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TRANSTORNOS PSICÓTICOS AULA – 11 Prof (a):JUNIOR PEREIRA Caruaru 2017 PSICOSE E se tudo o que você acreditasse, pensasse ter vivido ou ser real não fosse fato ou fosse improvável? Pensamento + Ação = FATO! História – FATO = Inverdade, Mito, Mentira Quando a função mental de racionalidade e lógica não são executados o indivíduo delira pelos mitos, inverdades e mentiras. A PSICOSE é um estado de funcionamento psíquico anormal Realidade? O psicótico perde o contato com a realidade Modificam-se os planos, as atitudes, as ideias devido a coisas absurdas; São criadas relações com coisas que não existem; Pode, repentinamente, sentir-se perseguido, em perigo, como se o mundo conspirasse contra ele. Sintomas DELÍRIOS: Ideias/Crenças inabaláveis e irremovíveis, contrariam quaisquer argumentos lógicos que se possa oferecer em contrário. ALUCINAÇÕES: Tudo que pode ser percebido pelos 5 sentidos pode ser “alucinado”. Percepção “real” de um objeto inexistente. Envolvimento psíquico é contundente Acompanhadas por delírios PENSAMENTO DESAGREGADO: Identifica-se no discurso Não apresentam linearidade Mistura de vários assuntos Demostram desconexão, incoerência AFETO: Embotado Entristecido Inadequado Rígido Expansivo Plano Exaltado Irritável Indiferente 8 SINTOMAS MOTORES: Pode ir da total apatia com ausência de movimentação, comunicação, interação de qualquer tipo até... Franca e severa agitação motora com descontrole de impulsos. OUTROS SINTOMAS Motivação Ambivalência Angústia Retraimento social Insônia Déficit de crítica/ insight Ideação suicida/homicida Exemplos de transtornos psicóticos Transtorno delirante Transtorno psicótico breve Psicose puerperal Induzido por substâncias Esquizofrenia e seus subtipos Esquizofrenia É a doença psiquiátrica mais angustiante e incapacitante de todas elas. Geralmente começa na adolescência ou no início da idade adulta, podendo se manifestar desde a infância até os 40 anos. Quanto mais cedo se apresenta, pior o prognóstico. Seu início pode ser lento (meses, anos) ou abrupto (dias, semanas.) Suas causas não estão estabelecidas, acredita-se em fatores genéticos e ambientais. A intervenção no primeiro episódio é fundamental no prognóstico do paciente. Cada novo episódio faz com que o paciente fique cada vez mais desorganizado e cronificado. Nos homens costuma ser mais precoce do que nas mulheres. Difícil diagnóstico (exclusão) Necessário presença de sintomas por 6 meses, no mínimo. TIPOS PARANÓIDE: Delírios tipicamente persecutórios ou grandiosos, ou ambos. Os delírios podem ser múltiplos. As alucinações são relacionada ao tema do delírio. A pessoa apresenta ansiedade, raiva, afastamento e tendência a discussões. Pode predispor ao suicídio pelos delírios persecutórios ou predispor a violência. Esquizofrenia Desorganizada: Os discursos são desorganizados, comportamento desorganizado e afeto embotado ou inadequado, risos imotivados. Leva a uma severa perturbação na capacidade de executar atividades da vida diária (banho, vestir-se) Esquizofrenia Catatônica: Perturbação motora grave, imobilidade ou atividade excessiva. Extremo negativismo, mutismo, ecolalia ou ecopraxia; A imobilidade motora pode manifestar por estupor; A atividade motora excessiva é aparentemente desprovida de sentido e não é influenciada por estímulos externos. Esquizofrenia Hebefrênica Mudanças afetivas, comportamento irresponsável, maneirismos, pensamento desorganizado e incoerente. Tem um mau prognóstico devido ao embotamento afetivo, rápido desenvolvimento dos sintomas negativos. ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM INTERNAÇÃO Atenção às necessidades individuais Orientação (mesmo em situações de surto) Riscos Autonomia Educação Efeitos adversos medicamentoso Reações adversas do tratamento Transtornos de Ansiedade Aula 12 Prof(a): Ma. Carolina Vasconcelos Caruaru 2017 Etimologia Ansiedade Grego - Anshein: estrangular, sufocar, oprimir Angústia Raiz indo-germânica - Angh: estreitamento ou constricção Latim anger: desconforto; angor: opressão ou falta de ar; angere: causar pânico 21 Angústia mórbida X angústia existencial Estado de ânimo patológico Angústia existencial Pressupõe a consciência de estar-no-mundo, de existir-no-tempo, de ser-para-a-morte. 22 Ibor retoma Ortega y Gasset - filósofo espanhol teoria do vitalismo - todas as neuroses seriam enfermidades do ânimo. O vitalismo é o que se manifesta entre o corpo e a alma - tudo é uma manifestação da vida. JFC, 42 anos, masculino, casado, carpinteiro. Há cerca de 3 meses, após a morte de um vizinho, começou a ter dificuldade de trabalhar. Deveria pegar um barco para ir a Itaparica, porém se sentia muito ansioso dentro do barco. Tinha medo de passar mal e não poder receber socorro médico. Cada vez que entrava no barco tinha sudorese profusa, taquicardia e muito medo de morrer ou que algo ruim lhe acontecesse e não pudesse ser atendido. Tinha os mesmos sintomas no supermercado, no shopping e em locais de festas populares. Deixou de trabalhar fora, passando a realizar os seus trabalhos apenas em casa. Parou de frequentar ambientes com aglomerações. Agorafobia Ansiedade relacionada a situações ou locais O que caracteriza é o comportamento de esquiva O escape é difícil É difícil conseguir ajuda em caso de mal-estar Esquiva de situações Sair de casa Ficar sozinho Multidão Locais fechados: navios, aviões, elevador, ponte, teatro, trânsito 24 Agorafobia - Agora era um mercado aberto onde as pessoas ficavam em Atenas, significa espaço aberto - maos ou menos como o Campo Grande. Agorafobia Tipos Sem transtorno de pânico Com transtorno de pânico Prevalência M > H 25 Agorafobia - Agora era um mercado aberto onde as pessoas ficavam em Atenas, significa espaço aberto - maos ou menos como o Campo Grande. Agorafobia Incapacitação Transitória, relacionada a locais fechados, nos quais o escape é difícil – meios de transporte (ônibus, avião, elevador, embarcações). 26 Agorafobia - Agora era um mercado aberto onde as pessoas ficavam em Atenas, significa espaço aberto - maos ou menos como o Campo Grande. MAT, feminino, 19 anos, estudante Paciente fez duas vezes vestibular para direito, porém não conseguia concluir as provas. Quando ia assinar a lista de presença sua mão tremia e ela se sentia muito desconfortável, pois notava que o fiscal a observava. Tinha diarréia, saia várias vezes para ir ao banheiro, chegava a sentir náuseas e até a vomitar. Seu coração batia mais forte e ela não conseguia concatenar as idéias para responder as questões das provas. Fobia social Medo acentuado de se expor levando a evitação de situações sociais Palpitações, tremor, sudorese, diarréia, rubor, “dar branco”, vômitos Prevalência 2,7% 1 a 13 % 2 M =H 1 Klessler et al., 1994 1Myers at al., 1984 28 Fobia social - medo de situaçõs nas quais o indivíduo está em evidência, assinar cheque em banco, dar aulas, situações nas quais ele tem que se expor. Trabalho pioneiro no mundo do titular da UFRJ identificando o IMAO como benéfico para a Fobia Social. Marks - comportamentalista que descreveu o modelo de transtorno de ansiedade social que foi incorporado DSM-III, sendo a fobia social. Fobia social Incapacitação Limitações relacionadas a situações de exposição social. Pode ser exposição a pequenos grupos, como duas pessoas (ex. Bancário). 1 Klessler et al., 1994 1Myers at al., 1984 29 Fobia social - medo de situaçõs nas quais o indivíduo está em evidência, assinar cheque em banco, dar aulas, situações nas quais ele tem que se expor. Trabalho pioneiro no mundo do titular da UFRJ identificando o IMAO como benéfico para a Fobia Social. Marks - comportamentalista que descreveu o modelo de transtorno de ansiedade social que foi incorporado DSM-III, sendo a fobia social. LMC, 42 anos, médica, casada, dois filhos Viajava normalmente de avião, até que aos 23 anos passou por uma enorme turbulência e nunca mais conseguiu viajar nesse meio de transporte. Apavora-se quando lhe sugerem uma viagem ao exterior. Ganhou uma passagem para a Europa de um laboratório e declinou da mesma, pois chegando no avião sentiu muito medo, taquicardia profusa, tremores e ansiedade intensa. Procurou ajuda pois começou a ter problemas com o marido em função da sua limitação. Fobia específica Medo acentuado de objetos ou situações específicos (presença ou previsão) Animais, altura, tempestades, procedimentos médicos, elevador, avião Taquicardia, ansiedade, taquipnéia, tremor, sudorese Sangue - taquicardia, bradicardia, hipotensão, desfalecimento Prevalência 4,5 a 12%* M > H *Myers at al., 1984 31 Fobia específica Incapacitação O indivíduo se desenvolve profissionalmente se esquivando do agente fóbico. Pode ser duradoura se relacionada a situação traumática. 32 MAT, 45 anos, casada, três filhas, funcionária pública Há dois meses, enquanto esperava o carro consertar, começou a sentir um estranho mal-estar. Sensação de calor pelo corpo, dispnéia, como se algo lhe sufocasse, taquicardia e dor no peito. Tinha a impressão que estava tendo um infarto e que morreria rapidamente. Pediu ao mecânico que lhe levasse a um serviço de urgência. Chegando lá a sensação pior já tinha passado, mas ela ainda estava muito ansiosa, sobretudo porque acreditava estar tendo um problema físico grave. O médico a atendeu e foi submetida a vários exames, sem nenhum achado clínico significativo. A mesma crise se repetiu cerca de uma vez por semana nos próximos 3 meses, sem que houvesse uma situação específica desencadeadora dos sintomas: aconteceu no meio da noite, em festas familiares, saída noturna com amigos, indo para o trabalho e em casa descansando. Transtorno de pânico Ataque de pânico Medo intenso súbito com sintomas somáticos Palpitações, sudorese, tremores, falta de ar, dor no peito, enjôo, vertigem, desrealização e despersonalização, formigamento, ondas de calor, medo de morrer, enlouquecer ou perder o controle Transtorno Ataque de pânico Ansiedade antecipatória Evitação fóbica (1/3 tem agorafobia) 34 Durante a guerra civil americana em 1860 Jacob Mendes da Costa observou uma forma peculiar de transtorno funcional do coração entre os soldados em um hospital militar, caracterizada por dor intensa, incapacitante, palpitações violentas e outros sinais cardíacos na ausência de lesões estruturais identificáveis do coração. 1895 - Freud - descreve ataques de ansiedade, súbitos e violentos 1980 - DSM-III Transtorno de pânico Prevalência 1,5 a 3,5% M:H - 3:1 Progressão da doença Ataques de pânico espontâneos -> Ataques de Pânico situacionais -> Ansiedade Antecipatória -> Esquiva agorafóbica restrita -> Esquiva agorafóbica extensa 35 Durante a guerra civil americana em 1860 Jacob Mendes da Costa observou uma forma peculiar de transtorno funcional do coração entre os soldados em um hospital militar, caracterizada por dor intensa, incapacitante, palpitações violentas e outros sinais cardíacos na ausência de lesões estruturais identificáveis do coração. 1895 - Freud - descreve ataques de ansiedade, súbitos e violentos 1980 - DSM-III Transtorno de pânico Incapacidade Transitória, relacionada à esquiva fóbica e ansiedade antecipatória. Pode ser duradouro, a depender da intrensidade e cronicidade dos sintomas. 36 Durante a guerra civil americana em 1860 Jacob Mendes da Costa observou uma forma peculiar de transtorno funcional do coração entre os soldados em um hospital militar, caracterizada por dor intensa, incapacitante, palpitações violentas e outros sinais cardíacos na ausência de lesões estruturais identificáveis do coração. 1895 - Freud - descreve ataques de ansiedade, súbitos e violentos 1980 - DSM-III Transtorno de ansiedade generalizada Definição Ansiedade ou preocupação excessiva sobre tudo, sem poder controlar Quadro clínico Inquietação, cansaço, dificuldade de se concentrar, irritabilidade, tensão muscular, perturbação do sono Prevalência 6,4% * (3 a 12%) M:H - 2:1 1Myers at al., 1984 37 Pra ansiedade generalizada a mesma etiologia do pânico com as fibras que se conectam com a amigdala cerebral. A venlafaxina empata com a buspiruna com menos efeitos colaterais. Transtorno de ansiedade generalizada Incapacitação Reduz a capacidade laboral 38 Pra ansiedade generalizada a mesma etiologia do pânico com as fibras que se conectam com a amigdala cerebral. A venlafaxina empata com a buspiruna com menos efeitos colaterais. Transtorno obsessivo compulsivo Obsessões Pensamentos intrusivos e insensatos que causam ansiedade e sofrimento - contaminação, dúvidas, impulsos agressivos, sexuais Compulsões Comportamentos repetitivos para evitar um sofrimento - lavar as mãos, verificar o gás ou a porta, contar, repetir ações, ordenar objetos Transtorno obsessivo compulsivo Incapacitação Pode gerar redução na produtividade. A depender da intensidade pode paralisar a pessoa. Ansiedade e estresse Estresse pós traumático Sintomas após a exposição a um estressor traumático Revive constantemento o evento traumático (sonhos) Esquiva dos estímulos associados ao trauma Excitação aumentada, ansiedade, pesadelos, hipervigilância Estresse pós traumático Incapacitação Em geral dura meses (6 a 12 meses) Pode ser duradoura a depender da intensidade da situação traumática e da exposição (ex. Sequestro e explosões em locais de trabalho). Conclusão Curso Flutuante Crônico Depressão Tratamento Antidepressivos Clássicos Nova geração Subdoses - NÃO Benzodiazepínicos Início Intermitente Transtornos do Humor Aula 13 Prof(a): Ma. Carolina Vasconcelos Caruaru 2017 DEFINIÇÃO Grupo de transtornos mentais nos quais uma alteração patológica do humor*, associada com alterações vegetativas, psicomotoras e cognitivas relacionadas, dominam o quadro * estados afetivos permanentes, que não refletem apenas contingências emocionais momentâneas as alterações do humor são « endoreativas », isto é, mesmo que possam ter sido desencadeadas por um fator precipitante externo, tendem a persistir de forma autônoma curso frequentemente cíclico, recorrente de forma episódica (5-6 para transt.depressivo; 8-9 p/transt.bipolar) – embora possa ser um episódio único, principalmente no transtorno depressivo (1/3 dos casos) FORMAS CLÍNICAS Transtorno Bipolar Transtorno Depressivo (Recorrente – CID 10 / Maior – DSM IV) Trastorno Ciclotímico Transtorno Distímico Características clínicas a) episódio depressivo : - humor deprimido (hipotimia) - perda de interesse e prazer (anedonia) - energia reduzida levando a uma fatigabilidade aumentada - atividade diminuída, inércia, falta de motivação ou vontade, diminuição da libido - lentificação (ou agitação) psicomotora e do pensamento; estupor Características clínicas - irritabilidade (muito comum na infância e adolescência) - choro espontâneo - pessimismo e desesperança - diminuição da auto-estima - pensamentos recorrentes, ruminação sobre temas negativos Características clínicas - Idéias (deliróides – 15%) de culpa, ruína, inutilidade, hipocondríacas Ideação suicida; Tentativas de suicídio - Insônia terminal ou hipersonia - Diminuição ou aumento do apetite, com perda ou ganho de peso Características clínicas - diminuição ou aumento do apetite, com perda ou ganho de peso - dificuldades para tomar decisões - alterações da vivência do tempo (lentificação, império do passado, inexistência do futuro) - dificuldades de concentração e memória (pseudo-demência em idosos) Características clínicas - queixas somáticas (« depressão mascarada ») - ritmo circadiano - sazonalidade (outono/inverno) os sintomas devem estar presentes por pelo menos duas semanas e devem representar uma mudança com relação ao funcionamento prévio do sujeito características melancólicas Perda de prazer em todas ou quase todas as atividades Falta de reação a estímulos outrora prazeirosos Qualidade distinta de humor deprimido Piora matinal Insônia terminal Lentificação ou agitação psicomotora acentuados Anorexia ou perda de peso significativos Culpabilidade excessiva ou inapropriada Características atípicas Reatividade do humor Aumento do apetite e/ou ganho de peso Hipersonia Padrão permanente de hipersensibilidade à rejeição nas relações interpessoais Sensação de peso nas pernas e braços Piora vespertina Depressão Unipolar - s/hist. de mania ou hipomania - temperamento distímico - mais comum em mulheres - início na quarta (30’s), quinta (40’s) ou sexta (50’s) década - episódios puerperais menos comuns - início insidioso - poucos episódios - duração do episódio: 3-12m - agitação psicomotora - insônia - hist.fam. de transtorno unipolar e alcoolismo Depressão Bipolar - história de mania ou hipomania - temperamento ciclotímico - igual prevalência em homens e mulheres - início na adolescência, terceira (20’s) ou quarta (30’s) década - episódios puerperais comuns - início súbito - múltiplos episódios - duração do episódio: 3-6m - retardo psicomotor - hipersonia - hist. fam. de transtorno bipolar e unipolar Características clínicas b) episódio maníaco : - hipertimia : euforia, exaltação, irritabilidade, jocosidade - labilidade afetiva - aumento de energia, hiperatividade - aceleração do curso do pensamento, fuga de idéias, logorréia - diminuição da necessidade de sono - desinibição, agitação, aumento da libido, impulsividade - distraibilidade - auto-estima arrogante - superotimismo, grandiosidade, idéias deliróides de grandeza - prodigalidade - alterações quantitativas e qualitativas da sensopercepção os sintomas devem estar presentes por pelo menos uma semana e devem representar uma mudança com relação ao funcionamento prévio do sujeito Classificação Diagnóstica TRANSTORNO DEPRESSIVO TRANSTORNO BIPOLAR : - Bipolar I : pelo menos uma fase de mania ou episódio misto - Bipolar II : fases de hipomania e transtorno ciclotímico Transtornos persistentes do humor Síndrome parcial do humor, mantida de forma contínua ou intermitente por pelo menos dois anos Início geralmente na adolescência - Ciclotimia (pode preceder ou suceder episódios de transtorno bipolar ou depressivo) - Distimia (precede episódio depressivo em 1/3 dos casos): mais sintomas do que sinais Co-morbidades Ansiedade Fobias Pânico Sintomas Obsessivos-compulsivos Abuso de Substâncias Transtornos de personalidade Aula 13 Prof (a): Ma. Carolina Vasconcelos Caruaru 2017 Características Clínicas Padrões de comportamento profundamente arraigados e estáveis; respostas inflexíveis a uma ampla série de situações sociais e pessoais; padrões mal-adaptativos para uma ampla série de situações pessoais e sociais Atitudes e condutas desarmônicas envolvendo várias áreas de funcionamento : afetividade, controle dos impulsos, modos de percepção e de pensamento; modos de estilo de relacionamento interpessoal Associados a graus variados de angústia e incômodo pessoal e a problemas no funcionamento e desempenho social e profissional Aparecem na infância ou na adolescência e continuam pela vida adulta; o diagnóstico, no entanto, deve ser evitado antes dos 16 ou 17 anos Caráter, temperamento e personalidade DSM-IV Transtorno de Personalidade: - Esquizotípica - Esquizóide - Paranóide - Narcisista - Borderline - Anti-social - Histriônica - Obsessiva-compulsiva - Dependente - Evitação CID 10 Transtorno de Personalidade: - Paranóide - Esquizóide - Anti-social - Emocionalmente Instável (impulsiva/borderline) - Histriônica - Anancástica -Ansiosa -Dependente DSM-IV 3 Clusters: A) peculiar, excêntrico, reservado: paranóide, esquizóide, esquizotípico B) dramático, impulsivo, errático: borderline, anti-social, narcisista, histriônico C) ansioso, temeroso evitação, dependente, obsessivo-compulsivo Transtorno de personalidade paranóide Sensibilidade excessiva a contratempos e rejeições Tendência a guardar rancores persistentes Desconfiança e tendência a distorcer experiências por interpretar erroneamente as ações neutras ou amistosas de outros como hostis, maldosas, ameaçadoras ou desdenhosas combativo e obstinado senso de direitos pessoais em desacordo com a situação real autovalorização excessiva e autoreferência explicações conspiratórias co-morbidades: episódio depressivo, transtorno obsessivo-compulsivo, agorafobia, abuso ou dependência de substância podem ocorrer episódios psicóticos breves, geralmente relacionados a stress ambiental antecedente pré-psicótico de Trastorno Delirante prevalência: 0,5 – 2,5% da população geral mais diagnosticada em homens prevalência aumentada em familiares de esquizofrênicos e portadores de transtorno delirante Transtorno de personalidade esquizóide poucas (se algumas) atividades produzem prazer frieza emocional, afetividade distanciada ou embotada capacidade limitada para expressar sentimentos calorosos, ternos ou hostis Preferência por atividades solitárias; problemas ocupacionais quando envolvimento interpessoal é necessário Fantasia e introspecção Falta de amigos íntimos ou relacionamentos confidentes transtorno de personalidade anti-social Indiferença e insensibilidade aos sentimentos alheios Irresponsabilidade e desrespeito por normas, regras e obrigações sociais Incapacidade de manter relacionamentos, embora não haja dificuldades em estabelecê-los Baixa tolerância à frustração Baixo limiar para descarga de agressão Incapacidade de experimentar culpa e aprender com a experiência Propensão para culpar os outros ou tentar justificar de forma plausível seu comportamento transtorno de personalidade histriônica Auto-dramatização, teatralidade, expressão exagerada de emoções Sugestionabilidade Afeto superficial e lábil Busca contínua de aprovação, necessidade de ser o centro das atenções Comportamento sedutor Tentativas e ameaças de suicídio para obter atenção Relações interpessoais instáveis, superficiais e não gratificantes; busca de novos relacionamentos Co-morbidades: depressão maior, transtorno de somatização e transtorno conversivo Transtorno De Personalidade Emocionalmente Instável, Tipo Borderline Tendência para agir impulsivamente, sem considerar as consequências Instabilidade afetiva Acessos de raiva e explosões comportamentais, especialmente quando atos impulsivos são criticados ou impedidos Auto-imagem, objetivos e preferências são pouco claras ou perturbadas Sentimento crônico de vazio Relacionamentos afetivos intensos e instáveis Ameaças de suicídio e de auto-lesão transtorno de personalidade anancástica Dúvida e cautela excessivas Preocupação com detalhes, regras, listas, organizações Perfeccionismo, que afeta a conclusão de tarefas Procrastinação Escrupulosidade; Pedantismo; Adesão às convenções sociais; Rigidez, inflexibilidade, apego à ordem, necessidade de controle interpessoal; Co-morbidades: depressão, ansiedade e TOC Prevalência de 1% da população geral; 2 X mais comum em homens Transtorno de personalidade ansiosa (ou de evitação) Sentimentos persistentes e invasivos de tensão e apreensão Crença de ser socialmente inepto, pessoalmente desinteressante ou inferior aos outros Preocupação excessiva em ser criticado ou rejeitado em situações sociais relutância em se envolver com pessoas, a não ser com certeza de ser apreciado evitação de atividades sociais e ocupacionais que envolvam contato interpessoal significativo, por medo de críticas, desaprovação ou rejeição co-morbidades: transtornos do humor e de ansiedade (especialmente fobia social generalizada) prevalência de 0,5-1,0%; igualmente diagnosticada em homens e mulheres Transtorno de personalidade dependente Encorajar ou permitir que outros tomem a maioria das decisões importantes da vida do sujeito Subordinação das próprias necessidades a de outros, dos quais é dependente Sentir-se desamparado quando sozinho por medo de não conseguir se cuidar Medo de ser abandonado Capacidade limitada para tomar decisões sem conselhos ou asseguramentos Funcionamento ocupacional prejudicado se atitude independente é requerida Co-morbidades: depressão maior, transtorno de ansiedade e fobia social Igualmente frequente em homens e mulheres Doença crônica e ansiedade de separação são fatores predisponentes Obrigado!
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