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ESTUDO DIRIGIDO 3 Individual

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UNIVERSIDADE DA AMAZÔNIA
JULIANA CARDOSO SALDANHA
 ESTUDO DIRIGIDO 
 ZOOTECNIA ESPECIAL BÁSICA
BELÉM
2017
UNIVERSIDADE DA AMAZÔNIA
JULIANA CARDOSO SALDANHA (26084002) 
3NNA
ESTUDO DIRIGIDO 
 ZOOTECNIA ESPECIAL BÁSICA
Trabalho apresentado como requisito para a obtenção de nota parcial na primeira avaliação, para a disciplina Zootecnia Especial Básica, ministrada pela Profª Drª Edwana Monteiro, no curso de Medicina Veterinária da Universidade da Amazônia.
BELÉM
2017
1 Caracterizar sub-raça ou variedade, família, linhagem, forma, população, indivíduo, genótipo e fenótipo.
Sub-raça ou variedade: Quando um conjunto de indivíduos da mesma raça começa a apresentar caracteres distintos, de tal forma que seja possível diferenciá-los da raça de origem, chamamos este fenômeno de sub-raça ou variedade. Isso ocorre por conta da dispersão desse conjunto por uma determinada área geográfica de significativa extensão, fazendo com que se formem novos grupos com atributos fisiológicos diferentes. Um exemplo de variedade é a raça de suínos Yorkishire, que possui três sub-raças: Large-White (grande porte); Middle-White (médio porte) e Small-White (pequeno porte). 
Família: o conceito de família varia entre os estudiosos. Alguns autores, como Zwaenepoel (1922), consideram família a mãe e sua descendência direta. Outros, o conjunto de descendentes a partir de um casal. Alguns pesquisadores classificam família como sendo apenas os descendentes do macho e outros somente da fêmea. Outro conceito aceito é a descendência direta e colateral de um casal até a quarta geração. 
 
Linhagem: é o grupo de indivíduos descendentes diretos de um genitor, que pode ser tanto o macho quanto a fêmea. Sendo assim, tais indivíduos precisam apresentar expressiva fixidez em determinados traços e qualidades advindos da herança biológica. 
Forma: designação para um grupo de indivíduos que ainda não teve a fixação dos caracteres comprovada, não podendo, assim, ser considerado uma raça. 
População: é o conjunto de indivíduos da mesma espécie que se reproduzem entre si e, por isso, apresentam propriedades comuns. População, então, refere-se à composição genética. A descrição dessa composição genética é dada pelo conhecimento de suas frequências gênicas e genotípicas. 
Indivíduo: É uma unidade indivisível. Um indivíduo nunca é totalmente igual a outro da mesma raça, variedade ou família, porque um se torna portador de características diferentes da herança biológica dos antepassados. As diferenças são menos perceptíveis quanto mais fixos e homogêneos forem os caracteres de uma raça.
Genótipo: é o patrimônio genético de um indivíduo proveniente da combinação de genes alelos das células germinativas feminina e masculina. Essas características genéticas são passadas de uma geração para outra. O genótipo é um aspecto fixo e constante de um organismo, ou seja, não muda conforme fatores ambientais. 
Fenótipo: é a expressão exterior do genótipo. Diferente do genótipo, a ação ambiental exerce influência sobre o fenótipo, que pode mudar continuamente durante a vida de um indivíduo. Nem todos os fenótipos são observáveis, como os grupos sanguíneos, que não podem ser visualizados, mas detectados experimentalmente. 
2 Identificar raças que possuam variedades, destacando as diferenças entre variedades com base no Padrão Racial.
Há uma grande quantidade de raças que possuem variedades. É bastante importante conhecer sobre o assunto para que se possa escolher adequadamente as raças ou linhagens a serem utilizadas nos empreendimentos rurais. Abaixo, listamos alguns exemplos: 
- Bovinos da raça Nelore: uma das raças zebuínas mais comuns do Brasil. É um dos melhores gados para o país, por se adaptarem ao clima tropical. Também é uma raça essencialmente produtora de carne. As variedades dela são: Nelore Mocho; Nelore de pelagem Vermelha e Amarela; e o Nelore de pelagem Malhado de Preto. O Mocho possui as mesmas características da raça original, com exceção do chifre. Houve bastante interesse dos criadores quando surgiu nas décadas de 1940 e 1950 no Brasil, pois os chifres oferecem perigo. 
- Chihuahua: Considerado o menor cão de raça do mundo, tem a forma de um cão compacto. O comprimento do corpo é ligeiramente mais longo do que a altura da cernelha. No entanto, é desejável que o corpo do macho seja quadrado e na fêmea, ligeiramente mais longo por causa da gravidez. Tem basicamente duas variedades: pelo longo e pelo curto. A primeira variedade possui um pelo e bem assentado sobre todo o corpo, ligeiramente mais longo quando apresenta subpelo. A pelagem é brilhante e de textura macia. Na variedade de pelos curtos, tem-se que deve ser fino e sedoso, liso ou ligeiramente ondulado. Já o subpelo não deve ser muito denso. As características consideradas desqualificantes são cães com pelo muito longo, fino e ondulado na variedade pelo longo e ausência de pelo na variedade de pelo curto. 
- Bovinos da raça holandesa: também conhecida como Holstein Frisan, tem como principal característica a sua excelente capacidade leiteira, uma das melhores do mundo. Apresenta três variedades: Frisia, Grominga e Mosa, Reno e Yessel. No Brasil, são criadas a Frisia (preto e branco) e Mosa, Reno e Yessel (vermelho e branco). A Frisia é malhada de preto e branco, com separação nítida entre as duas cores, sendo que há a predominância de cor branca em alguns animais e em outros, a cor preta. Na variedade Mosa, Reno e Yessel, a pelagem é vermelha, com predominância da cor vermelha no pescoço e cauda, e da cor branca no ventre, úbere e vassoura da cauda. 
3 Destacar o fenótipo de uma raça nativa do Nordeste brasileiro e evidenciar diferenças entre indivíduos dentro desta mesma raça.
Uma das raças nativas mais conhecidas do Nordeste brasileiro é a Canindé. Pode ser encontrada nos estados do Piauí, Bahia, Pernambuco, Rio Grande do Norte e Ceará. As características da raça Canindé são: cabeça média e harmoniosa com o corpo; chifres de coloração escura, que podem estar presentes ou não. O pescoço é delgado, harmônico e bem implantado; dorso de linha de apresentação reta; a garupa é inclina e curta. A pelagem é macia e fina, não muito curta na fêmea e mais grossa e mais comprida no macho, e de cor preta e com mancha branca no ventre e no lombo, podendo ter a variedade vermelha. 
4 Fazer analogia fenotípica entre uma raça derivada sintética e as raças que a formaram 
Por volta de 1940, no Vale do Paraíba, em São Paulo, surgiu a raça Girolando, após um touro da raça Gir invadir uma pastagem vizinha e cobrir vacas pertencentes a raça Holandesa. Os criadores de gado, ao perceberem que os produtos gerados desse cruzamento possuíam várias características positivas, principalmente a produção de leite, começaram a realizá-lo com mais frequência, mas de maneira desordenada. 
Para a formação da Girolando, busca-se a fixação do padrão racial e a consolidação do Puro Sintético (PS) da raça com o grau de sangue de 5/8 Holandês + 3/8 Gir. As principais características da raça são a rusticidade e a produção leiteira, além da alta capacidade de adaptação a diferentes tipos de manejo e clima. 
Os animais da raça Girolando possuem estatura média de 1,50m; pelos curtos, lisos, finos, brilhantes; cor vermelha em tonalidades típicas, dentre outras. A cabeça é de perfil retilíneo e fronte larga; e o tronco, musculoso e mediano nos machos e longo e descarnado nas fêmeas. 
Por sua vez, a raça Gir, da qual se originou a Girolando, tem pelagem fina, curta e sedosa, podendo ser de cor vermelha em todas as suas tonalidades, amarela em tonalidades típicas ou Moura clara e escura. Possui a cabeça de largura e comprimentos médios; e pescoço médio, com linha superior ligeiramente oblíqua, bem musculoso nos machos e delicado nas fêmeas. 
Já a raça Holandesa possui pelo da cor preto e branco e vermelho e branco; cabeça mediana, larga e perfil subcôncavo, sendo mais comprida e estreitanas fêmeas. O pescoço dos animais da raça holandesa é longo e delgado, juntando-se suavemente na linha superior do ombro, sendo comprido e delicado nas fêmeas e musculoso e vigoroso nos machos. 
5 Descreva as regras de nomenclatura de espécie, subespécie e subgêneros
O primeiro código para a designação científica dos animais foi proposto por Blanchard e adotado no 1º Congresso Internacional de Zoologia, em 1889, em Paris. Foi utilizado no 2º congresso e assim por diante, até que foram definitivamente aprovadas as chamadas Regras Internacionais de Nomenclatura Zoológica. 
Dessa forma, a nomenclatura das espécies é latina e binominal, ou seja, cada espécie é designada por duas palavras, sendo a primeira referente ao nome do gênero e a segunda ao da espécie a qual o animal pertence. Como exemplo, tem-se a formiga de fogo, Solenopsis saevissima, em que o gênero é Solenopsis e a espécie, saevissima.
Já a nomenclatura para a subespécie é trinominal. Exemplo: Mycobacterium tuberculosis bovis (Tuberculose bovina). Quando o animal possui um subgênero, o nome deve ser escrito entre o gênero e a espécie entre parênteses, com inicial maiúscula, como, por exemplo, Anopheles (Kertesia) bellator. 
REFERÊNCIAS
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SALMAN, Ana Karina Dias. Porto Velho: Embrapa Rondônia, 2007. Disponível em: <http://www.cpafro.embrapa.br/media/arquivos/publicacoes/doc118_geneticadepopulacoes_.pdf> Acesso em: 28 mar. 2017. 
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