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Resumão de Biologia ,Física e química para prova do |Senai

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Alterações Bióticas e Abióticas
Postado por Laila Algaves às 13:36 
• Alterações bióticas: 
∗ Introdução de espécies exóticas. Quando são prejudiciais são chamadas INVASORAS, pois passam a competir com as espécies naturais do local. (Exemplos: mexilhão-dourado no Brasil, peixe-leão no Caribe – liberado de aquários por tsunamis e terremotos –, Coral-Sol no RJ – larvas em água de lastro.)
∗ Extinção de espécies – baleia-jubarte, mico-leão-dourado, peixe-boi, etc.
∗ Endemismo ~> seres que vivem em apenas um local, estando propício a um rápido processo de extinção.
• Alterações abióticas: 
∗ Poluição sonora ~> irritação, surdez, necessidade de protetores auditivos em fábricas.
∗ Poluição térmica ~> aumento da temperatura da água, provocando alteração no meio; usinas hidrelétricas e atômicas; desenvolvimento de fungos e bactérias; formação de ilhas de calor e retenção do ar quente (impede que a inversão térmica ocorra).
∗ Poluição do ar ~> aumento da quantidade de CO2.
• Efeito estufa e aquecimento global.
• CO (monóxido de carbono) – carboxiemoglobina (falta de oxigenacão).
• SO2 (dióxido de enxofre) e NO2 (dióxido de nitrogênio) – ao reagirem com a água, formam, respectivamente, o ácido sulfúrico e o ácido nítrico (chuva ácida).
• O3 (ozônio).
∗ Elementos radioativos ~> causam mutações genéticas. Casos famosos: Chernobyl e Goiânia.
∗ Substâncias não-biodegradáveis ~> não sofrem decomposição, acumulam-se nos tecidos dos organismos e se amontoam ao longo da cadeia alimentar (bioacumulação).
∗ Caso de Minamata ~> morte de muitas pessoas pela ingestão de peixes contaminados por mercúrio. Não se descobriu antes porque o nível de mercúrio só tornou-se perceptível e surtiu efeitos nos seres humanos.
∗ Derramamento de petróleo ~> quando ocorrem acidentes com navios ou platarformas, formam-se manchas superficiais que bloqueiam a passagem de luz solar e impedem a fotossíntese (não há produtores primários, afeta toda a cadeia).
∗ Eutrofização ~> aumento de nutrientes (fosfato e nitrato) em ambientes aquáticos ~> toxinas.
∗ Lixo ~> lixões a céu aberto, aterros sanitários, incineração, compostagem, etc.
∗ Efeitos das queimadas ~> degradação e empobrecimento do solo pela eliminação de microorganismos que o fertilizam; a destruição dos vegetais também deixam o solo desprotegido; libera gases como CO2 e CH4, que bloqueiam o calor, causando o efeito estufa.
∗ Carência mundial da água ~> apenas cerca de 3% da água do planeta é doce e, desta parcela, aproximadamente 70% está congelada na forma de geleiras. Sobra, portanto, uma porcentagem muito pequena de água própria para o consumo humano, que é muitas vezes contaminada e desperdiçada por uso industrial, agrícola e doméstico. Alguns locais sofrem com a escassez de recursos hídricos ou capital para extrair a água de outros locais, como realizar o processo de dessalinização. 
O que é a poluição sonora ?
A poluição sonora é um dos maiores problemas ambientais nos grandes centros urbanos. Ela ocorre quando o som altera a condição normal de audição em um determinado ambiente. Embora ela não se acumule no meio ambiente como outros tipos de poluição, causa vários danos ao corpo e à qualidade de vida das pessoas e, por isso, ela é considerada um problema de saúde pública mundial.
O som é a sensação auditiva que nossos ouvidos são capazes de detectar, ele é definido como a compressão mecânica ou onda mecânica que se propaga em algum meio. Sons de qualquer natureza podem se tornar prejudiciais à saúde quando emitidos em grande volume, ou seja, elevada intensidade.
O termo ruído, nesse contexto, é um barulho, som ou poluição sonora não desejada que pode prejudicar a percepção de um sinal ou gerar desconforto. O ruído sonoro é o som que prejudica a comunicação, constituído por um número alto de vibrações acústicas com uma amplitude e fase muito alta, tornando sua pressão sonora muito alta, o que é bastante prejudicial aos seres vivos. A nocividade do ruído está relacionada à essa pressão sonora, sua direção, exposição contínua e a suscetibilidade individual, em que cada pessoa possui uma sensibilidade a sons intensos.
Efeitos
Para a Organização Mundial de Saúde (OMS), um ruído de 50 dB já prejudica a comunicação e, a partir de 55dB, pode causar estresse e outros efeitos negativos. Ao alcançar 75 dB, o ruído apresenta risco de perda auditiva se o indivíduo for exposto ao mesmo por períodos de até oito horas diárias.
Alguns efeitos negativos da poluição sonora para os seres humanos são:
Estresse;
Depressão;
Insônia;
Agressividade;
Perda de atenção;
Perda de memória;
Dor de cabeça;
Cansaço;
Gastrite;
Queda de rendimento no trabalho;
Zumbido;
Perda de audição temporária ou permanente;
Surdez.
	
A tabela abaixo tenta mostrar, basicamente, os tipos de efeito:
	Nível sonoro
	Efeitos
	≥30 dB(A)
	reações psíquicas
	≥65 dB(A)
	reações fisiológicas
	≥85 dB(A)
	trauma auditivo
	≥120 dB(A)
	lesões irreversíveis no sistema auditivo
No ecossistema, a poluição sonora provoca o afastamento de animais, como acontece em centros urbanos. Os ruídos afastam aves, diminuindo sua população local e como consequência, desequilibrando o ecossistema e provocando o aumento da população de insetos na ausência de seus predadores.
As leis de diversos países impõem restrições sobre a intensidade sonora, cujos picos de ruído podem depender das horas do dia. Medidas particulares podem ser tomadas: limitar a extensão o volume sonoro por ocasião de um concerto público, por exemplo.
Existe uma vasta diversidade de fontes de poluição sonora, como bares, casas noturnas, aeroportos, indústrias, veículos automotores, eletrodomésticos, ambiente de trabalho, entre outros. Abaixo estão alguns exemplos aproximados de níveis de ruídos comuns em grandes centros urbanos, em decibéis:
Torneira gotejando (20 dB);
Geladeira (30 dB);
Voz humana normal (60 dB);
Escritório (60 dB);
Trânsito (80 dB);
Obras com britadeiras: (120 dB);
Bronca: (80 dB);
Liquidificador: (85 dB);
Feira livre: (90 dB);
Secador de cabelos (95 dB);
Latidos (95 dB);
Discotecas (130 dB);
Aparelhos de som portáteis no volume máximo (até 115 dB).
O que fazer?
Algumas dicas para não sofrer com os efeitos nocivos da poluição sonora são:
Evitar locais com muito barulho;
Utilizar protetores auditivos em locais de trabalho com muito ruído;
Escutar música no aparelho portátil com um volume baixo e não utilizá-lo por um período muito longo;
Evitar ficar perto das caixas acústicas de shows e casas noturnas;
Fechar as janelas do carro em locais de trânsito barulhento;
Utilizar equipamentos domésticos mais silenciosos.
Caso você conviva com essa poluição diariamente, procure seu otorrinolaringologista para realizar um exame de audição afim de detectar alguma perda ou anormalidade auditiva e assim receber as orientações mais adequadas para um possível tratamento.
Poluição Térmica
O que é, causas e consequências para o meio ambiente, agentes causadores, exemplos, como ocorre, poluição térmica da água e do ar, resumo
Usina Nuclear: uma das causadoras da poluição térmica
 
O que é
A poluição térmica é aquela onde ocorre o aumento da temperatura da água ou do ar, ocasionando mudanças no meio ambiente.
Poluição térmica da água
Agentes causadores (exemplos) e consequências
Uso da água para a refrigeração de centrais elétricas e usinas nucleares.
Neste caso, água retorna ao meio ambiente, porém com uma temperatura mais elevada. Esta alteração na temperatura da água pode provocar a diminuição do oxigênio e afetar o ecossistema de oceanos ou rios. Isto ocorre, pois a diminuição do oxigênio afeta a respiração de muitas espécies de animais marinhos.
Numa outra situação, a abertura de comportas de usinas hidrelétricas, procedimento feito em caso de manutenção, pode despejar grande volume de água em temperatura diferente àquela do rio ou oceano. Esta mudança brusca na temperatura da água pode provocar a morte de peixes e outrosanimais marinhos, que não estão adaptados a esta espécie de “choque térmico” das águas.
Quando ocorre o aumento da temperatura da água, acima do normal tolerado pelo ecossistema, podem ocorrer também a desenvolvimento de bactérias e fungos, causadores de doenças em peixes e outras espécies marinhas.
 
Uso da água em processos industriais
Muitas indústrias utilizam água em diversos processos produtivos, principalmente para arrefecimento. Muitas delas devolvem a água, após o uso, aos rios e oceanos. Mesmo que estejam limpas (despoluídas), elas entram no ecossistema com temperatura diferente. Nesta situação, os problemas provocados ao meio ambiente são os mesmos citados nos casos das centrais elétricas e usinas nucleares.
As principais indústrias causadoras de poluição térmica são: químicas, papel e celulose, siderúrgicas, refino de petróleo e fundição de metais.
Poluição térmica do ar (causadores e exemplo)
Embora menos comum do que a ocorrida com água, a poluição térmica do ar também pode provocar problemas ambientais. Algumas indústrias lançam no ar grandes quantidades de vapor de água de uma vez. Caso esse vapor superaquecido seja lançado próximo a uma área verde num dia com pouca dispersão do ar, pode ocasionar a morte de pássaros, insetos e até algumas espécies vegetais mais sensíveis. Se isto acontecer constantemente, os prejuízos ambientais podem ser até mais graves.
Solução
Para que este tipo de poluição não ocorra, seria importante que os agentes causadores tratassem a água e o ar antes de lançarem no meio ambiente. Tanto a água quanto o ar deveriam ter temperatura igual ou muito próxima do ambiente onde são despejados.
Poluição do ar
A poluição do ar está diretamente relacionada com vários problemas de saúde, principalmente respiratórios e cardiovasculares.
Observe a vista da cidade de São Paulo e a clara poluição do ar 
O desenvolvimento dos grandes centros urbanos e o consumo cada vez mais exagerado dos humanos são os grandes responsáveis por tornar o mundo cada dia mais poluído. A poluição é um problema real que atinge o ar, a água e o solo, tornando-se cada vez mais acentuada graças às nossas atitudes.
A poluição do ar pode ser definida como a presença de substâncias provenientes de atividades humanas ou da própria natureza que podem colocar em risco a qualidade de vida dos seres vivos. O ar poluído pode causar sérios problemas ao homem e a outros seres, portanto, ele é impróprio e nocivo.
A poluição do ar tem se intensificado desde a primeira metade do século XX com o aumento crescente de indústrias e carros, que lançam diversos poluentes na atmosfera. Vale destacar, no entanto, que também existem fontes naturais de poluição atmosférica, tais como a poeira da terra e vulcões.
Os poluentes atmosféricos podem ser divididos em dois grandes grupos: os poluentes primários e os poluentes secundários. Os poluentes primários são aqueles emitidos diretamente por uma fonte de poluição, como um carro. Já os poluentes secundários são aqueles que sofrem reações químicas na atmosfera, ou seja, são formados a partir da interação do meio com o poluente primário.
Dentre os principais poluentes do ar, podemos citar a fumaça, partículas inaláveis, dióxido de enxofre, ozônio, dióxido de nitrogênio e monóxido de carbono. Essas substâncias podem causar sérios danos à saúde de homem. O monóxido de carbono, por exemplo, diminui a capacidade do sangue de transportar oxigênio pelo corpo, podendo causar hipóxia tecidual. Já o ozônio possui papel oxidante e citotóxico, podendo causar irritação nos olhos e diminuição da capacidade pulmonar, por exemplo. O dióxido de enxofre relaciona-se com irritações nas vias aéreas superiores, assim como o dióxido de nitrogênio. Esse último também pode provocar danos graves aos pulmões.
Além desses problemas, a poluição do ar desencadeia diversas outras consequências para nosso corpo. Ela está relacionada com a diminuição da eficácia do sistema mucociliar das nossas narinas, aumento dos sintomas da asma, infecções das vias aéreas superiores e incidência de câncer de pulmão e doenças cardiovasculares. É importante frisar que crianças e idosos são os mais vulneráveis, sendo frequentemente internados, principalmente com doenças respiratórias.
A qualidade do ar pode melhorar ou piorar de acordo com as condições do tempo de uma cidade. Quando há períodos com baixa umidade e pouco vento, é comum vermos cidades com maior concentração de poluentes. Isso se deve ao fato de que a dispersão dessas substâncias ocorre lentamente. Sendo assim, é fundamental atenção redobrada nessas épocas do ano.
O que é poluição radioativa e como ela pode afetar sua vida? 
Descubra o que ela é e como ela pode trazer sérios danos para a saúde e para o meio ambiente
A poluição radioativa (ou nuclear) é considerada por muitos estudiosos do ramo como o tipo mais perigoso de poluição. Ela é proveniente da radiação, que é um efeito químico derivado de ondas de energia (sejam elas de calor, de luz ou de outras formas). A radiação existe naturalmente no meio ambiente, porém, devido a ações do homem, ela vem sendo liberada em excesso, causando mutações em diversas espécies de seres vivos (em humanos, por exemplo, podem originar câncer). Ainda não há formas efetivas para descontaminar uma área afetada por poluição radioativa - quando o local é contaminado, costuma ser isolado. Além disso, os átomos radioativos têm uma durabilidade bem longa - o plutônio, por exemplo apresenta como tempo de meia vida cerca de 24,3 mil anos.
Desde a descoberta da fissão nuclear (quebra do núcleo de um átomo instável, liberando calor), em 1938, diversos estudos ocorreram na ciência da radioatividade gerando tecnologias para seu uso. Algumas delas que são presentes na nossa sociedade são:
Uso na medicina
Realização de exames, como radiografias (com raios x), radioterapia e esterilização de materiais médicos.
Produção de alimentos e agricultura
Conservação de alimentos e eliminação de insetos e de bactérias.
Geração de energia nuclear
Geração de energia elétrica a partir de reações nucleares de núcleos atômicos.
Uso bélico
Produção de bombas nucleares.
Mesmo tendo aplicações positivas, a periculosidade dessa tecnologia é preocupante. Todos os seus usos devem ser extremamente controladas para não causarem danos. Porém, em casos de acidentes, como o ocorrido na usina de Chernobyl, na Ucrânia, em 1986, os danos são imensuráveis. Nesse acidente, após um reator sofrer uma explosão de vapor, ocorreu um derretimento nuclear, causando a contaminação da área a partir da liberação de uma quantidade letal de material radioativo, que contaminou uma grande área da região atmosférica. Foi estimado que a liberação desse material radioativo era cerca de 400 vezes maior ao que havia nas bombas de Hiroshima e Nagasaki. Esse acidente causou um enorme prejuízo, calculado em US$ 18 bilhões, além de proporcionar a contaminação da população e consequente abandono da região contaminada. Mais recentemente, o acidente de Fukushima, no Japão, contaminou a região e causou diversos danos, que certamente serão sentidos no futuro.
Tipos de radiação
A contaminação humana ou animal por radiação pode se dar de forma interna ou de forma externa. A interna ocorre quando o material radioativo entra no organismo, de modo que átomos radioativos se incorporam a ele - isso ocorre a partir da ingestão de alimentos contendo substâncias radioativas, por inalação ou via cortes. A contaminação externa ocorre a partir da exposição a uma fonte de radiação que está no ambiente. Vamos a elas:
Radiação cósmica
Radiação proveniente do espaço, como a produzida pelo sol. A radiação ultravioleta (UV) emitida pela estrela citada passa pela nossa atmosfera e, com a degradação da camada de ozônio, pode causar câncer de pele em muitos indivíduos, por exemplo.
Raios x
São produzidos artificialmente a partir de um feixe de elétrons em um metal (geralmente o tungstênio), que libera energia em forma de raios x. Esse tipo de radiação possui umgrande potencial de penetração. O uso do raio x tem sido de grande importância para a medicina na realização de diagnósticos. Eles são absorvidos pelos osso enquanto passam facilmente pelos tecidos. Em intensidade não controlada, pode causar danos sérios, como câncer.
Radiação Gama (γ)
É uma onda eletromagnética (assim como a luz) emitida a partir de um núcleo instável e que costuma liberar partículas beta ao mesmo tempo. É altamente penetrante e pode causar sérios danos aos órgãos internos (sem inalação ou ingestão).
Radiação Alpha (α)
É uma partícula formada por um átomo de hélio com carga positiva. Seu alcance no ar é pequeno (1-2 cm), porém, sua inalação ou digestão podem causar danos aos tecidos e órgãos internos.
Radiação Beta (β)
É um elétron (carga negativa) emitido por um núcleo instável. Essas partículas são menores que as alpha e podem penetrar mais profundamente em materiais ou tecidos. Podem ser perigosas se ingeridas ou inaladas e causam queimaduras na pele em exposição elevada.
Radiação de nêutrons (n)
É um nêutron emitido por um núcleo instável - ocorre principalmente em reações no reator nuclear. A radiação de nêutrons é bastante penetrante e libera, ao mesmo tempo, partículas beta e gama.
Energia nuclear
A energia nuclear é gerada a partir da fissão do núcleo do átomo de urânio enriquecido. O reator utiliza o urânio como combustível, e o calor é gerado pela fissão nuclear em que nêutrons colidem com o núcleo, que o divide ao meio, liberando uma grande quantidade de calor. Dióxido de carbono ou água são bombeados para o reator, gerando vapor da água aquecida, que alimenta turbinas e gera energia.
Atualmente, os Estados Unidos lideram a produção de energia nuclear. Vários países da Europa fazem uso dessa fonte de energia, como a França, que possui 59 usinas (responsáveis por cerca de 80% da eletricidade do país).
No Brasil, a implantação do Programa Nuclear Brasileiro começou no fim da década de 1960. O país possui a central nuclear Almirante Álvaro Alberto, localizada no município de Angra dos Reis (RJ), constituída por três unidades (Angra 1, Angra 2 e Angra 3), sendo que apenas a unidade Angra 2 está em funcionamento.
Apesar da polêmica envolvendo essa tecnologia e do receio da população, a energia nuclear apresenta aspectos positivos, como o fato de haver grandes reservas de matérias-primas disponíveis, proporcionar menor impacto ambiental (isso num primeiro momento, caso os resíduos sejam armazenados corretamente e não haja catástrofes), e não contribuir de forma considerável para o desequilíbrio do efeito estufa. Os aspectos negativos são o alto custo dessa tecnologia, o risco de seu uso para construção de armas nucleares, a possibilidade de acidentes e o descarte dos resíduos radioativos, que deve ser feita de forma extremamente segura.
Fontes de poluição radioativa
Fontes naturais
Minerais radioativos presentes na natureza (presentes no solo, na litosfera e em minas);
Radiação por raios cósmicos;
Fontes antropogênicas (causadas pelo homem) 
Aplicações médicas: radiações, como raios x e raios gama, usados em tratamentos e exames médicos;
Testes nucleares: explosões de testes nucleares, especialmente quando são realizadas na atmosfera são a maior causa de poluição radioativa. Esses testes são responsáveis pelo aumento dos níveis de radiação no mundo. Durante um teste nuclear na atmosfera, um grande número de radionuclídeos são soltos na atmosfera. Essa poeira radioativa é suspensa no ar, a uma altura de 6 km a 7 km acima da superfície da terra e então é dispersada pelo vento para longas distâncias. Esses radionuclídeos se misturam com a água da chuva, que acaba em nosso solo e água, podendo contaminar alimentos;
Reatores nucleares: radiação que pode escapar dos reatores nucleares e outras instalações nucleares;
Acidentes nucleares: acidentes em instalações nucleares que podem liberar quantidades alarmantes de poluição nuclear, causando danos imensuráveis;
A exposição a qualquer tipo de radiação ionizante (partículas alpha e beta, raios x e raios gama) de forma não controlada pode causar sérios danos e até mesmo ser letal. Há danos genéticos, que proporcionam alterações em genes e cromossomos, levando a deformações e mutações; ou não genéticos (danos ao corpo), que causam queimaduras, tumores, câncer de órgãos, leucemia e problemas de fertilidade. O dano causado pela radiação irá depender do tempo de exposição, da intensidade da radiação, do tipo da radiação (poder de penetração) e se a radiação é emitida de externamente ou internamente com relação ao corpo afetado.
Prevenção, controle e segurança
Diversas medidas de segurança e prevenção são adotadas a fim de diminuir os efeitos negativos da radiação e prevenir acidentes como o de Chernobyl. Existem diversas normas internacionais e órgãos reguladores com a responsabilidade de garantir a segurança na operação de reatores nucleares para geração de energia. O treinamento correto dos profissionais que atuam na usina, a segurança do local, a contenção do material radioativo e procedimentos de emergência são fundamentais em cada instalação.
A Agência Internacional de Energia Atômica (IAEA) promove o uso pacífico para a energia nuclear e desencoraja o seu uso militar, atuando juntamente com a ONU.
A destinação do lixo atômico é outra questão fundamental para a utilização dessa fonte de energia. Sua disposição final deve se dar em instalações para armazenamento de longo prazo ou definitivo, devido ao grande tempo necessário para que o material radioativo se torne inofensivo.
Poluição por substâncias não biodegradáveis ! 
As industrias e usinas vêem lançando, nas baías e nos rios, um grande número de produtos tóxicos, como metais pesados, pesticidas (usados na agricultura), detergentes, petróleo etc. Estes produtos não biodegradáveis, isto é, não podem ser decompostos pelos organismos, ou então são lentamente decompostos. Por isso acumula-se nos corpos dos seres vivos, causando doenças aos organismos, que vivem na água, destruindo as formas de vida aquática e passando, através da cadeia alimentar, para o próprio homem.
Os detergentes não biodegradáveis, por exemplo, diminuem a capacidade de oxigenação da água e envenenam várias formas de vida aquática. Além disso, podem infiltrar-se no solo e contaminar as águas subterrâneas que o homem utiliza para beber, para preparar alimentos etc. Neste caso, os detergentes acabam por atingir diretamente o homem, destruindo sua flora intestinal e causando outros problemas ao seu organismo. Este foi o motivo pelo qual a fabricação de detergentes não biodegradáveis foi proibida no Brasil e em outras partes do mundo. Convém lembrar, que um excesso de detergentes biodegradável também causa problemas; além da eutrofização, eles são tóxicos para os peixes, podendo destruir também bactérias responsáveis pela decomposição de material orgânico.
Metais pesados como o chumbo, mercúrio, etc, também são muito perigosos. Um trágico episódio ocorreu no Japão em 1953, quando uma indústria lançou na baía de Minamata resíduos de mercúrio, usados com catalizador. Os peixes e moluscos foram contaminados e o mercúrio passou para a população que se alimentava desses animais, depositando-se principalmente no sistema nervoso das pessoas. Cerca de 120 indivíduos foram acometidos de paralisias, distúrbios visuais e lesões cerebrais e quatro, vieram a falecer.
Também na zona rural pode ocorrer contaminação de rios, quando são lançados dejetos animais, como estrume e esterco, que produzem GÁS SULFÍDRICO (H2S) e AMÔNIA (NH3) muito tóxica para a vida aquática.
Finalmente, calcula-se que cerca de 4 milhões de toneladas de petróleo sejam lançados anualmente nos oceanos, devido principalmente a acidentes com petroleiros e oleodutos, bem como as lavagens de seus tanques e a exploração de poços marítimos de combustível. O petróleo forma uma fina camada na superfície da água, impedindo a troca de gases necessários à fotossíntese e à respiração dos seres vivos.
Poluição por derramamentode Petróleo
Poluição marinha causada por derramamento de petróleo, causas e consequências ambientais, o que é, resumo, acidente ambiental, solução e métodos de despoluição
Ave atingida por derramamento de petróleo no mar 
O que é
É um tipo grave de poluição marinha causada pelo vazamento de petróleo de navios ou plataformas. É considerado um dos mais graves e problemáticos acidentes ambientais em águas marinhas.
Causas (como ocorre)
- Vazamentos em tubulações nas plataformas de petróleo instaladas em alto mar;
- Vazamentos de petróleo em navios petroleiros;
- Lançamento no mar de água utilizada na lavagem de tanques (reservatórios) de petróleo dos navios petroleiros.
Consequências
- O petróleo pode atingir diretamente as aves marinhas, levando-as à morte. O mesmo problema pode ocorrer com animais marinhos como, por exemplo, focas, tartarugas e leões marinhos.
- Quando ocorre o vazamento, o petróleo fica na superfície da água marinha, formando uma densa camada. Esta impossibilita a penetração dos raios solares, dificultando a fotossíntese de várias espécies de algas.
- Quanto atinge os mangues, o petróleo polui e contamina o ecossistema, provocando a morte de espécies vegetais e animais. Como os manguezais são áreas de procriação de determinadas espécies animais, a reprodução deles também é gravemente afetada.
- Em alguns casos, o petróleo pode atingir as praias, contaminando extensas faixas de areia, deixando-as impróprias para os banhistas. Nestes casos, todo o setor turístico de uma região pode ser afetado, trazendo prejuízos econômicos.
Despoluição
A despoluição das águas marinhas, atingidas por petróleo, é possível. Porém, na maioria das vezes, é um processo lento e de eficiência parcial. Uma vez ocorrido o desastre ambiental, as medidas são tomadas para evitar o menor prejuízo possível ao meio ambiente.
Umas das técnicas de despoluição mais usadas é a utilização de barreiras físicas. Desta forma, é possível impedir que a mancha de petróleo se espalhe por uma área maior. Na sequência, os técnicos podem retirar o petróleo da água, utilizando grandes bombas de sucção instaladas em navios.
Soluções:
- Adoção de rigorosas medidas de prevenção de acidentes em plataformas de petróleo.
- Fiscalização governamental eficiente e constante com relação à segurança dos navios petroleiros e plataformas de petróleo.
- Manutenção constante nas plataformas de petróleo, assim como nos petroleiros.
- Aplicação de multas pesadas para empresas que descumprem normas de segurança no transporte e exploração de petróleo.
- Lavagem de tanques reservatórios de petróleo em locais adequados, para que a água contaminada não seja despejada no mar.
Você sabia?
- Um dos maiores vazamentos de petróleo da história ocorreu em 1991, durante a Guerra do Golfo. Soldados iraquianos abriram os tanques de petróleo do Kuwait, despejando nas águas do Golfo Pérsico cerca de 230 milhões de galões de petróleo. A mancha formada cobriu cerca de 600 quilômetros das águas litorâneas. O prejuízo ambiental foi enorme, pois milhares de animais marinhos de diversas espécies morreram no acidente. 
Eutrofização
Denominamos Eutrofização ou Eutroficação o fenômeno no qual o ambiente aquático caracteriza-se por uma elevada quantidade de nutrientes – principalmente nitratos e fosfatos. Este fenômeno é resultante da poluição das águas por ejeção de adubos, fertilizantes, detergentes e esgoto doméstico sem tratamento prévio que provocam o aumento de minerais e, consequentemente, a proliferação de algas microscópicas que localizam-se na superfície.
Lago eutrofizado. Foto: Csehak Szabolcs / Shutterstock.com
Desse modo, cria-se uma camada espessa de algas que impossibilitam à entrada de luz na água e impedem a realização da fotossíntese pelos organismos presentes nas camadas mais profundas, o que ocasiona a morte das algas, a proliferação de bactérias decompositoras e o aumento do consumo de oxigênio por estes organismos. Consequentemente começa a faltar oxigênio na água o que gera a mortandade dos peixes e outros organismos aeróbicos.
Na ausência do oxigênio, a decomposição orgânica torna-se anaeróbica produzindo gases tóxicos, como sulfúrico (que causa o cheiro forte característico do fenômeno).
A eutrofização causa a destruição da fauna e da flora de muitos ecossistemas aquáticos, transformando-os em esgotos a céu aberto.
Esse cenário permite a proliferação de inúmeras doenças causadas por bactérias, vírus e vermes.
 
Desenvolvimento Sustentável
O que é, importância para o meio ambiente, sugestões e atitudes favoráveis, conceito, resumo, indicadores, no Brasil
Geração de energia eólica e solar: colaborando para o desenvolvimento sustentável
 
Introdução 
 
Acompanhamos no dia-a-dia o quanto o ser humano está destruindo o meio ambiente. O crescimento das cidades, as indústrias e os veículos estão causando transtornos para o ar, o solo e as águas. O desenvolvimento é necessário, porém, o ser humano precisa respeitar o meio ambiente, pois dependemos dele para sobreviver neste planeta. É importante que haja a viabilidade econômica nas ações voltadas para a produção de bens e serviços, porém estes não devem comprometer o futuro das próximas gerações.
Conceito
Desenvolvimento sustentável significa obter crescimento econômico necessário, garantindo a preservação do meio ambiente e o desenvolvimento social para o presente e gerações futuras. 
Portanto, para que ocorra o desenvolvimento sustentável é necessário que haja uma harmonização entre o desenvolvimento econômico, a preservação do meio ambiente, a justiça social (acesso a serviços públicos de qualidade), a qualidade de vida e o uso racional dos recursos da natureza (principalmente a água).
Sugestões para o desenvolvimento sustentável:
-  Reciclagem de diversos tipos de materiais: reciclagem de papel, alumínio, plástico, vidro, ferro, borracha e etc.
- Coleta seletiva de lixo.
- Tratamento de esgotos industriais e domésticos para que não sejam jogados em rios, lagos, córregos e mares.
- Descarte de baterias de celulares e outros equipamentos eletrônicos em locais especializados. Estas baterias nunca devem ser jogadas em lixo comum;
- Geração de energia através de fontes não poluentes como, por exemplo, eólica, solar e geotérmica.
- Substituição, em supermercados e lojas, das sacolas plásticas pelas feitas de papel.
- Uso racional (sem desperdício) de recursos da natureza como, por exemplo, a água.
- Diminuição na utilização de combustíveis fósseis (gasolina, diesel), substituindo-os por biocombustíveis.
- Utilização de técnicas agrícolas que não prejudiquem o solo.
- Substituição gradual dos meios de transportes individuais (carros particulares) por coletivos (metrô).
- Criação de sistemas urbanos (ciclovias) capazes de permitir a utilização de bicicletas como meio de transporte eficiente e seguro.
- Incentivo ao transporte solidário (um veículo circulando com várias pessoas).
- Combate ao desmatamento ilegal de matas e florestas.
- Combate à ocupação irregular em regiões de mananciais.
- Criação de áreas verdes nos grandes centros urbanos.
- Manutenção e preservação dos ecossistemas.
- Valorização da produção e consumo de alimentos orgânicos.
- Respeito às leis trabalhistas.
- Não utilização de mão-de-obra infantil e trabalho escravo.
- Uso da Gestão Ambiental nas indústrias, empresas prestadoras de serviços e órgãos públicos.
- Implantação, nos grandes centros urbanos, da técnica do telhado verde.
Estas são apenas algumas sugestões para que o ser humano consiga estabelecer o equilíbrio entre o desenvolvimento econômico e a manutenção do meio ambiente. Desenvolvimento sustentável é o grande desafio do século XXI e todos podem colaborar para que possamos atingir este importante objetivo.
Desenvolvimento Sustentável no Brasil
No Brasil, assim como nos outros países emergentes, a questão do desenvolvimento sustentável tem caminhado de forma lenta. Embora haja um despertar da consciência ambiental no país, muitas empresasainda buscam somente o lucro, deixando de lado as questões ambientais e sociais. Ainda é grande no Brasil o desmatamento de florestas e uso de combustíveis fósseis. Embora a reciclagem do lixo tenha aumentado nos últimos anos, ainda é muito comum a existência de lixões ao ar livre. A poluição do ar, de rios e solo ainda são problemas ambientais comuns em nosso país.
IDS (Indicadores de Desenvolvimento Sustentável)
Desenvolvido pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) em 2002, tem como objetivo estabelecer comparações entre regiões do Brasil e com outros países, no tocante ao desenvolvimento sustentável. São utilizados dados econômicos, sociais, institucionais e ambientais. O último IDS, apresentado pelo IBGE em 2012, mostrou avanços nos últimos anos no tocante ao desenvolvimento sustentável no país. Porém, ainda estamos muito atrás com relação ao que tem sido feito nos países mais desenvolvidos.
Você sabia?
- A Assembleia Geral da ONU (Organização das Nações Unidas) definiu 2017 como o Ano Internacional do Turismo Sustentável para o Desenvolvimento.
As condições de vida da população brasileira
Como são as condições de vida da população brasileira? As condições de vida da população de um país costumam serem medidas pelos indicadores sociais, tais como as taxas de crescimento vegetativo, mortalidade infantil, analfabetismo, expectativa de vida etc. Os péssimos resultados apresentados por esses 
indicadores no Brasil são consequência de um passado marcado pelo desprezo das elites e dos governos 
brasileiros para com a maioria da população. A marginalização socioeconômica caracteriza hoje grande 
parte da população, cujas condições de vida são péssimas. Vejamos alguns indicadores sociais apresentados pelo IBGE referentes ao ano de 1999 que confirmam o subdesenvolvimento brasileiro:
– Abastecimento de água: 58,7% no Nordeste x 87,5% no Sudeste;
– Lixo coletado: em 1999, 79,9% do lixo eram coletados. O serviço de coleta servia 59,7% dos domicílios do Nordeste, contra 90,1% dos do Sudeste.
– Iluminação elétrica: em 1999, a porcentagem de domicílios com iluminação era de 85,8% no Nordeste contra 98,6% no Sudeste. Essa baixa qualidade de vida da população é responsável pela 7ª posição do Brasil no do 101-1 (Índice de Desenvolvimento Humano), referente a 2002 e divulgado em 2004.
Esse índice, criado pela ONU há alguns anos, leva em consideração a qualidade de três indicadores sociais em quase duzentos países: saúde, educação e renda. Esse quadro social medíocre do Brasil traz consequências nefastas para o futuro, por exemplo, grande  parte da PEA (População Economicamente Ativa) está despreparada para enfrentar os desafios profissionais exigidos pela chamada Terceira Revolução Industrial. De fato, as novas tecnologias, calcadas no desenvolvimento de setores estratégicos, como a microeletrônica, a informática, a biotecnologia, a fibra ótica, a nanorobótica, entre outros, exigem cada vez mais profissionais altamente qualificados.
No Brasil, contudo, é comum o indivíduo chegar à idade adulta desqualificada profissionalmente para ingressar nessa nova era tecnológica. Essa baixa qualificação se explica pelo desamparo das famílias pobres, que retiram seus filhos da escola e os obrigam a trabalhar precocemente. Isso explica inclusive por que ainda hoje o Brasil ostenta elevado analfabetismo: 13,3% da população total. O desemprego tende a crescer.
Dos 146,428 milhões de brasileiros com 10 anos ou mais em 2000, 76,158 milhões eram economicamente ativos, isto é, estavam ocupados ou procurando emprego na semana imediatamente anterior ao encontro com o pesquisador do IBGE. Desses, apenas 64,705 milhões estavam efetivamente ocupados. Em outras palavras, foi registrada em 2000 a marca de 11,454 milhões de desempregados, o que dá uma taxa nacional de desemprego de 15%  uma das maiores do mundo.
Assim sendo, restam como alternativas às famílias pobres e marginalizadas colocar crianças no mercado de trabalho, como forma de aumentar a renda familiar. Calcula-se que cerca de 3,9 milhões de crianças menores de 16 anos estão trabalhando no Brasil. Isso as exclui da vida estudantil, limitando suas chances de crescimento humano e profissional. Segundo pesquisas do IBGE, 85% dessas crianças não têm noção de seus direitos.
Aceitar trabalhos precários, sem registro na carteira de trabalho, que contribuem para a degradação da qualidade de vida da população e para a baixa expectativa de vida. Segundo o IBGE, o número de empregados com registro em carteira no Brasil caiu, ao mesmo tempo em que aumentou o número de trabalhadores informais. Aderir à delinquência. A exclusão social leva à formação de verdadeiros estados paralelos em áreas dominadas pelo crime organizado (favelas e bairros periféricos das grandes cidades), o que gera inúmeras formas de violência, que atingem toda a sociedade.
Acostumar-se à miséria, à subnutrição, à fome e à falta de assistência médico sanitária, fenômenos intimamente relacionados com a persistência de elevadas taxas de mortalidade, inclusive infantil e materna. Aceitar o subemprego, que gera um inchaço do setor terciário, isto é, uma grande quantidade de trabalhadores pouco qualificados que vivem da economia informal (sem direitos ou garantias e sem recolher impostos), já que os empregos formais não são suficientes.
São exemplos de atividades informais aquelas exercidas por catadores de lixo, camelôs e outros vendedores ambulantes, guardadores de carros, perueiros e motoboys, personagens muito comuns nas grandes cidades brasileiras. Repare como a PEA do setor terciário cresceu no período analisado (1940-2001). De fato, a PEA brasileira empregada no setor terciário é exagerada, pois se aproxima do padrão apresentado pelos países ricos, como os Estados Unidos, apesar da abissal distância entre a realidade socioeconômica dos dois países.
Por isso, ainda hoje faltam ao Brasil adequadas condições técnicas e humanas para produzir inúmeros produtos e componentes, que é obrigado a importar (ou pelos quais pagas myalties) com recursos que poderiam ser investidos em pesquisa e desenvolvimento.
A escassez de recursos para investir em pesquisa e desenvolvimento (P&D) produz, assim, um círculo vicioso: menos recursos investidos em P&D significam menores rendimentos, maiores gastos e, portanto, menos recursos para investir em P&D. Esse descaso com a educação não só perpetua como agrava as desigualdades sociais do Brasil. Segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), em 2001 viviam no Brasil 54 milhões de pobres, 32% da população.
E se considerarmos a distribuição de rio Cingapura, como se não brasileiras, a falta bastassem todas as mazelas sociais de investimentos em educação não da, ou seja, a distância entre ricos e pobres, o Brasil é o quarto país do mundo com pior distribuição de renda, atrás apenas de Serra Leoa, República Centro-Africana e Suazilândia.
Alguns números exprimem essa péssima distribuição de renda: Os 10% mais ricos embolsam 46,1% da renda nacional. Os 10% mais pobres ficam com 1% da renda nacional. A renda média dos 10% mais ricos é de R$ 2.741,00. A renda média dos l0% mais pobres é de R$ 61,00. As desigualdades são também regionais, como mostra o mapa comparativo do IDH dos estados brasileiros. E essas são as condições de vida da população brasileira.
América Central 
A baixa qualidade de vida, expressa pelas altas taxas de mortalidade infantil e de analfabetismo, os grandes desníveis sociais e a elevada concentração de renda são características da América Central; 
.Outro aspecto importante é o predomínio da população rural. 
. Assim como a forte dependência econômica de países como os Estados Unidos; 
Dá uma olhada nesse texto: 
Do ponto de vista sócio-econômico tais países estão unidos por uma característica comum: a enorme concentração de renda e de terras em poucas mãos. Na Guatemala, 72% do solo pertencem a apenas 3% das famílias, o que é uma fonte de miséria para a maioria da população. 
A renda per capita é baixíssima;no Haiti 300 dólares, Honduras 580, Guatemala 980. Comparando com outros países: França 22.200 dólares; Brasil 3100; Suíça 31.150. O Haiti detém um índice de 47% de analfabetismo e mortalidade infantil de 9%, seguido por Honduras Com 27% e 8% respectivamente; Cuba apesar do embargo econômico é uma excessão á regra com 6% de analfabetos e 1,1% de mortalidade infantil. 
O continente é constantemente sacudido por explosões sociais como a onda de violência que assola a Guatemala desde 1954, a guerra civil em El salvador e a revolução na Nicarágua em 1979. Os conflitos colocam em confronto os pequenos mas poderossísimos grupos dominantes e as multidões famintas e oprimidas. Os primeiros são geralmente apoidos pelos EUA e os segundos pelos países socialistas. Em tempos remotos, foi habitada pelos maias, civilização atrasada do ponto de vista tecnológico e militar e que foi destruída pelos espanhóis. A fragilidade econômica de tais países propiciou empresas estrangeiras, principalmente norte-americanas, condições para controlar a política local, uma delas é a United Frit Company, com sede nos EUA, com gigantescas plantações de banana na Costa Rica, Honduras, Guatemala, Panamá, um império que condiciona a vida política, econômica e social dos países do istmo, esses grupos possuem interesse em impedir mudanças na atual situação, frustando expectativas de progresso econômico e justiça social e acarretando tensões como repressões sistemática, esquadrões da morte, revoluções armadas, guerra civil.
América do Norte
 O Canadá é uma das nações mais desenvolvidas e prósperas do mundo. Seu índice de desenvolvimento (IDH) é qualificado como muito alto, e ocupa a oitava posição entre os países com melhor qualidade de vida para os seus habitantes.
Tem a décima primeira maior economia do mundo. Como em quase todos os países desenvolvidos, sua indústria é dominada pelo setor de serviços, que emprega três quartos dos canadenses. No entanto, se diferencia da tendência dos países desenvolvidos dando grande importância ao setor primário, especialmente industrias madeireiras e petroleiras.
O setor de manufaturas é também relevante graças às indústrias automotivas e aeronáutica, principalmente no centro-oeste do país.
Para complementar, o país é potência em pesca de frutos do mar, e em software de entretenimento. De acordo com a Revista Forbes, as 69 maiores companhias do mundo são canadenses e, segundo o Wall Street Journal, é o sexto país mais livre economicamente.
Os maiores parceiros comerciais do Canadá são Estados Unidos, China, Reino Unido, Japão e México.
Regionalização socioeconômica do espaço mundial 
Na regionalização socioeconômica do espaço mundial, temos a classificação dos territórios com base no nível de desenvolvimento. 
Existem diversas formas de se regionalizar o espaço geográfico, haja vista que as regiões nada mais são do que as classificações observadas pelo intelecto humano sobre o espaço geográfico. Assim, existem regiões adotadas subjetivamente pelas pessoas no meio cotidiano e regiões elaboradas a partir de critérios científicos, que obedecem a pré-requisitos e conceitos de ordem natural ou social.
A regionalização socioeconômica do espaço mundial é, pois, uma forma de realizar uma divisão entre os diferentes países com base no nível de desenvolvimento no âmbito do capitalismo contemporâneo. Basicamente, trata-se de uma atualização da chamada “Teoria dos Mundos”, que regionalizava o planeta com base em países de primeiro mundo (capitalistas desenvolvidos), segundo mundo (de economia planificada ou “socialistas”) e terceiro mundo (capitalistas subdesenvolvidos). No caso da regionalização socioeconômica, considera-se apenas a existência do primeiro e terceiro mundos, haja vista que a perspectiva socialista ou planificada não possui mais abertura no plano internacional após a queda do Muro de Berlim.
Essa regionalização classifica os países em dois principais grupos: de um lado, os países do norte desenvolvido; de outro, os países do sul subdesenvolvido. Por isso, muitos chamam essa divisão de regionalização norte-sul.
Posto isso, considera-se que a maior parte dos países ricos encontra-se situada nas terras emersas posicionadas mais ao norte do globo, enquanto os países pobres estão majoritariamente no sul. No entanto, essa divisão não segue à risca a delimitação cartográfica do planeta, havendo aqueles países centrais no hemisfério sul, como é o caso da Austrália, e países periféricos no hemisfério norte, a exemplo da China.
Observe a imagem a seguir:
Representação da divisão dos países com base em critérios socioeconômicos
É importante observar que, além de ser muito abrangente, essa forma de regionalização do espaço geográfico mundial possui uma série de limitações. A principal delas é a de não evidenciar a heterogeneidade existente entre os países de um mesmo grupo na classificação. Os países do norte desenvolvido, por exemplo, apresentam-se com as mais diversas perspectivas, havendo aqueles considerados como “potências”, a exemplo dos Estados Unidos, da Alemanha e outros, e aqueles considerados limitados economicamente ou que sofrem crises recentes, tais como Portugal, Grécia, Rússia e Itália.
Já entre os países do sul subdesenvolvido, também existem evidentes distinções. Por um lado, há aqueles países pouco ou não industrializados, como economias centradas no setor primário basicamente, e, por outro lado, aqueles países ditos “emergentes” ou “subdesenvolvidos industrializados”, tais como o BRICS (exceto a Rússia), os Tigres Asiáticos e outros. Alguns deles, como a China, possuem economias muito avançadas em termos de produção e geração de riquezas, porém sofrem com condições sociais limitadas, má distribuição de renda, analfabetismo, pobreza e problemas diversos.
Entender a dinâmica do espaço mundial, mesmo que em uma perspectiva específica, é uma tarefa bastante complicada, de forma que as generalizações tendem ao erro. No entanto, a regionalização norte-sul é importante no sentido de nos dar uma orientação geral sobre o nível de desenvolvimento social e econômico dos países e das populações nas diferentes partes do planeta. Assim, constrói-se uma base sobre a qual é possível nos aprofundarmos em termos de estudos e conhecimentos para melhor caracterizar as relações socioespaciais no plano político e econômico internacional.
Conceito de Saúde segundo a OMS
A "Organização  Mundial de Saúde" (OMS) define a saúde como "um estado de completo bem-estar físico, mental e social e não somente ausência de afecções e enfermidades".
A saúde passou, então, a ser mais um valor da comunidade que do indivíduo. É um direito fundamental da pessoa humana, que deve ser assegurado sem distinção  de raça, de religião, ideologia política ou condição  sócio-económica (Almeida Gouveia). A saúde não é um bem in-dividual, de vez que nenhum indivíduo sentirá es se bem quando, em seu derredor, sofrem muitos e a comunidade reflita, em seu funcionamento, o sofrimento de muitos. A saúde é, portanto, um valor coletivo, um bem de todos, devendo cada um gozá-la individualmente, sem prejuízo de outrem e, solidariamente, com todos.
No passado, refere Gouveia (1960), a saúde era a perfeição  morfológica, acompanhada da harmonia funcional, da integridade dos órgãos e aparelhos, do bom desempenho das funções vitais; era o vigor físico e o equilíbrio mental, apenas considerados em termos do indivíduo e ao nível da pessoa humana. Hoje, ela passou a ser considerada sob outro plano ou dimensão; saiu do indivíduo para ser vista, também, em relação  do indivíduo com o trabalho e com a comunidade.
No que diz respeito ao indivíduo, quanto ao seu bem-estar físico, devemos referir que não há saúde de órgãos porque a saúde é total, é o todo. Assim como não existem doenças estritamente locais, não há também "saúde local".
O lado psíquico da saúde cresceu de importância na época agitada em que vive o  mundo. Inquietudes, pressa, ânsias, incertezas, indagações ante os fatos da vida, particularmente da vida econômica,trepidação, desgaste constante de energias mentais, etc., levam o indivíduo ao cansaço e a sofrimentos psicossomáticos.
É preciso, porém, para o perfeito equilíbrio neura-psíquico, que o homem esteja bem adaptado as condições de vida, dentro do ambiente em que vive; que haja entendimento, equilíbrio, tolerância, compreensão dos indivíduos entre si, pois a mente e o corpo Sãos não permanecerão sadios, por muito tempo, em ambiente agitado, adverso, tumultuoso e intranqüilo. 
A necessidade de higiene mental é univer¬sal; é para todos. Para os efeitos da vida econômica e os reclamos da vida social, a noção  de saúde mental é a de respostas psíquicas ajustadas, de boa adaptação , de "relações humanas" satisfatórias na família, no trabalho e na comunidade. 
Saúde representa, por isto, um bem-estar social. A "saúde social (bem-estar social) é aquela resposta ou ajustamento as exigências do meio, e depende fundamentalmente das condições socioeconómicas do agrupamento humano onde se vive, da distribuição  da riqueza circulante, da oportunidade que se ofereça ao indivíduo para que tome parte no esforço organizado da comunidade. A "saúde social" é mais coletiva que individual. Onde há miséria, fome e ignorância; onde é grande a competição  da luta pela vida; onde há compreensão entre os homens; onde o desenvolvimento e a economia 
não oferecem oportunidades a todos; onde o clima político sufoca os direitos essenciais da pessoa humana e a liberdade do homem foi suprimida para que o domínio de alguns se exença sobre a comunidade; enfim, onde não há bem-estar social, a saúde física e a saúde mental se revelam mal e poderão ser afetadas, se atingidas demoradamente.
O homem é um ser social, por excelencia; não pode viver só, por incapaz. A "saúde social", refere Gouveia (1960), traduz-se na alegria de viver, no bem-estar físico, psíquico e economico do indivíduo, relacionado a sua faIll11ia e ao meio em que vive. "Ela não se revela na cota de imposto de renda, no cadastro bancário, no gozo da propriedade e no privilégio de prerrogativas político-sociais. O que a expressa é o comportamento ajustado do indivíduo dentro da comunidade; é a aceitação  e o exercício corretos dos padrões de vida adotados por esta; é a eficiência social do indivíduo bem integrado na ordem e no esforço organizado da comunidade, quando busca resolver os problemas fundamentais de sua gente; é a participação  inteligente e interessada na solução  das necessidades sociais, suas próprias e da sua família; é manter boas relações humanas; é ser livre; é ser feliz; é ser consciente de suas responsabilidades; é sentir a vida e vencê-la com satisfação ".
De uma noção antiga de saúde, estática e formal, chega-se, agora, a uma outra noção  de saúde - dinámico-social e socioeconômica -como resposta do indivíduo as condições do meio onde vive, resposta esta que deve ser analisada sob três planos ou dimensões: saúde física, saúde mental e saúde social.
O apreciado volume "Promoção  da saúde materna" (Bahia, S.A. Artes Gráficas, 1960), de autoria do ilustrado colega Almeida Gouveia, e do qual retiramos os tópicos essenciais para este artigo, é um repositório de dados do mais alto valor para todos aqueles que se dedicam ao estudo dos problemas médico e sociais. 
 
SUS
O Sistema Único de Saúde (SUS) é o conjunto de todas as ações e serviços de saúde prestados por órgãos e instituições públicas federais, estaduais e municipais, da administração direta e indireta e das fundações mantidas pelo Poder Público.
Há um tempo atrás, a saúde era encarada apenas como a ausência de doenças, o que nos legou um quadro repleto não só das próprias doenças, como desigualdade, insatisfação dos usuário, exclusão, baixa qualidade e falta de comprometimento profissional. No entanto, este conceito foi ampliado, ao serem definidos os elementos condicionantes da saúde, que são:
Meio físico (condições geográficas, água, alimentação, habitação, etc);
Meio sócio-econômico e cultural (emprego, renda, educação, hábitos, etc);
Garantia de acesso aos serviços de saúde responsáveis pela promoção, proteção e recuperação da saúde.
Ou seja, de acordo com a nova concepção de saúde, compreende-se que “os níveis de saúde da população expressam a organização social e econômica do país".
As reinvidicações do movimento que recebeu o nome de “Movimento Sanitarista” foram apresentadas na 8° Conferência Nacional de Saúde, em 1986. Sendo que mais tarde, na Constituição de 1988 foram definidas as ações relativas ao SUS, sendo considerado de “relevância pública”, ou seja, é atribuído ao Poder Público a regulamentação, a fiscalização e o controle das ações e dos serviços de saúde, independente da execução direta do mesmo.
Juntamente com o conceito ampliado de saúde, o SUS traz consigo dois outros conceitos importantes: o de sistema e a idéia de unicidade. A idéia de sistema significa um conjunto de várias instituições, dos três níveis de governo e do setor privado contratado e conveniado, que interagem para um fim comum. Já na lógica de sistema público, os serviços contratados e conveniados seguem os mesmos princípios e as mesmas normas do serviço público. Todos os elementos que integram o sistema referem-se ao mesmo tempo às atividades de promoção, proteção e recuperação da saúde.
Em todo o país, o SUS deve ter a mesma doutrina e a mesma forma de organização, sendo que é definido como único na Constituição um conjunto de elementos doutrinários e de organização do sistema de saúde, os princípios da universalização, da eqüidade, da integralidade, da descentralização e da participação popular.
Podemos entender o SUS da seguinte maneira: um núcleo comum, que concentra os princípios doutrinários, e uma forma e operacionalização, os princípios organizativos.
Princípios Doutrinários
Universalização: a saúde é um direito de cidadania de todas as pessoas e cabe ao Estado assegurar este direito, sendo que o acesso às ações e serviços deve ser garantido a todas as pessoas, independentemente de sexo, raça, ocupação, ou outras características sociais ou pessoais.
Eqüidade: o objetivo desse princípio é diminuir desigualdades. Apesar de todas as pessoas possuírem direito aos serviços, as pessoas não são iguais e, por isso, têm necessidades distintas. Em outras palavras, eqüidade significa tratar desigualmente os desiguais, investindo mais onde a carência é maior.
Integralidade: este princípio considera as pessoas como um todo, atendendo a todas as suas necessidades. Para isso, é importante a integração de ações, incluindo a promoção da saúde, a prevenção de doenças, o tratamento e a reabilitação. Juntamente, o principio de integralidade pressupõe a articulação da saúde com outras políticas públicas, para assegurar uma atuação intersetorial entre as diferentes áreas que tenham repercussão na saúde e qualidade de vida dos indivíduos.
Princípios Organizativos
Estes princípios tratam, na realidade, de formas de concretizar o SUS na prática.
Regionalização e Hierarquização: os serviços devem ser organizados em níveis crescentes de complexidade, circunscritos a uma determinada área geográfica, planejados a partir de critérios epidemiológicos, e com definição e conhecimento da população a ser atendida. A regionalização é um processo de articulação entre os serviços que já existem, visando o comando unificado dos mesmos. Já a hierarquização deve proceder à divisão de níveis de atenção e garantir formas de acesso a serviços que façam parte da complexidade requerida pelo caso, nos limites dos recursos disponíveis numa dada região.
Descentralização e Comando Único: descentralizar é redistribuir poder e responsabilidade entre os três níveis de governo. Com relação à saúde, descentralização objetiva prestar serviços com maior qualidade e garantir o controle e a fiscalização por parte dos cidadãos. No SUS, a responsabilidade pela saúde deve ser descentralizada até o município, ou seja, devem ser fornecidas ao município condições gerenciais, técnicas, administrativas e financeiras para exercer esta função.Para que valha o princípio da descentralização, existe a concepção constitucional do mando único, onde cada esfera de governo é autônoma e soberana nas suas decisões e atividades, respeitando os princípios gerais e a participação da sociedade.
Participação Popular: a sociedade deve participar no dia-a-dia do sistema. Para isto, devem ser criados os Conselhos e as Conferências de Saúde, que visam formular estratégias, controlar e avaliar a execução da política de saúde
 
IBGE: veja os indicadores da Saúde brasileira em 2013
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) publicou nesta sexta-feira (29) relatório em que avalia indicadores sociais brasileiros de 2013. Em relação ao setor de saúde, o estudo afirma que houve ?relevantes evoluções? nos últimos anos, ?com crescente (mesmo se ainda insuficiente) investimento público?.
Apesar disso, pondera que ?esforços adicionais são necessários para melhorar a qualidade dos serviços, tornar a saúde pública mais equânime, homogênea no território e capaz de enfrentar os crescentes desafios ligados à dinâmica demográfica?.
A síntese dos indicadores sociais (SIS) é comparada com os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, estabelecidos pela ONU para serem cumpridos até 2015.
Confira os tópicos da Saúde, analisados pelo IBGE: 
Mortalidade
Em 1990, a mortalidade infantil era de 53,7 óbitos para cada mil nascidos vivos. Em 2010, o número diminuiu para 18,6 óbitos por mil nascidos vivos. A tendência de redução chega perto do Objetivo do Milênio da ONU de reduzir a mortalidade na infância para 17,9 óbitos por nascidos vivos até 2015. A região Nordeste destacou-se, por conseguir passar de 87,3 óbitos/mil nascidos vivos em 1990 para 22,1 óbitos/mil nascidos vivos em 2010.
Já em relação à mortalidade materna, o objetivo internacional é reduzi-la 75% até 2015, em comparação com 1990. O relatório do IBGE o inclui no contexto ?saúde da mulher?.
A mortalidade por câncer de mama entre as mulheres de 30 a 69 anos, no período de 1990 a 2010, subiu 16,7% de 17,4 para 20,3 óbitos por 100 mil habitantes. Segundo o instituto, o aumento estaria relacionado a diversos fatores, como diagnóstico tardio devido à dificuldade de acesso a consulta ou desinformação sobre exames preventivos periódicos; redução da taxa de natalidade, que faz com que o organismo receba estrogênio (hormônio que propicia o desenvolvimento do câncer de mama) por mais tempo; e envelhecimento da população devido ao aumento na expectativa de vida.
A mortalidade por câncer de colo de útero, entre mulheres de mesma faixa etária e para o mesmo período, manteve-se estável, com variação entre 8,7 e 8,5 óbitos por 100 mil habitantes.
Combate a doenças
Os casos de infecção pelo vírus HIV mantiveram-se estáveis na população geral brasileira. A incidência entre 1997 e 2010 variou apenas de 17,1 para 17,9 casos a cada 100 mil habitantes. No entanto, segundo o IBGE, o patamar ?mascara diferenças regionais?, já que a taxa diminuiu apenas na região Sudeste, enquanto cresceu no Norte, Nordeste e Sul. A taxa de mortalidade por AIDS diminuiu de 7,6 óbitos por 100 mil habitantes em 1997 para 6,4 em 2010.
Também caiu a taxa brasileira de mortalidade por malária, doença infecciosa transmitida pelo mosquito Anopheles. A redução foi de 1,1 por 100 mil habitantes em 2000 para 0,2 em 2010, sendo que 99,9% dos casos ocorreram na Região Amazônica.
?Investimentos nas condições sanitárias e ambientais, além da sua inegável função social, têm um papel importante para a prevenção de doenças. Ao mesmo tempo, permanece a necessidade de maiores investimentos em pesquisa para tratar doenças ainda relevantes (como a malária) e busca de novas tecnologias e tratamentos mais eficientes, mas que costumam ter custo elevado?, afirma o IBGE no relatório.
Gastos com saúde
O instituto também considera que o objetivo de chegar a um sistema ?de cobertura universal e atendimento integral? é um desafio para o Brasil, já que mais da metade (56,3%) das despesas em saúde vêm das famílias, com o consumo final de bens e serviços, enquanto 43,7% vêm de gastos públicos. Nos países da Organização de Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) a parte de gastos públicos é de 70%. ?A ampliação dos gastos públicos em saúde se mostra um elemento chave para o financiamento atual e futuro do sistema de saúde brasileiro?, diz o documento.
O IBGE também divulga que os gastos com saúde representaram 7,2% do total das famílias, segundo Pesquisa de Orçamentos Familiares 2008/2009. Desta parcela, 48,6% foram destinados a compra de medicamentos, seguido por plano de saúde (29,8%) e consulta e tratamento dentário (4,7%).
As famílias de menor renda gastam mais com exames (5,1%) e consultas médicas (4,4%) do que as de maior renda. Também têm menor acesso a planos de saúde, o que na avaliação do IBGE, “pode refletir em carências de cobertura do SUS nesses serviços”.
Cobertura de planos de sáude
O relatório do IBGE também analisa dados da Agência Nacional de Saúde Suplementar e estima que a cobertura de plano de saúde no Brasil é de 24,7%. Esta cobertura está concentrada regionalmente, com 64% dos planos no Sudeste, em 2012.
Os estados com maior cobertura de plano de saúde são São Paulo, com 43,6%, Rio de Janeiro, com 36,6% e Espírito Santo, com 32,6%. Em contrapartida, apresentam a menor cobertura os estados das regiões Norte e Nordeste, como Piauí (7,4%), Tocantins (7,0%), Maranhão (6,6%), Roraima (6,6%) e Acre (5,6%).
Fonte: IBGE e G1 
Doenças que mais afetam a população Brasileira
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Uma pesquisa realizada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) mostrou as principais doenças que atingem a população brasileira. De uma maneira geral, o predomínio é de doenças crônicas. São aproximadamente 59,5 milhões de brasileiros, o equivalente a 31,3% da população, com algum tipo de doença crônica, como a hipertensão e o diabetes.
O número de casos diagnosticados dessas doenças preocupa as autoridades de saúde pública.
Conheçam as patologias que mais afetam a população brasileira:
1 – Obesidade – De acordo com o IBGE, 43,3% dos brasileiros com mais de 18 anos de idade apresentam sobrepeso ou obesidade. A doença traz riscos de problemas cardiovasculares e é causada principalmente pelo sedentarismo, histórico familiar e má alimentação.
2 – Câncer – Os números de diagnósticos de câncer no Brasil tem aumentado ano após ano. Segundo o Instituto Nacional de Câncer, dois em cada mil brasileiros terão a doença.
3 – Aids – Apesar das inúmeras campanhas de prevenção, a Aids ainda é uma doença preocupante no Brasil, principalmente entre a população jovem.
4 – Diabetes – De acordo com a Sociedade Brasileira de Diabetes, 11% da população brasileira tem diabetes.
5 – Tabagismo – O vício do cigarro ainda é um problema de saúde pública no Brasil. O tabagismo é a causa de mais de 200 mil mortes por ano no país.
6 – Dengue – A dengue, doença transmitida pelo mosquito Aedes, pode causar febre hemorrágica e outros sintomas graves. Anualmente, o Brasil vive epidemias de dengue em diversas regiões.
7 – Hepatite C – Essa doença atinge mais de 3 milhões de brasileiros. A patologia pode provocar lesões no fígado e câncer.
8 – Hipertensão – A doença atinge cerca de 47% dos brasileiros que estão acima dos 50 anos de idade. A hipertensão é fator de risco para outras doenças, como o AVC, por exemplo.
Agora que você sabe quais são as doenças que mais afetam a população do nosso país o que você você vai fazer para mudar a vida? Faça o possível, não se torne vítima de você mesmo.
Número de vítimas da AIDS na África já é quase igual ao da Peste Negra na Europa medieval
Há uma bomba de efeito retardado plantada no coração da África. Ela matará mais de 22 milhões de homens, mulheres e crianças no decorrer da próxima década. O número é 200 vezes maior do que o de todas as vítimas da bomba atômica que destruiu Hiroshima, em 1945. Ou 100 vezes o total de mortos na Guerra do Vietnã. Esse extermínioem massa e silencioso é provocado pela AIDS. Enquanto na Europa, nos Estados Unidos e mesmo no Brasil as campanhas de prevenção e novas drogas têm conseguido deter a epidemia e prolongar a vida de milhares de portadores do HIV, para os africanos contaminados praticamente não há esperança. A doença, combinada a pobreza e falta de informação, tem provocado ali uma tragédia de proporções inacreditáveis. A própria agência das Nações Unidas para AIDS, Unaids, já considera inevitável nos próximos dez anos a morte de todas as pessoas hoje portadoras do vírus no continente. Isso significa que a AIDS vai produzir na África um estrago de proporções semelhantes às da Peste Negra, que no século XIV dizimou cerca de 25 milhões de pessoas, um terço da população da Europa na época.
Desde o começo da epidemia de AIDS, no início dos anos 80, já morreram 11,5 milhões de pessoas vítimas da doença na África meridional, número quase igual ao da população da cidade de São Paulo. Só no ano passado foram 2 milhões de mortos, com a média de 5.500 funerais a cada dia. No Zimbábue, país que junto com Botsuana tem as mais altas taxas de contaminação do mundo, 25% de todos os adultos estão infectados pelo vírus. Ali, entre a população analfabeta, a AIDS é conhecida como "iyoyo", ou "aquela coisa" - uma doença misteriosa associada a definhamento, febre e infecções, capaz de uma devastação sem limites. Um levantamento da Divisão de Populações da ONU mostra que, em 2005, a expectativa de vida em Zimbábue vai cair mais de um terço, de 66 para 41 anos. Em Botsuana, a situação é ainda mais dramática, com queda de 29 anos na expectativa de vida. Os próprios especialistas da ONU ficaram chocados quando compilaram esses números pela primeira vez, há um ano. "Achamos que as contas estavam erradas e levamos meses checando tudo de novo", afirma Peter Piot, diretor da Unaids.
Caixão em domicílio - As contas, infelizmente, estavam corretas. Elas mostram que na África Subsaariana, em 1997, 1,5 milhão de crianças ficaram órfãs em decorrência da AIDS, o que equivale a mais de 90% do total mundial. Na Zâmbia, país vizinho ao Zimbábue, uma em cada quatro crianças com menos de 15 anos é órfã, o índice mais alto do mundo, com tendência para crescer mais até pelo menos 2020. Meio milhão de crianças de todas as camadas sociais tiveram seus pais mortos pela AIDS. Esse número deve dobrar na próxima década, segundo estimativas da ONU. Nas áreas rurais desse país são comuns casos de meninas órfãs se casando com 12 ou 13 anos de idade. Os parentes que deveriam arcar com sua tutela não têm como alimentá-las e ainda ganham algum dinheiro com o dote do noivo para a família, um costume na região. Na capital, Lusaka, o número de meninos de rua saltou de 35.000 para 90.000 em oito anos e 75% das famílias cuidam de pelo menos um órfão. A morte atingiu tamanho grau de banalização que vendedores ambulantes percorrem as ruas da cidade em Kombi e vans oferecendo caixões em domicílio.
Nem mesmo o país mais rico do continente foi poupado da matança causada pelo HIV. Em pouco mais de uma década, a África do Sul viu brotar praticamente do nada 2,9 milhões de casos, deixando um rastro de 360.000 mortos. O país que marcou a história da medicina ao realizar o primeiro transplante de coração, em 1967, tenta desesperadamente conter a doença. A AIDS atinge principalmente a população negra e pobre, e ameaça chacoalhar a economia do país. Em cada grupo de dez pessoas contaminadas no mundo no ano passado, uma era sul-africana. Num dos maiores centros de mineração, a cidade de Carltonville, onde mais da metade dos 88.000 trabalhadores vivem afastados da família em alojamentos coletivos, estima-se que cerca de 25% dos adultos estejam contaminados. O índice é quase duas vezes maior que o de outras regiões do país. Uma das razões é que ali há cerca de 500 prostitutas, a maioria infectada. Cada vez que os mineiros voltam para junto de suas mulheres e namoradas, a centenas de quilômetros de distância, o vírus vai junto e alonga ainda mais a corrente da morte.
Empresas de vários países africanos já calculam perder entre 6% e 8% dos lucros em gastos com funcionários contaminados, incluindo o pagamento de funerais e medicamentos básicos como antibióticos. Na África, o tratamento anual com inibidores de protease, a mais moderna droga contra a doença, custa para um único paciente o equivalente a um ano de estudo de 400 crianças. A África do Sul, com suas minas de ouro e diamante, tem orçamento anual de aproximadamente 10 milhões de dólares para a AIDS. Isso não dá para pagar nem mesmo o AZT necessário para reduzir as chances de as gestantes contaminadas infectarem seus bebês. "Por muito tempo nossa nação fechou os olhos para a AIDS, desejando que a verdade não fosse tão real assim", penitenciou-se o virtual sucessor de Nelson Mandela no comando do país, Thabo Mbeki. "Agora enfrentamos o risco de ver todos os nossos sonhos serem estilhaçados."
Fonte: O texto acima ("Número de vítimas da AIDS na África já é quase igual ao da Peste Negra na Europa medieval") foi retirado da revista Veja de 09/06/1999 - por: Daniel Hessel Teich.
AIDS na África
A pobreza, a falta de informação e as guerras produziram uma bomba de efeito retardado que está dizimando a África: nas duas últimas décadas, a AIDS matou 17 milhões de pessoas no continente, quase tanto quanto catástrofes históricas como a gripe espanhola do início do século passado (20 milhões) e a peste negra, na Idade Média (25 milhões).
De cada três infectados pela AIDS no planeta, dois vivem na África. A cada minuto, oito novos doentes surgem no continente. Países como Zimbábue convivem com índices de contaminação de 25% da população. Para se ter uma idéia do que isso representa, o Brasil tem 540 mil pessoas infectadas, uma taxa de contaminação de 0,35% da população.
Na África do Sul, a incidência de estupros é epidêmica como a própria síndrome, e as duas estão vinculadas. Em certas regiões, cultiva-se a lenda de que um portador do HIV pode curar-se ao violentar uma virgem. Oficialmente, ocorrem 50 mil estupros por ano - há estimativas de que esse número seja superior a 1 milhão.
Frágeis economias sofrem impacto da epidemia - O HIV se alastra livre e solto pelo continente, sem que os governos tomem medidas preventivas eficazes. Com exceção de Uganda, praticamente não há campanhas de prevenção, faltam testes de HIV e não há medicamentos para tratar os doentes. A razão, segundo especialistas, é a falta de vontade política dos governos de lidar com a doença e de tocar em assuntos tabus para a maioria das culturas africanas, como sexo, homossexualismo e "camisinha".
Muitos africanos ignoram o que seja AIDS. Eles acham que a doença é causada apenas pela pobreza, por bruxaria, inveja ou por maldição de espíritos antepassados. Esses mitos aumentam o estigma em torno da AIDS, mantida em segredo por doentes e familiares devido ao preconceito e ao isolamento a que são submetidos na comunidade.
O seminarista togolês Pierre Avonyo, que trabalhou com soropositivos em seu país de origem, afirma que a violência sexual contra as mulheres produzida por guerrilheiros e pelos próprios exércitos é a principal causa do aumento da incidência da AIDS. A doença também ameaça correr as frágeis economias dos países. O Produto Interno Bruto (PIB) da África do Sul, por exemplo, será 17% menor em 10 anos por causa de AIDS. Empresas de vários países calculam perder entre 6% e 8% dos lucros em gastos com funcionários contaminados, incluindo o pagamento de funerais e medicamentos básicos.
O engenheiro belga Dirk Bogaert, que prestou assistência a doentes pela organização Médicos Sem Fronteiras em vários países da África, dá um exemplo de como a AIDS faz parte do cotidiano das empresas: ao contratar cinco motoristas para transportar remédios para regiões infectadas, ele afirma que um empregador precisa prever que, em dois anos, pelo menos um funcionário vai apresentar sintomas da doença. "A AIDS deixa de ser uma doença que a gente lê nos jornais, e passa aser uma vivência de todo o dia" - afirma.
Governo brasileiro assinou convênios de cooperação com países africanos - Para desespero das grandes multinacionais farmacêuticas, o governo brasileiro assinou convênios de cooperação com Angola, Maçambique, Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe. A ajuda inclui transferência de tecnologia para a fabricação de medicamentos, treinamento no controle de qualidade das matérias-primas e orientação para a administração correta do tratamento. A guerra de patentes está em vigor na África do Sul. Os grandes laboratórios estão processando o governo, em uma tentativa de impedir a compra de medicamentos genéricos de outros países, como o Brasil e a Índia. As indústrias queixam-se de que o desrespeito às patentes causa prejuízos anuais de milhões de dólares. O país conquistou uma vitória na semana passada, quando a Merck anunciou a redução de preço dos seus medicamentos.
Patente - É uma espécie de registro de propriedade industrial ou intelectual de um determinado invento, que garante a seu criador a exclusividade na fabricação do produto e o retorno do investimento feito para desenvolver o projeto.
A quebra de patente - Também chamada de licença compulsória, significa que o governo de um país pode anular a exclusividade do fabricante sobre seu produto e permitir que outras fábricas copiem a invenção.
Fonte: O texto acima ("AIDS na África") foi retirado da revista Zero Hora de 12/03/2001 - página 04/05
Confira quais são os números de casos de Aids no Brasil e no mundo
ONU revela que índice global de pessoas com HIV é de 34 milhões
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Relatório da ONU 'Together we will end Aids'
levanta números da doença (Foto: Divulgação)
Em novembro de 2011, a Organização das Nações Unidas (ONU) divulgou, no relatório
“Together we will end Aids” , os últimos números globais da doença. Segundo a entidade, representada pela Unaids, órgão que desenvolve políticas e estudos para o combate do HIV (Vírus da Imunodeficiência Humana) no mundo, até o final de 2010, 34 milhões de pessoas conviviam com o vírus. Conforme divulgado pela agência, o número é o mais alto já registrado e se deve, principalmente, ao avanço das terapias, que prolongam a vida das pessoas contaminadas. Isso também proporcionou uma queda de 21% no número de mortes relacionadas à Aids no mundo desde 2005. Já o índice relativo a novas infecções anuais feitas pelo HIV diminuiu 21% desde 1997.
Em 2010, a Unaids registrou 2,7 milhões de novas infecções pelo HIV, sendo que houve 1,8 milhão de mortes devido a consequências da Aids. Os dados revelam que na América Latina, os índices da epidemia se mantiveram no mesmo patamar, com média anual de 100 mil novos casos desde 2001. Dessa faixa, as mulheres representam 1/3 dos infectados até 2010. Liderando o ranking de regiões com maior incidência da doença está a África Subsaariana, com 23,5 milhões, seguida pela Ásia Meridional e Sul-oriental, com 4,2 milhões. Na América Latina, foram registrados, em 2010, 1,4 milhão de casos.
Gerson Pereira, médico epidemiologista do
Ministério da Saúde (Foto: Divulgação)
No Brasil, no último censo, realizado em 2010 pelo Ministério da Saúde, foram registrados 34,2 mil novos casos de Aids, contra 35,9 mil de 2009. Os dados mostram que de 1980 a 2010, foram totalizados 608.230 pessoas infectadas por HIV. Conforme destaca Gerson Pereira, epidemiologista da área de Vigilância, Informação e Pesquisa, do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde, a taxa de incidência da doença passou de 18,8 por 100 mil habitantes em 2009 para 17,9 em 2010. “Desde o aparecimento dos primeiros casos de Aids no país, presenciamos um maior número de casos no Sudeste, que concentra mais de 50% do total de pessoas infectadas”, aponta Gerson.
Confirmando os números citados pelo médico, do total de infectados no Brasil, 343.095 (56,4%) estão situados no Sudeste. Em seguida, aparecem as regiões Sul, com 123.069 casos (20,2%); Nordeste, com 78.686 (12,9%), Centro-Oeste, com 35.1116 (5,8%) e Norte, que engloba 28.248 registros da doença (4,6%). No período entre 2000 e 2010, o número de casos de Aids caiu no Sudeste de 24,5 para 17,6 casos por 100 mil habitantes. Já nas outras regiões, esse número subiu de 27,1 para 28,8 no Sul; de 7,0 para 20,6 na Região Norte; de 13,9 para 15,7 no Centro-Oeste; e de 7,1 para 12,6 no Nordeste.
Avanços nas terapias propiciaram prolongamento 
da vida dos pacientes (Foto: Reprodução de TV)
“Na Região Sudeste, o Ministério da Saúde já realiza diversos programas para combater a Aids. Para se ter uma ideia, em 2002, tínhamos 22 mil casos da doença, que hoje cairam para aproximadamente 17 mil casos. Nas regiões Norte e Nordeste, começamos a ter um aumento nos índices, revelando uma interiorização da doença. No Sul, a epidemia é muito mais voltada para a questão do usuário de drogas. No Brasil, a epidemia de Aids é estabilizada, já que a nossa taxa de incidência atual é 17,9 por cem mil habitantes em 2010, considerando que em 1998 tínhamos 18,7”, destaca o especialista.
A rede de monitoramento brasileira é formada por um complexo banco de dados, alimentada por vários sistemas, a começar pelo Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinam), que abrange o número de casos de várias doenças, incluindo Hepatite e Aids, por exemplo. Existem também os Sistemas de Informação de Mortalidade (Sim), o de Controle de Exames Laboratoriais (Siscel), e o de Controle Logístico de Medicamentos (Siclon). “Em algum desses momentos, identificamos os pacientes que possuem HIV, seja no óbito, na fase diagnóstica, ou quando ele vai buscar o remédio, que só é disponibilizado na rede pública, mesmo que ele tenha se consultado em um médico particular”, lista Gerson.
Pelo cruzamento dos sistemas, Gerson destaca que é possível determinar com mais detalhamento o percentual de casos, o que permite traçar políticas públicas mais eficazes. “A Aids é uma epidemia concentrada, pois temos no país o índice de menos de 1% da população com HIV, ou seja, é um evento raro. Já na África, em média, 20% da população são infectadas. Do grupo de pessoas com a doença no Brasil, as profissionais do sexo somam 5%, usuários de drogas também 5% e homens que fazem sexo com outros homens 10,5%, principalmente na faixa etária de 15 a 24 anos. Com relação à etnia, em geral, 45% dos que têm a doença são brancos, 9% são negros e 46% são pardos”, especifica o epidemiologista.
Gravidez na Adolescência
1. Gravidez
Biologicamente a gravidez pode ser definida como o período que vai da concepção ao nascimento de um indivíduo. Entre os animais irracionais trata-se de um processo puro e simples de reprodução da espécie. Entre os seres humanos essa experiência adquire um caráter social, ou seja, pode possuir significados diferenciados para cada povo, cada cultura, cada faixa etária.
Em alguns países como a China, que não possui mais capacidade territorial para absorver um número elevado de indivíduos a maternidade é controlada pelo governo e cada casal só pode ter um filho. Em outras culturas como em tribos indígenas e alguns países africanos gravidez é sinônimo de saúde, riqueza e prosperidade.
No Brasil, onde não há controle de natalidade e onde o planejamento familiar e a educação sexual ainda são assuntos pouco discutidos, a gravidez acaba tornando-se, muitas vezes, um problema social grave de ser resolvido. É o caso da gravidez na adolescência.
2. Gravidez na adolescência
Denomina-se gravidez na adolescência a gestação ocorrida em jovens de até 21 anos que encontram-se, portanto, em pleno desenvolvimento dessa fase da vida – a adolescência. Esse tipo de gravidez em geral não foi planejada nem desejada e acontece em meio a relacionamentos sem estabilidade. No Brasil os números são alarmantes.
Cabe destacar que a gravidez precoce não é um problema exclusivo das meninas. Não se pode esquecer que embora os rapazes não possuam as condições biológicas necessárias para engravidar, um filho não é concebido por uma única pessoa. E se é à menina, que cabe

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