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QUÍMICA GERAL (QFL0137) RELATÓRIO EXPERIÊNCIA 7: EQUILÍBRIOS ÁCIDO-BASE ROBSON OLIVEIRA (10321779) LUCIANO M. B. SANTOS (5126503) ANDRÉ HENRIQUEZ SILVA (10353692) ARTHUR Y. KOKETSU (10353688) DOCENTE: PEDRO VIDINHA 02/06/2017 RESUMO Neste experimento foram preparados sistemas ácido-base em equilíbrio, verificando os efeitos da concentração sobre o equilíbrio a partir da análise do pH por meio de indicadores ácido-base. Foi verificada também a eficácia de indicador ácido-base natural, obtido de vegetais, a partir da análise de diversas substâncias com variados PH, e da titulação de solução de ácido clorídrico. Foram comparados, então, os resultados do indicador natural, com os resultados obtidos através de indicadores clássicos. I. INTRODUÇÃO A. SOLUÇÃO TAMPÃO Uma solução tampão é uma solução aquosa consistindo de um ácido fraco e sua base conjugada que resiste a variações no pH quando pequenas quantidades de ácido ou base são adicionados a ela, tendo diversas aplicações químicas. Na natureza, encontramos este tipo de sistema no sangue humano na forma do tampão bicarbonato/ácido carbônico (1), com o seguinte equilíbrio: 𝐶𝑂2 + 𝐻2𝑂 ↔ 𝐻2 𝐶𝑂3 ↔ 𝐻𝐶𝑂3 − + 𝐻+ A solução tampão pode ser de natureza alcalina, tendo pH básico, ou de natureza ácida, tendo pH ácido. Uma solução tampão deve conter algo que removerá os íons hidróxido e hidrogênio adicionados. Para isso, as soluções ácidas e alcalinas trabalham de formas diferentes (2): • TAMPÃO ÁCIDO: para tampões ácidos, temos um ácido 𝐻𝐴 que se dissocia como na seguinte equação: 1) 𝐻𝐴 ↔ 𝐻+ + 𝐴− Adicionando um sal da base conjugada 𝑆𝐴 à solução faz com que o equilíbrio, segundo o princípio de Le Châtelier, seja deslocado para a esquerda. A solução conterá, então, grande quantidade de ácido 𝐻𝐴 não- ionizado, grande quantidade de 𝐴−, e íons 𝐻+ atuando para a diminuição do pH. Quando um ácido é adicionado à solução, os íons 𝐻+ reagirão com a base conjugada, formando 𝐻𝐴, fazendo com que não haja grande alteração do pH. Quando uma base é adicionada à solução, ela poderá reagir de duas formas. Os íons 𝑂𝐻− podem reagir com o ácido, resultando na equação: 2) 𝐻𝐴 + 𝑂𝐻− ↔ 𝐴− + 𝐻2𝑂 Ou os íons 𝑂𝐻− podem reagir com os íons 𝐻+ resultando na equação: 3) 𝑂𝐻− + 𝐻+ ↔ 𝐻2𝑂 Assim, o equilíbrio da equação 1 é deslocado para a direita, formando mais íons 𝐻+, que consumirão o 𝑂𝐻− para formar água. •TAMPÃO BÁSICO: para tampões básicos, temos uma base 𝐵𝑂𝐻 que se ioniza como na seguinte equação: 4) 𝐵𝑂𝐻 ↔ 𝐵+ + 𝑂𝐻− Adicionando um sal da base conjugada 𝑆𝐵 à solução faz com que o equilíbrio, segundo o princípio de Le Châtelier, seja deslocado para a esquerda. A solução conterá, então, grande quantidade de base 𝐵𝑂𝐻 não- ionizada, grande quantidade de 𝐵+, e íons 𝑂𝐻− atuando para o aumento do pH. Quando um ácido é adicionado à solução, ele poderá reagir de duas formas. Os íons 𝐻+ podem reagir com a base, resultando na seguinte equação: 5) 𝐵𝑂𝐻 + 𝐻+ ↔ 𝐵+ + 𝐻2𝑂 Ou os íons 𝐻+ podem reagir com o 𝑂𝐻−, resultando na equação 3. Assim, o equilíbrio da equação 4 é deslocado para a direita, formando íons, que consumirão o 𝐻+ para formar água. A solução tampão conterá diferentes concentrações de ácido e sal conjugado dependendo o pH que se deseja da solução. Tomando como exemplo um tampão ácido, teremos para o cálculo do PKa a seguinte equação: 𝑝𝐾𝑎 = [𝐻+][𝐴−] [𝐻𝐴] Como o equilíbrio da equação 1 foi deslocado para a esquerda, a quantidade de íons 𝐴− provenientes do ácido será negligenciável. Portanto, para o cálculo do PKa, e consequentemente do pH, a concentração de 𝐴− será dada pela concentração da base conjugada 𝑆𝐴 adicionada. Assim, sabendo o pKa do ácido utilizado, pode-se calcular as concentrações que devem ser utilizadas para obter um tampão com um determinado pH (2). O cálculo do pH desejado é dado, também, através da fórmula de Henderson- Hasselbach, tal como: 𝑝𝐻 = 𝑝𝐾𝑎 + 𝑙𝑜𝑔 [𝐻+][𝐴−] [𝐻𝐴] B. INDICADORES ÁCIDO-BASE Uma das maneiras de determinação do pH é a utilização de um medidor de pH que consiste no uso de um eletrodo capaz de medir a concentração de 3H O . O modo mais simples, porém, baseia-se no uso de uma substância que tende a alterar sua cor em função do pH. Tal substância se denomina indicador ácido-base. Esta alteração de cor se dá porque o indicador é um ácido fraco (HIn) que, em 7pH tem uma determinada cor e em pH básico possui cor diferente. A reação que descreve o equilíbrio químico do indicador é: ( ) 2 ( ) 3 ( ) ( )aq l aq aqHIn H O H O In E a constante de equilíbrio KIn: 3[ ][ ] [ ] In H O In K HIn No momento em que ocorre o equilíbrio, a concentração dos íons In- é igual à concentração de HIn e, portanto, 3[ ]InK H O ; ou seja, InpK pH . A variação de cor ocorre em 1InpK pH . A escolha conveniente de um indicador depende do ponto de viragem da substância em análise. Por exemplo, a fenolftaleína é apropriada para titulações com ponto de viragem próximo de 9pH . Já o alaranjado de metila é útil em 4pH e o verde de bromocresol, 5pH . C. PIGMENTOS NATURAIS EM PLANTAS E SUAS RESPOSTAS AO PH Das diversas moléculas relacionadas aos pigmentos das plantas, as duas famílias que podem ser citadas quanto as suas respostas à variação de pH são as antocianinas, responsáveis por cores azul, e as betalainas, responsáveis por cores vermelha e amarela (4). As betalainas são moléculas solúveis em água, derivadas de indóis, e que correspodem às cores vermelha e amarela encontradas em vegetais como a beterraba. Dentre as betalainas, podemos citar a betanina, isobetanina, probetanina, neobetanina, vulgaxantina, miraxantina, portulaxantina e indicaxantina, onde a betanina recebe destaque, pois sua cor varia com o pH, podendo ser útil como indicador ácido-base: vermelha entre valores de Figura 1: Escolha do indicador. (3, p. 517) 4 a 5, tornando-se violeta com o aumento do pH. Quando se atinge valores alcalinos, a betanina sofre hidrólise e toma uma coloração amarela-marrom (5). Figura 2: molécula de betanina As antocianinas são moléculas solúveis em água, parentes dos flavonoides, que correspondem às cores azul e roxo que ocorrem em vegetais como o repolho roxo e açaí, e em plantas do gênero Tibouchina, também conhecidas como quaresmeiras. Dentre as antocianinas, podemos citar a cianidina, delfinidina, malvidina, pelargonidina, peonidina e a petunidina, podendo destacar-se a cianidina e a peonidina, pois suas cores variam com o pH, podendo ser usadas como indicadores ácido-base. A cianidina, encontrada no repolho roxo, possui coloração vermelha em pH’s menores que 3, violeta em pH 7 ou 8, e azul em pH’s maiores que 11. A peonidina aparenta tons de vermelho em pH’s ácidos, tornando-se azul em pH’s básicos. (6) (7) (8) 1 Imagem retirada de https://en.wikipedia.org/wiki/Betanin. 1 Imagem retirada de http://www.sciencemadness.org/smwiki/index.php/Anthocyanin. Figura 3: gama de cores das antocianin 1 Imagem retirada de https://en.wikipedia.org/wiki/Peonidin II.DESCRIÇÃO EXPERIMENTAL A) EFEITO DO ÍON COMUM EM EQUILÍBRIO DE DISSOCIAÇÃO DE ÁCIDO FRACO Tomou-se dois tubos de ensaio e colocou-se 2 mL de solução de ácido acético em cada; foi adicionado então, indicador universal a ambos os tubos, verificando-se coloração vermelha e, portanto, pH=4. Em seguida, a um dos tubos foi adicionado 3 mL de água destilada, não sendo verificado alteração de pH, apenas um clareamento da cor inicial. Ao outro tubo, foi adicionado 3 mL de acetado de sódio, neste verificou-se mudança de cor de vermelho para laranja, caracterizando pH=5. B) EFEITO DO ÍON COMUM EM EQUILIBRIO DE DISSOCIAÇÃO DE BASE FRACA Em dois tubos de ensaio foi colocado 2mL de solução de hidróxido de amônio, pingou-se gotas de indicador universal observando-se cor roxa, portanto pH=10. Em um dos tubos, foi adicionado 3mL de água destilada, clareando a cor roxa, porém, não variando o pH. Ao segundo tubo adicionou-se 3 mL de cloreto de amônio, verificando-se mudança de cor de roxo para azul, indicando, portanto, pH=9. C) ESTUDO DA SOLUÇÃO TAMPÃO Figura 4: molécula de peonidina. Figura 5: molécula de cianidina. Foram preparadas duas soluções em tubos de ensaio separados, cada uma contendo 2,5 mL de ácido acético e 2,5 mL de acetato de sódio 0,4 mol/L. Tendo em solução indicador universal, o pH era 5 com cor laranja. Adicionou-se em um dos tubos solução de ácido clorídrico 0,1 M não ocorrendo alteração no pH. Ao segundo tubo adicionou-se solução de hidróxido de sódio 0,1 M, não havendo mudança também. Por fim foi preparada uma solução com 6mL de ácido acético 0,1M; esta foi separada em dois tubos de ensaio: em um colocou-se HCl, sendo indicado pH=3 através da cor vermelha. Na outra parte da solução foi adicionado NaOH indicando pH=9 através de papel indicador. D) PH DE SOLUÇÕES DE SAIS Tinha-se disponível em laboratório as seguintes soluções: cloreto de amônio (0,4M) acetato de sódio (0,4M), carbonato de sódio (0,1M), hidrogenocarbonato de sódio (0,1M), hidrogenossulfato de potássio (0,1M), fosfato de sódio (0,1M), monohidrogenofosfato de sódio (0,1M), dihidrogenofosfato de sódio (0,1M) e nitrato de alumínio (0,1M). Algumas gotas de cada uma foram colocadas em vidros de relógio separados, tendo em cada qual um papel indicador, este mostrou diferentes valores de pH para cada amostra. E) INDICADORES ÁCIDO-BASE EXTRAÍDOS DE PLANTAS (ANTIOCINAS) Foram picadas pétalas de flor roxa e então pesadas em uma balança semi-analítica, obtendo-se 3,5 g destas; adicionou-se em seguida 20mL de água destilada em um béquer contendo-as, sendo o sistema colocado para ferver; esta ebulição foi mantida por três minutos. Deixou-se resfriar até a temperatura ambiente decantando-se a mistura e separando a solução das pétalas. Em diferentes tubos de ensaio foram adicionadas gotas do extrato obtido nas seguintes soluções: - HCl (0,1M) - NaHCO3 - CH3COONa - Na2CO3 -NaOH (0,1M) F) TITULAÇÃO ÁCIDO-BASE Em erlenmeyers separados, foi colocado 25 mL de solução 0,1M de ácido clorídrico; adicionou-se a um dos frascos, duas gotas de fenolftaleína, ao outro, dez gotas do extrato vegetal; a primeira era incolor, já a segunda tinha cor inicial rosa. Preparou-se em uma bureta, solução 0,1M de hidróxido de sódio para se fazer uma titulação. Primeiro utilizou-se a solução com fenolftaleína. Em seguida repetiu-se o preparo e titulação, agora da solução contendo extrato vegetal, III. DISCUSSÃO A. EFEITO DO ÍON COMUM EM EQUILÍBRIO DE DISSOCIAÇÃO DE ÁCIDO FRACO Em dois tubos de ensaio foi colocado 40 gotas de ácido acético (incolor). Após a adição do indicador universal a solução passou a apresentar coloração vermelha de PH iguala 4. Portanto nota-se um caráter ácido, devido a liberação de hídrons e acetato em solução (definição de Bronsted-Lowry). Ao adicionar agua destilada, apenas ocorreu a diluição da solução, ou seja, adicionou-se mais solvente. Como não houve adição de novas substancias, não se verificou alteração na cor da solução e no PH. Em um segundo tubo de ensaio, adicionou-se acetato de sódio e verificou-se que a solução obteve coloração laranja e o PH mudou para 5. O acetato de sódio se dissocia em íons que influenciam diretamente no equilíbrio da solução inicial. Com a presença de um íon já existente no sistema, a reação sofre um desequilíbrio e, portanto, deve se deslocar para alcançar o equilíbrio novamente. 𝐶𝐻3𝐶𝑂𝑂𝐻(aq) ↔ 𝐻˖ (𝑎𝑞) + 𝐶𝐻3𝐶𝑂𝑂 ̅ (𝑎𝑞) 𝐶𝐻3𝐶𝑂𝑂𝐻(aq) + 𝐻2𝑂(aq) ↔ 𝐻30˖(𝑎𝑞) + 𝐶𝐻3𝐶𝑂𝑂 ̅ (𝑎𝑞) 𝐶𝐻3𝐶𝑂𝑂𝑁𝑎(aq) ↔ 𝑁𝑎˖ (𝑎𝑞) + 𝐶𝐻3𝐶𝑂𝑂 ̅ (𝑎𝑞) Na solução com ácido fraco, o íon comum acarreta aumento no PH e mudança na coloração, devido ao aumento na quantidade de acetato, que desloca a reação para esquerda e diminui a quantidade de hidrônio. B. EFEITO DO ÍON COMUM EM EQUILÍBRIO DE DISSOCIAÇÃO DE BASE FRACA A solução de hidróxido de amônio, apresentou PH igual a 10 e coloração rosa, após a adição de indicador universal. No primeiro tubo de ensaio foi Figura 6: soluções do procedimento A efetuada uma diluição em que não se verificou mudança significativa na coloração e no PH da solução inicial. No segundo tubo, em que foi adicionado cloreto de amônio, houve mudança na coloração de rosa para uso e PH passou a ser 9. O efeito observado pode ser explicado pelo mesmo mecanismo do experimento anterior. A dissociação do cloreto de amônio, causou aumento na quantidade de cátions amônio, e consequentemente a reação se desloca para esquerda, diminuído assim a quantidade de hidroxilas. 𝑁𝐻4𝑂𝐻(𝑎𝑞) ↔ 𝑁𝐻4˖(𝑎𝑞) + 𝑂𝐻 ̅ (𝑎𝑞) 𝑁𝐻4𝐶𝑙(𝑎𝑞) ↔ 𝑁𝐻4˖(𝑎𝑞) + 𝐶𝑙 ̅ (𝑎𝑞) Figura 7: Soluções do procedimento B C. ESTUDO DE SOLUÇÃO TAMPÃO As duas soluções preparadas apresentam PH igual a 5, pois o ácido acético é fraco e se dissocia pouco, ou seja, libera pequena quantidade de hídrons. O acetato de sódio atua como tampão da solução, tendo como objetivo impedir variações no PH das soluções ao adicionar ácidos e bases fortes. Isso se comprova no experimento, pois a solução tampão foi comparada com uma solução de ácido acético somente e nesta verificou-se variações no PH com adição de ácido e base fortes. Em uma solução tampão não há variação de PH, pois estão presentes espécies químicas que consomem hidroxilas (OH ̅) e hídrons (H˖), que não se neutralizam pois consistem em pares conjugados ácido base. Na introdução já foram abordados conhecimentos técnicos acerca de soluções tampões, porém seu funcionamento se baseia, principalmente, em equilíbrios químicos e suas constantes. 𝐶𝐻3𝐶𝑂𝑂𝐻(aq) ↔ 𝐻˖ (𝑎𝑞) + 𝐶𝐻3𝐶𝑂𝑂 ̅ (𝑎𝑞) 𝐶𝐻3𝐶𝑂𝑂𝑁𝑎(aq) ↔ 𝑁𝑎˖ (𝑎𝑞) + 𝐶𝐻3𝐶𝑂𝑂 ̅ (𝑎𝑞) 𝑁𝑎𝑂𝐻(𝑎𝑞) ↔ 𝑁𝑎˖(𝑎𝑞) + 𝑂𝐻 ̅ (𝑎𝑞) 𝐻𝐶𝑙(𝑎𝑞) ↔ 𝐻˖(𝑎𝑞) + 𝐶𝑙 ̅(𝑎𝑞) O acetato de sódio se dissocia em dois íons. O acetato possui capacidade de consumir hídrons, enquanto que o íon sódio tem capacidade de consumir hidroxilas. A partir desse conceito, é possível entender porque não há variação de PH. Figura 8: Soluções do procedimento C D. PH DE SOLUÇÃO DE SAIS Nesse procedimento, com uso de papel indicador, foi medido o PH de diferentes substancias para serão utilizadas como base no próximoprocedimento. Utilizando a definição de Bronsted-Lowry para ácido e base, foi determinado o caráter de cada substancia. A seguir serão apresentadas as equações de dissociação para cada substância 𝑁𝐻4𝐶𝑙(𝑎𝑞) ↔ 𝑁𝐻4˖(𝑎𝑞) + 𝐶𝑙 ̅ (𝑎𝑞) 𝐶𝐻3𝐶𝑂𝑂𝑁𝑎(aq) ↔ 𝑁𝑎˖ (𝑎𝑞) + 𝐶𝐻3𝐶𝑂𝑂 ̅ (𝑎𝑞) 𝑁𝑎2𝐶𝑂3(𝑎𝑞) ↔ 𝑁𝑎˖ (𝑎𝑞) + 𝐶𝑂32 ̅ (𝑎𝑞) 𝑁𝑎𝐻𝐶𝑂3(𝑎𝑞) ↔ 𝑁𝑎˖ (𝑎𝑞) + 𝐻𝐶𝑂3 ̅ (𝐴𝑄) 𝐾𝐻𝑆𝑂4(AQ) ↔ 𝐾˖ (AQ) + 𝐻𝑆𝑂4 ̅ (AQ) 𝑁𝑎3(𝑃𝑂4) (aq) ↔ 𝑁𝑎˖ (𝑎𝑞) + 𝑃𝑂4 3 ̅ (aq) 𝑁𝑎2(𝐻𝑃𝑂4)(aq) ↔ 𝑁𝑎˖ (𝑎𝑞) + 𝐻𝑃𝑂42 ̅(aq) 𝑁𝑎(𝐻2𝑃𝑂4)(aq) ↔ 𝑁𝑎˖ (𝑎𝑞) + 𝐻2𝑃𝑂4 ̅ (aq) 𝐴𝑙(𝑁𝑂3)3 (aq) ↔ 𝐴𝑙3˖ (aq) + 𝑁𝑂3 ̅ (aq) (Figura 9: equações de dissociações de sais para verificar o PH) O cloreto de amônio apresentou PH igual a 7 e solução verde, indicando que a substancia tem caráter neutro, pois não libera hídrons e hidroxila. O acetato de sódio indicou PH de 8 e solução de cor verde, logo a substância também é neutra. O carbonato de sódio indicou PH 11 e solução de coloração rosa, portanto, a substancia tem caráter básico, o que se deve a reação de íon sódio com hidroxila da agua, formando uma base forte. O hidrogenocarbonato de sódio indicou PH=9 e coloração verde. Essa solução tem caráter neutro, pois mesmo com formação de uma base forte (NaOH), também há formação de ácido carbônico (H2CO3). A formação desse ácido fraco já é suficiente para diminuir o PH, em comparação a substancia anterior. O hidrogenossulfato de potássio indicou PH= 2 e coloração rosa. A substancia tem caráter ácido pois o aníon interage com agua formando um ácido forte. O fosfato de sódio indicou PH= 12 e coloração azul escura, tendo um caráter básico devido a formação do hidróxido de sódio (base forte). O monohidrogenofosfato de sódio indicou PH=8 e coloração esverdeada, pois há formação de ácido e base forte, ao interagir com agua. O dihidrogenofosfato indicou PH= 7 e sem mudança de cor. Isso se deve a formação de ácido e base forte, quando os íons interagem com água. Por fim o nitrato de alumínio indicou PH= 3 e coloração vermelha, devido a formação de um ácido forte ao interagir com agua. Figura 10: Análise de PH das substâncias E. INDICADORES ÁCIDO-BASE EXTRAÍDOS DE PLANTAS (ANTOCIANINAS) Nesse procedimento preparou-se uma solução a partir de substâncias de pétalas de flores, e foi testada sua capacidade para atuar como indicador ácido-base. O extrato vegetal obtido apresenta coloração roxa. Os efeitos observados foram dispostos no dispostos na tabela a seguir. Substância adicionada Efeito verificado com extrato vegetal HCl (0,1M) Solução passou de roxo para rosa NaHCO3 Solução passou de roxo para verde CH3COONa Solução passou de roxo para azul esverdeado Na2CO3 Solução passou de roxo para verde NaOH (0,1M) Solução passou de roxo para amarela Figura 11: Análise de efeito do indicador de extrato vegetal Na medida em que a escala do indicador tem como base os valores de pH, ela é logarítmica, que significa que uma variação de 1 unidade de pH corresponde a uma variação de dez vezes na concentração do íon. Logo para que o extrato vegetal atue como indicador ácido-base deve conseguir responder a uma mudança sensível no PH. Analisando os dados obtidos anteriormente, pode-se concluir que o extrato vegetal obtido pode ser utilizado como indicador ácido-base, pois apresenta 3 cores diferentes para os três parâmetros de PH: - Em meio ácido apresenta coloração rosa - Em meio neutro apresenta coloração roxa - Em meio básico apresenta coloração amarela As substâncias presentes em folhas vermelhas, flores de pétalas coloridas e no extrato de repolho roxo; que o fazem mudar de cor em ácidos e bases são as antocianinas. As antocianinas são responsáveis pela coloração rosa, laranja, vermelha, violeta e azul da maioria das flores. Como há diversos espectros de cor, é possível utilizar esses compostos como indicadores já que reagem conforme as variações de PH. F. TITULAÇÃO ÁCIDO-BASE Neste último procedimento foi testado, de maneira pratica, a capacidade do extrato vegetal em atuar como um indicador ácido-base. Em comparação com a fenolftaleína, ambos foram usados em processo de titulação. Na solução que continha fenolftaleína foram consumidos 27,5 ml de hidróxido de sódio, para atingir o ponto de virada em que a solução inicialmente incolor passa a ter cor rosa. Em outra amostra, agora contendo o extrato vegetal, foram consumidos 27,8ml de hidróxido de sódio para atingir o ponto de virada, em que a coloração passa de rosa para azul. Analisando os resultados obtidos percebe-se que não houve muita variação no volume utilizado para a titulação, nos dois indicadores. Logo ambos podem ser utilizados como indicadores ácido-base, porem a fenolftaleína deve ser utilizada em mudanças de PH menos sensíveis, pois apresenta poucos espectros de cor para diferenciação. O extrato vegetal, pelo contrário, pode ser usado em sistemas em que há sensível variação do PH, ou seja, há uma pequena mudança. Como esse indicador possui diferentes espectros de cor é possível utiliza-lo em situações que que se necessita maior precisão. Esquema 1: Esquema utilizado para titulação Figura 12: Titulação com uso do extrato vegetal Figura 13: Titulação com uso de fenolftaleína IV. CONCLUSÃO Neste experimento, o objetivo era estudar os equilíbrios ácido-base e verificar os elementos que afetam essa reação e os mecanismos de deslocamento para rever o equilíbrio. Também foi necessário observar e analisar diferentes indicadores que auxiliam as titulações. Além do mais foi possível consolidar conhecimentos acerca de soluções tampão e equilíbrios químicos, obtidos durante as aulas. Descobriu-se também um novo produto que pode ser usado como indicador ácido-base e que pode ser preparado facilmente por extração. O conhecimento acerca do PH de substâncias e indicadores corretos a se usar; é essencial para atividades laboratoriais que serão desenvolvidas ao decorrer do curso. E tudo se tem base nos equilíbrios químicos que está presente na maioria das reações químicas. No fim concluímos que indicadores extraídos de plantas realmente podem ser utilizados como indicadores em determinadas situações. V. REFERÊNCIAS 1 BICARBONATE Buffer System. Wikipedia. Disponivel em: <https://en.wikipedia.org/wiki/Bicarbonate_buffer_system>. Acesso em: 01 jun. 2017. 2 BUFFER Solutions. Chemguide. Disponivel em: <http://www.chemguide.co.uk/physical/acidbaseeqia/buffers.html>. Acesso em: 01 jun. 2017. 3 ATKINS, P. W.; JONES, L. Chemistry: Molecules, Matter and Change 4° ed. New York: W. H. Freeman, 1999. 4 BIOLOGICAL Pigment. Wikipedia. Disponivel em: <https://en.wikipedia.org/wiki/Biological_pigment>. Acesso em: 01 jun. 2017. 5 BETANIN. Wikipedia. Disponivel em: <https://en.wikipedia.org/wiki/Betanin>. Acesso em: 01 jun. 2017. 6 ANTHOCYANIN. Wikipedia. Disponivel em: <https://en.wikipedia.org/wiki/Anthocyanin>. Acesso em: 01 jun. 2017. 7CYANIDIN. Wikipedia. Disponivel em: <https://en.wikipedia.org/wiki/Cyanidin>. Acesso em: 01 jun. 2017. 8 PEONIDIN. Wikipedia. Disponivel em: <https://en.wikipedia.org/wiki/Peonidin>. Acesso em: 01 jun. 2017.
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