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O processo administrativo disciplinar e servidor publico

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Universidade do Estado da Bahia
Campus VII – Departamento de Educação – Senhor do Bonfim
Curso de Graduação de Ciências Contábeis – Bacharelado 
Direito Administrativo – ProfªDayse Santiago
Semestre Letivo: 2017.1
Discente: Diego Santos Sousa
 Edmilson da Cruz
AVALIAÇÃO II
___________________________________________________________________________
Conteúdo: O processo administrativo disciplinar e servidor publico.
Senhor do Bonfim, 20 de maio de 2017
INTRODUÇÃO
___________________________________________________________________________
Os cargos públicos são criados por lei e são frutos da necessidade social da administração pública de promover serviços essenciais. Toda a administração para fluir de forma ilibada deve seguir princípios e leis podendo os funcionários públicos responder por seus atos e omissões de forma administrativa, civil e penal. Mas em contrapartida o servidor público tem alguns direitos, entre os quais podemos destacar a estabilidade funcional, o sonho de grande parcela da sociedade brasileira.
 Para melhor compreensão do tema, a devida pesquisa abordará as estruturações que norteiam o mesmo tais como o seu conceito, a vacância, acessibilidade aos cargos e empregos em concurso público, regime jurídico único, criação, transformação e extinção de cargos, funções ou empregos públicos, provimento e direitos e deveres. 
A administração pública pode impor modelos de comportamento a seus agentes, com o fim de manter a regularidade, em sua estrutura interna, na execução e prestação dos serviços públicos. Nesse objetivo, o processo administrativo disciplinar é o instrumento legalmente previsto para o exercício controlado deste poder, podendo, ao final, redundar em sanção administrativa, que funciona para prevenir ostensivamente a ocorrência do ilícito e, acaso configurada, para reprimir a conduta irregular.
O processo administrativo disciplinar é o meio de apuração e punição de faltas graves dos servidores públicos e demais pessoas sujeitas ao regime funcional de determinados estabelecimentos da Administração. Previsto nos artigos 148 e seguintes da Lei nº 8.112, tem como objetivo a apuração de ilícitos funcionais praticados por agentes públicos, cuja penalidade seja suspensão por mais de 30 dias ou penalidade mais grave.
DESENVOLVIMENTO
___________________________________________________________________________
O maior número de pessoas naturais exercendo a funções públicas, cargos públicos e empregos públicos nas administrações direta e indireta são constituídas por Servidores Públicos. São agentes administrativos que exercem uma atividade pública com vínculo e remuneração paga pelo erário público. Podem ser classificados como estatutários, celetistas ou temporários. 
Os servidores estatutários são contratados para cargo público no regime estatutário, regulamentado pelo estatuto do servidor público lei de âmbito federal n° 8.112/90,   para ser nomeado o servidor precisa antes ser submetido ao procedimento do concurso público de provas ou de provas e títulos, art. 37 inciso II da CF. É o cargo público de provimento efetivo, ou seja, é o cargo que possibilita a aquisição de estabilidade no serviço público que é diferente do cargo em comissão que é desprovido de efetividade não gerando estabilidade, porque a nomeação para este cargo depende de confiança da autoridade que tem competência para esta nomeação. Os Empregados Públicos (Celetistas) são contratados para emprego público no regime da CLT, mas aplicam-se os princípios do direito público. Os Servidores Temporários são contratados tão somente para exercer a função publica, em virtude da necessidade temporária excepcional e de relevante interesse público. Por tanto exercem uma função publica remunerada temporária, apresentando cunho de excepcionalidade, o que autoriza o tratamento secundário.
São requisitos básicos para investidura em cargo público: nacionalidade brasileira, gozo dos direitos políticos, quitação com as obrigações militares e eleitorais, nível de escolaridade exigido para o exercício do cargo, idade mínima de dezoito anos e aptidão física e mental. As atribuições do cargo podem justificar a exigência de outros requisitos estabelecidos em lei. Às pessoas portadoras de deficiência é assegurado o direito de se inscrever em concurso público para provimento de cargo cujas atribuições sejam compatíveis com a deficiência de que são portadoras; para tais pessoas serão reservadas até 20% (vinte por cento) das vagas oferecidas no concurso. 
O concurso será de provas ou de provas e títulos, podendo ser realizado em duas etapas, conforme dispuserem a lei e o regulamento do respectivo plano de carreira, condicionada a inscrição do candidato ao pagamento do valor fixado no edital, quando indispensável ao seu custeio, e ressalvadas as hipóteses de isenção nele expressamente previstas. O concurso público terá validade de até 2 (dois) anos, podendo ser prorrogado uma única vez, por igual período. O prazo de validade do concurso e as condições de sua realização serão fixados em edital, que será publicado no Diário Oficial da União e em jornal diário de grande circulação. Não se abrirá novo concurso enquanto houver candidato aprovado em concurso anterior com prazo de validade não expirado.
O provimento dos cargos públicos far-se-á mediante ato da autoridade competente de cada poder. A investidura em cargo público ocorrerá com a posse. São formas de provimento de cargo público: nomeação, promoção, readaptação, reversão, aproveitamento, reintegração, recondução.
A posse dar-se-á pela assinatura do respectivo termo, no qual deverão constar as atribuições, os deveres, as responsabilidades e os direitos inerentes ao cargo ocupado, que não poderão ser alterados unilateralmente, por qualquer das partes, ressalvados os atos de ofício previstos em lei. A posse ocorrerá no prazo de trinta dias contados da publicação do ato de provimento, e em se tratando de servidor, que esteja na data de publicação do ato de provimento, em licença ou afastado o prazo será contado do término do impedimento. Ao entrar em exercício, o servidor nomeado para cargo de provimento efetivo ficará sujeito a estágio probatório por período de 24 (vinte e quatro) meses, durante o qual a sua aptidão e capacidade serão objetos de avaliação para o desempenho do cargo, observados os seguintes fatores: assiduidade, disciplina, capacidade de iniciativa, produtividade, responsabilidade. Quatro meses antes de findo o período do estágio probatório, será submetida à homologação da autoridade competente a avaliação do desempenho do servidor, realizada por comissão constituída para essa finalidade, de acordo com o que dispuser a lei ou o regulamento da respectiva carreira ou cargo. O servidor não aprovado no estágio probatório será exonerado ou, se estável, reconduzido ao cargo anteriormente ocupado. 
Remuneração é o vencimento do cargo efetivo, acrescido das vantagens pecuniárias permanentes estabelecidas em lei. A remuneração do servidor investido em função ou cargo em comissão será paga na forma prevista no art. 62, e o servidor investido em cargo em comissão de órgão ou entidade diversa da de sua lotação receberá a remuneração de acordo com o estabelecido no § 1o do art. 93. Além do vencimento, poderão ser pagas ao servidor as seguintes vantagens: indenizações, gratificações e adicionais. Sendo deveres do servidor: exercer com zelo e dedicação as atribuições do cargo, ser leal às instituições a que servir, observar as normas legais e regulamentares, cumprir as ordens superiores (exceto quando manifestamente ilegais), atender com presteza, levar ao conhecimento da autoridade superior as irregularidades de que tiver ciência em razão do cargo, zelar pela economia do material e a conservação do patrimônio público, guardar sigilo sobre assunto da repartição, manter conduta compatível com a moralidade administrativa, ser assíduo e pontual ao serviço, tratar com urbanidadeas pessoas e representar contra ilegalidade, omissão ou abuso de poder.
A vacância do cargo público decorrerá de exoneração, demissão, promoção, readaptação, aposentadoria, posse em outro cargo inacumulável e falecimento. A exoneração de cargo efetivo dar-se-á a pedido do servidor, ou de ofício (quando não satisfeitas as condições do estágio probatório ou quando, tendo tomado posse, o servidor não entrar em exercício no prazo estabelecido).
O servidor responde civil, penal e administrativamente pelo exercício irregular de suas atribuições. O processo administrativo disciplinar é composto de três fases: instauração, inquérito e julgamento. A fase da instauração é aquela prevista como início do processo administrativo onde deve-se ser instaurado por portaria da autoridade competente na qual se descrevam os atos ou fatos a apurar e se indiquem as infrações a serem punidas, designando-se desde logo a comissão processante, a ser presidida pelo integrante mais categorizado.
Após a instauração, inicia a fase de inquérito administrativo, que, por sua vez, é dividida em outras três etapas: instrução, defesa e relatório. A instrução é fase em que se realiza a produção de provas necessária à apuração dos fatos. É o momento em que se realiza a oitiva de testemunhas, investigações e todas as provas admitidas em direito para o qual a comissão terá ampla liberdade probatória. A fase da defesa é aquela em que se permite ao agente público promover sua defesa, indicar e produzir as provas que entende pertinente ao convencimento da autoridade julgadora, podendo participar de toda a colheita de provas. Depois de colhidas as demais provas, realiza-se o interrogatório do acusado. Indicando o escorço probatório a prática de infração, o agente público será citado para apresentar a defesa em 10 dias lembrando que o desrespeito às garantias implica anulação do processo administrativo
Após, a comissão apreciará as provas e a defesa do indiciado, elaborando relatório conclusivo sobre a prática da infração. Nessa fase, a comissão elabora um relatório conclusivo pela absolvição ou condenação do servidor, bem como indicar os deveres legais infringidos. O relatório será encaminhado à autoridade competente para julgamento. Havendo mais de uma penalidade, a competência será fixada pela pena mais grave.
Inicia-se, assim, a terceira fase do processo administrativo disciplinar, qual seja, decisória. No julgamento, a autoridade competente deverá, inicialmente, analisar o procedimento sob o aspecto formal, analisando eventual existência da vícios. Após, não havendo ilegalidade no procedimento, prosseguirá no julgamento. As nulidades constatadas no julgamento somente serão pronunciadas em caso de prejuízo à defesa. Além disso, deverá julgar o processo em 20 (vinte) dias (art. 168 da Lei nº 8.112) de forma fundamentada. Após o julgamento, o processo administrativo disciplinar poderá ser revisto, de ofício ou a pedido, perante fatos novos ou elementos não apreciados no processo suscetíveis de justificar seja a inocência do punido ou a inadequação da penalidade aplicada (arts. 174 e 176).
CONCLUSÃO
___________________________________________________________________________
Podemos verificar que os agentes públicos são indispensáveis à execução dos serviços da administração publica ainda que este agente tenha o vínculo meramente transitório, ou não. Os servidores públicos em seu sentido estrito possuem vínculo com a administração pública por relações profissionais, através de sua investidura em cargos a titulo de emprego e com retribuição pecuniária. O cargo não é direito adquirido a imutabilidade do funcionário público, o Estado conforme estabelecido pela constituição pode através de lei  suprimir, transformar, extinguir e até mesmo criar novos cargos sem o conhecimento do seu titular. Os direitos e deveres estão elencados no estatuto do servidor público na lei nº 8.112/90 no caso de servidor celetista deve ser observado a CLT, e ainda devemos conjugar as normas constitucionais do art.37 a 42, podemos citar alguns direitos como a férias, gratificações, direito a aposentadoria entre outros benefícios, os deveres no caso de servidor estatutário vem elencados no art.116 da lei 8.112/90 entre outros tais como assiduidade, pontualidade, discrição, lealdade entre outros.
O processo administrativo disciplinar deve ter como objetivo precisar a verdade dos fatos, sem a preocupação de incriminar ou absolver indevidamente o servidor acusado. Deve tratar sobre condutas. Sendo um instrumento utilizado quando há um acusado. No caso da sindicância, normalmente não se conhece a autoria e procura-se fazer a investigação. Ao final, se identificar um suspeito a sindicância vai indicar a abertura de um processo administrativo disciplinar. A sindicância também pode, a partir da constatação de suspeita de autoria, realizar o inquérito dando direito de ampla defesa ao acusado. Mas isso se a penalidade prevista for no máximo suspensão de até 30 dias. Caso a penalidade prevista seja superior é obrigatória a abertura de um processo administrativo disciplinar após a conclusão da sindicância. As leis principais legislações relacionadas a este processo são 8112/90 e a 9784/99. No entanto há uma série de decisões jurisprudenciais, pareceres vinculantes da AGU e orientações dos demais órgãos de controle que podem e devem ser aplicadas. 
REFERENCIAS
___________________________________________________________________________
ALEXANDRINO, Marcelo; PAULO, Vicente. Direito Administrativo descomplicado. 15ª rev. e atualizada. Rio de Janeiro: Impetus, 2008.
Conteúdo jurídico. Disponível em: < http://www.conteudojuridico.com.br/artigo,breves-anotacoes-sobre-o-processo-administrativo-disciplinar,46038.html>. Acesso em 07 de maio de 2017.
Ética e gestão. Disponível em: < https://eticaegestao.ifsc.edu.br/formacao-de-gestores/perguntas-e-respostas-sobre-processo-administrativo-disciplinar/>. Acesso em 07 de maio de 2017.
Planalto.Código Civil.Disponível em: < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8112cons.htm>. Acesso em 07 de maio de 2017.
CGU perguntas e respostas. Disponível em: < http://www.cgu.gov.br/sobre/perguntas-frequentes/atividade-disciplinar/fases-do-procedimento-disciplinar-inquerito>. Acesso em 07 de maio de 2017.
Âmbito jurídico. Disponível em: <http://www.ambitojuridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=10324>. Acesso em 13 de maio de 2017.
Ebah.Direito Administrativo. Disponível em: < http://www.ebah.com.br/content/ABAAAAr2IAH/resumao-direito-administrativo>. Acesso em 13 de maio de 2017.

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