.
Convém observar que trabalho a quente envolve o uso de ferramentas de força.
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