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Resumo Legislação Comercial A1 a A14

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Resumo – Legislação Comercial 
 
Aula 1 – Evolução histórica do Direito Comercial 
- Direito Comercial: é um conjunto de normas jurídicas que regulam a 
empresa quanto a sua organização e ao seu exercício. 
- Fases do Direito Comercial: subjetiva-corporativista; objetiva e Direito 
Empresarial. 
- Fase Subjetiva-corporativista: é aquela na qual o Direito Comercial é 
entendido como um direito fechado, classista e privativo, em princípio, das 
pessoas matriculadas nas corporações de mercadores. Nessa fase que nasceram 
os títulos de créditos (que são de fundamental importância para o 
desenvolvimento e dinamização das relações comerciais. 
- Fase objetiva: O Direito Comercial era extensivo a todos que praticassem 
determinados atos previstos em lei, tanto no comércio e na indústria como em 
outras atividades econômicas, independentes de classe. 
- Direito Empresarial: a atividade negocial não se caracterizaria mais pela 
prática de atos de comércio, mas pelo exercício profissional de qualquer 
atividade econômica organizada, exceto a atividade intelectual, para a produção 
ou circulação de bens ou serviços. 
- Fases do Direito Comercial no Brasil: fase luso-brasileira e fase brasileira. 
- Fase luso-brasileira: criação da Junta Comercial e criação do Banco do 
Brasil 
- Fase brasileira: promulgação do Código Comercial em 1850, leis especiais 
sobre as Sociedades por Cotas de Responsabilidade Limitada em 1919, e o 
Novo Código Civil. 
- Assuntos não disciplinados pelo novo Código Civil: falência, concordata, 
títulos de créditos em espécie, entre outros. 
 
Aula 2 – Empresário – Registro – Escrituração 
- Elementos que caracterizam a figura do empresário: a iniciativa e o risco. 
O poder da iniciativa lhe pertence exclusivamente, é ele quem decide o destino 
da empresa e o ritmo de sua atividade. 
- Requisitos básicos para condição de empresário: capacidade jurídica (deve 
estar em pleno gozo de sua capacidade jurídica – deve ser maior de 18 anos, e 
ter discernimento necessário), ausência de impedimento legal para o exercício 
da empresa (não pode ser médico quem não tiver o curso superior em medicina, 
por exemplo, ou não pode ser sócio de uma sociedade empresarial juízes, 
membros do Ministério Público, militares, etc), efetivo exercício profissional da 
empresa (só será considerado empresário aquele que o fizer profissionalmente e 
não esporadicamente, que o fizer em nome próprio e não em nome de outros, e 
o fizer com o intuito de lucro e não graciosamente), e registro obrigatório (a 
empresa deve ser registrada para ganhar personalidade jurídica). 
- a empresa que não possui personalidade jurídica (que não é registrada) não 
pode obter CNPJ, não pode emitir nota fiscal nem duplicata, entrando na 
sonegação fiscal. 
- Para o empresário rural, o registro é facultativo, mas se o fizer, receberá 
tratamento legal idêntico àquele dispensado ao empresário sujeito à registro. 
- Funções do Departamento Nacional de Registro do Comércio como 
Órgão Central: Supervisão, orientação, coordenação e normatização, no plano 
técnico; e supletiva no plano administrativo. 
- Funções das Juntas Comerciais como Órgãos Locais: Execução e 
administração dos serviços de registro. 
- Documentos necessários para requerer o arquivamento de constituição de 
empresa: Instrumento original de constituição (contrato social, por exemplo) 
assinado pelo titular, pelos administradores, sócios ou procuradores; certidão 
criminal do registro, comprovando que não há impedimento legal dos sócios; 
ficha cadastral; comprovante de pagamento das custas; e prova da identidade 
dos titulares e administradores da empresa. O contrato deve estar vistado por 
advogado, com nome e registro OAB. 
- Obrigação do empresário e da sociedade empresarial: manter a 
escrituração, ter seus livros autenticados, conservar os registros enquanto não 
prescreverem, e levantar anualmente o balanço patrimonial e o resultado 
econômico. Devem ser feito em idioma e moeda corrente, e o único 
instrumento obrigatório é o livro Diário. 
- Livro de Registro de Duplicatas: deve ser escriturado quando se adota o 
regime de vendas com prazo superior a 30 dias. 
- Os estabelecimentos industriais, atacadistas, varejistas e os que mantêm 
atividade enquadrada no regime de pagamento de imposto por estimativa 
deverão adotar os seguintes livros: registro de entradas e registro de saídas; 
egistro de utilização de documentos fiscais e termos de ocorrências; registro de 
inventário; e registro de apuração de ICMS. 
- No caso de estabelecimentos industriais, deve ser adotados também os livros 
de controle de produção e de estoque e o livro de apuração do IPI. 
- Os atacadistas devem possuir o livro de controle de produção e de estoque. 
- o livro de registro de apuração do ICMS é facultativo no caso de contribuinte 
enquadrado no sistema de pagamento de imposto por estimativa. 
- Princípio da regularidade do exercício profissional: a prática profissional 
da empresa só se caracteriza quando regular. O Direito só reconhece a empresa 
quando iniciada conforme a lei. 
- Escrituração da empresa: consiste em seguir um sistema de contabilidade, 
mecanizado ou não, com base na escrituração uniforme de seus livros, em 
concorrência com a respectiva documentação e levantar anualmente o balanço 
patrimonial e o resultado econômico. 
- A lei assegura tratamento favorecido, diferenciado e simplificado ao 
empresário rural e ao pequeno empresário, quanto à inscrição e os efeitos daí 
decorrentes. 
 
Aula 3 – Estabelecimento Empresarial – Nome Empresarial – Marca 
- Estabelecimento Empresarial: é o conjunto de bens necessários ao 
desenvolvimento de sua atividade econômica. 
- Composição do estabelecimento empresarial: bens corpóreos – instalações, 
equipamentos, utensílios, veículos, etc; e bens incorpóreos – marcas, patentes, 
ponto comercial, etc. 
- Em caso de desapropriação do imóvel em que o empresário mantêm o seu 
estabelecimento empresarial, a indenização deve ser correspondente ao valor do 
fundo de empresa por ele criado. Na sucessão por morte, o estabelecimento 
empresarial deve ser considerado não apenas pelo valor do simples somatório 
do preço dos bens singularmente considerados que o compõem, mas pelo valor 
desses bens agregado ao valor decorrente da situação peculiar em que se 
encontram, reunidos para possibilitar o pelo desenvolvimento de uma atividade 
empresarial. 
- No caso de venda do estabelecimento empresarial, deve ser dito que os 
débitos anteriores, desde que contabilizados, são de responsabilidade do 
adquirente, mas o devedor primitivo continua solidariamente obrigado a honrar 
a dívida pelo prazo de uma ano. 
- Ao vender um estabelecimento, se há alguma dívida (tipo um empréstimo) em 
nome do estabelecimento, para se eximir da responsabilidade de quitar a dívida, 
o vendedor deve registrar o contrato de venda na Junta Comercial. 
- O estabelecimento empresarial pode ser descentralizado: o empresário 
pode manter filiais, sucursais ou agências, depósitos em prédios isolados, 
unidades administrativas e até estabelecimento virtual, que se distingue do 
estabelecimento empresarial apenas pelo meio de acessibilidade. 
- Nome empresarial: individualiza e assinala a espécie de responsabilidade 
patrimonial do empresário ou da sociedade empresarial. 
- Tipos de nomes empresariais: Firma (tem como base o nome civil do 
empresário ou dos sócios da sociedade empresarial. É a assinatura do 
empresário) e Denominação (tanto pode ter como base o nome civil quanto 
outra expressão), pois o representante legal deve usar sua assinatura civil sobre 
o nome empresarial da sociedade, escrito, impresso ou carimbado). 
- Firma deve possuir o nome dos sócios e denominação não precisa.- Firma de empresário individual: pode abreviar seu nome ou não, e se 
quiser, pode agregar o ramo da atividade. Exemplos: Antonio Silva Pereira; 
A.S.Pereira; Silva Pereira; S.Pereira Livros Técnicos... 
- Firma de sociedade em nome coletivo: estão autorizadas a adotar somente 
firma social, que pode ter como base o nome civil de um, alguns ou todos os 
sócios, por extenso ou abreviados. Se não constar o nome de todos os sócios, é 
obrigatória a utilização de “e companhia” ou “& Cia”. Exemplo, sociedade 
composta por Antonio Silva, Benedito Pereira e Carlos Souza, podem optar 
por: Antonio Silva, Benedito Pereira & Carlos Souza; Pereira, Silva & Souza; 
A.Silva, B.Pereira&Souza Livros Técnicos; Antonio Silva & Cia; etc. 
- A sociedade em nome coletivo só pode ser constituída por pessoa física, não 
sendo admitida a participação de outras sociedades. 
- Sociedade em Comandita Simples: só pode compor nome empresarial por 
meio de firma, constando nome civil de sócios comanditados. Os sócios 
comanditários não podem ter seus nomes na firmação do nome empresarial, 
pois não tem responsabilidade ilimitada pelas obrigações da sociedade. É 
obrigatório o uso a expressão “& Cia “ para fazer referencia aos sócios dessa 
categoria. 
- Sociedade Limitada: está autorizada a funcionar sob firma ou denominação. 
- Sociedade Anônima: só pode adotar denominação na qual deve constar 
referência ao objeto social. 
- Situações em que a alteração do nome empresarial se torna obrigatória: 
saída, retirada ou morte de sócio cujo nome civil constava na firma social; 
alteração da categoria de sócio, quanto à responsabilidade pelas obrigações 
sociais, se o nome civil dele integrava o nome empresarial; alienação do 
estabelecimento por ato entre vivos; e se alterar o tipo de sociedade (exemplo, 
de Ltda para anônima, ou vice e versa). 
- Marcas: destinam-se a individualizar os produtos ou serviços de uma 
empresa. Registro obtido pelo INPI (Instituto Nacional de Propriedade 
Industrial). 
- Exemplos de marcas: Coca Cola; Forno de Minas Pão de Queijo. 
- Natureza das marcas, quanto à origem: marca brasileira (regularmente 
depositada no Brasil, por pessoa domiciliada no país) e marca estrangeira 
(regularmente depositada no Brasil, por pessoa não domiciliada no país). 
- Natureza das marcas, quanto ao uso: marcas de produtos ou serviços 
(usadas para distinguí-los de outros idênticos, semelhantes ou afins, de origens 
diversas, como Lazag – Roupas, Embratur – Turismo); marcas coletivas 
(usadas para identificar produtos ou serviços provindos de membros de uma 
determinada entidade) e marcas de certificação (se destinam a atestar a 
conformidade de um produto ou serviço com determinadas normas ou 
especificações técnicas, notadamente quanto à qualidade, natureza, ao material 
utilizado e à tecnologia empregada. 
- Natureza das marcas, quanto a apresentação: marca nominativa 
(constituída por uma ou mais palavras); marca figurativa (constituída por 
desenho, imagem, figura ou qualquer forma estilizada de letra e número), marca 
mista (constituída pela combinação de letras e figuras); e marca tridimensional 
(constituída de forma plástica de produto ou de embalagem, cuja forma tenha 
capacidade distintiva entre si mesma e esteja dissociada de qualquer efeito 
técnico). 
- O prazo de validade do registro de marca é de 10 anos, contados a partir da 
data de concessão. Esse prazo é prorrogável, a pedido do titular, por pedidos 
iguais e sucessivos. Se não for prorrogado, o registro será extinto e a marca 
estará disponível. 
 
Aula 4 – Formação da Sociedade Empresarial 
- As pessoas jurídicas são divididas em dois grupos: Pessoas jurídicas de 
direito público (como a União, Estados, Municípios, Distrito Federal, 
Territórios) e Pessoas jurídicas de direito privado (todas as demais, como 
bancos comerciais, sociedades empresariais, universidades provadas, etc). 
- Estatais: Pessoas jurídicas de direito privado, cujo capital é formado, 
totalmente ou majoritariamente, por recursos provenientes do poder público, 
que engloba a sociedade de economia mista, da qual particulares também 
participam, porem minoritariamente. Exemplo: Banco do Brasil, Petrobrás. 
- Fundações e associações: Podem ser pessoas jurídicas de direito privado não-
estatais (como FGV, Fundação Roberto Marinho, etc) ou pessoas jurídicas de 
direito público quando estatais (como Fundação Oswaldo Cruz, Fundação 
Universidade Regional de Blumenau). 
- Sociedades rurais sem registro na Junta Comercial: sociedades não 
empresariais com escopo lucrativo. 
- O que caracteriza a pessoa jurídica de direito privado não estatal como 
sociedade simples ou empresária é o modo de explorar seu objeto. O objeto 
social explorado sem empresarialidade (sem organizar profissionalmente os 
fatores de produção) faz a sua classificação como simples, enquanto a 
exploração empresarial do objeto social caracteriza a sociedade como 
empresária. 
- Exemplos de sociedades simples: Legião da Boa Vontade, Consórcio 
Intermunicipal Lagos de São João, clubes sociais, Santas Casas. 
- Sociedade empresária: nasce em decorrência do contrato social ou estatuto, 
que surge quando devidamente registrada na Junta Comercial. 
- Pessoa jurídica não se confunde com as pessoas que compõem a sociedade. 
Ela tem personalidade jurídica distinta da de seus sócios. 
- Conseqüências da aquisição da personalidade jurídica: a sociedade é 
capaz de direitos e obrigações (pode contratar e se obrigar); tem 
individualidade (não se confunde com a pessoa dos sócios que a constituem); 
tem patrimônio próprio que responde ilimitadamente por seu passivo; e pode 
modificar sua estrutura jurídica (adotando outro tipo de sociedade ou sua 
estrutura econômica (pela retirada, substituição ou ingresso dos sócios). 
- Tipos de Sociedades Empresariais: Sociedade em Nome Coletivo (N/C); 
Sociedade em Comandita Simples (C/S); Sociedade em Comandita por Ações 
(C/A); Sociedade em Conta de Participação (C/P); Sociedade Limitada (LTDA) 
e Sociedade Anônima ou Companhia (S/A) 
- Formas de classificação das sociedades empresariais: Quanto à 
responsabilidade dos sócios pelas obrigações sociais; quanto ao regime de 
constituição e dissolução; e quanto às condições para alienação da participação 
societária. 
- Classificação das sociedades quanto à responsabilidade dos sócios pelas 
obrigações sociais: Sociedade Ilimitada; Sociedade Mista; e Sociedade 
Limitada. 
- Sociedade Ilimitada: todos os sócios respondem ilimitadamente pelas 
obrigações sociais. É o caso da Sociedade em Nome Coletivo (S/C). 
- Sociedade Mista: uma parte dos sócios tem responsabilidade ilimitada e outra 
parte dos sócios tem responsabilidade limitada. São dessa categoria as 
Sociedades em Comandita Simples (C/S) (sócio comanditado responde 
ilimitadamente e sócio comanditário responde limitadamente), e Sociedade em 
Comandita por Ações (C/A) (sócios diretores tem responsabilidade ilimitada e 
demais acionistas respondem limitadamente). 
- Sociedade Limitada: todos os sócios respondem de forma limitada pelas 
obrigações sociais. É o caso das Sociedades Limitadas (Ltda) e Anônima (S/A). 
- Classificação das sociedades quanto ao regime de constituição e 
dissolução: Sociedades Contratuais e Sociedades Institucionais 
- Sociedades Contratuais: ato regulamentar é o contrato social. Para 
dissolução, não basta a vontade majoritária dos sócios. São sociedades 
contratuais: Sociedade em Nome Coletivo (N/C), Sociedade em Comandita 
Simples (C/S) e Sociedade Limitada (Ltda). 
- Sociedades Institucionais: ato regulamentar é o estatuto social. Podem ser 
dissolvidas por vontade da maioria societária. São sociedades institucionais: 
Sociedade Anônima (S/A) e Sociedade em Comandita por Ações (C/A)- Classificação das sociedades quanto às condições de alienação da 
participação societária: Em algumas sociedades os atributos individuais do 
sócio interferem com a realização do objeto social. Se classificam em 
Sociedades de pessoas e sociedades de capital. 
- Sociedades de pessoas: sócios têm direito de vetar o ingresso de estranho no 
quadro associativo. Se enquadram as Sociedades em Nome Coletivo (N/C) e 
Sociedade em Comandita Simples (C/S) 
- Sociedades de capital: vigora o princípio da livre circulabilidade da 
participação societária. Se enquadram as Sociedades Anônimas (S/A) e 
Sociedades em Comandita por Ações (C/A) 
- Na Sociedade Limitada (Ltda) o contrato social definirá a existência ou não e 
a extensão do direito de veto ao ingresso de novos sócios. 
- As sociedades institucionais são sempre de capital, enquanto as contratuais 
podem ser de capital ou de pessoas. A sociedade limitada tem natureza de 
sociedade de pessoas, a menos que o contrato social lhe confira natureza de 
sociedade de capital. 
- Se a empresa tiver com o capital da sociedade integralizado, no caso de 
penhora de bens, os bens dos sócios não podem ser penhorados. 
- Se o capital da empresa ainda não estiver totalmente integralizado, os sócios 
respondem solidariamente até o valor que falta para integralizar o capital. 
 
Aula 5 – Sociedades Contratuais – Sociedade Limitada 
- Sociedades constituídas por Contrato Social: Sociedade em nome coletivo, 
em comandita simples e limitada. 
- Dissolução da sociedade: podem ocorrer em decorrência da vontade dos 
sócios ou por decisão judicial. 
- Para ter validade, o contrato social deve se formada por agentes capazes 
(menores podem fazer parte, desde que devidamente representado ou assistido e 
não tenha poderes de administração e que o capital esteja totalmente 
integralizado), deve ser uma atividade lícita. Todos os sócios devem contribuir 
para a formação do capital social e todos participarão dos resultados, positivos 
ou negativos. Não é permitido indenizar um dos sócios em caso de falência, 
porque seria equivalente à exclusão daquele sócio das perdas sociais. 
- Cláusulas contratuais obrigatórias: tipo de sociedade; atividade a ser 
explorada; capital da sociedade e prazo de integralização e cotas pertencentes a 
cada sócio; qualificação dos sócios; nomeação do administrador; nome 
empresarial; sede e foro; e prazo de duração (determinado ou indeterminado). 
- As decisões que tenham que ser tomadas por meio de voto, o que decide é a 
quantidade de cotas e não o numero de votos. O numero de votos só é 
importante quando há empates entre a mesa quantidade de cotas, aí vence a 
opção que tem maior numero de pessoas. 
- Sociedade em Nome Coletivo: todos os sócios respondem ilimitadamente 
pelas obrigações sociais. Qualquer um dos sócios pode ser nomeado 
administrador e ter seu nome aproveitado na composição do nome empresarial. 
- Sociedade em Comandita Simples: sócio comanditado responde 
ilimitadamente e sócio comanditário responde limitadamente). 
- Sociedade em Conta de Participação: quando duas ou mais pessoas se 
associam para um empreendimento comum, ficando um ou mais sócios em 
posição de evidencia e outro ou outros sócios em posição oculta. 
- Sociedade Limitada: todos os sócios respondem de forma limitada pelas 
obrigações sociais. A designação LIMITADA deve constar de forma expressa 
no contrato social, senão a responsabilidade dos sócios passa a ser ilimitada. 
- Sociedade Limitada: garante aos seus sócios a limitação da responsabilidade, 
separando o patrimônio da sociedade do patrimônio dos sócios (cada sócio só 
responde pela parcela do capital que integralizar, como ocorre na Sociedade 
Anônima – se o capital não estiver totalmente integralizado, os sócios assumem 
a responsabilidade solidária entre si pelo montante que faltar para a 
complementação do capital). 
- Sociedade em Nome Coletivo: só podem ser formadas por pessoas físicas. 
- No caso do sócio de uma empresa Limitada não recolher os tributos de acordo 
com a legislação, se fez por engano e não teve a intenção de sonegar, a 
sociedade deve arcar com a quitação da dívida, mas se for comprovado que ele 
agiu de má fé, ele deve assumir a dívida sozinho. 
 
Aula 6 – Sociedade por Ações 
- Sociedade Anônima: Regida pela Lei 6404/76 
- Objetivo fundamental das Sociedades Anônimas: Tendência à produção 
em grande escala. 
- Fator mais importante para as Sociedades Anônimas: mercado de ações, 
considerado uma forma de captar recursos para a empresa 
- Sociedade Anônima: Capital se divide em ações, obrigando-se cada sócio ou 
acionista somente pelo preço de emissão das ações que adquirir. 
- Sociedade Anônima: independente do seu objeto social, será sempre 
considerada uma sociedade empresarial, em nenhuma hipótese pode ser 
constituída como Sociedade Anônima uma sociedade não empresarial (sem fins 
lucrativos). 
- Empresas constituídas sob a modalidade de sociedade anônima: 
Companhia Aberta (disponibiliza suas ações para negociação no mercado 
através da Bolsa de Valores) ou Companhia Fechada (ações pertencem somente 
aos acionistas constantes no estatuto social e não são negociadas no mercado de 
ações). 
- Na Sociedade Anônima, a avaliação de bens para integralização do capital 
deve ser feita por três peritos ou por empresa especializada, e após a 
apresentação do laudo deve ser aprovado por assembléia. 
- Direitos dos Acionistas, que não poderão ser privados, nem pelo estatuto nem 
pela assembléia geral: participar dos lucros sociais; participar do acervo da 
Companhia, em caso de liquidação; fiscalizar a gestão dos negócios sociais; ter 
preferência para subscrição de ações, e retirar-se da sociedade nos casos 
previstos em Lei. 
- Sociedade em Comandita por Ações: Tem o capital dividido por ações, e 
rege-se pelas normas da Sociedade Anônima. Somente o acionista tem 
qualidade para administrar a sociedade, e como diretor, responde 
ilimitadamente pelas obrigações sociais. Os diretores são nomeados na 
constituição da sociedade (no estatuto) e somente poderão ser destituídos por 
deliberação dos acionistas que representem no mínimo dois terços do capital 
social. Após a sua saída, o diretor continua responsável pelo prazo de dois anos 
pelas obrigações sociais contraídas sob sua administração. 
- Tipos de ações: Preferenciais (dão preferência aos acionistas no pagamento 
dos dividendos e também em caso de liquidação da empresa em relação as 
ações ordinárias – em caso de falência, os possuidores de ações preferenciais 
tem maiores chances de recuperar parte de seus investimentos do que os 
possuidores de ações ordinárias) ou Ordinárias (dão direito de voto ao acionista, 
o que não ocorre nas ações preferenciais. O possuidor de ação ordinária não são 
responsáveis pelas dívidas da empresa) 
 
Aula 7 – Títulos de Crédito 
- Atributos dos títulos de crédito: Negociabilidade (o credor, portador de um 
título de crédito, pode negociá-lo antes do vencimento da obrigação, 
oferecendo-o como garantia em empréstimo bancário, ou pagar seus próprios 
credores com o título, endossando-o) e Executividade (possibilitam a execução 
imediata do valor devido) 
- Características do título de crédito: Cartularidade (Só é credor do título de 
crédito quem detiver a posse do original); Literalidade (o que não se encontra 
expressamente consignado no título de crédito não produz consequências 
jurídico-cambiais); e Autonomia (obrigações representadas por um mesmo 
título de credito são independentes entre si). 
- Classificação dos títulos de crédito: quanto ao modelo; quanto à estrutura; 
quanto às hipóteses de emissão; quanto à circulação; e quanto ao conteúdo. 
- Classificação dos títulos de crédito quanto ao modelo: modelolivre (não 
precisam observar um padrão estabelecido – exemplo, Letras de Cambio e Nota 
Promissória) ou modelo vinculado (Exemplo, o cheque, que somente será 
vinculado se lançado no formulário próprio fornecido, por talão, pelo próprio 
banco sacado). 
- Classificação dos títulos de crédito quanto à estrutura: Ordem de 
pagamento (o saque cambial origina três situações jurídicas distintas – a quem 
dá a ordem, a do destinatário da ordem e a do beneficiário da ordem, como 
exemplo, Letra de Cambio, Cheque e Duplicata Mercantil) ou promessa de 
pagamento (apenas duas situações jurídicas decorrem do saque cambial – a de 
quem promete pagar e a do beneficiário da promessa, exemplo a nota 
Promissória). 
- Classificação dos títulos de crédito quanto às hipóteses de emissão: 
Causais (só podem ser emitidos se ocorrer o fato que a le elegeu como causa 
possível para sua emissão – exemplo: Duplicata Mercantil, que somente pode 
ser emitida para representar a obrigação decorrente da compra e venda 
mercantil) ou não causais (são produzidos sem que a sua motivação não tenha 
previsão na lei – exemplo: Letra de Cambio, cheque e Nota Promissória). 
- Classificação dos títulos de crédito quanto à circulação: Ao portador (não 
identificam seu credor) ou nominativos (seu credor é identificado). 
- Classificação dos títulos quanto ao conteúdo: Propriamente ditos (dão 
direito à prestação de coisas que se gasta, como dinheiro, mercadorias); 
Destinados à aquisição de direitos reais sobre coisas determinadas (Exemplo: 
Warrant, Conhecimento de Frete); Títulos que atribuem a qualidade de sócio 
(Exemplo, ações da Sociedade Anônima, que permitem ao titular praticar certos 
atos ou exercer determinadas funções); ou Impropriamente ditos (conferem ao 
titular o direito de reclamar certos serviços – exemplo: bilhetes de passagem, 
entradas para teatro e cinemas). 
- Efeitos do saque de um título de crédito: Aceite (sacado concorda ema 
colher a ordem de pagamento incorporada pelo título de crédito, por ser ato de 
sua livre vontade); o Endosso (opera a transferência do crédito representado por 
título à ordem. Resulta da simples assinatura do credor do título no seu verso, 
podendo ser feita sobre a expressão “Pague-se a Fulano” ou simplesmente 
“Pague-se”) e o Aval (garantia de pagamento firmada por terceiro, em favor do 
devedor principal) 
- A nota promissória é o único título de crédito que não é ordem de pagamento 
e sim, promessa incondicional de pagamento, e não comporta aceite. 
 
Aula 8 – Espécies de título de crédito: Letra de Câmbio e Nota Promissória 
- Nota Promissória: uma promessa de pagamento que uma pessoa faz em 
favor de outra. São títulos formais de crédito. 
- Letra de Câmbio: título de crédito mais completo. 
- Mecanismo da Letra de Câmbio: sacador emite a Letra de Câmbio, 
entregando-a ao tomador (credor) para que este receba do sacado (devedor). 
- Letra de Câmbio: é o saque de uma pessoa contra outra, em favor de 
terceiro. É uma ordem de pagamento à vista ou a prazo. Quando for a prazo, o 
sacador deve aceitá-la, firmando nela sua assinatura de reconhecimento (o 
aceite). 
- Aceite: assinatura dada na letra de câmbio à prazo, no momento de sua 
aceitação. 
- Se o sacado, ao receber a Letra de Câmbio para o aceite, não a devolver, 
retendo-a indevidamente, está sujeito à prisão administrativa. Basta requerer ao 
juiz. 
- Uma das características dos títulos de crédito: circulabilidade (pode ser 
transmitido a outro, o qual passará a ser o credor do título). 
- Transferência da Letra de Cambio para terceiro: se faz pelo endosso. 
- Endossante: Quem transmite o título por meio de endosso. 
- Endossatário: quem recebe o título endossado. 
- Se o sacador inserir a expressão “não à ordem”, a letra não poderá circular por 
meio de endosso. 
- Não há limite para o numero de endossos. Quando o proprietário do título o 
endossa, torna-se coobrigado solidário no pagamento. 
- O pagamento do título deve ser efetuado pelo devedor no dia do vencimento. 
- Pagamento do título: pode ser à vista (no ato de sua apresentação) ou em dia 
certo (no dia do vencimento indicado no título, a tempo certo da vista (há tantos 
dias a partir da data do aceite) ou a tempo certo da data (tantos dias contados da 
data da emissão do título)). 
- Resgate da Letra de Câmbio: feito através do pagamento, e para que ocorra, 
é indispensável a sua apresentação (porque o título é circular e o devedor não 
tem como saber quem é o último portador da cambial). 
- Se o título não for pago no seu vencimento, poderá ser efetuado o protesto e a 
cobrança judicial do crédito (ação cambial), mas é necessário que o credor 
esteja representado por advogado. 
- Requisitos essenciais (obrigatoriedades) da Letra de Câmbio: a palavra 
“letra” escrita no título; ordem de pagar uma quantia em dinheiro; nome do 
sacado (aquele que deve pagar); a época do pagamento; indicação do lugar 
onde se deve efetuar o pagamento; nome da pessoa a quem (ou `ordem de 
quem) deve ser paga; e a assinatura de quem passa a letra (o sacador). 
- Processo de protesto da Letra de Câmbio: o tabelião intimará o sacado a 
aceitar a Letra. Se ele comparecer ao Cartório, o tabelião o identificará e ele 
assinará e datará no campo “aceito” e a Letra vencerá dois dias após. Só após 
esse prazo poderá ser protestada por falta de pagamento. Se o sacado não 
comparecer para aceitar, o tabelião lavra o protesto. 
- Nota Promissória: título pelo qual alguém se compromete a pagar a outrem 
determinada quantia em dinheiro, em um certo prazo. Como é emitida pelo 
próprio devedor, ela passa a ser um título de crédito desde a sua emissão. 
- Características da Nota Promissória: são as mesmas da Letra de Cambio – 
ambas são Título de Crédito. 
- Nota Promissória: Título cambial, de natureza eminentemente comercial. 
- Diferenças entre a Nota Promissória e a Letra de Câmbio: a Nota 
Promissória contem uma promessa em lugar de uma ordem. Envolve duas 
partes – emitente e beneficiário – em lugar das três figuras intervenientes da 
Letra de Câmbio: sacador, sacado e tomador. Na Nota Promissória o crédito é 
estabelecido por ocasião da emissão, o que não ocorre na Letra de Câmbio, cujo 
crédito preexiste à criação do título. 
- Requisitos essenciais (obrigatórios) da Nota Promissória: denominação 
“Nota Promissória” no texto do título; a soma em dinheiro a pagar; o nome da 
pessoa a quem deve ser paga; a assinatura do emitente ou de mandatário 
especial; a época do pagamento; a indicação do lugar em que se deve efetuar o 
pagamento; e a indicação da data e do lugar onde a nota promissória é passada. 
- Caso tenha divergência nos valores, será considerado o que estiver lançado 
por extenso. 
- A Nota Promissória que não indicar a data do pagamento será considerada 
pagável a vista. 
- A Nota Promissória não pode ser emitida ao portador. 
- Vencimento da Nota Promissória: pode ser a vista (quando a data não é 
indicada no título deve ser paga contra apresentação); a dia certo (quando traz 
fixado o dia de pagamento) ou a tempo certo da data (a promissória vencerá a 
tantos dias, ou meses, a contar da data da emissão). 
- Prescrição da Nota Promissória: Três anos do credor contra o emitente e 
respectivo avalista e um ano do portador contra o endossante. 
 
Aula 9 – Espécie de Títulos de Crédito: Duplicata e Cheque 
- Fatura: relação de mercadorias vendidas, discriminadas por sua natureza, 
quantidade e valor. 
- Venda a prazo: venda cujo pagamento é parcelado em período não inferior a 
30 dias ou cujo preço deve ser pago integralmente em 30 dias ou mais, sempre 
contados a partir da data de entrega ou despacho da mercadoria. 
- Duplicata: título de crédito causal, pois está sempre vinculada a uma causa 
que é um negóciocomercial. 
- Registro de Duplicatas: em livro próprio, cada duplicata emitida não pode 
corresponder a mais de uma fatura. Cada Duplicata Mercantil tem um número 
de ordem, que não coincide, necessariamente, com o número de ordem da 
fatura ou NF-fatura. Se não coincidirem, o número de ordem da Duplicata 
deverá ser sempre inferior ao da fatura ou NF-fatura. 
- A Duplicata pode ser transferida por endosso, e é cabível nela a garantia do 
aval. 
- Requisitos essenciais (obrigatórios) da Duplicata: a denominação 
“Duplicata”, a data de sua emissão e o número de ordem; o número da fatura ou 
NF fatura da qual foi extraída; a data certa do vencimento ou declaração de ser 
duplicata a vista; nome e domicílio do vendedor (sacador) e do comprador 
(sacado), sendo o comprador também identificado pelo RG, CPF, Título de 
Eleitor ou CTPS; a importância a pagar em algarismos e por extenso; a cláusula 
“a ordem”, sendo que não se admite a emissão de Duplicata Mercantil com 
cláusula “não a ordem”, a qual somente poderá ser inserida no título por 
endosso; e a declaração de reconhecimento de sua exatidão e da obrigação de 
pagá-la, devendo ser assinada pelo comprador como aceite cambial. 
- Motivos pelo qual o comprador pode recusar em dar o aceite na 
Duplicata: caso haja avaria ou não recebimento das mercadorias; caso haja 
defeitos e diferenças na qualidade ou quantidade das mercadorias; e caso haja 
divergência nos prazos ou preços ajustados. 
-Protesto da Duplicata: pode ser feito no caso de falta de aceite, falta de sua 
devolução pelo comprador quando tiver sido enviada para aceite; ou por falta 
de pagamento. 
- Extravio de Duplicata: o vendedor pode extrair uma Triplicata (cópia da 
Duplicata) que terá os mesmos efeitos, requisitos e formalidades. 
- Cheque: ordem de pagamento à vista, dada a um banco ou instituição 
assemelhada, por alguém que tenha fundos disponíveis no mesmo, em favor 
próprio ou de terceiros. 
- Cheque: Título de crédito mais utilizado, pela agilidade de seu mecanismo de 
funcionamento e pelo acesso facilitado a sua utilização. Dá segurança e facilita 
a circulação de valores. 
- Exigências formais para emissão do cheque: emitente deve ter fundos 
disponíveis em poder do sacado; estar autorizado a emitir cheque sobre os 
fundos; e deve ser emitido contra um banco. 
- Duas circunstancias em que a lei realmente autoriza a emissão de cheque: 
quando o emitente dos cheques deposita, antes de emiti-los, os fundos na conta 
de onde será feito o saque; e quando o banco, mediante um acordo prévio, dá ao 
cliente um limite dentro do qual este pode emitir cheques. 
- Pagamento: é a execução voluntária da obrigação. Equivale a concretização, 
ao cumprimento da obrigação assumida quando da realização da troca do bem 
presente pelo bem futuro que deu origem, no caso, ao cheque. 
- Espécies de Cheques: Cheque ao Portador (aquele que não está nominal a 
ninguém, o credor é aquele que estiver portando o título) ou Cheque Nominal 
(aquele que está em nome de alguém, o credor é o nome descrito a quem deve 
se pagar o título) 
 
Aula 10 – Protesto de Título de crédito e ação cambial 
- Protesto: ato formal e solene pelo qual se prova a inadimplência, o 
descumprimento de obrigação originada em títulos e outros documentos de 
dívida (exemplo, confissão de dívida). 
- Protocolização: Todos os documentos apresentados serão protocolados 
dentro de 24 horas. 
- Intimação: enviada ao devedor, com comprovação de entrega. 
- Pagamento: será feito diretamente no tabelionato, no valor igual ao declarado 
pelo apresentante acrescido de emolumentos e demais despesas, no prazo legal. 
- Caso não ocorra o pagamento, o tabelião lavrará e registrará o protesto, sendo 
o respectivo instrumento entregue ao apresentante. 
- Motivos de requerimento do protesto: por falta de pagamento; por falta de 
aceite; ou por falta de devolução. 
- O protesto por falta de aceite somente poderá ser efetuado antes do 
vencimento da obrigação e após o decurso do prazo legal para o aceite ou a 
devolução. Após o vencimento, o protesto sempre será efetuado por falta de 
pagamento. 
- O cancelamento do registro do protesto será solicitado diretamente no 
tabelionato de protesto de títulos, por qualquer interessado, mediante 
apresentação do documento protestado, cuja cópia ficará arquivada. 
- Efeitos jurídicos do protesto: Torna público o título; atesta a inexecução da 
obrigação cambial; obsta a mora do credor e comprova que diligenciou a 
cobrança do título; prova a impontualidade; constitui o devedor em mora; serve 
como critério para a fixação do termo legal da falência. 
- O prazo de prescrição da letra de câmbio é de três anos, durante este prazo 
pode-se ter o ressarcimento sem necessidade de provar nada. Depois desse 
tempo, cabe a ação cambial, e comprovação de todo o processo de 
conhecimento do qual se originou a letra de câmbio, se é legítima ou não, etc... 
 
Aula 11 – Contratos Mercantis 
- Regimes jurídicos em que se sujeitam os contratos empresariais: 
administrativo, do trabalho, do consumidor e cível. 
- Quando o empresário contrata com o Poder Público ou concessionária de 
serviço público, o contrato é Administrativo. Exemplo: se o fabricante de 
móveis vence licitação da prefeitura para substituir o mobiliário da repartição , 
o contrato que vier a assinar será administrativo. 
- Quando o outro contratante é empregado, de acordo com a CLT, o contrato é 
de trabalho. 
- Se o consumidor (ou empresário em situação de consumidor), a relação 
contratual está sujeita ao Código de Defesa do Consumidor. 
- Nas demais hipóteses, o contrato é civil e estará regido pelo Código Civil ou 
legislação especial. 
- Contratos Mercantis: quando os dois contratantes são empresários. 
- Contratos Cíveis: quando os empresários são iguais, sob o ponto de vista 
econômico (ambos podem contratar um advogado antes de assinarem o 
contrato, de forma que, ao fazê-lo, estejam plenamente informados sobre os 
direitos e obrigações contratados. 
- Contrato regido pelo Código de Defesa do Consumidor: quando os 
empresários são desiguais (um deles está em situação de vulnerabilidade 
econômica frente ao outro). 
- Empresa que fornece almoço para equipe de limpeza que presta serviço 
na prefeitura: contrato cível. 
- Pessoa que contratou por dois meses 10 trabalhadores para colher a safra 
de milho daquele ano: contrato de trabalho. 
- Empresa que fornece refeições do restaurante de um hospital estadual: 
contrato administrativo. 
- Princípios que regem a constituição do vínculo contratual: Princípio do 
consensualismo e princípio da relatividade das convenções. 
- Princípio do Consensualismo: contrato é consenso, encontro de vontades. 
- Princípio da Relatividade: os efeitos do contrato se circunscrevem apenas às 
partes que nele se obrigaram. 
- Se o contrato nasceu por um encontro de vontades, ele só poderá ser desfeito 
pela vontade de todos os envolvidos. 
- Clausulas implícitas de um contrato: irretratabilidade (não pode ser desfeito 
por simples vontade de uma das partes) e intangibilidade (é impossível a 
alteração unilateral das condições, prazos, valores e demais clausulas 
contratadas). 
- O contrato é um negócio temporário: surge, se desenvolve e se extingue. 
- Extinção do contrato: Ocorre naturalmente pelo cumprimento das 
obrigações dele nascidas. 
- Anulação do contrato: pode ser feita por causas anteriores ou na mesma 
época da conclusão do contrato (exemplo, a locação de um carro em favor de 
um louco). 
- Dissolução do contrato: pode ser feita por causas posteriores ao contrato 
(exemplo, execução da meta contratual). 
- Se uma editora tem um contrato de edição com determinada empresa para 
anunciar seus produtos, e essa empresase desfez, a extinção desse contrato 
pode ser classificada como uma dissolução de contrato (houve uma rescisão de 
contrato unilateral, e pode-se até pensar em uma forma de indenização da 
empresa em favor da editora, já que a empresa se desfez durante a vigência do 
contrato). 
- Se uma empresa compra um imóvel, paga uma entrada e se compromete a 
pagar mais 12 parcelas para quitar o valor, e após o pagamento do sinal um 
outro vendedor oferece outro imóvel por um preço menor e mais facilidade para 
pagamento, a empresa não pode deixar de cumprir as obrigações com o 
primeiro vendedor, pois existe um contrato assinado, e as cláusulas do contrato 
são leis entre as partes e devem ser cumpridas. 
 
Aula 12 – Contratos Mercantis – Compra e venda mercantil e contratos 
intelectuais 
- Comércio: sucessão de contratos de compra e venda. 
- Fluxo do comércio: Importador compra o produto do fabricante sediado no 
exterior ou não, e o revende para o atacadista, que o revende para o varejista e 
assim por diante. 
- Contrato mercantil: na maioria das vezes, é contrato cível, sujeito às normas 
do Código Civil e legislação especial. 
- Compra e venda mercantil: é contrato consensual, isto é, depende do 
consenso entre as partes, é feito do encontro das vontades do comprador e 
vendedor. 
- Contrato mercantil, em relação ao preço: registra-se que deve ser pago em 
dinheiro, caso contrário, será um contrato de troca e não de compra e venda. 
Deve ser previsto o pagamento em moeda corrente nacional, já que o Direito 
Brasileiro só admite o pagamento de uma compra e venda em moeda 
estrangeira quando se trata de importação ou exportação. 
- Vendas a contento: A execução do contrato pode estar subordinada ao 
implemento de uma condição. Exemplo, condicionar a venda à aprovação do 
comprador quanto à qualidade do bem. 
- Compra e venda, em relação à execução: pode ser imediata (as partes 
devem cumprir as obrigações assumidas logo após a conclusão do contrato), 
diferida (comprador e vendedor estabelecem uma data futura para o 
cumprimento das respectivas obrigações) ou continuada (têm-se as chamadas 
“vendas complexas”, onde a execução do contratado se desdobra em diversos 
atos, como, por exemplo, no contrato de fornecimento ou de assinatura). 
- Responsabilidades das partes no contrato de compra e venda mercantil: o 
comprador tem a obrigação de pagar o preço e o vendedor, de entregar o 
produto no prazo. Se o comprador não cumpre sua parte no contrato, responde 
pelo valor devido além das perdas e danos ou da pena compensatória e demais 
encargos assumidos. Se o vendedor não cumpre o seu dever, o comprador 
somente terá o direito de indenização por perdas e danos. 
- Responsabilidade do transporte no contrato de compra e venda 
mercantil: em princípio, cabe ao vendedor providenciar a entrega do produto 
no estabelecimento do comprador, contratando os serviços de transporte por sua 
conta e risco. 
- Se uma empresa que revende roupas compra produtos de uma empresa 
Argentina e saca uma letra de câmbio no valor da compra, o vendedor pode 
receber a letra de câmbio como forma de pagamento, pois a letra de câmbio é 
um título de crédito que aperfeiçoa o contrato de compra e venda mercantil. 
- No caso anterior, se a empresa Argentina não entregar os produtos comprados, 
a empresa compradora só poderá ter direito à indenização por perdas e danos. 
- Contratos intelectuais: agrupamento de contratos do interesse de 
empresários, relacionados com o chamado direitos intelectuais, isto é, com a 
propriedade industrial (como cessão de patentes, cessão de registro industrial, 
licença de uso de patente de invenção, licença de uso de marca e transferência 
de tecnologia) ou com o direito autoral (comercialização da marca). 
- Registro dos contratos intelectuais: é feito no INPI (Instituto Nacional da 
Propriedade Industrial). 
- Cessão de direito industrial: pode ter por objeto uma patente (invenção ou 
modelo de utilidade) ou um registro industrial (desenho industrial ou marca). 
No caso da patente, o titular da patente transfere total ou parcialmente ao outro 
contratante os direitos relacionados na respectiva patente. Na cessão de registro 
industrial, o proprietário de registro de desenho industrial ou de marca transfere 
ao outro contratante total ou parcialmente os direitos, por ele titularizados, de 
exploração econômica com exclusividade daqueles bens. 
- Se alguém saber da existência de um produto exclusivo que provavelmente 
deve ser patenteado e desejar fornecê-lo para o mercado de sua região, para 
conseguir comercializar o produto, o titular da patente deve transferir total ou 
parcialmente a esse alguém is direitos relacionados na respectiva patente. Se o 
produto ou a invenção não apresentar o desempenho prometido, o titular da 
patente pode responder por perdas e danos. 
 
Aula 13 – Contratos Bancários 
- Contratos bancários: grupos de contratos em que uma das partes é um banco 
ou uma instituição financeira. A função econômica do contrato deve estar 
relacionada ao exercício da atividade bancária deve configura ato de coleta, 
intermediação ou aplicação de recursos financeiros próprios ou de terceiros). 
- Contrato bancário: é aquele que só pode ser praticado com um banco, e que 
configurariam infração à lei caso fossem praticados por pessoa física ou 
jurídica não autorizada a funcionar como instituição financeira. 
- Crédito: matéria-prima do banco e produto por ele oferecido ao mercado. 
- Atividade bancária: para ser exercida, deve ser autorizada pelo Bacen. 
- Funções do Bacen: emitir moeda, executar os serviços do meio circulante, 
controlar o capital estrangeiro e realizar as operações de redesconto e 
empréstimos a instituições financeiras. Para os estrangeiros, a autorização é 
dada por Decreto do Presidente da República. 
- Instituições financeiras: adotam sempre a forma de S/A e se submetem à 
regras específicas do Banco Central. 
- Divisão das Operações bancárias, de acordo com a doutrina: Típicas 
(relacionadas com o crédito) ou atípicas (prestações de serviços acessórios aos 
clientes, como a locação de cofres ou a custódia de valores). 
- Operações típicas: se subdividem em passivas (banco assume a posição de 
devedor da obrigação principal) e ativas (banco assume a posição de credor da 
obrigação principal). 
- Alguns dos tipos de contratos bancários: contrato de depósito bancário 
(abertura de uma conta), contrato de abertura de crédito (quando se obtém 
cheque especial), mandato ao banco (quando se autoriza débitos automáticos). 
- Regra do sigilo bancário: visa proteger o direito às intimidades dos que 
contratam com bancos. 
- Exceções da regra do sigilo bancário: no caso de investigações de crime em 
qualquer fase do inquérito ou processo judicial; por ordem do Poder Judiciário; 
por Ordem do Poder Legislativo, por requisição de autoridade fiscal, por 
requisição do Bacen ou CVM; e por requisição do Conselho Administrativo de 
Defesa Econômica. 
- Contratos bancários de operações passivas: contratos bancários onde o 
banco tem a função de captação de recursos de que necessita para o 
desenvolvimento de sua atividade, ele se torna devedor. 
- Principais contratos bancários de operações passivas: depósito bancário, a 
conta corrente bancária e a aplicação financeira. 
- Depósito Bancário: contrato bancário pelo qual o depositante entrega valores 
monetários a um banco, e este se obriga a restituí-los quando solicitados. É o 
mais banal contrato bancário. A entrega e a restituição dos recursos monetários 
são registradas em conta corrente e o cheque é um dos instrumentos de 
solicitação de restituição dos recursos depositados. 
- Depósito bancário: Contrato real (só se completa com a entrega do dinheiropara o banco). Se extingue pela falta de movimentação pelo prazo de 30 anos, 
prazo em que o banco deve recolher ao Tesouro Nacional os recursos existentes 
na conta do depositante. 
- Conta corrente: contrato em que o banco se obriga a receber valores 
entregues por correntistas ou por terceiros e proceder a pagamentos por ordem 
do mesmo correntista, utilizando-se desses recursos. É semelhante ao depósito 
bancário, já que o banco tem o dever de restituir os recursos mantidos em conta 
corrente quando o correntista solicitar. 
- Conta corrente: contrato consensual (pode ser celebrado sem que o 
correntista entregue, de início, qualquer dinheiro ao banco ficando a conta a ser 
dotada por recursos pagos por terceiros devedores daquele). 
- Aplicação financeira: contrato pelo qual o depositante autoriza o banco a 
empregar, em determinados mercados de capitais (ações, títulos da dívida 
pública e outros) o dinheiro mantido em conta de depósito. São os chamados 
fundos de investimentos. 
- Contratos bancários de operações ativas: contratos bancários em que o 
banco assume, quanto à obrigação principal, a posição de credor. Por meio 
deles, o banco concede crédito aos seus clientes com os recursos coletados 
junto a outros clientes. 
- Principais contratos bancários de operações ativas: mútuo bancário, 
abertura de crédito e crédito documentário. 
- Mútuo bancário: contrato pelo qual o banco empresta ao cliente certa quantia 
em dinheiro. 
- A partir da entrega do dinheiro ao mutuário, este assume as obrigações: 
restituir o valor emprestado com a correção prevista, pagar os juros, encargos e 
demais taxas constantes no contrato, e amortizar o valor emprestado nos prazos 
estabelecidos contratualmente. 
- Mútuo bancário: contrato unilateral (o banco não assume nenhuma 
obrigação perante o mutuário). 
- Abertura de crédito: contrato pelo qual o banco põe certa quantia de 
dinheiro à disposição do cliente, que pode ou não utilizar desses recursos. É o 
chamado “cheque especial”. 
- Crédito documentário: contrato definido pela obrigação assumida por um 
banco, perante o seu cliente, no sentido de proceder a pagamentos em favor de 
terceiros, contra a apresentação de documentos relacionados a negócio 
realizado por estes dois últimos. 
- Se o gerente de uma empresa precisa reformar seu estabelecimento e pede ao 
Banco do Brasil um empréstimo, essa relação bancária é do tipo mútuo 
bancário. É uma atividade bancária ativa onde o banco é o credor. 
- Contratos bancários impróprios: os principais doutrinadores divergem 
sobre a necessidade ou não da participação de uma instituição financeira 
devidamente autorizada a funcionar pelas autoridades monetárias. 
- Principais contratos bancários impróprios: alienação fiduciária em 
garantia, faturização, arrendamento mercantil e cartão de crédito. 
- Alienação fiduciária: negócio em que uma das partes, proprietária de um 
bem, aliena-o em confiança para a outra, a qual se obriga a devolver-lhe a 
propriedade do mesmo bem nas hipóteses previstas em contrato. 
- Faturização: contrato pelo qual uma instituição financeira se obrig a cobrar 
os devedores de um empresário, prestando a este os serviços de administração 
de crédito. 
- Arrendamento mercantil: locação caracterizada pela faculdade conferida ao 
locatário de, ao seu término, optar pela compra do bem locado. 
- Cartão de crédito: instituição financeira (emissora) se obriga perante a uma 
pessoa física ou jurídica (titular), a pagar o crédito concedido a esta por um 
terceiro empresário credenciado por aquela (fornecedor). 
- Cartão de crédito: contrato bancário, pois a emissora financia tanto o titular 
como o fornecedor. 
- Cartão de crédito: forma imediata de crédito, já que cedo ou tarde, a despesa 
terá de ser paga, em espécie ou em cheque. 
 
Aula 14 – Direito falimentar 
- Falência: ato de decretar o fim de alguma atividade, como de uma empresa, 
de uma sociedade, de um império, etc. 
- Falência técnica de uma empresa: quando o passivo (dívidas) é superior ao 
ativo (patrimônio) – quando a situação líquida é negativa. 
- Insolvência: quando a falência se dá com uma pessoa física. 
- Falência: procedimento judicial a que está sujeita a empresa mercantil 
devedora, que não paga obrigações líquidas na data de seu vencimento. 
Consiste na execução coletiva de seus bens. Tem por objetivo a venda forçada 
do patrimônio disponível, a verificação dos créditos, a liquidação do ativo e a 
solução do passivo. 
- Pontos principais da Lei 2024/1908 (do Direito Falimentar Brasileiro): 
impontualidade como característica da falência; conceituação de crimes 
falimentares; enumeração das obrigações cujo inadimplemente demonstrava a 
falência. 
- Diferenças entre a concordata e a recuperação judicial: a Concordata era 
um direito de todo empresário, independente de sua recuperação econômica ou 
não enquanto a recuperação judicial é um direito só dos empresários que 
possuem chance de recuperação econômica; a concordata só produzia efeitos 
em relação aos credores simples enquanto a recuperação judicial sujeita todos 
os credores, exceto os fiscais; na concordata o sacrifício imposto aos credores 
já era definido na lei e era um pedido feito por opção do devedor, enquanto que 
na recuperação judicial o sacrifício, se houver, deve ser limitado ao plano de 
recuperação, sem qualquer limitação legal, e deve ser aprovada por todas as 
classes de credores. 
- Princípios básicos da nova Lei de Falências (11101/2005): preservação da 
empresa (empresa deve ser preservada sempre que possível, pois gera riqueza 
econômica e cria emprego e renda, contribuindo para o crescimento e 
desenvolvimento social do país); separação dos conceitos de empresa e de 
empresário (a empresa é o conjunto de capital e trabalho para a produção de 
bens e serviços, e pode-se preservá-la, ainda que haja falência, desde que seja 
alienada a outro empresário ou sociedade que continue sua atividade em bases 
diferentes); recuperação das sociedades e empresários recuperáveis (sempre que 
possível, o Estado deve dar condições para que a empresa se recupere, 
estimulando assim a atividade empresarial); retirada do mercado de sociedades 
ou empresários não recuperáveis (caso haja problemas crônicos na atividade ou 
na administração da empresa de modo que inviabilize sua recuperação, o 
Estado deve promover, rápido e eficientemente, a sua retirada do mercado); e 
proteção aos trabalhadores (por terem como único e principal bem a sua força 
de trabalho, devem ser protegidos, ter preferência no recebimento de seus 
créditos na falência e na recuperação judicial e terem seus empregos 
preservados e novas oportunidades); redução do custo do crédito no Brasil 
(preservação das garantias e normas precisas sobre a ordem de classificação de 
créditos na falência); celeridade e eficiência dos processos judiciais (normais e 
procedimentos na falência e recuperação de empresas devem ser simples, 
reduzindo a burocracia); segurança jurídica (as normas relativas à falência e 
recuperação judicial devem ser claras e precisas); participação ativa dos 
credores (é desejável a participação dos credores no processo de falência); 
maximização do valor do ativo do falido (a lei deve estabelecer normas que 
assegure o máximo valor possível pelos ativos do falido, evitando a demora do 
processo e priorizando a venda da empresa em bloco, para evitar a perda dos 
bens intangíveis); e rigor na punição de crimes relacionados à falência e à 
recuperação judicial (é preciso punir os crimes falimentares, para evitar 
falências fraudulentas). 
- De acordo com a Lei 11101/05 a recuperação judicial poderá ser requerida 
pelo devedor que, no momento do pedido, exerça regularmente suas atividades 
há mais de dois anos.- De acordo com a Lei 11101/05, o plano de recuperação judicial deve conter: 
discriminação dos meios de recuperação a serem empregados e seu resumo; 
demonstração de sua viabilidade econômica; e laudo econômico financeiro e de 
avaliação de bens e ativos do devedor, subscrito por profissional habilitado ou 
empresa especializada. 
- Princípio básico do Direito Falimentar: os credores do devedor que não 
possui condições de saldar, na totalidade, todas suas obrigações, devem receber 
um tratamento igualitário, dando-se aos que integram uma mesma categoria 
iguais chances de efetivação de seus créditos. 
- Alterações que ocorreram na lei e que indicam que o pedido de falência 
perdeu, em parte, a característica de medida coersiva utilizável na 
cobrança de dívida: o pedido de falência só é cabível se o valor da dívida em 
atraso for superior ao mínimo estabelecido em lei (40 salários mínimos); a 
simples apresentação do plano de recuperação, no prazo de contestação, impede 
a decretação da falência com base na impontualidade injustificada; amplia-se o 
prazo para a contestação, de 24 horas para 10 dias; a venda dos bens do falido 
pode ser feita desde logo e a venda dos bens perecíveis, sujeitos à 
desvalorização ou de conservação arriscada ou dispendiosa, pode ser feita 
antecipadamente. 
- Ordem de preferência para venda dos bens do falido, prevista em lei: 
alienação da empresa, com venda de seu estabelecimento em bloco ou 
isoladamente; alienação em bloco dos bens que integram o estabelecimento; e 
alienação parcelada ou individual dos bens. 
- De acordo com a Lei 11101/05: o administrador judicial, tanto na falência 
quanto na recuperação judicial, deve fornecer com presteza todas as 
informações pedidas pelos credores interessados; a Pessoa Jurídica pode ser 
nomeada administrador; Durante o processo de falência, cabe ao administrador 
judicial, sob a fiscalização do juiz, examinar a escrituração do devedor; Dentre 
as atribuições do comitê de credores, no processo de recuperação judicial ou 
falência da empresa, está a de fiscalizar as atividades e examinar as contas do 
administrador judicial.

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