PROGRAMA 2 DISCIPLINA PSC SP 2013.2

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FACULDADE FRASSINETTI DO RECIFE – FAFIRE
Autorizada pelo Decreto nº. 6.488 de 05 de novembro de 1940
Reconhecida pelo Decreto nº. 13.583 de 05 de outubro de 1943
PLANO DE ENSINO DE DISCIPLINA
IDENTIFICAÇÃO
	Curso: Psicologia
	Disciplina: Psicologia e Saúde Pública
	Currículo: 08
	Carga horária: 72 horas/aula
	Atividades de aprofundamento: 20
	Código: 0149
	Período: 8º período
	Ano / Semestre: 2013.2
	Professor (a): Maria das Graças Victor Silva
EMENTA
Conceitos e objetivos. Desenvolvimento histórico das políticas de saúde no Brasil. Movimento da Reforma Psiquiátrica. Relações entre saúde e sociedade. Rede Pública de Saúde: organização de serviços e programas básicos de saúde (criança, adolescente, idoso, mulher, trabalhador, combate a violência e ao uso de drogas). Atenção básica. Política de saúde mental (ênfase nos serviços substitutivos). Atribuições do psicólogo nos diferentes tipos de serviços. Atuação em equipe multidisciplinar, legislação. Dados epidemiológicos. Pesquisa em saúde mental. Avaliação de serviços.
OBJETIVOS
3.1. GERAIS
Apresentar, refletir e dialogar sobre as concepções fundamentais e cenários de práticas de cuidado, âmbitos de organização e aspectos históricos relativos à Saúde Pública, bem como as interfaces com os campos da Psicologia, particularmente aqueles que podem subsidiar teórica e metodologicamente a compreensão do Sistema Único de Saúde (SUS), considerando seus princípios e diretrizes. Refletir sobre as relações entre saúde, cultura e adoecimento.
3.2. ESPECÍFICOS
Conhecer e refletir sobre o desenvolvimento histórico das Políticas Públicas no Brasil, do surgimento até a atualidade;
Conhecer e refletir sobre a estrutura, organização e gestão do SUS;
Refletir sobre os fundamentos da legislação em saúde e sobre os dispositivos de controle social;
Conhecer e refletir sobre as práticas de cuidado à saúde em diferentes níveis de assistência: identificando as dimensões concretas da inserção profissional e as implicações para a organização do processo de trabalho em saúde;
Conhecer e refletir, especialmente, a Política de Saúde Mental e as atribuições dos psicólogos nesses dispositivos;
Conhecer alguns indicadores sociais e epidemiológicos em saúde.
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
Políticas de Saúde no Brasil.
Reforma Sanitária Brasileira;
Sistema Único de Saúde: princípios e diretrizes (Lei Orgânica de Saúde);
Estrutura e funcionamento do SUS;
O SUS e os mecanismos de controle social;
2. Psicologia e o campo teórico/prático da saúde:
Construção do campo da Psicologia da Saúde: conceito e história;
Atribuições específicas da atuação do psicólogo nos vários âmbitos das políticas sociais e de saúde;
Processo saúde-doença-cuidado e trabalho em equipe multidisciplinar;
3. Níveis de assistência à saúde e integralidade: estratégia de saúde da família (PSF), programa de agentes comunitários, Núcleo de Atenção à Família (NASF).
4. Políticas de Saúde Mental: elementos conceituais.
Reforma Psiquiátrica: história, teoria e métodos.
O Movimento da Luta Anti-Manicomial.
Dispositivos em saúde mental.
Elementos conceituais da clínica psicossocial em saúde mental.
5. Aspectos psicossociais determinantes na saúde dos indivíduos.
Dados epidemiológicos e indicadores sociais (violência, álcool e outras drogas).
ATIVIDADES DE APROFUNDAMENTO
Pesquisa e preparação de conteúdo para Blog abrangendo entrevistas com autoridades de instituições governamentais, usuários e etc. na área de saúde;
Pesquisas em sites governamentais sobre Saúde Pública no Brasil e em outras mídias de circulação pública;
Discussão em sala de aula sobre material do Blog;
Visita técnica;
Sugestão de leituras complementares;
Resenhas de livros;
Preparação de seminário.
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
Os fundamentos metodológicos que orientam a disciplina repousam sobre princípios como: a criticidade, que propõe um posicionamento ético e ideológico nas relações homem-mundo, psicólogo-instituição, usuário-sistema, etc., trazendo à tona as relações subjacentes de poder e exploração; a historicidade, que leva a trabalhar os conhecimentos num determinado quadro de relações temporais e culturais; a práxis, como a ação do aluno sobre o objeto do conhecimento e as práticas sociais; a indissociabilidade entre ensino e pesquisa; continuidade/ruptura, transição do conhecimento do aluno do senso comum para o conhecimento científico. Para tanto, serão realizadas: 
Exposição oral, dialogada e discussões a partir de textos;
Atividades de debate em pequenos grupos;
Visitas técnicas para dispositivos de saúde, orientadas e selecionadas;
Elaboração de entrevistas, relatórios e resumos analíticos sobre filmes didáticos e de circuito comercial;
Construção de um Blog sobre Políticas de Saúde.
ATIVIDADES INTERDISCIPLINARES
Articulação das atividades de alimentação de conteúdos do Blog em parceria com a disciplina Ética;
Divulgação dos eventos acadêmicos da FAFIRE e dos Conselhos Federal e Regional de Psicologia, de modo a promover a integração com os demais cursos e atualizar sobre as questões, demandas e urgências da sociedade; 
RECURSOS DIDÁTICOS
Serão utilizados ao longo da disciplina quadro branco, retroprojetor, computador, data-show, blog (Wordpress), vídeos didáticos e de circuito comercial, bem como cartilhas, documentos oficiais, revistas, periódicos e livros.
PROCESSO AVALIATIVO
Será constituído de vários tipos de avaliação oral e escrita, individual e em grupo, sobre a temática da disciplina em diversos momentos do curso, levando em consideração as seguintes referências:
Incluir conteúdo parcial ou total da bibliografia utilizada;
Ser uma produção com linguagem própria que demonstre autonomia de autoria na construção textual;
Explicitar as principais idéias do autores estudados realizando articulação com o contexto ou realidade atual, exercendo análise crítica do material;
Apresentação em forma de artigo, relato, etc., seguindo as normas da ABNT.
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRAFIA BÁSICA (03 fontes)
AMARANTE, P. D. C. (org.) Loucos pela vida: a trajetória da reforma psiquiátrica no Brasil. Rio de Janeiro: SDE/ENSP, 1995.
PAIM, J. S. Reforma sanitária brasileira: contribuição para compreensão e crítica. Salvador, Rio de Janeiro: Ed. Fiocruz, Edufba, 2008.
SPINK, Maryjane P. (Org.). A psicologia em diálogo com o SUS: prática profissional e produção acadêmica. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2007.
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR (05 fontes)
BARROS, M. E.; CARVALHO, S. R.; FERIGATO, S. (Org). Conexões: saúde coletiva e políticas de subjetividade. São Paulo: Ed. Hucitec, 2009.
TENÓRIO, Fernando. A psicanálise e a clínica da reforma psiquiátrica. Dissertação de Mestrado/ Programa de Pós-Graduação em Psiquiatria, Psicanálise e Saúde Mental/ Instituto de Psiquiatria da Universidade Federal do Rio de Janeiro, (IPUB/UFRJ), 1999. 
ARCHANJO, Daniela Resende (Org.). Saúde da família na atenção primária. Curitiba: Ed. IBPEX, 2007.
ANDRADE, Arthur Guerra de. Álcool e suas consequências: uma abordagem. Barueri: Minha Editora, 2009.
KLAFKE, Teresinha Eduardes; SILVA, Angela Cristina Ferreira da; VICCARI, Eunice Maria (Orgs.). Marcas do trabalho em equipe na saúde: formação e atenção. Santa Cruz do Sul: EDUNISC, 2011.
BIBLIOTECA VIRTUAL
http://brasil.bvs.br
http://crepop.pol.org.br
www.ulapsi.bvsalud.org
www.saude.gov.br/bvs/vigilancia
www.ripsa.org.br
www.bvs-psi.org.br
www.icit.fiocruz.br
www.datasus.gov.br
www.abrasco.org.br
www.cebes.org.br
www.opas.org.br
www.mds.gov.br
www.pol.org.br
www.saude.gov.br/bvs
www.saudepublica.bvs.br
www.unicef.org.br
 11. CRONOGRAMA
OUTRAS REFERÊNCIAS DA DISCIPLINA PSICOLOGIA E SAÚDE PÚBLICA:
AMADEO, J.; BORON, A. A.; GONZÁLEZ, S. (org.). A teoria marxista hoje: problemas e perspectivas. Buenos Aires: Consejo Latinoamericano de Ciencias Sociales, 2006.
AMARANTE, P.D.C. (org.) (1995) Loucos pela vida: a trajetória da reforma psiquiátrica no Brasil. Rio de Janeiro:SDE/ENSP.
_______________(1996) O Homem e a serpente. Outras histórias para a loucura e a psiquiatria. Rio de Janeiro: FIOCRUZ.
_______________(1997) Loucura, cultura e subjetividade. Conceitos e estratégias, percursos e atores da reforma psiquiátrica brasileira. In: FLEURY, S. (org.) Saúde e Democracia. A luta dos CEBES. São Paulo: Lemos.
BARROS, M. E.; CARVALHO, S. R.; FERIGATO, S. (Org). Conexões: saúde coletiva e políticas de subjetividade. São Paulo: Ed. Hucitec, 2009.
BOTEGA, N.J.; DALGALARRONDO, P. (1993) Saúde mental no hospital geral. Espaço para o psíquico. São Paulo: HUCITEC.
BREILH, J. (1991) Epidemiologia – economia, política e saúde. São Paulo:UNESP/Hucitec.
BRASIL. Presidência da República Casa Civil – Subchefia para Assuntos Jurídicos. Lei Nº8.080, 19/09/1990.Brasília.DF.
BRASIL. Ministério da Saúde.(2001) Legislação em saúde metal. 1990-2002. Brasília: Ministério da Saúde.
________________________.(2003) De Volta para Casa. Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Ações Programáticas e Estratégicas. Brasília. DF.
________________________.(2004) Saúde Mental no SUS: os centros de atenção psicossocial. Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Ações Programáticas e Estratégicas. Brasília. DF.
________________________.(2004) Residências Terapêuticas: o que são, para que servem. Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Ações Programáticas e Estratégicas. Brasília. DF.
________________________.(2004) A política do Ministério da Saúde para a atenção integral a usuários de álcool e outras drogas. Secretaria de Atenção à Saúde SVS/CN-DST/AIDS. Brasília. DF.
________________________.(2001) Guia prático do programa de saúde da família. Departamento de Atenção Básica. Brasília. DF.
CAMPOS, F.C.B (Org.) (1992) Psicologia e saúde: repensando práticas. São Paulo: Hucitec.
CONSELHO REGIONAL DE PSICOLOGIA. (1997) Trancar não é entrar. 2ª Ed., São Paulo: CRP 6ª região.
DALMOLIN, Maria Bernadete (2006) Esperança Equilibrista: cartografia de sujeitos em sofrimento psíquico. Rio de Janeiro: Fiocruz.
FALEIROS, Vicente de Paula.(1991) O que é Política Social. Coleção Primeiros Passos. 5ªed. São Paulo:Brasiliense.
FOUCAULT, Michel. (2004) A História da Loucura. São Paulo: Perspectiva.
GIOVANELLA, Lígia et.al. Políticas e Sistemas de Saúde no Brasil. Rio de Janeiro/CEBES: FIOCRUZ. 
GONÇALVES, Maria da Graça M.(2010) Psicologia subjetividade e Políticas Públicas. São Paulo: Cortês.
LANCETTI, a. (Coord.) (1989) Saúde Loucura. (Saúde em Debate, 28) São Paulo: Hucitec.
MELMAN, J. (2001) Família e Doença Mental: Repensando a relação entre profissionais de saúde e familiares. São Paulo: Escrituras.
ORGANIZAÇÃO PAN-AMERICANA DA SAÚDE/ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE. (2001) Relatório sobre a saúde no mundo. Saúde mental: nova concepção, nova esperança. Brasília: Ministério da Saúde/OPAS/OMS.
PAIM, J. S. O que é o SUS. Rio de Janeiro: Ed. Fiocruz, 2009.
________. Reforma sanitária brasileira: contribuição para compreensão e crítica. Salvador, Rio de Janeiro: Ed. Fiocruz, Edufba, 2008.
PITTA, A. M. F. (Org.). (1996) Reabilitação psicossocial no Brasil. (Saúde Loucura, 10) São Paulo: Hucitec.
SPINK, Maryjane P. (Org.). A psicologia em diálogo com o SUS: prática profissional e produção acadêmica. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2007.
SARACEMO, B.; ASIOLI, F.; TOGNONI, G. (1994) Memória de saúde mental. São Paulo: Huncitec.
TENÓRIO, Fernando. (1999) A psicanálise e a clínica da reforma psiquiátrica. Dissertação de Mestrado/ Programa de Pós-Graduação em Psiquiatria, Psicanálise e Saúde Mental/ Instituto de Psiquiatria da Universidade Federal do Rio de Janeiro, (IPUB/UFRJ). 
TUNDIS, S. A.; COSTA, N.R (Org.). (1997) Cidadania e loucura. Políticas de saúde mental no Brasil. São Paulo: Hucitec.
YASUI, S. (1999) A construção da reforma psiquiátrica e o seu contexto histórico. Dissertação (Mestrado) – Faculdade de Ciências e Letras, UNESP, Assis.