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O SURGIMENTO DO DIREITO NA GRÉCIA

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O SURGIMENTO DO DIREITO NA GRÉCIA 
 
1. O DIREITO NA GRÉCIA 
 
Para o estudo do Direito Grego é particularmente interessante o período que se inicia com o aparecimento da polis e vai até o 
seu desaparecimento e surgimento dos reinos helenísticos. Corresponde a um período de cinco séculos, denominado “época 
arcaica” e “período clássico”. 
 
Em Atenas foi onde a democracia melhor se desenvolveu e o direito atingiu sua mais perfeita forma quanto a legislação e 
processo. É comum utilizar direito grego e direito ateniense como sinônimos. No entanto, deve-se observar que nem sempre 
são a mesma coisa. 
 
Um dos fenômenos mais característicos da época arcaica foi o da colonização, prática que continuou durante muito tempo. 
Seja por motivos de excesso de população, secas ou chuvas em demasia, sempre que a polis tinha dificuldade em alimentar a 
população, decidia pelo envio de uma parte para outro lugar, com o objetivo de fundar uma colônia, a qual denominavam 
apokia (residência distante). Foi dessa forma que os gregos se espalharam pelo Mediterrâneo. 
 
Tendo aparecido em meados do século VII a. C., a moeda foi logo adotada pelos gregos, contribuindo para incrementar o 
comércio e permitir a acumulação de riquezas. Com o aparecimento dos plutocratas como uma nova classe, a aristocracia 
perdeu o poder econômico, embora ainda mantivesse o poder político, que seria por ela controlado, contudo finalmente retirado 
com as reformas introduzidas pelos legisladores e tiranos. 
 
A escrita surge como nova tecnologia, permitindo a codificação de leis e sua divulgação através de inscrições nos muros das 
cidades. Dessa forma, junto com as instituições democráticas que passaram a contar com a participação do povo, os 
aristocratas perdem também o monopólio da justiça. 
 
Retirar o poder das mãos da aristocracia com leis escritas foi o papel dos legisladores. Coube-lhes compilar a tradição e os 
costumes, modifica-los e apresentar uma estrutura legal em forma de leis codificadas. 
 
São de particular interesse dois legisladores atenienses: Drácon e Sólon. O primeiro fornece a Atenas o seu primeiro Código de 
leis, que ficou conhecido por sua severidade e cuja lei relativa ao homicídio foi mantida pela reforma de Sólon. Deve-se a 
Drácon a introdução de importante principio de Direito Penal: a distinção entre os diversos tipos de homicídio, diferenciando 
entre homicídio voluntário, homicídio involuntário e o homicídio em legítima defesa. 
 
Sólon não só cria um Código de leis, que alterou o Código criado por Drágon, como também procede a uma reforma 
institucional, social e econômica. No campo econômico, Sólon reorganiza a agricultura, incentivando a cultura da oliveira e da 
vinha e ainda a exportação do azeite. No aspecto social, entre a s várias medidas, são de particular interesse aquelas que 
obrigavam os pais a ensinarem um ofício aos filhos; caso contrario, estes ficariam desobrigados de os tratarem na velhice; a 
eliminação de hipotecas por dívidas e a libertação dos escravos pelas mesmas e a divisão da sociedade em classes. Atrai 
também artífices estrangeiros com a promessa de concessão de cidadania. 
 
Apesar de ter sido o berço da democracia, da filosofia, do teatro e da escrita alfabética fonética, a civilização grega tinha 
algumas características bastante particulares. Duas delas podem ter contribuído para o obscurecimento do direito grego ao 
longo da história. A primeira é a recusa do grego em aceitar a profissionalização do direito e da figura do advogado que, 
quando existia, não podia receber pagamento. A segunda é a de que preferia falar a escrever. Parece até um paradoxo que o 
povo que inventou a escrita desse primazia à fala. 
 
A característica dos gregos de dar preferência à fala em detrimento da escrita era também reforçada pelas dificuldades que a 
escrita ainda apresentava, mesmo no século V a.C., com a disponibilidade e custo do material para escrita e produção de obras 
para consumo. 
 
O que levou os gregos a utilizarem a nova tecnologia da escrita para escrever e publicar leis na forma de inscrições públicas 
tem sido motivos de controvérsias. A explicação até agora mais predominante tem sido a de que o povo grego, em determinado 
ponto da História, começou a exigir leis escritas para assegurar melhor justiça por parte dos Juízes. O propósito seria o de 
remover o conteúdo das leis do controle de um grupo restrito de pessoas e coloca-lo em lugar aberto, acessível a todos. 
 
No entanto, entre as objeções a essa teoria está a falta de evidência de que as leis, antes dos legisladores, estivessem sob 
controle exclusivo de determinados grupos da sociedade. Uma coisa é grupos aristocráticos controlarem o processo judicial e 
outra é ter o controle do conhecimento das leis. As maiores inovações introduzidas pelos legisladores, nas novas leis escritas, 
era com respeito ao processo. Não há também evidências de que as leis escritas fossem mais justas que as anteriores; as 
evidências são, principalmente, quanto à preocupação das novas leis em reformular o sistema judicial. 
 
Uma versão mais recente é a da utilização da nova tecnologia, a escrita, pela cidade, como um instrumento de poder sobre o 
povo. As leis escritas não colocaram em xeque e nem limitaram o poder de governantes e magistrados. Elas podem ter limitado 
a autonomia dos magistrados judiciais, mas o poder político absoluto, continuava intocável. Embora mais tarde, como foi o caso 
de Atenas, as reformas introduzidas no sistema legal tenham aumentado o poder do povo, inicialmente as leis visavam a 
beneficiar a polis e dessa forma fortalecer o poder do grupo que dominava a cidade, fosse ele qual fosse, e, principalmente, as 
leis eram inicialmente aristocráticas. Devem-se a Sólon as primeiras iniciativas de democratização das leis. 
 
Com o crescimento das cidades, aumentavam as oportunidades de conflitos e consequentemente a necessidade de meios para 
sua solução pacífica. Como resposta às perturbações e agitações que se formavam, muitas cidades devem ter buscado na 
nova tecnologia da escrita uma forma de controle e persuasão. Embora já estivesse disponível por quase um século, a escrita 
somente foi utilizada em inscrições públicas para as primeiras leis por volta da metade do sétimo século antes de Cristo. 
 
Características principais: 
 - O sistema jurídico da Grécia antiga é uma das principais fontes históricas dos direitos da Europa Ocidental; 
- Os Gregos não foram, no entanto, grandes juristas; 
- Em muitos aspectos continuaram as tradições dos direitos cuneiformes e transmitiram-nos aos romanos; 
- Foram os grandes pensadores políticos e filosóficos da antiguidade (Platão e Aristóteles); 
- Foram os inventores da ciência política; 
- Não houve unidade política e jurídica na Grécia Antiga, com exceção de um curto período sob a dominação 
macedônica de Alexandre, o grande; 
- Cada cidade, portanto, tinha seu próprio direito(Atenas, Esparta, Corinto, etc.); 
- Não houve leis aplicáveis a todos os Gregos, apenas costumes comuns; 
- Na realidade, conhece-se mal a evolução do direito da maior parte das cidades; Apenas Atenas deixou traços 
suficientes para permitir conhecer as etapas sucessivas da evolução de seu direito. 
- Em algumas cidades estabeleceu-se, entre os séculos VIII e VI, um regime democrático, sendo o mais conhecido o de 
Atenas, graças aos escritos de oradores e filósofos. 
- A lei torna-se construção humana, nada tendo de divina. Assim, o direito se torna laico, ou seja, desnudado de 
aspectos religiosos; 
- Os principais legisladores gregos são, em Esparta, Licurgo. Em Atenas Drácon, Sólon, Clístenes e Péricles. 
- Há duas espécies de órgão de jurisdição em Atenas. Para os casos de crimes políticos, o julgamento é feito por 
grandes tribunais de dezenas ou centenas de membros. A Assembleia de todos os cidadãos, repartidos em distritos 
elegia o grande conselho de supervisão (Areópago).Embora todos pudessem ter participação na assembleia, nem 
todos poderiam ocupar as magistraturas, pois os cidadãos, para este efeito haviam sido divididos (Constituição de 
Sólon) em classes de renda. 
- Ao lado do Areópago, um Conselho (Boulé) de 400 exercia o governo. O Areópago julgava os acusados de subverter a 
Constituição. Quando o julgamento se fazia para casos menos importantes por um magistrado ou juiz singular poderia 
haver apelo para a assembleia judicial propriamente (Heliastas) que funcionava em grupos (dicastéria). Assim, os 
discursos “forenses” eram dirigidos a grandes grupos ou quase-assembléias, o que explica o estilo. 
- O direito privado grego deixou poucos traços no nosso direito moderno, e estes por meio dos Romanos. 
 
1.1. O Direito Grego Antigo. 
 
As fontes das leis escritas gregas dividem-se em duas categorias: fontes literárias e fontes epigráficas. 
 
Os gregos não elaboraram tratados sobre o direito, limitando-se apenas à tarefa de legislar (criação de leis) e administrar a 
Justiça pela resolução de conflitos (direito processual). Adicionalmente, devido a precariedade dos materiais de escrita 
utilizados na época (inscrições em pedra e madeira e textos escritos em papiro), um texto literário, filosófico ou lei escrita, 
somente chegaria aos nossos dias, não pela conservação do original, mas pelas contínuas reproduções e citações de autores 
posteriores. 
 
Pode-se categorizar as leis gregas em crimes, família, pública e processual. A categoria denominada por crimes, que 
corresponderia ao nosso direito penal, inclui o homicídio que os gregos, diferenciavam entre voluntário, involuntário e em 
legítima defesa. 
 
Classificadas como família, encontramos leis sobre casamento, sucessão, herança, adoção, legitimidade de filhos, escravos, 
cidadania, comportamento das mulheres em público etc. 
 
Como leis públicas temos as que regulam as atividades e deveres políticos dos cidadãos, as atividades religiosas, a economia, 
finanças, vendas, aluguéis, o processo legislativo, relações entre as cidades, construção de navios, dívidas etc. 
 
Algo notável no direito grego era a clara distinção entre lei substantiva e lei processual. Enquanto a primeira é o próprio fim que 
a administração da justiça busca, a lei processual trata dos meios e dos instrumentos pelos quais o fim deve ser atingido, 
regulando a conduta e as relações dos tribunais e dos litigantes com respeito à litigação em si, enquanto que a primeira 
determina a conduta e as relações com respeito aos assuntos litigados. 
 
Um exemplo significativo de quão evoluído era o direito processual grego é encontrado no estudo dos árbitros públicos e 
privados. Trata-se aqui de duas práticas que se tornaram comuns, no direito grego, como alternativas a um processo judicial 
normal: a arbitragem privada e a arbitragem pública. A arbitragem privada era um meio alternativo mais simples e mais rápido, 
realizado fora do Tribunal, de se resolver um litígio, sendo arranjada pelas partes envolvidas que escolhiam os árbitros entre 
pessoas conhecidas e de confiança. Nesse caso, o árbitro (ou árbitros) não emitia um julgamento, mas procurava obter um 
acordo, uma conciliação, entre as partes. A arbitragem privada corresponderia a nossa moderna mediação. 
 
Embora os gregos não estabelecessem diferença explícita entre direito público e direito privado, civil e penal, é no direito 
processual que se encontra uma diferenciação quanto à forma de mover uma ação: a ação pública e a ação privada. A ação 
pública podia ser iniciada por qualquer cidadão que se considerasse prejudicado pelo Estado, por exemplo, por ação corrupta 
de funcionário público. A ação privada era um debate jurídico entre dois ou mais litigantes, reivindicando um direito ou 
contestando uma ação, e somente as partes envolvidas podiam dar início à ação. 
 
Exemplos de ações privadas: assassinato, perjúrio, propriedade, assalto, ação envolvendo violência sexual, ilegalidade, roubo. 
 
Exemplos de ações públicas: contra oficial que se recusa a prestar contas, por impiedade, contra oficial por aceitar suborno, 
contra estrangeiro pretendendo ser cidadão, por registro falso etc. 
 
No direito grego não havia magistrado que iniciasse um processo, não havia ministério público que sustentasse a causa da 
sociedade. Em princípio cabia à pessoa lesada ou a seu representante legal intentar o processo,fazer a citação, tomar a 
palavra na audiência, sem auxílio de advogado. A lei ateniense era essencialmente retórica. Não havia advogado, juízes, 
promotores públicos, apenas dois litigantes dirigindo-se a centenas de jurados. 
 
Em Atenas a administração da Justiça foi mantida, tanto quanto possível, nas mãos de amadores, com efeito (e talvez também 
o objetivo) de permanecer barata e rápida. Todos os julgamentos eram aparentemente completados em um dia, e os casos 
privados muito mais rápidos do que isto. Não era permitido advogado profissional. O presidente da Corte não era um 
profissional altamente remunerado, mas um oficial designado por sorteio. 
 
O direito a um julgamento por um júri formado por cidadãos comuns (em vez de pessoas tendo alguma posição especial e 
conhecimento especializado) é comumente visto nos estados modernos como uma parte fundamental da democracia. Foi uma 
invenção de Atenas. 
 
O direito grego através de seus Tribunais formado por um júri composto de cidadãos comuns, cujo número chegava a várias 
centenas, era atividade que fazia parte do dia-a-dia da maioria das cidades gregas. 
 
Na sociedade moderna, a administração da Justiça está nas mãos de profissionais especializados, os Juízes. Na Atenas 
clássica, a situação era o reverso. A heliaia era o tribunal popular que julgava todas as causas, tanto públicas como privadas, à 
exceção dos crimes de sangue que ficavam sob a alçada do areópago. Os membros da heliaia, denominados helialistas, eram 
sorteados anualmente dentre os atenienses. O número total era de seis mil e, para julgar diferentes causas, eram sorteados 
novamente para evitar fraudes. O número de heliastas atuando como júri em um processo variava, mas atingia algumas 
centenas. Para permitir que o cidadão comum pudesse participar como heliasta sem prejuízo de suas atividades, recebiam um 
salário por dia de sessão de trabalho. 
 
As sessões de trabalho para julgar os casos apresentados eram chamadas dikasterias, e as pessoas que compunham o júri 
eram referidas como dikastas em vez de heliastas. Os dikastas eram apenas cidadãos exercendo um serviço público oficial, e 
sua função se aproximava mais da de um jurado moderno. A decisão final do julgamento era dada por votação secreta, 
refletindo a vontade da maioria. 
 
A apresentação do caso era feita por discurso contínuo de cada um dos litigantes, interrompido somente para a apresentação 
de evidências de suporte, e era dirigido aos dikastas, cujo número poderia variar em algumas centenas, por exemplo 201 ou 
501, por julgamento; o número total era sempre ímpar para evitar empate. A votação era feita imediatamente após a 
apresentação dos litigantes, sem deliberação. Não havia Juiz: um magistrado presidia o julgamento, mas não interferia no 
processo. 
 
Os litigantes dirigiam-se diretamente aos jurados através de um discurso, sendo algumas vezes suportados por amigos e 
parentes que apareciam como testemunhas. O julgamento resumia-se a um exercício de retórica e persuasão. Cabia ao 
litigante convencer a maior parte de jurados e para isso valia-se de todos os truques possíveis. O mais comum, e que passou a 
ser uma das grandes características do direito grego, foi o uso de logógrafos, escritores profissionais de discursos forenses. 
Podemos considera-los como um dos primeiros advogados da história. 
 
Apesar de ser requerido por lei que os litigantes apresentassem seus próprios casos aos jurados, era difícil cumprir essa lei, 
que aos poucos foi transformando-se em lei morta. O júriregularmente permitia que um parente, ou associado, auxiliasse um 
litigante. Alguns litigantes faziam uma breve introdução e solicitavam que um amigo o representasse. 
 
Os logógrafos escreviam para seus clientes um discurso que este último deveria recitar como se fosse de sua autoria. Eles 
suprimiam sua própria personalidade e escreviam um discurso que parecesse o mais natural possível para o litigante cliente e 
desse a impressão de ser extemporâneo. 
 
Por fim, vê-se que os gregos antigos não só tiveram um direito evoluído, como influenciaram o direito romano e alguns dos 
nossos modernos conceitos e práticas jurídicas: o júri popular, a figura do advogado, a diferenciação de homicídio voluntário, 
involuntário e legítima defesa, a mediação e a arbitragem, a gradação das penas de acordo com a gravidade dos delitos. 
 
A história de uma sociedade e também do direito de uma sociedade, não é apenas feita com fontes, uma vez que a dimensão 
da informação não faz a história por si só. O trabalho do historiador na interpretação das fontes é fundamental e esse olhar 
nunca é isento, uma vez que o historiador vai buscar na história o que lhe interessa, o que lhe move para a pesquisa. Assim, 
por essa seleção que o historiador faz das fontes, uma série delas passa a ter importância e outras não, delimitando a própria 
pesquisa que é sempre algo necessário para a sua viabilidade. Nem sempre o historiador poderá se livrar de anacronismos e 
problemas de interpretação, uma vez que ele é um homem que está inevitavelmente condenado a olhar o passado sendo um 
homem do presente, nascido e criado em uma sociedade que não é aquele que ele estuda. Essas incompatibilidades não 
somem com o aprimoramento técnico, apenas melhoram, uma vez que este olhar estrangeiro é próprio do historiador. 
 
Esse olhar fez um grande historiador da Grécia como Werner Jaeger falar de uma Grécia, mas sem interesse na política e 
também no Direito, fazendo que grande parte do entendimento dessa sociedade fosse dificultado, uma vez que a política era 
central para essa sociedade. A restrição de Jaeger às instituições sociais históricas da Grécia como a política, segundo 
Momigliano decorreram de sua condição pessoal, vítima do nazismo que procurava deixar a política de lado. 
 
Esse caso é paradigmático para mostrar que o problema não é apenas da dificuldade das fontes gregas antigas, mas do que 
elas têm para falar para os historiadores modernos e o que estes querem ouvir destas fontes. A sociedade grega tem exemplos 
de momentos de tirania quanto à política e ao direito, mas também tem momentos de democracia direta em que a sociedade 
tem um direito que é autônomos. Falar dessa sociedade contando sua História do Direito é estabelecer também um exercício 
comparativo que leva o historiador e seu leitor à reflexão sobre sua própria sociedade e sobre que direito se quer construir. Por 
isso, estudar sociedades diferentes não é apenas um exercício para a busca de mais informação, mas é fundamentalmente um 
exercício para a reflexão e para a crítica. 
 
 
BIBLIOGRAFIA 
 
 
 Site: http://www.viajus.com.br/viajus.php?pagina=artigos&id=613&idAreaSel=1&seeArt=yes 
 Plano de aula: UNIFEMM 
 Site: http://www.ambito-juridico.com.br/pdfsGerados/artigos/11416.pdf

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