Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
ADMINISTRAÇÃO DE MATERIAIS DEFINIÇÃO E CONCEITO A Administração de Materiais é definida como sendo um conjunto de atividades desenvolvidas dentro de uma empresa, de forma centralizada ou não, destinadas a suprir as diversas unidades, com os materiais necessários ao desempenho normal das respectivas atribuições. Visando assim à garantia de existência contínua de um estoque, organizado de modo a nunca faltar nenhum dos itens que o compõem, sem tornar excessivo o investimento total. Destina-se adotar a administração dos meios necessários ao suprimento de materiais imprescindíveis ao funcionamento da organização, no tempo oportuno, na quantidade necessária, na qualidade requerida e pelo menor custo. Sendo o ambiente competitivo como é faz-se necessário a busca de alternativas de vencer os concorrentes. A administração de materiais é bastante ampla e pode contribuir a partir do momento que envolve as seguintes atividades: Gerenciamento dos recursos materiais: Gerenciamento dos estoques Produtos/materiais em processo Produtos acabados Gerenciamento dos Recursos Patrimoniais: Equipamentos Instalações, prédios, veículos, etc. Compras: O que deve ser comprado Como deve ser comprado Quando deve ser comprado Onde deve ser comprado De quem deve ser comprado Por que preço deve ser comprado Em que quantidade deve ser comprado Logística interna e Logística Externa Sendo assim várias tem sido as etapas que vem ocorrendo dentro da administração de materiais cabendo ressaltar algumas delas tais como: A logística – operação integrada, que trata das atividades de movimentação e armazenagem, que facilitam o fluxo de materiais e produtos desde a aquisição até o ponto de consumo final, bem como dos fluxos de informações; Desenvolvimento de Parcerias – fornecedores preferenciais; Programação de fornecedores – manter uma programação integrada entre o PCP (Planejamento e Controle de Produção) da fábrica/empresa e o fornecedor; A administração dos recursos materiais engloba a sequencia de operações que tem seu início na identificação do fornecedor, na compra do bem, em seu recebimento, transporte interno e acondicionamento, em seu transporte durante o processo produtivo, em sua armazenagem como produto acabado e, finalmente, em sua distribuição ao consumidor final. SUBSISTEMAS DA ADMINISTRAÇÃO DE MATERIAIS Subsistemas Típicos: - Controle de Estoque - Classificação de Material - Aquisição / Compra de Material - Armazenagem / Almoxarifado - Movimentação de Material - Inspeção de Recebimento - Cadastro Subsistemas Específicos: - Inspeção de Suprimentos - Padronização e Normalização - Transporte de Material RESPONSABILIDADES DA ADMINISTRAÇÃO DE MATERIAIS - Suprir, através de Compras, a empresa, de todos os materiais necessários ao seu funcionamento; - Avaliar outras empresas como possíveis fornecedores; - Supervisionar os almoxarifados da empresa; - Controlar os estoques; - Aplicar um sistema de aprovisionamento adequado, fixando estoques mínimos, lotes econômicos e outros índices necessários ao gerenciamento dos estoques, segundo critérios aprovados pela direção da empresa; - Manter contato com as gerências de produção, controle de qualidade, Engenharia de produto, Financeira etc. - Estabelecer sistema de estocagem adequado; - Coordenação dos inventários rotativos. GESTÃO DE ESTOQUE A gestão de estoque é, basicamente, o ato de gerir recursos ociosos possuidores de valor econômico e destinado ao suprimento das necessidades futuras de material numa organização. E isto é obtido mantendo estoques mínimos, sem correr o risco de não tê-los em quantidades suficientes e necessárias para manter o fluxo da produção da encomenda em equilíbrio com o fluxo de consumo. NATUREZA DOS ESTOQUES Estoque é a composição de materiais - materiais em processamento, materiais semi-acabados, materiais acabados - que não é utilizada em determinado momento na empresa, mas que precisa existir em função de futuras necessidades. Assim, o estoque constitui todo o sortimento de materiais que a empresa possui e utiliza no processo de produção de seus produtos/serviços. A acumulação de estoques em níveis adequados é uma necessidade para o normal funcionamento do sistema produtivo. Em contrapartida, os estoques representam um enorme investimento financeiro. Deste ponto de vista, os estoques constituem um ativo circulante necessário para que a empresa possa produzir e vender com um mínimo risco de paralisação ou de preocupação. Os estoques representam um meio de investimento de recursos e podem alcançar uma respeitável parcela dos ativos totais da empresa. A administração dos estoques apresenta alguns aspectos financeiros que exigem um estreito relacionamento com a área de finanças, pois enquanto a Administração de Materiais está voltada para a facilitação do fluxo físico dos materiais e o abastecimento adequado à produção e a vendas, a área financeira está preocupada com o lucro, a liquidez da empresa e a boa aplicação dos recursos empresariais. FUNÇÕES DO ESTOQUE Segundo Vendrame (2008), as principais funções do estoque são: Garantir o abastecimento de materiais à empresa: neutralizando os efeitos de: demora ou atraso no fornecimento de materiais; sazonalidade no suprimento; Riscos de dificuldade no fornecimento; Proporcionar economias de escala: através da compra ou produção em lotes econômicos; pela flexibilidade do processo produtivo e pela rapidez e eficiência no atendimento às necessidades. FUNÇÃO DO CONTROLE DO ESTOQUE Para organizar um setor de controle de estoques, inicialmente devemos descrever suas funções principais que são: a) determinar "o que" deve permanecer em estoque, Número de itens; b) determinar "quando" se devem reabastecer os estoques. Periodicidade; c) determinar "quanto" de estoque será necessário para um período predeterminado; quantidade de compra; d) acionar o departamento de Compras para executar aquisição de estoque; e) receber, armazenar e atender os materiais estocados de acordo com as necessidades; f) controlar os estoques em termos de quantidade e valor, e fornecer informações sobre a posição do estoque; g) manter inventários periódicos para avaliação das quantidades e estados dos materiais estocados; h) identificar e retirar do estoque os itens obsoletos e danificados AVALIAÇÃO DO ESTOQUE O estoque pode ser avaliado por três métodos: Primeiro que entra, primeiro que sai (PEPS), ultimo que entra, primeiro que sai (UEPS) e Custo médio. O método PEPS: é um processo que obedece às ordens das saídas pelo valor da entrada. De acordo com Pozo (2007), este método é baseado na cronologia das entradas e saídas. O método UEPS: obedece ao processo de que o primeiro a sair deverá ser o ultimo que entrou no estoque. Esse processo facilita a valorização do saldo estipulado pelo ultimo preço e na contabilização de produtos para a definição de preços de venda, refletindo custos mais próximos da realidade do mercado. Custo médio: é o método utilizado frequentemente, pois é o mais simples e evita o excesso de preços nos produtos. A apuração do custo médio é efetuada dividindo-se o custo total do estoque pelas unidades nele existente. O custo médio é recalculado sempre que é feita uma nova entrada ou saída do estoque (Pozo, 2007). EXEMPLO – AVALIAÇÃO DOS ESTOQUES Data Entrada (un) Valor Saída (un) Valor Saldo 06/09 100 6,00 600,00 600,00 13/10 120 6,20 744,00 1.344,00 30/10 90 5,90 531,00 1.875,00 27/11 140 PEPS 6,00 6,20 100 40 600,00 248,00 1.027,00 UEPS 5,90 6,20 90 50 531,00 310,00 1.034,00 Custo médio 1.875,00/310 6,05 140 847,00 1.028,00 Data – Movimentação 6/9 Entrada de 100unidades a 6,00 13/10 Entrada de 120 unidades a 6,20 30/10 Entrada de 90 unidades a 5,90 27/11 Saída de 140 unidades TENDÊNCIAS DA ADMINISTRAÇÃO DE MATERIAIS As tendências para a Administração de materiais surgem principalmente com o avanço da tecnologia. (MARTINS & ALT - 2000). As principais técnicas ligadas à administração de materiais são Just-in-time Kanban Fornecedor preferencial Programação de fornecedores JUST-IN-TIME É um sistema em que os fornecedores devem mandar os suprimentos à medida que eles vão sendo necessários na produção. Não há um estoque permanente. Portanto, esse sistema tem como objetivo eliminar tudo o que não agrega valor ao produto ou serviço, utilizando-se de baixos inventários desde o fornecedor até o produto acabado posto no cliente KANBAN O Kanban é uma tecnologia de controle de fábrica pela qual as necessidades de entregas determinam os níveis de estoque no decorrer do processo. O Kanban não empurra a produção, ele a puxa. FORNECEDOR PREFERENCIAL É uma técnica que consiste em selecionar fornecedores e garantir qualidade, eliminando testes de recebimento e garantindo feedback e correção de defeitos da fábrica do fornecedor. A escolha do fornecedor preferencial dá segurança a credibilidade da qualidade do produto final, para que o mesmo atenda às expectativas dos clientes. PROGRAMAÇÃO DE FORNECEDORES Manter um esquema de alimentação contínua da programação e controle da produção (PCP) do fornecedor com as necessidades de entrega, evitando o trânsito de papéis. CLASSIFICAÇÃO E CODIFICAÇÃO DE MATERIAIS A proposta de Classificação e Codificação tem como objetivo a melhoria da Gestão Empresarial, buscando facilitar e otimizar a identificação e localização dos itens em estoque bem como, facilitar a comunicação interna na empresa, evitar a duplicidade de itens, facilitar a padronização de materiais, permitindo as atividades de gestão de estoques e compras, obter um controle contábil dos estoques permitindo o pleno controle de estoque e de compras em andamento e de recebimento. É um processo que reúne, agrupa os materiais por características semelhantes. O processo deve ser abrangente, flexível e prático. A Abrangência consiste em estabelecer uma variedade de características e, não, reunir apenas os materiais para serem classificados. A CODIFICAÇÃO DOS MATERIAIS TEM, OS SEGUINTES OBJETIVOS: Facilitar a comunicação interna na empresa no que se refere a materiais e compras Evitar a duplicidade de itens no estoque Permitir as atividades de gestão de estoques e compras Facilitar a padronização de materiais Facilitar o controle contábil dos estoques OS TIPOS DE CODIFICAÇÃO MAIS COMUNS SÃO: Codificação alfabética Codificação alfa numérica Codificação numérica ou Sistema numérico decimal Código de barras AQUISIÇÃO DOS RECURSOS MATERIAIS Tem como destaque a aquisição de materiais em quantidade e qualidade compatíveis com as expectativas da empresa; Pode-se concluir que a redução dos custos e a maximização dos lucros são variáveis que se vinculam substancialmente ao ato da compra. Outro aspecto importante é a questão da disponibilidade dos materiais e serviços no prazo adequado, otimizando o fornecimento a produção. A FUNÇÃO COMPRAS Saber comprar de forma mais adequada para a organização é determinante para a permanência da empresa no mercado. No processo de suprimento de materiais e serviços, a função de compras constitui um elemento crucial, sendo que a escolha certa dos insumos e fornecedores repercutirá no preço final do produto a ser ofertado. Os objetivos do setor de compras, são: obter e coordenar o fluxo contínuo de suprimentos de modo a atender aos programas de produção; comprar os materiais aos melhores preços, não fugindo aos parâmetros qualitativos e quantitativos; e procurar as melhores condições para a empresa. Os objetivos de compras devem estar alinhados aos objetivos estratégicos da empresa como um todo, visando o melhor atendimento ao cliente externo e interno. AS COMPRAS E OS NÍVEIS DE ESTOQUE E FORNECEDORES Ao setor de compras também é designada a difícil tarefa de equilibrar a quantidade de materiais a serem comprados para que os demais departamentos da empresa encontrem-se satisfeitos continuamente. Sabe-se que altos níveis de estoque significam segurança para o setor de produção. Porém, os mesmos acarretam exacerbados custos, tanto de armazenagem, como custo do capital investido, custos para o controle, bem como despesas com o pessoal encarregado. Nível de estoque muito baixo pode ser um fator de extremo risco para a organização. Sendo que pode ocasionar a ruptura dos estoques, a qual reflete em parada na produção, e consequentemente em atraso de entregas e em insatisfação e perda de clientes. AS COMPRAS E OS NÍVEIS DE ESTOQUE E FORNECEDORES A área de compras interage intensamente com todas as outras, recebendo e processando informações, como também alimentando outros departamentos de informações úteis às suas tomadas de decisão. (MARTINS & ALT, 2001) Segundo Arnold (1999), “uma vez tomada a decisão sobre o que comprar, a segunda decisão mais importante refere-se ao fornecedor certo.” Não obstante, pode-se aludir que o melhor fornecedor é aquele que oferece um bom prazo de pagamento, juntamente com o prazo de entrega almejado pela empresa, aliado a um bom preço, porém com a máxima qualidade e a melhor tecnologia. É importante que se faça um estudo acerca de todos os fornecedores selecionados, para que seja possível uma avaliação correta sobre suas instalações, seu desempenho, sua capacidade e condição financeira, bem como a assistência técnica que oferece, dentre outros fatores que confirmam sua idoneidade. (DIAS, 2005). Deve o comprador procurar, de todas as maneiras, aumentar o número de fornecedores em potencial a serem consultados, de maneira que se tenha certeza de que o melhor negócio foi executado em benefício da empresa. ESTRATÉGIAS DE AQUISIÇÃO DE RECURSOS MATERIAIS A definição de uma estratégia correta de compras pode dar à empresa uma grande vantagem competitiva. Se por um lado ela decidir produzir mais internamente, ganha dependência, mas perde flexibilidade. Por outro lado, se decidir comprar mais de terceiros em detrimento de fabricação própria, pode tornar-se dependente. Nesse caso, deve decidir também o grau de relacionamento que deseja com seus parceiros. Basicamente podemos ter duas estratégias operacionais que irão definir as estratégias de aquisição dos bens materiais, a verticalização e a horizontalização. Ambas têm vantagens e desvantagens e, de um modo geral, o que é vantagem em uma passa a ser desvantagem na outra e vice-versa. ESTRATÉGIA DE VERTICALIZAÇÃO A verticalização é a estratégia que prevê que a empresa produzirá internamente tudo o que puder, ou pelo menos tentará produzir. O exemplo clássico é o da Ford, que produzia o aço, o vidro, centenas de componentes, pneus e até a borracha para a fabricação dos seus automóveis. A principal vantagem da verticalização é a independência de terceiros – a empresa tem maior liberdade a alteração de suas políticas, prazos e padrão de qualidade, além de poder priorizar um produto em detrimento de outro que naquele momento é menos importante, ficando com ela os lucros que seriam e passados aos fornecedores e mantendo o domínio sobre tecnologia própria. A desvantagem é que ela exige maior investimento em instalações e equipamentos. Assim, já que a empresa está envolvendo mais recursos e imobilizando-os, ela acaba tendo menor flexibilidade para alterações nos processos produtivos, seja para incorporar novas tecnologias ou para alterar volumes de produçãodecorrentes de variações no mercado. ESTRATÉGIA DE HORIZONTALIZAÇÃO A horizontalização consiste na estratégia de comprar de terceiros o máximo possível dos itens que compõem o produto final ou os serviços de que necessita. Entre as principais vantagens da horizontalização estão a redução de custos – não necessita novos investimentos em instalações industriais; maior flexibilidade para alterar volumes de produção decorrentes de variações no mercado. Apresenta desvantagens como a possível perda do controle tecnológico e deixar de auferir o lucro decorrente do serviço ou fabricação que está sendo repassada. VANTAGENS HABITUAIS DE FABRICAR manutenção de segredos; garantia do prazo de entrega; garantia da qualidade; produto não padronizado no mercado; um só ou muito poucos fornecedores; utilização de capacidade ociosa; facilidade de mudanças. VANTAGENS HABITUAIS DE COMPRAR menos problemas com pessoal; menos problemas em deixar de usar o componente; menos custos indiretos; especialização no negócio (Ex. rolamentos); maior elasticidade; não necessidade de investimentos; dificuldade de obter mão-de-obra especializada. AS ETAPAS DO PROCESSO DE COMPRA Etapa 1: Cotação de Preços O departamento de compras com base nas solicitações de mercadorias efetua a cotação dos produtos requisitados. Depois de efetuadas as cotações o órgão competente analisa qual a proposta mais vantajosa levando em consideração os seguintes itens: prazo de pagamento; valor das parcelas; Etapa 2: O Pedido de Compra Após término da fase de cotação de preços dos materiais e analise da melhor proposta para fornecimento, o setor de compras emite o pedido de compras para a empresa escolhida. Esse pedido deverá ter com clareza a descrição do material a ser comprado, bem como as descrições técnicas, para que não ocorram as frequentes dúvidas que comumente acontecem. AS ETAPAS DO PROCESSO DE COMPRA Etapa 3: O Recebimento dos Materiais No recebimento dos materiais solicitados, alguns principais aspectos deverão ser considerados como: Especificação técnica: conferencia das especificações pedidas com as recebidas; Qualidade dos materiais: conferencia física do material recebido; Quantidade: Executar contagem física dos materiais, ou utilizar técnicas de amostragem quando for inviável a contagem um a um; Preço; Prazo de entrega: conferencia se o prazo esta dentro do estabelecido no pedido; Condições de pgto.: conferencia com relação ao pedido. AQUISIÇÃO DOS RECURSOS MATERIAIS – RECEBIMENTO DE MATERIAIS As atividades de recebimento abrangem desde a recepção do material na entrega pelo fornecedor até a entrada nos estoques. A função de recebimento de materiais é módulo de um sistema global integrado com as áreas de contabilidade, compras e transportes e é caracterizada como uma interface entre o atendimento do pedido pelo fornecedor e os estoques físico e contábil. Em outras palavras consiste em uma serie de operações através das quais a empresa compradora constata que o fornecedor cumpriu as condições estabelecidas na documentação de compra. É uma operação de igual importância à compra, pois se trata de um contato externo da empresa, caracterizando-se por uma transferência de responsabilidades. Documentação necessária: ordem de compra; nota fiscal; boletim de inspeção do material; nota de entrada de material. Problemas mais comuns: custo da devolução; fornecimento em partes do pedido; dispositivos de classificação dos defeitos; levantamento de responsabilidades. ARMAZENAGEM – CONCEITO, OBJETIVOS, VANTAGENS E DESVANTAGENS O conceito de armazenagem compreende o recebimento, o descarregamento, o carregamento, a ordenação e a conservação de matérias-primas, produtos semiacabados e mercadorias em um armazém. Além de abranger a circulação e preservação de materiais, a armazenagem visa agilizar a entrega de produtos para os clientes, reduzir os desperdícios de tempo e de uso do espaço e, desta maneira, aumentar os lucros da empresa. Trata-se, portanto, de um processo vital para o sucesso de um negócio. Objetivos da armazenagem: maximizar o uso dos espaços; facilitar o acesso de itens do deposito; proteger e abrigar materiais; facilitar a movimentação interna do deposito; maximizar a utilização de mão-de-obra e equipamentos. Vantagens: diminuir custos com transporte; Aproximar a empresa de seus clientes e fornecedores; agilizar o processo de entrega; compensa defasagens de produção. Desvantagens: imobilização de capital; envelhecimento de mercadorias; aumento de custos com movimentação; necessidade de mais controles e gerenciamento. ARMAZENAGEM - LAYOUT O termo layout no Brasil é usado como desenho, plano, amostra, arranjo físico, esquema, exposição. A palavra vem do inglês, e descreve o estudo da disposição e alocação das pessoas, móveis, ferramentas, maquinários ou áreas, dento de uma metodologia aplicada, utilizada nas organizações com o objetivo de otimizar os recursos disponíveis, ganhando agilidade, facilitando as atividades e diminuindo os custos nos processos. Em outras palavras, Layout é a configuração do espaço físico numa distribuição espacial, que estabelece a relação entre as varias atividades. Os objetivos de um layout são: Obter um fluxo eficiente de comunicações administrativas dentro da organização; Obter um fluxo de trabalho otimizado; Facilitar supervisões; Reduzir fadiga do empregado no desempenho de atividades; Criar um ambiente agradável; Aumentar a flexibilidade. ARMAZENAGEM – TIPOS DE ARRANJOS Os diferentes tipos de arranjos físicos guardam uma coerência da relação existente entre as exigências de determinado tipo de produto (quantidade e variedade a ser produzida) e a natureza do processo produtivo presente na linha fabril. Os tipos de Arranjo Físico ou Layout são: Arranjo por produto ou por linha; Arranjo por processo ou funcional; ARRANJO POR PRODUTO OU LINHA (FLOW SHOP) Neste tipo de arranjo as máquinas, os equipamentos ou as estações de trabalho são colocados de acordo com a sequência de montagem, sem caminhos alternativos para o fluxo produtivo. O material percorre um caminho previamente determinado dentro do processo. Este arranjo permite obter um fluxo rápido na fabricação de produtos padronizados, que exigem operações de montagem ou produção sempre iguais. Neste tipo de arranjo, o custo fixo da organização costuma ser alto, mas o custo variável por produto produzido é geralmente baixo, caracteriza-se como um arranjo físico de elevado grau de alavancagem operacional. É um arranjo muito utilizado pela indústria e também por algumas organizações prestadoras de serviço. Indústrias montadoras, alimentícias, frigoríficos, serviço de restaurante a quilo etc. ARRANJO POR PROCESSO OU FUNCIONAL (JOB SHOP) O arranjo físico por processo agrupa, em uma mesma área, todos os processos e equipamentos do mesmo tipo e função. Por isso, é conhecido também como arranjo funcional. Este arranjo também pode agrupar em uma mesma área operações ou montagens semelhantes. Os materiais e produtos se deslocam procurando os diferentes processos de cada área necessária. É um arranjo facilmente encontrado em prestadores de serviço e organizações do tipo comercial. Hospitais, Serviços de confecção de moldes e ferramentas, Lojas comerciais etc. CARGAS UNITÁRIAS: Cargas constituída de embalagens de transparente que arranjam ou acondicionam uma certa quantidade de material para possibilitar o seu manuseio, transporte e armazenamento como se fosse unidade. CAIXA OU GAVETAS: Ideal para materiais de pequenas dimensões comopregos, arruelas, parafusos etc. Seus tamanhos são variados de acordo com as necessidades. TÉCNICAS DE ESTOCAGEM PRATELEIRAS: Destinada a materiais diversos e para o apoio de caixas e gavetas. Pode ser feita de materiais diversos. É a técnica de estocagem mais simples e econômica. RAQUES: Construídos para armazenar peças longas e estreitas. Ex: barras e tubos. TÉCNICAS DE ESTOCAGEM Prateleiras Raques EMPILHAMENTO: Melhor aproveitamento de espaço vertical. As caixas ou palletes são empilhados uns sobre os outros obedecendo a uma distribuição equitativa de cargas. CONTAINER FLEXÍVEL: Umas das técnicas mais recentes de estocagem, é uma espécie de saco feito com tecido resistente a borracha vulcanizada, com um revestimento interno conforme o uso. TÉCNICAS DE ESTOCAGEM Empilhamento container Sistema de estocagem fixo (centralizado) Sistema de estocagem livre (descentralizado) Centralizado Estocagem em um único local Facilita o planejamento da produção, o inventário e o controle. Pode ocorrer desperdício de área de armazenamento Descentralizado Não existem locais fixos, estocagem junto aos pontos de utilização. Risco de possuir material perdido em estoque Segurança patrimonial e seguros : Ao planejar o armazenamento as empresas precisam realizar um planejamento da segurança contra furtos ou roubos, seguros de incêndios, no sentido de preservação dos estoques da empresa. SISTEMA DE ESTOCAGEM DOS MATERIAIS O inventário físico deve ser realizado com dados atualizados, isto significa que todos os registros de movimentações de estoque devem ser atualizados até a data do inventário, quando deverão ser suspensas para evitar erros. O inventário físico obedece as seguintes etapas: 1. Levantamento 2. Contagem 3. Apuração 4. Conciliação INVENTÁRIO FÍSICO Benefícios O uso de equipamentos, eficiência do processo: • Otimiza a área • Minimiza movimentos • Combina processos/movimentos EQUIPAMENTOS DE MANUSEIO E MANUTENÇÃO REDUZ O ESFORÇO FÍSICO HUMANO: Minimiza os riscos da saúde Evita transtornos ao longo prazo EQUIPAMENTOS DE MANUSEIO E MANUTENÇÃO REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS DIAS, Marco Aurélio P. Administração de Materiais uma abordagem logística, São Paulo: Atlas, 1997. VIANA, João José. Administração de Materiais e recursos Patrimoniais – Um enfoque prático. São Paulo: Atlas, 2002. CHIAVENATO, Idalberto. Iniciação a Administração de Materiais. São Paulo: Makron, McGraw-Hill, 1991. MARTINS, Petrônio G. Administração de Materiais e Recursos Empresariais, São Paulo: Saraiva, 2000. MOREIRA, Daniel Augusto. Introdução a Administração da Produção e Operações. São Paulo: Pioneira, 1998. HENRIQUES, José T. P. Apostila de Administração de Recursos Materiais e Patrimoniais. São Paulo – SP, 2004. LINS, A. Apostila de Administração de Recursos Materiais e Patrimoniais. São Paulo – SP, 2005. POZO, Hamilton. Administração de Recursos Materiais e Patrimoniais: uma abordagem logística. São Paulo: Atlas, 2001.
Compartilhar