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CENTRO UNIVERSITÁRIO SÃO LUCAS - 2º PERÍODO DE ODONTOLOGIA DISCIPLINA SISTEMA ESTOMATOGNÁTICO PROF. REGINA PINHEIRO CANINO – INTRODUÇÃO VESTIBULAR LINGUAL MESIAL DISTAL INCISAL São em número de 4 caninos ( 2 sup. e 2 inf.). Devem seu nome à palavra latina “canis” (cão), pela analogia que apresentam com os dentes pontiagudos deste animal. São elementos de ataque e defesa na escala zoológica, em determinados animais atingem um volume grande, saindo por vezes do interior da cavidade bucal (suínos). No sexo masculino de modo geral é maior e mais volumoso. A forma lanceolada dos C de ambos os arcos, leva-os à ação conjunta de perfurar os alimentos= despedaçar . Os lóbulos vestibulares medianos tiveram um grande desenvolvimento na porção incisal. As pontas mais ou menos aguçadas que se encontram na incisal ultrapassam o plano dos demais dentes. Os dentes caninos superiores e inferiores, completam com os incisivos o grupo dos dentes anteriores. Apresentam grande semelhança entre si. Os caninos são os dentes humanos mais longos e um dos mais desenvolvidos na dentadura humana. Devido a espessura Vlingual da coroa, raiz e a ancoragem no processo alveolar dos maxilares, são os dentes mais estáveis na boca. A modelagem de sua porção coronária estimula a autolimpeza que juntamente com a sua ancoragem eficiente nos maxilares, levam à preservação destes dentes por toda a vida. Geralmente quando se perdem os dentes, os caninos são os últimos. Apoio para prótese. No esqueleto são de fácil percepção porque o volume de sua raiz forma a saliência conhecida por eminência canina, que se destaca no conjunto das saliências alveolares. A eminência canina, têm um valor estético pois ajudam a formar a base que assegura expressão facial normal nos “cantos da boca”. A perda destes torna extremamente difícil, senão impossível, fazer reposições que restaurem aquela aparência natural da face. São considerados por alguns autores como os pilares da fisionomia e outros chamam o Csup. de dentes dos olhos = o periápice tem relação anatômica com o conteúdo da órbita. Seus processos inflamatórios podem atingir o conteúdo orbital pelo assoalho da órbita. As modificações ocorrem não só no esqueleto facial como também nas partes moles que o recobrem. Os lábios e as bochechas se introfletem na boca devido ao fato de perderem seus elementos de suporte, produzindo-se um característico pregueamento vertical. São considerados também unicuspidados e intermediários pois posicionam entre os I que não são cuspidados e os PMs bicuspidados. A superposição de I,C, PM e M numa vista mesial, as faces V de todos eles apresentam altura , assim como curvatura, semelhantes, porém à medida que se caminha de um dente anterior para um posterior, há uma acentuada tendência de aumento de altura e curvatura da porção lingual. Há uma hipertrofia do segmento lingual dos dentes posteriores. CANINO SUPERIOR FACE VESTIBULAR: A face vestibular é lanceolada e pode ser inscrita num pentágono de bordas arredondadas, sendo uma face bastante convexa nos sentidos cérvico-incisal e mésio-distal. Neste, são bem nítidos os sulcos de desenvolvimento e a bossa vestibular. Os dois sulcos escavam mais ou menos profundamente esta face, delimitando três segmentos de desenvolvimento desiguais: o lobo mediano, maior, um lobo distal, e um mesial ligeiramente menores. A bossa vestibular, localizada no terço cervical do dente, é nítida e volumosa. A partir dela, a face vestibular transforma-se numa superfície inclinada para baixo e para o lado lingual, quando se observa o dente de perfil. A face vestibular é limitada por quatro bordas. A borda cervical é semicircular, de pequeno raio de curvatura e de convexidade voltada para a raiz; a borda mesial, divergente no sentido incisal, é convexa e desce até os ¾ da altura da coroa; a borda distal, mais divergente e mais convexa que a mesial, é menos longa, descendo até 2/3 da altura da coroa; a borda incisal, que apresenta a forma de um V, tem um segmento mesial menor e menos inclinado, e um distal, mais inclinado, maior, que se acentua com o evoluir do desgaste natural do dente. Estes dois segmentos estão divididos por uma ponta nítida no dente jovem e por uma ponta que tem uma faceta plana no dente desgastado; esta ponta, no dente que sofre atrição acentuada, vai se transformando numa superfície plana, desaparecendo por completo transformando a borda incisal numa faceta bastante inclinada para o lado distal. Este dente parece uma conciliação na mudança de dentes anteriores para posteriores no arco dental. OCLUSÃO: ½ distal do Cinf. e a ½ mesial do 1º PM inf. PONTO DE CONTATO: as áreas de contato do Csup. estão em diferentes níveis cérvico- incisal. Pela mesial na junção do 1/3 médio e incisal da coroa e por distal no centro do 1/3 médio da coroa. FACE LINGUAL: Discretamente menor que a vestibular, possui o contorno pentagonal e escavado nos dois terços oclusais, sendo bastante convexa no terço cervical, onde existe um cíngulo volumoso e característico. O desenvolvimento do cíngulo pode atingir dimensões tais que chega a formar-se na face lingual uma verdadeira cúspide. Desta saliência volumosa emanam três outras, duas das quais constituem as cristas marginais mesial e distal; e a terceira, mediana, mais volumosa, é crista mediana. Forame cego está presente algumas vezes. FACES PROXIMAIS: São de aspecto triangular com base cervical, convexas no sentido vestíbulo-lingual com lados e ângulos arredondados. Esta convexidade acentua-se no terço incisal das faces. Entretanto, próximo à região cervical do dente, as faces de contato tornam-se ligeiramente planas ou deprimidas. A face distal é menor e bem mais convexa que a face mesial, sua linha do colo é mais reta. A face mesial mostra-se mais ampla e plana, menos escavada no terço cervical, e com modelado mais discreto que o da face distal, a sua linha do colo é em forma de V. FACE INCISAL: Esta face é de aspecto lanceolado ou perfurante. Tem a forma de uma letra V de ramos abertos e desiguais, formando um ângulo que se aproxima dos 90º, tem a porção distal desta borda maior e mais inclinada, enquanto que o segmento mesial é mais plano. A dimensão VL é maior MD, ocasionalmente são iguais. RAIZ: É a maior raiz dentária com um volume que faz saliência bem acentuada na face vestibular do osso alveolar, chegando às vezes, a perfurar a delgada camada compacta desse osso. É cônica com discreto grau de achatamento mésio-distal. Há sulcos mesial e distal, porém discretos. Devido ao seu tamanho, o desvio distal da raiz é bem percebido, e o ângulo que se forma entre ela e a face distal é acentuado, o que permite saber com precisão a que lado o dente pertence. Apresenta forte inclinação para o lado lingual. CANINO INFERIOR FACE VESTIBULAR: Sua coroa é mais longa que a do superior. Forma lanceolada, inscrita num pentágono alongado e irregular de lados e ângulos arredondados. Os diâmetros, que eram muito parecidos no superior, são agora de valores muito diferentes. Esta face apresenta uma acentuada inclinação para lingual. De modo geral, a morfologia desta face repete a do canino superior, porém com um modelado mais suave. O desgaste da borda incisal, faz-se na oclusão normal, sempre às espessas do esmalte vestibular. A superfície é convexa em ambos os sentidos, com grande inclinação cérvico-incisal. No 1/3 cervical são notáveis uns estriamentos, de trajeto paralelo ao da linha do colo, denominadas periquimáceas, que correspondemà manifestações externas das estrias de Retzius. A face vestibular é limitada por quatro bordas. A borda cervical é curvilínea de pequeno raio de curvatura e convexidade voltada para a raiz, a borda mesial pouco inclinada e divergente para incisal, é mais longa que a distal, a borda distal é mais curta e mais inclinada apresentando duas zonas bem delimitadas: uma superior ou incisal, fortemente convexa, e outra inferior ou cervical, aplainada ou ligeiramente côncava a borda incisal tem forma de V, com ângulos mais fechados que do Csup. OCLUSÃO: oclui com ½ D do IL sup. e ½ M do C sup. FACE LINGUAL: Com forma e inclinação semelhante à vestibular. Dentro de limites parecidos, salvo no que se refere à borda oclusal, mostra uma superfície com acidentes semelhantes aos encontrados na face homóloga dos incisivos inferiores, leve depressão, cristas marginais pouco marcadas, fossa lingual e sulcos de desenvolvimento, os quais são pouco marcados. A ausência do buraco cego é regra. FACES PROXIMAIS: Triangulares e ligeiramente convexas no terço incisal, são escavadas no restante. Quando se observa o canino inferior por uma das faces de contato, nota-se que a borda cervical é mais baixa no lado lingual que no vestibular. A face mesial é ligeiramente inclinada e não muito convexa. A distal é mais inclinada e convexa. FACE INCISAL: Tem o aspecto de letra “v”, com o vértice bastante deslocado para a mesial, porém o que o distingue do canino superior é a grande inclinação, que mais se acentua com o desgaste. RAIZ: Menor e menos volumosa, mais curta que a do Csup. é achatada no sentido MD e profundamente sulcada.
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