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Trabalho do Contrução do EU

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UNIVERSIDADE PAULISTA
A CONSTRUÇÃO DO EU
SP/2017
ÁGATA SANTOS DE ALMEIDA – RA: N164123; BEATRIZ BAZILIO – RA: D44HEB0; FRANCIELEN MOTA DE OLIVEIRA – RA: T3519F6; ISABELLY CRISTINA NOBRE DE FARIAS – RA: N164123; LETICIA JOAQUIM LOPES – RA: N201576; TATYANE ANNUNCIATO SOARES PORTELA – RA: N201GG6
A CONSTRUÇÃO DO EU
CONSTRUÇÃO DO EU DESDE OS PRIMEIROS PRIMÓRDIOS
Trabalho apresentado à disciplina Historia da Psicologia para fins avaliativos sob orientação da Prof. Mestra Teresinha Minelli Tavares.
SP/2017
RESUMO
O eu está em constante construção, transformação, e crise. Temos como principal fonte a obra de Pedro Luiz Ribeiro de Santi, “A construção do eu na Modernidade”, onde ele traz uma breve introdução a historia da Psicologia, desenvolvendo teses sobre o surgimento do sujeito. Descortinar como o eu foi passando por essas modificações é o objetivo deste trabalho. Percebemos que a constituição do eu, se deu, com interferências filosóficas, sociais e políticas que acompanharam ao longo do século, fazendo-o modificar-se não integralmente, mas em grande parte a sua consciência. Foi difícil se encontrar como sujeito pensante nesse monte de normas e decisões já previamente para e por ele mesmo estabelecido. Este estudo propõe uma breve reflexão sobre a construção do eu no nascimento da psicologia como ciência.
Palavras Chaves: Construção, Psicologia, Eu.
INTRODUÇÃO
O exercício do pensar ao era estranho, dado as crenças que por ser uma orientação coletiva, o impedia de alcançar a individualidade. Pode-se concluir daí o trajeto espinhoso para se tornar um ser crítico. O ser humano entrega às suas pulsões vem lentamente sendo “moldado” segundo as normas religiosas e sociais de cada época. Não há nada de natural nos costumes, apenas experiências subjetivas que formam experiências comuns compartilhadas, que se objetivam de alguma forma através das leis, usos e costumes. O desenvolvimento do pensamento filosófico, político, religioso provoca alterações nos hábitos e costumes de maneira subliminar de maneira direta.
DESENVOLVIMENTO
É na passagem da Idade Média para o Renascimento que nasce a Modernidade. E é nesse momento que acontece o aparecimento da noção da subjetividade, que é a capacidade do individuo de se sentir sujeito, ou seja, se sentir separado dos demais, sendo livre, experimentando emoções e pensamentos pessoais. A racionalização e secularização interferem no aspecto do eu, remodelando a respeito do seu querer, já que o homem como ser social nunca esteve imune às influencias sociais.
Quando se fala em construção do eu na modernidade, pensamos no conceito do indivíduo, reconhecido na auto percepção que ele tem de si mesmo. Essa auto percepção é a sensação que permite o indivíduo se sentir como autônomo, apesar de fazer parte da sociedade e por ela modelado, esta modelagem varia de cultura para cultura e de era para era. O pensar e o sentir, nem sempre foram os mesmo de agora. 
Na Modernidade que nasce o eu enquanto privacidade, entendemos que por privacidade se compreende o processo em que há uma volta para o Eu, ou seja, o individualismo. Há uma forte valorização entre a maneira do Eu de experimentar a realidade: pensando e sentindo. Essas experiências não eram banais, e nem direito garantido, nem se quer experiência como hoje vemos. O “eu penso, diferente de você”, “eu discordo de você”, essas falas não eram tão costumeiras em uma sociedade medieval, onde o pensamento era voltado para submissão, para o não sentir, para o não refletir. Alguns grupos seletos de pensadores tinham acesso à reflexão, a um pensar diferenciado da época, como os pensadores gregos e os filósofos medievais. 
De acordo com Santi (1998) o aparecimento da subjetividade, sinalizada por alguns estudiosos sendo próprio do Renascimento, na concepção de subjetividade privada, está incluída a ideia de liberdade do homem e sua posição como centro do mundo. Dentro da modernidade, a ideia de liberdade se estende a varias áreas do saber humano, sendo ela de fundamental importância por poder desorganizar ou questionar muitas afirmações dadas como certezas absolutas. O termo indivíduo remete a singularidade do ser humano, sujeito isolado, de único valor e referencia de tudo, mas a afirmação do eu parece ter se construído gradativamente, através de séculos. O eu nem sempre foi soberano, por tanto a noção do eu conforme conhecemos hoje não foi sempre assim. 
Alguns caminhos serão percorridas para entender os processos que o ser humano vem sofrendo ao longo de sua caminhada, o Renascimento é a primeira etapa. O Renascimento foi uma renovação cultural ocorrida na Europa, sendo considerado por muitos pensadores, o marco inicial da Era Moderna. E são nesse momento que surgem os humanistas e intelectuais, e graças a eles, variados assuntos das obras da antiguidade clássica foram traduzidos, ampliando o desenvolvimento intelectual da comunidade europeia. 
Na antiguidade o pensamento grego, não era mais submetido ao poder dos deuses, havendo conhecimento por meio da razão, o que vem favorecer o aparecimento da racionalização em todas as áreas, principalmente na religião, já que a razão é entendida como ordem absoluta, não se acreditando mais com tanta frequência em poderes mágicos. 
A idade média não desacreditou no valor do homem enquanto ser pensante e criador, mas abafou, para a religião triunfar sobre um ser moldado, passivo e alienado. O pensar diferente era inadequado e perigoso, pois se questionava o já legitimado pela instituição cristã. 
Repudiando toda a concepção medieval do mundo como lugar de tentações e pecados que desviam a humanidade a salvação, os humanistas renascentistas exaltam a dignidade do ser humano, como ser livre e capaz de alcançar a felicidade terrena e de ser capaz de criar o seu projeto de vida. O Renascimento, como movimento cultural, é importante para o estudo em questão, pois de maneira generalizada, segundo Santi “a noção de subjetividade privada data do início da Modernidade, ou seja, do Renascimento. A afirmação do sujeito chegará ao seu ponto máximo no século XVII e, a partir de então, iniciará uma longa crise até o final do século XIX”.
Santo Agostinho afirma a busca de Deus deve ser feita dentro de nós. Deus é a própria luz interior, sendo assim, a experiência que Deus mora em mim é subjetiva e depende de nós.
Mas a respeito desses avanços, a subjetividade ainda estava em construção. Na Idade Media com a presença de um Deus onisciente e onipresente, o homem dificilmente se vê livre de um Deus perseguidor. Esse Deus ao que tudo vê, sempre tem a mão estendida para abençoar e castigar, e dificilmente poderia pensar em segredo. Pecar em pensamento já era um pecado. Dificilmente haveria privacidade e o individuo estaria tranquilo, já que um Deus perseguidor, não permitiria a existência dos pensamentos íntimos.
A igreja dominava as instituições, governava a lei e conduzia os esquemas mentais inflexíveis. Com isso, a dúvida e a critica, deveriam ser afastadas, pois o pensar diferente, além de ser maléfico, desrespeitava a igreja como formadora de ideias. Dentro desse esquema no mundo teocêntrico, não se tem muito do que discordar. A Teologia Cristã, com suas crenças oferece orientações de como e o que deve se pensar.
A este pensamento, se opõe o Antropocentrismo do Renascimento. De agora em diante, o bom é o bom para mim, o ser humano nasce livre e deve ser educado. Tem a ideia que se deve aprender mais e mais, e há sensação de sempre estar em movimento. Esta sensação de dinamismo, dificilmente seria possível na Idade Média. Há um relaxamento frente à opressão de um Deus tão severo que impossibilitava todo pensamento destoante. Esse Deus, no entanto não desaparece da vida do cristão, como a fonte da ordem e do bem estar social.
Este indivíduo sendo mais livre pode questionar: “como eu devo ser?”. Surge então um dos caminhos que favorecem a construção da subjetividade privada, enquanto talprocesso de se sentir livre e de ser o centro do mundo. Essa especulação sobre si mesmo, favorece o aparecimento do sentimento de culpa, pois se sou responsável pelos meus atos e não consigo melhorar, me sinto então, culpado por não conseguir relacionar adequadamente com os demais.
Diante das normas sociais que vão sendo construídas aos longos dos séculos, surge então, a sensação de ser observado e possivelmente ridicularizado. Chega ao ponto máximo na época do Barroco, provocando sentimentos de culpa e vergonha.
Aos poucos a sociedade deixa marcar no ser interno. O superego começa a se fixar de maneira constante, aumentando a vergonha, quando o indivíduo não consegue estar nos padrões. Sabe que a partir do social vai formando o Eu de cada um de nós. Freud, nos fala do superego como sendo uma das instancias psíquicas tendo uma parte construída pelo social e outra pelos pais através de identificação. A criança inicialmente toma a si como centro do mundo, mas as criticas parentais renuncia o ser do centro do mundo, adaptando ao ideal do eu, o que seria a mesma coisa do superego. A criança em desenvolvimento é convidada para participar da cultura e para nela se adaptar. Assim surge, o “Eu ideal” que corresponde ao “Eu que eu queria ser” ditado pelo social. Quando isso não acontece, sentimentos desagradáveis como culpa e vergonha surgem.
 A culpa é a ansiedade provocada sempre que os limites do superego foram transgredidos, enquanto que a vergonha deriva de não conseguir viver a altura das expectativas que fazem parte do Ego Ideal. (Giddens, 2002, pag 67)
Com isso surge o temor de não estar de acordo com o social, afetando o individuo que se culpa por se sentir mal. A vergonha desperta sentimentos de inadequação ou humilhação, quando o individuo se vê a si mesmo pelos olhos alheios.
Em uma sociedade normativa e ainda religiosa, como as dos séculos XV e XVI, ultrapassar as normas implica no sentimento de culpa e vergonha. O acordo social é estar de acordo com a grande média estatística, e abandonar é correr o risco de estar entre aqueles que são considerados como “diferentes”. E é nesse momento que a essência do homem corresponde à racionalidade e consciência, mas a partir de agora a separação daquilo que pode ser feito no público e no privado fica mais claro.
A noção de público e privado é sendo público a máscara social e privado tudo aquilo que é possível fazer escondido, do olhar da sociedade. A respeito da valorização da interiorização, que se destaca de tudo aquilo que pode se considerar público, nasce por volta do século XVIII, uma nova maneira de sentir a vida que se manifesta nas artes em geral com o nome de Romantismo. 
Romantismo, além de uma manifestação artística, é uma postura perante a vida. O romântico já não acredita mais que a essência do homem esteja no seu pensamento, mas na paixão. O privado que merece valor. Quanto ao público que são as máscaras sociais, essas, não correspondem à verdadeira riqueza interior. São os sentimentos e as emoções que são valorizados pelo Romantismo, é tudo aquilo que pode ser eliminado, ou seja, o público. Nesse momento, uma crença na existência de um Eu puro, sem as interferências do meio, mas seria isso possível? O homem neste caminhar, tem na razão o seu guia, esta mesma razão é anulada, pois o verdadeiro bem e o verdadeiro belo está nas paixões, no privado dos sentimentos, onde a razão se retira um pouco, e o sentir ganhar espaço.
Na Modernidade, a secularização ganha força, não havendo possibilidade de se ter um retorno para o “sacro.” Essas renovações no religioso implicam nas alterações na postura religiosa do eu. A secularização se expande para as consciências, sendo assim, o mundo passa a ser interpretado de outra maneira, reforçando o eu, pois o coloca em contato com suas grandes riquezas que são: o pensar, o raciocinar, e o duvidar, enfim com a sua capacidade de abstrair.
CONCLUSÃO
O homem sempre será um grande questionador de si mesmo, e nunca para de pensar e repensar sobre si, pois a vida é misteriosa. O famoso livre arbítrio que permite ao homem se reconstruir indefinidamente, apesar de toda a sua fragilidade. Sempre podemos ter a flexibilidade e a disposição para reconstrução de tudo àquilo que já foi dito e pensado. Novos paradigmas estão sendo apresentados ao grande público não como grandes verdades, mas apenas como formas diferentes de se pensar o que sempre existiu, com uma roupagem nova, criativa respirando um plural de diferenças individuais e de crenças. 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS
GIDDENS, A. Modernidade e Identidade. 2002. Rio de Janeiro, Jorge Zahar Ed.
SANTI, P. A construção do eu na Modernidade. 2012. Ribeirão preto, Holos Editora.
Psicologia das Massas e a Análise do eu Sigmund Freud. Disponível em: <file:///C:/Users/Bia/Downloads/FREUD.S.%20-%20PSICOLOGIA%20DAS%20MASSAS%20E%20A%20AN%C3%81LISE%20DO%20EU.pdf >.Acesso em 20.04.2017

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