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1.Introdução O fenômeno da difração ocorre quando uma onda encontra uma série de obstáculos regularmente separados que são capazes de dispersar a onda e possuem espaçamentos comparáveis em magnitude ao comprimento da onda. Além disso, a difração é uma consequência de relações de fase específicas estabelecidas entre duas ou mais ondas que foram dispersas pelos obstáculos. 2.Métodos Neste experimento procuramos definir 2 amostras de metais, e para isso usaremos a lei de Bragg: (1) (2) Onde: d = distancia entre as camadas atômicas a = parâmetro de rede n = ordem de reflexão h,k,l = parâmetros do plano λ = comprimento de onda θ = angulo difratado (obtido experimentalmente) 3.Cálculos 3.1. Determinação da estrutura das amostras: Tabela 1: Planos que difratam para cada estrutura. Com o auxilio da Tabela 1, onde podemos ver quais serão os planos a difratar o raio x para cada estrutura, e utilizando a relação entre a formula (1) e (2): ,consegue-se descobrir qual é a estrutura cristalina de cada amostra. Como “λ” tem um valor constante (λ = 1,7902 A) e o quociente (sen Ө)/( h²+k²+l²)1/2 também, o valor de "a" deverá, por regra, ser constante. Construímos as Tabelas 2 e 3 para as amostras 1 e 2, respectivamente, para compararmos os dados: CFC 2 θ° θ° θ° em rad sen(θ) d (A) a (A) h k l 52,3 26,15 0,456404 0,440723 2,030982 3,517765 1 1 1 77,1 38,55 0,672824 0,623197 1,436303 2,872605 2 0 0 99,7 49,85 0,870047 0,764359 1,171047 3,31222 2 2 0 124,3 62,15 1,084722 0,884174 1,012358 3,357611 3 1 1 160,9 80,45 1,404117 0,986141 0,907679 3,144294 2 2 2 Tabela 2.1: Dados da Amostra 1 para Cúbica de Face Centrada CCC 2 θ° θ° θ° em rad sen(θ) d (A) a (A) h k l 52,3 26,15 0,456404 0,440723 2,030982 2,872243 1 1 0 77,1 38,55 0,672824 0,623197 1,436303 2,872605 2 0 0 99,7 49,85 0,870047 0,764359 1,171047 2,868467 2 1 1 124,3 62,15 1,084722 0,884174 1,012358 2,86338 2 2 0 160,9 80,45 1,404117 0,986141 0,907679 2,870334 3 1 0 Tabela 2.2: Dados da Amostra 1 para Cúbica de Corpo Centrado Cúbica Simples 2 θ° θ° θ° em rad sen(θ) d (A) a (A) h k l 52,3 26,15 0,456404 0,440723 2,030982 2,030982 1 0 0 77,1 38,55 0,672824 0,623197 1,436303 2,031239 1 1 0 99,7 49,85 0,870047 0,764359 1,171047 2,028312 1 1 1 124,3 62,15 1,084722 0,884174 1,012358 2,024715 2 0 0 160,9 80,45 1,404117 0,986141 0,907679 2,029633 2 1 0 Tabela 2.3: Dados da Amostra 1 para Cúbica Simples Observa-se, comparando as tabelas, que na tabela 2.2 e na tabela 2.3 os valores de "a" são aproximadamente constantes. Como os materiais que foram utilizados para realizar esse experimento são metais, logo se pode concluir que seria impossível o material ter estrutura CS. A estrutura da Amostra 1 é portanto CCC. Gráfico 1: Pontos de Difração Amostra 1 CFC 2 θ° θ° θ° em rad sen(θ) d (A) a (A) h k L 44,9 22,45 0,391826 0,381877 2,343948 4,059837 1 1 1 52,3 26,15 0,456404 0,440723 2,030982 4,061965 2 0 0 77,1 38,55 0,672824 0,623197 1,436303 4,062477 2 2 0 93,9 46,95 0,819432 0,730758 1,224892 4,062507 3 1 1 123,5 61,75 1,077741 0,880891 1,016131 3,51998 2 2 2 147,5 73,75 1,28718 0,96005 0,932347 3,72939 4 0 0 160,3 80,15 1,398881 0,985259 0,908492 3,960025 3 3 1 Tabela 3.1: Dados da Amostra 2 para Cúbica de Face Centrada CCC 2 θ° θ° θ° em rad sen(θ) d (A) a (A) h k L 44,9 22,45 0,391826 0,381877 2,343948 3,314843 1 1 0 52,3 26,15 0,456404 0,440723 2,030982 4,061965 2 0 0 77,1 38,55 0,672824 0,623197 1,436303 3,518209 2 1 1 93,9 46,95 0,819432 0,730758 1,224892 3,464518 2 2 0 123,5 61,75 1,077741 0,880891 1,016131 3,213287 3 1 0 147,5 73,75 1,28718 0,96005 0,932347 3,229746 2 2 2 160,3 80,15 1,398881 0,985259 0,908492 3,399266 3 2 1 Tabela 3.2: Dados da Amostra 2 para Cúbica de Corpo Centrado Cúbica Simples 2 θ° θ° θ° em rad sen(θ) d (A) a (A) h k l 44,9 22,45 0,391826 0,381877 2,343948 2,343948 1 0 0 52,3 26,15 0,456404 0,440723 2,030982 2,872243 1 1 0 77,1 38,55 0,672824 0,623197 1,436303 2,487749 1 1 1 93,9 46,95 0,819432 0,730758 1,224892 2,449784 2 0 0 123,5 61,75 1,077741 0,880891 1,016131 2,272137 2 1 0 147,5 73,75 1,28718 0,96005 0,932347 2,637077 2 2 0 160,3 80,15 1,398881 0,985259 0,908492 2,725476 2 2 1 Tabela 3.3: Dados da Amostra 2 para Cúbica Simples Observa-se, comparando as tabelas de forma análoga, que os valores de "a" são mais próximos para estrutura CFC , ou seja, a Amostra 2 certamente tem estrutura cristalina CFC. Gráfico 2: Pontos de Difração Amostra 2 3.2 Determinação do Raio Atômico Com os valores de "a" calculados acima utilizando a equação (2), podemos usar uma relação entre o parâmetro de rede (a) e o raio atômico (R) Para estruturas CCC e CFC Os valores obtidos para os raios atômicos foram expressos na Tabela 4 θ° d (A) a h k l R (A) 26,15 2,030982 2,872243 1 1 0 1,243718 38,55 1,436303 2,872605 2 0 0 1,243875 49,85 1,171047 2,868467 2 1 1 1,242082 62,15 1,012358 2,86338 2 2 0 1,23988 80,45 0,907679 2,870334 3 1 0 1,242891 Tabela 4.1: Raio Atômico para Amostra 1 (CCC) θ° d (A) a h k l R (A) 22,45 2,343948 4,059837 1 1 1 1,435369 26,15 2,030982 4,061965 2 0 0 1,436121 38,55 1,436303 4,062477 2 2 0 1,436303 46,95 1,224892 4,062507 3 1 1 1,436313 61,75 1,016131 3,51998 2 2 2 1,244501 73,75 0,932347 3,72939 4 0 0 1,318538 80,15 0,908492 3,960025 3 3 1 1,40008 Tabela 4.2: Raio Atômico para Amostra 2 (CFC) 4. Calculando o erro Dedução da fórmula do erro e análise do valor mais exato do parâmetro de rede: Analisando a formula do erro, os números constantes são: β, λ e 2; o e variam de acordo com o ângulo. Para um menor erro, o valor da derivada deverá ser o menor possível e levando isso em consideração os ângulos para isso ser verdade seriam os próximos de 90°. Segundo as Tabelas 4.1 e 4.2 o ângulo mais próximo a 90° é o da ultima linha (80,15°), com isso o raio atômico a ser levado em consideração são para a Amostra 1 R =1,242891 A e para Amostra 2 R = 1,40008 A. 5.Determinando o material Na amostra 1(CCC) o material encontrado é ferro-α e na amostra 2(CFC) é alumínio. 6.Comparando valores CCC: Raio ferro-α teórico é 1,241 A , então como , a= (4.1,241)/31/2 = 2,865966736 Erro = ((2,870334135 - 2,865966736 ) / 2,865966736 ) = 0,001523883 = 0,152% CFC: Raio: alumínio teórico é 1,431 A, então como , , a=2.21/2. 1,431 = 4,047479216 Erro = ((4,047479216 - 3,960025226 ) / 3,960025226) = 0,022084 = 2,208% 7.Conclusão Conclui-se que a Difração de Raio-X é muito útil para analisar materiais desconhecidos e então identificar sua estrutura, parâmetros de rede e descobrir de qual material se trata, admitindo-se um pequeno erro. 8.Bibliografia WILLIAM D. CALLISTER JR. , Ciências dos Materiais Van Vlack , Ciência dos Materiais http://www.foz.unioeste.br/~lamat/downmateriais/materiaiscap3.pdf
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