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Faculdade Global Curso Superior de Tecnologia em Processos Gerenciais a Distância Disciplina: Direito Empresarial Semestre 1º SEM Professor(a): Silvia Matos Data da Entrega: 03/05/2020 Estudante: Juliano Dias Tarefa Substitutiva S4 Direito Empresarial Nesta resenha iremos abordar os seguintes temas Direito Civil, o Novo Direito Empresarial, os Tipos de Empresas de acordo com o novo CCB/2002 e Direito de Empresa. Podemos afirmar que as antigas noções de comércio, atos de comércio, mercancia e comerciante foram automaticamente substituídas pelos conceitos de empresa e empresário, após a adoção do nosso Código Civil de 2002 da chamada Teoria da Empresa. O conceito de “EMPRESA” não foi diretamente definido pelo Código Civil de 2002, mas o mesmo estabeleceu o conceito de “EMPRESÁRIO”, trazendo em seu bojo a seguinte definição. Vejamos: “Art. 966 do CC – Considera-se empresário quem exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou a circulação de bens ou de serviços.” Há de convir que, logicamente, é a pessoa do Empresário quem exerce Empresa, e que, portanto, o conceito de Empresa está inserido dentro do conceito de Empresário trazido pelo Código. Assim, Empresa é uma atividade econômica organizada com a finalidade de fazer circular ou produzir bens ou serviços. Foi nesse sentido já decidiu o Superior Tribunal de Justiça. Apesar do conceito lógico trazido à tona, nem toda atividade econômica é empresa. Sabemos que o intuito da atividade empresarial é lucrativo, mas existem atividades econômicas, que mesmo com intuito de auferir lucro, não são empresariais, ou seja, existem pessoas ou sociedades que, em princípio, exercem uma atividade econômica, porém não empresarial. Como é o caso das sociedades simples, dos profissionais intelectuais e do exercente de atividade econômica rural. Vejamos: Profissional Intelectual é um agente econômico que não está submetido, inicialmente, ao regime jurídico empresarial, embora exerça atividade econômica de produção ou circulação de bens ou serviços. Art. 966, parágrafo único, do CC: “não se considera empresário quem exerce profissão intelectual, de natureza científica, literária ou artística, ainda com o concurso de auxiliares ou colaboradores, salvo se o exercício da profissão constituir elemento de empresa”. (BRASIL, 2002). Inicialmente, os profissionais intelectuais não são considerados empresários. O Código Civil também preocupou em dar um tratamento especial e diferenciado a quem exerce atividade econômica rural, excluindo-o da obrigatoriedade de registro na Junta Comercial. Para aquele que exerce atividade econômica rural, todavia, o CC concedeu a faculdade de se registrar ou não perante a Junta Comercial da sua unidade federativa. Art. 971 do CC – “O empresário, cuja atividade rural constitua sua principal profissão, pode, observadas as formalidades de que tratam o art. 968 e seus 3478 parágrafos, requerer inscrição no registro Público de Empresas Mercantis da respectiva sede, caso em que, depois de inscrito, ficará equiparado, para todos os efeitos, ao empresário sujeito a registro”. Dispõe o Código Civil, em seu art. 972, que: “podem exercer a atividade de empresário os que estiverem em pleno gozo da capacidade civil e não forem legalmente impedidos” Capacidade Civil: Absolutamente capazes, relativamente capazes e absolutamente incapazes. Impedimento Legal: É vedado o exercício da atividade empresarial, dentre outros: aos Servidores Públicos; Militares da Ativa; Magistrados e Cônsules; Médicos, em farmácias, drogarias ou laboratórios farmacêuticos; Falidos, enquanto não reabilitados; Estrangeiros não residentes no país; Leiloeiros, etc. Importante observar que os impedimentos se aplicam apenas à condição de inscrição no Registro como pessoa física, isto é, a de empresário individual, não se estendendo a sua participação como quotista ou acionista de sociedades empresárias. Nesse caso, basta que sua responsabilidade seja limitada e que ele não exerça poderes de administração dentro da atividade empresarial. Pelo menos no Brasil, abrir uma empresa é o sonho de muita gente, e não importa se homem ou mulher, ou até mesmo a idade, a ideia é abrir o seu próprio negócio. Já estamos numa era em que as pessoas estão cada vez mais procurando empreender. Resultado disso é que no Brasil estão ativas mais de 20 milhões de empresas de diferentes portes e regimes tributários. Conceito de Empresa. a) Empresa: Unidade econômica que combinando capital e trabalho, produz ou comercializa bens ou presta serviços, com a finalidade de lucro. b) Elementos de Empresa: Capital: dinheiro ou bens tangíveis investidos Estabelecimento: local onde se realiza Trabalho: força de trabalho, c/ ou s/ vínculo empregatício Objetivo: sempre o lucro. O estabelecimento empresarial veio definido no código civil (art.1142) e nada mais é que o local onde estão reunidos de forma legal (organizada) os bens (corpóreos e incorpóreos) para o exercício (trabalho) da empresa, pelo empresário ou pela sociedade empresária. Todos os demais estabelecimentos subordinados ou dependentes do estabelecimento empresarial dar-se o nome de sucursal, filial, agência, que chamamos de ramificação de uma estrutura. Quais os bens que fazem parte da empresa? Corpóreos: mercadorias, Instalações, Equipamentos, Utensílios, Veículos Incorpóreos: Marcas, Patentes, Ponto comercial Qual o tipo de empresa? Você certamente já está aí planejando de como tirar do papel aquela ideia sensacional de como montar seu negócio. Já vem algum tempo pensando sobre a estrutura desse negócio, como será a empresa, enfim, bate a dúvida: Qual o tipo de empresa abrir? Destacamos os tipos de empresas de acordo com o CCB/2002 1 - Sociedade Limitada, a Ltda: Esse tipo de empresa começa na Junta Comercial estadual. Geralmente se junta dois sócios, que são os empresários, para abrir uma empresa de Sociedade Limitada. No contrato social desta nova empresa serão definidos e conhecidos a quantidade de sócios e da empresa, e quem são cada um deles. Além disso, é preciso definir as cotas de capital que deverão ser distribuídas entre cada um deles. No caso específico, se a empresa Sociedade Limitada possuir dois sócios empresários, as cotas de capital da empresa serão rateadas entre esses dois. As cotas de capital são importantes também à medida que elas definem a participação e as responsabilidades que cada sócio terá perante a nova empresa. 2 - Sociedade Anônima, a AS Na empresa de Sociedade Anônima também existe mais de um sócio empresário. Nesse caso, eles são chamados de acionistas, isso porque o capital da empresa é distribuído em ações. A empresa de Sociedade Anônima pode ser de dois tipos: de capital aberto e de capital fechado. É característica marcante da Sociedade Anônima, a repartição dos lucros entre os acionistas. 3 - Microempresa, a ME As Microempresas são entendidas assim a partir do seu faturamento bruto anual que não pode ultrapassar os 360 mil reais. Segundo o que estabelece a lei complementar 123/2016, a Microempresa pode ser optante pelo Simples Nacional. Este é um regime de pagamento de impostos simplificado. 4 - Empresa de Pequeno Porte, a EPP Para ser uma Empresa de Pequeno Porte é necessário que ela fatura anualmente entre R$ 360 mil e até R$ 3,6 milhões. Esse tipo de empresa também pode ser optante pelo Simples Nacional. 5 - Microempreendedor individual, o MEI Para ser Microempreendedor Individual é necessário observar o faturamento anual, que não pode ultrapassar os 60 mil reais. Além disso, não podem ser constituídos com sócios, e é necessariamente ser optante pelo Simples Nacional. 6 - Empresário Individual Como o próprio nome indica, o Empresário Individual é uma empresa com uma pessoa apenas como gestor. Esse tipo de negócio difere um poucodos demais. Nesse tipo não predomina o princípio da separação do patrimônio. Dessa forma, os bens da pessoa gestora e da empresa podem se misturar. No nome da empresa deve conter o nome civil do gestor, que poderá ser abreviado, adicionado a um nome que faça referência à atividade da empresa. 7 - Empresa Individual de Responsabilidade Limitada, a EIRELI A Empresa Individual de Responsabilidade Limitada, ou simplesmente EIRELI, é também constituída apenas por uma pessoa física. Neste caso, ela difere da Empresa Individual porque a responsabilidade é limitada quanto às dívidas da empresa. Isso significa que o proprietário não deverá pagar as dívidas da empresa com os bens pessoais. Outras informações referem ao fato de que o capital social desta empresa deve ser 100 vezes maior ao salário mínimo brasileiro, e as demais normas aplicadas para a empresa de Sociedade Limitada são aplicadas para este tipo de empresa. 8 - Sem fins lucrativos Os negócios sem fins lucrativos também são pessoas jurídicas. Esses possuem características bem distintas das demais empresas. A principal característica e que se destaca é que eles não visam o lucro ao praticarem suas atividades. Apesar disso, entra receita nesse tipo de empresa, mas são empregadas para a manutenção de suas atividades. Algumas causas frequentes de mortalidade das empresas: Desconhecimento do mercado; falta de capital de giro; concorrência mais ágil e preços melhores; desconhecimento técnico; modismo; saque de dinheiro para despesas pessoais; baixos investimentos em comunicação; descontroles contábeis e administrativos; baixa qualificação de mão-de-obra; nível de dívidas bancárias insustentável. Direito Empresarial ou Comercial – Títulos de Crédito – Recuperação Judicial e Falência Títulos de Crédito Título de crédito é um documento literal e autônomo, com força executiva, representativo de dívida. Podendo ser á ordem, quando admite endosso (cheque, nota promissória, letra de câmbio), ou não à ordem, quando não pode ser endossado. Características Literalidade: “Vale o que está escrito”, vale na exata medida do que for nele declarado, sem interpreta extensiva. Cartularidade ou Incorporação: É imprescindível o documento para o exercício do direito, é pó que consta da carta encerrada no documento. Autonomia: Desvincula-se ao negócio que o originou (abstração). A posse legítima autoriza o portador a exercer direitos. Emissão, Endosso e Aval Emissão: Os títulos de crédito são colocados em circulação por seus emitentes. Nem sempre o emitente é o credor do título. A duplicata e a letra de câmbio são emitidas pelo credor e o devedor assina o seu aceite. A nota promissória e o cheque são emitidos. Endosso: O credor do título pode transferi-lo a terceiros, antes do vencimento, recebendo antecipadamente seu crédito, descontado do ágio correspondente. Para isso, o credor assina no verso do título, assumindo a qualidade de endossante, o chamado endosso. O endosso pode ser em preto, quando indica o nome do beneficiário do crédito (endossatário); ou, em branco, quando não é indicado o beneficiário, tornando o título ao portador. Aval: Sendo exigido ao credor que o devedor apresente uma terceira pessoa para lhe garantir o pagamento, essa pessoa, ou mais de uma delas, assinará o verso do título na qualidade de avalista. As classificações dos títulos de crédito são: Quanto ao conteúdo do direito documental, os títulos podem ser: 1- Cambiais: duplicata, letra de câmbio, nota promissória e cheque. 2- De empréstimo a médio e longo prazo: debêntures. 3- De participação societária: ações nominativas endossáveis. 4- Representativos de bens ou direitos reais sobre coisa alheia: conhecimento de transporte, conhecimento de depósito “warrant”, cédula de crédito rural pignoratícia ou hipotecária. 5- De participação societária: ações nominativas Quanto à importância da causa, os títulos podem ser: 1- Causais: duplicata, com origem em compra e venda de bem ou prestação serviço. 2- Abstratos: nota promissória, letra de câmbio e cheque. Títulos de Crédito em Espécie. 1- Letra de Câmbio. É uma ordem de pagamento, sacada por um credor contra um devedor, favorável a alguém. Onde o favorecido pode ser um terceiro ou o próprio sacador. Quem emite a letra de câmbio é o sacador. Sacado é o devedor, contra quem foi emitida a letra de câmbio. Endossante é o titular do crédito que o transfere para outrem, chamado endossatário. 2- Nota promissória. É uma promessa de que na data do vencimento haverá seu pagamento, sendo emitida pelo próprio devedor. Difere da letra de câmbio, pois esta é uma ordem de pagamento, enquanto que a nota é uma promessa de pagamento. Não admite aceite. 3- Cheque. É uma ordem de pagamento a vista sacada por uma pessoa contra um banco. Emissor ou emitente é quem assina o cheque. Beneficiário é a pessoa destinatária de pagamento. Não tem qualquer valor a determinação de que o cheque não deva ser pago à vista, na apresentação. Pode ser nominal ou ao portador e pode ser transmitido por endosso, observado as limitações legais. O cheque cruzado é aquele que com duas linhas paralelas no anverso, indica que ele deverá ser depositado na conta bancária do favorecido, pois somente pode ser pago a um banco. O cheque visado ou administrativo é aquele que a previsão para o seu pagamento fica reservada, a pedido do emitente, antes da apresentação do cheque, garantindo a sua liquidação. 4- Duplicata. Título de crédito decorrente da compra e venda mercantil ou de prestação de serviços, para pagamento a prazo. Código Comercial de 1850 por duplicado = duplicata = uma cópia da fatura. Realizada a venda a prazo e emitida a fatura de venda, o comerciante saca uma ou mais duplicatas para circulação como títulos de crédito. É um título causal de aceite obrigatório. Pela prática comercial, tem-se que o comprador aceitou com o conteúdo das duplicatas contra ele sacadas, comprometendo-se com o seu pagamento. O emitente ou sacador é o vendedor e o aceitante é o comprador. Somente pode ser recusada em casos de avaria, o não recebimento de mercadorias, vícios redibitórios e divergências quanto aos prazos e preços. O credor pode negociar as duplicatas com terceiros, particularmente bancos, por meio da transferência do crédito, mediante endosso. O não-pagamento da duplicata permite ao credor realizar a cobrança por meios amigáveis ou judiciais. No caso de falta de aceite ou de pagamento, a duplicata pode ser protestada, bastando o credor recorrer ao cartório de protestos de títulos da praça de pagamento da duplicata, apresentando, se houver, a prova da entrega da mercadoria ou da prestação do serviço. O devedor é intimado a comparecer no cartório para realizar o pagamento dentro de três dias úteis, sob pena de ser lavrado o protesto, no Livro Registro de Protestos. Recuperação Judicial e Falência 1- Recuperação Judicial Tornando-se insolvente, mas antes de declara a falência, o comerciante poderá tentar se recuperar, requerendo ao juiz que lhe seja concedida a recuperação judicial. A recuperação visa o estabelecimento de um acordo com os credores mediante a apresentação em juízo de um plano dos meios de recuperação, demonstrando a viabilidade de sua implementação. Recuperação Judicial e Falência Recuperação Judicial. A lei dispõe sobre as condições necessárias para ser requerida a recuperação judicial, que, quando concedida, impõe aos credores uma proposta de acordo. A recuperação judicial não afasta o devedor do exercício de suas atividades, objetivando soerguer a empresa. Quando deferido o pedido de recuperação, o juiz nomeia um administrador judicial, para a elaboração do quadro geral de credores, ente outras atividades; e um Comitê de Credores, com a função de fiscalizar as atividades do administrador judicial e do devedor. 2-Falência Falência é um processo de execução coletiva contra o devedor, inadimplente ou insolvente, que envolve a arrecadação de seus bens e a venda judicial forçada, para o pagamento proporcional ao crédito de cada um dos credores. A falência promove o afastamento do devedor de suas atividades, visando preservar e otimizar a utilização dos bens, ativos e recursos da empresa. Estão sujeitos à falência o empresário e as sociedades empresariais, a sociedade em conta de participação também pode ter a falência decretada, frente ao seu sócio ostensivo. Não podem ser declaradas falidas as empresas públicas e as sociedades de economia mista, que somente podem ter seus bens penhorados. As sociedades seguradoras e as entidades de previdência privada, que ficam sujeitas à liquidação extrajudicial. As instituições financeiras, cooperativas de crédito, consórcio, sociedade operadora de assistência à saúde, sociedades de capitalização e equiparadas, sujeitas à intervenção e à liquidação extrajudicial determinada pelo Banco Central. A Insolvência situação decorrente de impossibilidade econômica de adimplemento de obrigações, por déficit patrimonial (passivo superior ao ativo) ou iliquidez patrimonial (falta de recursos disponíveis imediatamente). A caracterização da insolvência é o reconhecimento do estado de insolvência se dá por meio de sinais exteriores, definidos por lei, como o inadimplemento no vencimento de obrigação líquida (impontualidade), materializada por título ou títulos executivos protestados, ou por outros atos, taxativamente expressos em lei. A decretação da falência é decretada quando, a pedido do próprio devedor ou de credor, fundado em insolvência ou inadimplemento, inclusive por descumprimento da recuperação judicial, o juiz, entre outras providências, ordenará, ao falido que apresente a relação de credores, a nomeação do administrador judicial e o Comitê de Credores, para administrarem a massa falida, na figura de profissional idôneo ou pessoa jurídica especializada. A fixação do termo legal da falência (período suspeito, data em que se considera o falido estar na expectativa de falir). Suspensão das ações de execução contra o falido. A administração da falência consiste: 1- Arrecadação dos bens: que consiste na imediata arrecadação do patrimônio, listando todos os bens que forem encontrados, com suas respectivas características. 2- Realização do ativo: Trata-se da liquidação dos bens que integram a massa falida para o pagamento dos credores, obedecida a ordem das preferências. Os bens são vendidos sob a forma de leilões, de uma só vez ou em lotes, por lances ou propostas. 3- Ordem das preferências de pagamento, créditos: Trabalhistas até 150 salários mínimos e os decorrentes de acidentes do trabalho (salários, férias, indenizações). Com direito real de garantia (penhor, hipoteca, alienação fiduciária). Tributários (impostos, taxas, contribuições previdenciárias). Com privilégio especial (aluguéis de prédio locado pelo falido). Com privilégio geral (direito de retenção sobre determinados bens). Quirografários (duplicatas, notas promissórias, cheques, obrigações reconhecidas por sentença em ações judiciais). Multas contratuais e tributárias. Subordinados (direitos dos sócios ou administradores sem vínculo empregatício). Crimes Falimentares A Lei Falimentar especifica uma série de crimes, dentre outros, fraudar credores, mediante inexatidão, omissão, destruição, ocultação de documentos, livros e sistemas informatizados de bens; informações falsas, uso ilegal de bens, exercício ilegal da atividade, favorecimento a credores etc. Direito de Empresa e Empresas Multinacionais e Binacionais. Uma empresa é uma unidade econômico-social, integrada por elementos humanos, materiais e técnicos, que tem o objetivo de obter utilidades através da sua participação no mercado de bens e serviços. Nesse sentido, faz uso dos fatores produtivos (trabalho, terra e capital). Classificação das empresas quanto a atividade econômica. As empresas podem ser classificadas de acordo com a atividade económica que desenvolvem. Deste modo, deparamo-nos com as empresas do setor primário (que obtêm os recursos a partir da natureza, como é o caso das agrícolas, pesqueiras ou pecuárias), as empresas do setor secundário (dedicadas à transformação de matérias primas, como acontece com as industriais e as da construção civil) e as empresas do sector terciário (empresas que se dedicam à prestação de serviços ou ao comércio). Tipos de empresas de acordo com sua constituição jurídica. Outra classificação igualmente possível para as empresas é de acordo com a sua constituição jurídica. Existem empresas individuais (que pertencem a uma única pessoa) e societárias (constituídas por várias pessoas). Neste último grupo, as sociedades, por sua vez, podem ser anónimas, de responsabilidade limitada e de economia social (as chamadas cooperativas), entre outras. Tipos de empresas de acordo com a titularidade do capital. As empresas também podem ser definidas de acordo com a respectiva titularidade do capital. Assim, mencionaremos as empresas privadas (cujo capital está nas mãos de particulares), as públicas (controladas pelo Estado), as mistas (o capital é partilhado por particulares e pelo Estado) e as empresas de autogestão (o capital é propriedade dos trabalhadores). Empresa Binacional Brasil e Argentina, criada através de um tratado assinado por Brasil e Argentina, em 6 de julho de 1990, em Buenos Aires, o Tratado para o Estabelecimento de um Estatuto das Empresas Binacionais Brasileiro- Argentinas. Trata-se de um instrumento já em vigor a mais de 15 anos que é pouco conhecido dos empresários brasileiros e argentinos. Este desconhecimento também pode ser atribuído a uma pouca divulgação institucional deste tipo de sociedade que deveria ficar ao encargo dos governos de Brasil e Argentina e também do desconhecimento de consultorias especializadas para tanto. Requisitos da empresa Binacional. Delimitando e explicando melhor o que seria uma empresa binacional Brasil- Argentina, também nomeada como somente empresa Binacional, entende-se que tal empresa deve obedecer aos seguintes requisitos: a) Que ao menos 80% do capital social e dos votos pertençam a investidores nacionais da República Federativa do Brasil e da República Argentina, assegurando-lhes o controle real e efetivo da Empresa Binacional. b) Que a participação do conjunto dos investidores nacionais de cada um dos dois países seja de, no mínimo, 30% do capital social da empresa. c) Que conjunto dos investidores nacionais de cada um dos dois países tenha direito de eleger, no mínimo um membro em cada um dos órgãos de administração e um membro do órgão de fiscalização interna da empresa. Características Jurídicas das Empresas Binacionais. Tratando ainda da forma da constituição deste tipo de sociedade é relevante ressaltar suas características jurídicas. As Empresas Binacionais terão sede, necessariamente, no Brasil ou na Argentina, e terão uma das formas jurídicas admitidas pela legislação do país escolhido para a sede da empresa, ou seja, ficam mantidas as formas de constituição de sociedades (sociedades anônimas, sociedades limitadas, sociedades por conta em participação), não ocorrendo nenhuma mudança na legislação empresarial interna de Brasil e Argentina. Contudo quando criada a Empresa Binacional deve-se agregar à sua denominação ou razão social as palavras “Empresa Binacional Brasileiro – Argentina” ou as iniciais “E.B.B.A.” ou “E.B.A.B.”. Por último, ainda tratando sobre questões jurídicas, tem-se que as Empresas Binacionais com sede em um dos dois países poderão estabelecer, no outro, filiais, sucursais ou subsidiárias. Empresa Binacional Brasil-Argentina, não se trata de uma empresa argentina com filial ou representação no Brasil, ou viceversa. Trata-se de uma mesma e única empresa existindo e funcionando simultaneamente nos dois países. Dentre os incentivos concedidos pelos governos de Brasil e Argentina na implementação das Empresas Binacionais destaca-se os seguintes pontos: 1- Dentro de seu país de atuação, as Empresas Binacionais terão o mesmo tratamento estabelecido para as empresas de capital nacional desse País em matéria de tributação interna; 2- Acesso ao crédito interno; acesso a incentivos ou vantagens de promoção industrial nacional, regional ou setorial. 3- Acesso às compras e contratos do setor público. Os bens e serviços produzidos pelas Empresas Binacionais gozarão de tratamento prioritário, equiparado aos das empresas de capital nacional. Empresa Multinacional Uma empresa multinacional é caracterizada por ter sua matriz em um determinado país e atuar no mercado de outros países. O principal objetivo das empresas multinacionais é instalar filiais em outros países com o intuito de obter máxima lucratividade, os fatores que contribuem para a construção de filiais são: isenção de impostos, amplo mercado consumidor, infraestrutura, matéria-prima, energia e mão de obra barata. A instalação de uma filial em países em desenvolvimento ocorre, na maioria das vezes, através de benefícios do governo (doação de terreno e isenção de impostos). Nos locais onde ocorre a construção de uma filial há geração de empregos e desenvolvimento industrial. No entanto, os lucros obtidos por essas empresas são destinados à construção de novas filiais em outros locais, e uma parte vai para a matriz localizada no país de origem. Conforme vimos no decorrer de nossa resenha, o Novo Código Civil, que passou a vigorar em nosso Ordenamento Jurídico, desde 10 de janeiro de 2003, trouxe importantes modificações no âmbito do Direito Empresarial. O atual Código Civil brasileiro, Lei 10.406 de 10 de janeiro de 2002, encontra-se em vigor desde 11 de janeiro de 2003, após o cumprimento de vacância da lei de um ano. O Código Civil é a expressão maior do direito privado no Brasil, é a lei que mais perto convive com o cidadão. Caracteriza-se metodologicamente pela aderência aos problemas da sociedade brasileira, pela unidade sistemática determinada pela parte geral, unificação linguística e unidade valorativa, pelo sentido de "concreção" de que as normas se revestem, atendendo e buscando aliar os ensinamentos da doutrina e da jurisprudência ao direito vivido pelas diversas categorias profissionais. https://en.wikisource.org/wiki/pt:C%C3%B3digo_Civil_brasileiro https://en.wikisource.org/wiki/pt:C%C3%B3digo_Civil_brasileiro https://pt.wikipedia.org/wiki/10_de_janeiro https://pt.wikipedia.org/wiki/2002 https://pt.wikipedia.org/wiki/11_de_janeiro https://pt.wikipedia.org/wiki/2003 Podemos dizer, que o Direito Empresarial é, portanto, o conjunto de normas jurídicas que regulam as transações econômicas privadas empresariais, que visam à produção e à circulação de bens e serviços por meio de atos exercidos profissional e habitualmente, com o objetivo de lucro. Abrir um negócio passa, antes de tudo, pela reunião de todos os documentos que serão necessários para o processo. Ter tudo em mãos é fundamental para evitar atrasos em qualquer das etapas. Isso garante que seu cronograma seja mantido e os planos para o negócio não sejam comprometidos e precisem ser reformulados, gerando uma perda de tempo e outros estresses desnecessários a todos. Assim como a sociedade simples, a sociedade limitada conta com a figura do administrador, que nesse caso é o representante legal da sociedade, e será escolhido pela maioria societária qualificada. A administração pode ser exercida também por um grupo de pessoas que atuarão em conjunto ou isoladamente, desde que previsto no Contrato Social. Desta forma, cabe salientar, que a mesma forma que se inicia a exploração das atividades econômicas da sociedade limitada, a sociedade anônima depende do capital social investido pelos sócios. Em contrapartida, será atribuída aos sócios, a participação societária, que nessa sociedade levará o nome de ações. Outrossim, a Sociedade Empresária abrange vários tipos de sociedade, mas no sentido geral, é a reunião de pessoas que tem como objetivo exercer profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou circulação de bens ou serviços, visando o lucro, que deve ser compartilhado. Faz-se necessário lembrar que nem toda sociedade é uma empresa, da mesma forma que nem todas as empresas são sociedades. Bibliografia: Slides das vídeo aulas das unidades 1,2,3,4 e material complementar da semana 1 de Direito Empresarial. Links: https://juristas.com.br/2019/08/22/diferenca-entre-empresa-e-empresario/ https://ericferraz.jusbrasil.com.br/artigos/204368207/conceitos-de-empresa-e-empresario-e- os-principais-tipos-de-empresas-previstos-no-codigo-civil https://repositorio.ufsm.br/bitstream/handle/1/2267/Marconatto_Mariangela_Aita.pdf?sequen ce=1&isAllowed=y https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/168538/mod_resource/content/1/Cavalcante%20Kou ry%20-20Empresa%20no%20Novo%20C%C3%B3digo%20Civil%20-%20aula%2006.pdf https://meusucesso.com/artigos/empreendedorismo/documentos-necessarios-para-abrir- uma-empresa-409/ https://ambitojuridico.com.br/edicoes/revista-162/consideracoes-gerais-sobre-sociedades- empresarias/ https://pt.wikipedia.org/wiki/C%C3%B3digo_Civil_brasileiro https://juristas.com.br/2019/08/22/diferenca-entre-empresa-e-empresario/ https://ericferraz.jusbrasil.com.br/artigos/204368207/conceitos-de-empresa-e-empresario-e-os-principais-tipos-de-empresas-previstos-no-codigo-civil https://ericferraz.jusbrasil.com.br/artigos/204368207/conceitos-de-empresa-e-empresario-e-os-principais-tipos-de-empresas-previstos-no-codigo-civil https://repositorio.ufsm.br/bitstream/handle/1/2267/Marconatto_Mariangela_Aita.pdf?sequence=1&isAllowed=y https://repositorio.ufsm.br/bitstream/handle/1/2267/Marconatto_Mariangela_Aita.pdf?sequence=1&isAllowed=y https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/168538/mod_resource/content/1/Cavalcante%20Koury%20-20Empresa%20no%20Novo%20C%C3%B3digo%20Civil%20-%20aula%2006.pdf https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/168538/mod_resource/content/1/Cavalcante%20Koury%20-20Empresa%20no%20Novo%20C%C3%B3digo%20Civil%20-%20aula%2006.pdf https://meusucesso.com/artigos/empreendedorismo/documentos-necessarios-para-abrir-uma-empresa-409/ https://meusucesso.com/artigos/empreendedorismo/documentos-necessarios-para-abrir-uma-empresa-409/ https://ambitojuridico.com.br/edicoes/revista-162/consideracoes-gerais-sobre-sociedades-empresarias/ https://ambitojuridico.com.br/edicoes/revista-162/consideracoes-gerais-sobre-sociedades-empresarias/ https://pt.wikipedia.org/wiki/C%C3%B3digo_Civil_brasileiro
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