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CASOS CONCRETOS DE CIVIL

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DIREITO CIVIL I - CCJ0006
Semana Aula: 1
O Código Civil Brasileiro
Aplicação: articulação teoria e prática
Caso concreto
Rebeca comprou terreno em loteamento empreendido por Amaranta. Sem que constasse do instrumento contratual, Amaranta garantiu a Rebeca que teria vista definitiva a um belo monte, que era a grande atração do empreendimento, tendo inclusive assegurado que a legislação local não permitia edificações nos terrenos a frente do seu. Após alguns meses da aquisição do terreno, Amaranta solicitou uma alteração no plano de urbanização da cidade, que passou a permitir a edificação nos lotes em frente ao terreno de Rebeca, fazendo com que ela perdesse a visão para o monte.
Inconformada, Amaranta moveu uma ação contra Rebeca, tendo obtido êxito porque o órgão jurisdicional entendeu que pela boa-fé objetiva, existe um dever de não adotar atitudes que possam frustrar o objetivo perseguido pela autora, ou que possam implicar, mediante o aproveitamento da antiga previsão contratual, a diminuição das vantagens ou até infligir danos ao contratante. 
Diante dos fatos narrados acima e com base no conteúdo das aulas desta semana, responda:
a) A boa-fé objetiva é uma cláusula geral? Em caso afirmativo, explique o porquê de a boa-fé objetiva adequar-se ao conceito de cláusula geral. Em caso negativo, indique de maneira justificada a que categoria pertence a boa-fé objetiva.
A boa-fé objetiva é uma cláusula geral, eis que traduz-se como verdadeira "janela deixada pelo legislador civil em razão da mobilidade da vida", como "técnica legislativa que conforma o meio hábil para permitir o ingresso, no ordenamento codificado, de princípios valorativos ainda não expressos legislativamente, de standarts, arquétipos exemplares de comportamento, de deveres de conduta não previstos legislativamente (e, por vezes, nos casos concretos, também não advindos da autonomia privada), de direitos e deveres configurados segundo os usos do tráfego jurídico, de diretivas econômicas, sociais e políticas, de normas (...) (excerto extraído da página 30 do material didático).
b) Qual(is) dos princípios estruturantes do CC/2002 foi(ram) levado(s) em consideração para que o magistrado interpretasse a boa-fé objetiva? Justifique.
O princípio em questão é o da eticidade, que deve sempre orientar o magistrado na interpretação das cláusulas gerais.
Questão objetiva
 (MP/GO – 2005) O atual Código Civil optou “muitas vezes, por normas genéricas ou cláusulas gerais, sem a preocupação de excessivo rigorismo conceitual, a fim de possibilitar a criação de modelos jurídicos hermenêuticos, quer pelos advogados quer pelos juízes para a contínua atualização dos preceitos legais” (trecho extraído do livro História do novo Código Civil, de Miguel Reale e Judith Martins-Costa). Considerando o texto, é correto afirmar que:
 a) Cláusulas gerais são normas orientadoras sob a forma de diretrizes, dirigidas precipuamente ao juiz, vinculando-o ao mesmo tempo em que lhe dão liberdade para decidir,  sendo que tais cláusulas restringem-se à Parte Geral do Código Civil.
 b) Aplicando a mesma cláusula geral, o juiz não poderá dar uma solução em um determinado caso, e solução diferente em outro.
 c) São exemplos de cláusulas gerais: a função social do contrato como limite à autonomia
privada e que no contrato devem as partes observam a boa-fé objetiva e a probidade.
 d) As cláusulas gerais afrontam o princípio da eticidade, que é um dos regramentos básicos que sustentam a codificação privada
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DIREITO CIVIL I - CCJ0006
Semana Aula: 2
Pessoa natural
Tema
	Pessoa natural
Aplicação: articulação teoria e prática
Caso concreto
Renata deu à luz sua filha Mariza, que, em razão de má formação na gestação, sobreviveu por algumas horas e veio a falecer pouco depois do parto. Considerando que o pai de Mariza faleceu dias antes do nascimento e em dúvida sobre as consequências dos fatos narrados, Renata procura um advogado que afirma que com o nascimento Mariza adquiriu personalidade e capacidade de direito, mas não titularizou direitos subjetivos e, ao morrer, não haveria potencial sucessão. Assiste razão ao advogado? E se Mariza fosse natimorta, quais seriam as consequências?
 Como Mariza nasceu com vida, embora tenha falecido pouco depois do parto, adquiriu personalidade e consequentemente a capacidade de direito. Porém, a capacidade para suceder é conferida ao nascituro sob a forma de expectativa de direitos e por isso Mariza integrou a cadeia sucessória do seu pai que já era falecido quando a mesma nasceu. Dessa forma, Mariza incorporou ao seu patrimônio a herança deixada por seu pai e como faleceu logo em seguida, a referida herança passará a sua mãe que é sua ascendente viva.
Se Mariza fosse natimorta não teria adquirido personalidade nem capacidade de direito e assim não teria herdado de seu pai e tampouco transferido a sua mãe a referida herança.
Questão objetiva
(OAB - XVI EXAME UNIFICADO/2015) Os tutores de José consideram que o rapaz, aos 16 anos, tem maturidade e discernimento necessários para praticar os atos da vida civil. Por isso, decidem conferir ao rapaz a sua emancipação. Consultam, para tanto, um advogado, que lhes aconselha corretamente no seguinte sentido:
a) José poderá ser emancipado em procedimento judicial, com a oitiva do tutor sobre as condições do tutelado.
b) José poderá ser emancipado via instrumento público, sendo desnecessária a homologação judicial.
c) José poderá ser emancipado via instrumento público ou particular, sendo necessário procedimento judicial.
d) José poderá ser emancipado por instrumento público, com averbação no registro de pessoas naturais.
onsiderações Adicionais
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DIREITO CIVIL I - CCJ0006
Semana Aula: 3
Pessoa natural - Parte II
Aplicação: articulação teoria e prática
Caso concreto
O Dr. Carlos Henrique é Médico  e  reside com sua mulher Jurema  e seus dois filhos, Ricardo e Rodrigo de 8 e17  anos respectivamente, na Tijuca – Município do Rio de Janeiro – RJ, às quarta e quinta-feiras, das 8h às 16h leciona na Universidade Rural no Município  de Seropédica- RJ, às segunda e quarta-feiras, atende, como médico plantonista num Hospital Privado em Piraí – RJ, Na sexta-feira  à tarde e  aos sábados pela manhã atende em um consultório de sua propriedade  localizado em Simão Pereira – MG, cidade mineira localizada a duas hora de distância do Rio de Janeiro  onde há muitos anos mantém seu consultório e passa seus fins de semana com a família em sua belíssima casa de campo.
 Diante do exposto responda:
 A)   Pode-se afirmar que o Dr. Carlos Henrique tem como único domicílio a cidade do Rio de Janeiro onde reside com sua família com ânimo definitivo? Justifique sua resposta indicando os dispositivos legais pertinentes.
 Não, no caso em tela, evidencia-se o Domicílio plúrimo previsto nos artigos 71 e 72. Serão considerados domicílios todos eles cada um para as relações que lhe corresponderem.
B)   No caso em tela há hipótese(s) de domicílio necessário? Fundamente e Justifique sua resposta conceituando este tipo de domicílio.
 O médico trabalha na Universidade Rual (pública); os filhos do médicos, por serem incapazes também têm domicílio necessário na forma do artigo 73 caput e parágrafo único.
Questão objetiva:
 Petrônio, com quarenta e oito anos de idade, em decorrência de sua convicção quanto a pertencer ao gênero feminino, especialmente por sua preferência sexual, modo de se vestir e de se portar no meio social em que vive, submeteu-se à cirurgia de transgenitalização. Considerando o êxito da cirurgia, Petrônio ajuizou ação pleiteando alteração do seu registro civil quanto ao sexo e ao nome, para que conste o prenome Patrícia e o sexo feminino. 
É correto afirmar que o pedido de Petrônio deve ser
 a) indeferido, já que tais registros são absolutamente imutáveis na sistemática do direito brasileiro;
b) deferido, já que é de livre escolha das pessoas a identificação sexual e o nome que deveconstar do registro civil;
 c) indeferido, já que a viabilidade de alteração do registro civil quanto ao nome e ao sexo termina quando a pessoa alcança vinte e cinco anos de idade;
 d) deferido, já que, embora imutável a princípio o registro civil quanto a esses aspectos, as circunstâncias ensejam uma proteção à dignidade da pessoa humana, viabilizando o resguardo desse direito da personalidade;
 e) indeferido, já que a viabilidade de alteração do registro civil quanto ao nome e ao sexo termina quando a pessoa alcança trinta e cinco anos de idade.
onsiderações Adicionais
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DIREITO CIVIL I - CCJ0006
Semana Aula: 4
Pessoa natural: O fim da personalidade civil
Aplicação: articulação teoria e prática
Caso concreto
Supondo-se que em uma família composta por pai, mãe e 2 irmãos, haja um acidente de carro, ocasionando a presunção de morte simultânea entre o pai e um dos irmãos, pergunta-se:
a) Qual o instituto que denomina a presunção de morte simultânea? Indique o dispositivo legal pertinente.
 Trata-se da COMORIÊNCIA prevista no art. 8° do CC, que é a presunção de morte simultânea de herdeiros recíprocos, ou seja, herdeiros que se sucedem entre si, um é herdeiro do outro reciprocamente, quando não se pode, por perícia médica, precisar quem morreu primeiro. Desta forma a regra da comoriência só interessa a herdeiros diretos e não para quaisquer pessoas que venha a falecer sem se precisar quem faleceu primeiro, uma vez que não são herdeiras uma das outras.
b) Em que ramo do direito este instituto tem grande relevância e por quê?
 A comoriência possui grande relevância no direito sucessório, pois obedecerá a Ordem da Vocação hereditária levando em consideração que, entre comorientes, não há transmissão de bens. Sendo assim, aquele que seria beneficiado com a morte do outro, não mais o será porque entre comorientes não ocorre a transmissão. Os bens (de quem tinha bens), serão transmitidos aos herdeiros sobreviventes, aquele herdeiro morto simultaneamente, não receberá bens e, desta forma, não terá o que transmitir aos seus herdeiros.
Questão objetiva
Otávio, 83 anos, e seu filho Leandro, 50 anos, partiram de Fernando de Noronha para Recife em helicóptero quando uma forte tempestade abateu o veículo. Alguns dias depois do acidente, destroços do helicóptero foram encontrados no mar, próximos a Recife, mas Otávio e Leandro não foram localizados. A família dos desaparecidos providenciou todas as buscas possíveis por algum tempo, mas Leandro e Otávio jamais foram encontrados. Neste caso:
a) a família dos desaparecidos pode pedir a declaração de morte presumida após a decretação da ausência de Otávio e Leandro. Será considerado que Otávio, por ser mais velho que Leandro, morreu antes.
b) a família dos desaparecidos pode pedir a declaração de morte presumida após a decretação da ausência de Otávio e Leandro. Haverá presunção de que Otávio e Leandro faleceram simultaneamente.
c) a família dos desaparecidos pode pedir a declaração de morte presumida sem decretação de ausência. Será considerado que Otávio, por ser mais velho que Leandro, morreu antes.
d) a família dos desaparecidos pode pedir a declaração de morte presumida sem decretação de ausência. Haverá presunção de que Otávio e Leandro faleceram simultaneamente.
e) apenas após dois anos da data do acidente a família dos desaparecidos poderá pedir a declaração de morte presumida sem decretação de ausência. Haverá presunção de que Otávio e Leandro faleceram simultaneamente.
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DIREITO CIVIL I - CCJ0006
Semana Aula: 5
Direito de personalidade
Caso concreto
Roberto estando em dificuldades financeiras resolve vender um de seus rins a Flávio, que se encontra na fila de espera para transplante de órgãos.
Pergunta-se:
a) Pode Roberto efetuar referida venda? Justifique e fundamente sua resposta.
Não. Roberto não poderá vender um de seus rins ao Flávio. Porque a lei n. 9.434, de 4 de fevereiro de 1997, art. 9º estabelece que é permitida a disposição GRATUITAMENTE de tecidos , órgãos e partes do próprio corpo vivo para fins terapêuticos ou para transplantes, desde que o ato não represente risco para a integridade física e mental e não cause mutilação ou deformação inaceitável.
b) Com relação à característica da indisponibilidade, podemos afirmar categoricamente que a indisponibilidade dos direitos a personalidade é absoluta? Justifique sua resposta.
Formalmente a indisponibilidade é absoluta, pois não podem os seus titulares, dele dispor transmitindo-os a terceiros, renunciando seu ou abandonando-os, pois nascem e se extinguem com eles. Entretanto, o direito da personalidade não é assim tão indisponível. Existe a disponibilidade relativa dos direitos de personalidade que reside na possibilidade na cessão de uso de alguns desses direitos, ou de licença ou permissão. De acordo com o negócio, a cessão de uso pode, inclusive, ser onerosa.
Questão objetiva
(Procurador - Assembleia Legislativa de Goiás/2015) Uma das inovações mais importantes do estatuto civilista de 2002 é o capítulo referente aos direitos da personalidade, introduzido logo nos primeiros artigos do código (arts. 11 a 21). No que diz respeito aos direitos da personalidade, o Código Civil vigente prescreve que:
a) existe um rol taxativo desses direitos, constituídos pelo direito à vida, à liberdade, à integridade física e psíquica, à imagem, à honra, ao nome e à vida privada.
b) é inviolável a vida privada da pessoa natural, e o juiz, a requerimento do interessado, adotará as providências necessárias para impedir ou fazer cessar ato contrário a essa norma.
c) é defeso, em qualquer hipótese, o ato de disposição do próprio corpo, quando importar diminuição permanente da integridade física, ou contrariar os bons costumes.
d) é impossível admitir a disposição gratuita do próprio corpo para fins de transplante, na forma estabelecida em lei especial, por serem indisponíveis os direitos da personalidade.
DIREITO CIVIL I - CCJ0006
Semana Aula: 6
Pessoa jurídica
Aplicação: articulação teoria e prática
Caso concreto
O Grupo Construções e Incorporações X S/A contraiu dívida de grande valor com o Engenheiro Eduardo Paranhos, mas não efetuou o pagamento estipulado no contrato, sem que tal conduta configurasse qualquer tipo de fraude. Após algumas tentativas frustradas de cobrança. Eduardo ajuizou ação e conseguiu decisão favorável, tendo a sentença transitado em julgado. No momento de indicar o bem que viria a ser penhorado para efetuar o pagamento, o Grupo Construções e Incorporações S/A indicou um imóvel de sua propriedade, mas o mesmo não foi aceito por Eduardo, que solicitou ao juiz a desconsideração da personalidade jurídica do Grupo Construções e Incorporações S/A para que os bens dos sócios respondessem pela dívida.
Considerando os fatos acima descritos e tomando por base a disciplina da desconsideração da personalidade jurídica, responda JUSTIFICADA E FUNDAMENTADAMENTE:
A) O que é a desconsideração da personalidade jurídica e em que hipóteses ela pode ser utilizada? 
De acordo com o art. 50, CC, a desconsideração da personalidade jurídica é um instrumento que inibir a fraude e o abuso no emprego de sua personalidade por parte de seus sócios, levantando o véu societário e rompendo com sua autonomia patrimonial para, consequentemente, responsabilizar seus dirigentes pelo dano financeiro causado. Ainda o art. 50, CC, contemplando a teoria maior, estabelece que a desconsideração será feita sempre que houver abuso da personalidade da pessoa jurídica, caracterizada pela confusão patrimonial ou pelo desvio de finalidade. Doutrina e jurisprudência consideram que também a fraude à lei e a fraude ao contrato são hipóteses que autorizam a desconsideração.
B) É cabível, neste caso, a desconsideração pleiteada por Eduardo? 
 Não. É firme o entendimento segundo o qual mero inadimplemento, sem indícios de fraude, não é suficiente para a desconsideração da personalidade da pessoa jurídica.O enunciado da questão é claro ao dizer que não houve abuso da personalidade, de maneira que, pelo princípio da autonomia patrimonial, é a própria sociedade que responde pelas obrigações contraídas (art. 43, CC). 
Questão objetiva
 Considerando as disposições atinentes às pessoas jurídicas, assinale a opção incorreta.
 a) Obrigam à pessoa jurídica os atos dos administradores, exercidos nos limites de seus poderes definidos no ato constitutivo.
 b) Aplica-se às pessoas jurídicas, no que couber, a proteção dos direitos da personalidade.
 c) As pessoas jurídicas são de direito público, interno ou externo, e de direito privado, constituindo-se, as autarquias e as associações públicas, como de direito público interno.
 d) As pessoas jurídicas de direito público interno são civilmente responsáveis por atos dos seus agentes que nessa qualidade causem danos a terceiros, ressalvado direito regressivo contra os causadores do dano, se houver, por parte destes, culpa ou dolo.
 e) Partidos políticos com representação no Congresso Nacional são pessoas jurídicas de direito público interno.
DIREITO CIVIL I - CCJ0006
Semana Aula: 7
Bens
Aplicação: articulação teoria e prática
Caso concreto
Os irmãos José e Pedro receberam por doação de seus pais um terreno loteado com área de 210 m2. Pretendendo cada qual construir uma residência no terreno, firmaram escritura pública de divisão, em que ficou localizada a parte de cada um, com 105m2, sendo levada ao Serviço de Registro de Imóveis. Ocorre que, pelo art. 4°, II, da Lei 6.766/79, a área mínima exigida é de 125 m2.
Com base na disciplina jurídica dos bens, responda JUSTIFICADA E FUNDAMENTADAMENTE:
A) Levando em consideração a classificação dos bens considerados em si mesmos, classifique o bem em questão. 
Trata-se de bem imóvel e indivisível. A indivisibilidade do terreno decorre de imposição legal.
B) Você, na qualidade de funcionário do Serviço de Registro de Imóveis, faria o registro? Justifique a sua resposta com base no princípio da autonomia privada e na disciplina dos bens considerados em si mesmos. 
 Não. Há lei impondo área mínima para loteamento, de maneira que se o bem for fracionado, ficará com área inferior à permitida na lei. Dessa maneira, correta a atitude do Cartório em negar o registro de divisão.
Questão objetiva:
 Marcos ganhou como presentes de casamento, um quadro assinado por seu autor; um liquidificador de marca conhecida e disponível no mercado, um relógio de parede, único, que havia pertencido a seu bisavô, e certa quantia em dinheiro. São considerados bens infungíveis o:
a) quadro, o relógio e o dinheiro.
b) dinheiro, apenas.
c) relógio, apenas.
d) relógio e o liquidificador.
e) quadro e o relógio.
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DIREITO CIVIL I - CCJ0006
Semana Aula: 8
Bens - Parte II
Aplicação: articulação teoria e prática
Caso concreto
Otavio e Thalita emprestaram de Pedro um imóvel para fins residenciais por três anos. Durante o tempo que passaram no apartamento, Otavio e Thalita consertaram algumas infiltrações, colocaram um forno a lenha daqueles inamovíveis, e aplicaram papel de parede em todos os quartos. Findo o prazo do contrato, Otavio e Thalita foram notificados para deixar o bem.
Nesse caso, e conforme a disciplina jurídica dos bens no Código Civil, responda:
A) Classifique cada espécie de bem acessório que aparece no comando da questão. Justifique a sua resposta.
Os bens acessórios que aparecem na situação em comento são:
- conserto das infiltrações: benfeitorias necessárias, pois destina-se à conservação do bem.
- forno a lenha: benfeitora útil, pois trará maior facilidade para utilização do bem.
- pape de parede: benfeitoria voluptuária, pois serve para deixar os quartos mais belos.
B) O que Otávio e Talita podem fazer com os bens acessórios identificados no item anterior? Cabe direito de retenção? Justifique a sua resposta.
 O casal pode exigir que as benfeitorias necessárias e úteis sejam indenizadas e que possa ser levantada a benfeitoria voluptuária, desde que isso não implique destruição da coisa principal. Cabe, sim, direito de retenção, mas apenas com relação às infiltrações e ao forno a lenha. As benfeitorias voluptuárias não estão sujeitas nem à retenção, nem à indenização, podendo, no máximo, Otávio e Thalita levantarem o papel de parede, desde que disso não resulte prejuízo a Pedro.
Questão objetiva
(OAB - XVI EXAME UNIFICADO/2015) O prédio que abrigava a Biblioteca Pública do Município de Molhadinho foi parcialmente destruído em um incêndio, que arruinou quase metade do acervo e prejudicou gravemente a estrutura do prédio. Os livros restantes já foram transferidos para uma nova sede. O Prefeito de Molhadinho pretende alienar o prédio antigo, ainda cheio de entulho e escombros. Sobre o caso descrito, assinale a afirmativa correta.
a) Não é possível, no ordenamento jurídico atual, a alienação de bens públicos.
b) O antigo prédio da biblioteca, bem público de uso especial, somente pode ser alienado após ato formal de desafetação.
c) É possível a alienação do antigo prédio da biblioteca, por se tratar de bem público dominical.
d) Por se tratar de um prédio com livre acesso do público em geral, trata-se de bem público de uso comum, insuscetível de alienação.
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DIREITO CIVIL I - CCJ0006
Semana Aula: 9
Fatos e Negócios Jurídicos
Aplicação: articulação teoria e prática
Caso concreto
Augusto Ribeiro é casado e tem três filhos desse casamento. Recentemente, Augusto descobriu que é pai de Ana, 20 anos, fruto de uma relação passageira, anterior ao seu casamento. Após a descoberta, Augusto decidiu reconhecer a paternidade de Ana, mas pretende celebrar acordo para que a moça não inclua o sobrenome Ribeiro em seu nome.
Com base no Código Civil, responda JUSTIFICADA E FUNDAMENTADAMENTE:
a) Qual a natureza do ato de reconhecimento de paternidade?
Trata-se de um ato jurídico em sentido estrito.
b) Augusto pode impor que Ana não utilize seu sobrenome?
 Não. No ato jurídico em sentido estrito o agente não tem autonomia para estipular os efeitos do ato, devendo sujeitar-se aos regramentos legais. Demais disso, o direito ao nome é direito de personalidade e, por isso, Augusto não pode dispor do nome de Ana.
 Questão Objetiva
 Em relação à interpretação do negócio jurídico, é correto afirmar que
 a) quaisquer negócios jurídicos onerosos interpretam-se estritamente.
 b) na vontade declarada atender-se-á mais à intenção das partes do que à literalidade da linguagem.
 c) a renúncia interpreta-se ampliativamente.
 d) o silêncio da parte importa sempre anuência ao que foi requerido pela outra parte.
 e) como regra geral, não subsiste a manifestação da vontade se o seu autor houver feito a reserva mental de não querer o que manifestou
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DIREITO CIVIL I - CCJ0006
Semana Aula: 10
Negócios jurídicos - parte II
Aplicação: articulação teoria e prática
Caso concreto
 Em 1993, o jogador de futebol Oswaldo Giroldo Junior, conhecido por Juninho, foi cedido, por contrato, pelo Ituano Futebol Clube ao São Paulo Futebol Clube por $350.000,00 (trezentos e cinqüenta mil dólares) com a seguinte condição: pela cláusula quinta do referido contrato, o Ituano Futebol Clube teria uma participação de 50% (cinquenta por cento) no lucro que fosse auferido com a venda do passe do jogador a outro clube, caso esta fosse efetuada até o dia 31.12.1994, e 25% (vinte e cinco por cento), caso a venda fosse efetuada entre 01.01.1995 e 31.08.1995. Depois desse período, todo o lucro percebido com a venda do passe do jogador seria do São Paulo Futebol Clube. 
Durante a vigência do contrato, o São Paulo Futebol Clube recusou algumas propostas de compra do passe de Juninho, vindo a vendê-lo no dia 10.10.1995 por $7.500.000,00 (sete milhões e quinhentos mil dólares) ao Middlesbourg, time da Inglaterra, sem pagar qualquer percentual ao Ituano FutebolClube. Ressalte-se que durante a vigência do contrato, o mesmo Middlesbourg havia oferecido quantia pouco inferior ao valor posteriormente ajustado, mas tal oferta foi recusada pelo São Paulo Futebol Clube.
 Sentindo-se lesado, o Ituano Futebol Clube ajuizou ação pleiteando o pagamento do percentual acertado no contrato, alegando que o São Paulo Futebol Clube, por estar em uma situação privilegiada, vendeu o jogador depois para afastar a repartição dos lucros.
 Com base na no Código Civil, principalmente no que tange a teoria dos negócios jurídicos, analisando os planos da validade e da eficácia da referida cláusula quinta do negócio celebrado entre o Ituano Futebol Clube e o São Paulo Futebol Clube, responda se há fundamento jurídico para a irresignação do Ituano Futebol Clube.
O aluno deve inicialmente analisar os requisitos de validade deste negócio, quais sejam, a capacidade das partes, o objeto e a forma prescrita ou não defesa em lei, e concluir que, no plano da validade, não há qualquer irregularidade. Depois, deve examinar o plano de eficácia, entrando no estudo das modalidades dos negócios jurídicos para concluir que sobre esta cláusula quinta incide uma condição suspensiva, pois submete a produção dos efeitos (repartição dos lucros) a um evento futuro e incerto (venda do passe do jogador). O aluno deve identificar que esta é uma condição puramente potestativa, pois traduz uma relação de poder do São Paulo, já que depende única e exclusivamente dele a venda do passe do jogador, ficando o Ituano completamente à mercê da conduta do São Paulo. As condições puramente potestativas são consideradas ilícitas no direito civil brasileiro e, por força do art. 123, CC/2002, invalidam o próprio negócio jurídico – as condições, diferente dos outros elementos acidentais do negócio jurídico (termo e encargo), não são anexas, e sim inexas, possuindo o condão de extrapolar o plano de eficácia para interferir na própria validade do negócio jurídico. Desta maneira, tendo em vista a ilicitude da condição inserida na cláusula quinta do contrato, a irresignação do Ituano tem fundamento jurídico.
Obs: o acórdão do STJ neste caso foi favorável ao Ituano, condenando o São Paulo a fazer a repartição dos lucros com o percentual de 50%. Vide STJ, REsp 291.631.
Questão objetiva 01
(Procurador do Trabalho/2015) Assinale a alternativa COORETA consoante o Código Civil:
a) A impossibilidade inicial do objeto invalida o negócio jurídico se for relativa, ou se cessar antes de realizada a condição a que ele estiver subordinado.
b) São lícitas, em geral, todas as condições não contrárias à lei, à ordem pública ou aos bons costumes; entre as condições defesas se incluem as que privarem de todo efeito o negócio jurídico, ou o sujeitarem ao puro arbítrio de uma das partes.
c) o encargo não suspende a aquisição nem o exercício do direito, ainda que expressamente imposto no negócio jurídico, pelo disponente, como condição suspensiva.
d) Nos negócios jurídicos bilaterais, o silêncio intencional de uma das partes a respeito de fato ou qualidade que a outra parte haja ignorado, não constitui omissão dolosa, ainda que se prove que sem ela o negócio se teria celebrado.
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DIREITO CIVIL I - CCJ0006
Semana Aula: 11
Defeitos dos negócios jurídicos - parte II
Aplicação: articulação teoria e prática
Caso concreto
Maria Sofia Silva, analfabeta, recebeu, pelo IDHAB, um imóvel situado na quadra 46, conjunto I, lote 24, do Novo Assentamento, Brazilândia, Distrito Federal. Ainda sem planos para o imóvel, Maria Sofia aceitou proposta de Cecílio Monteiro, que trabalha com corretagem de imóveis e pretendia alugar dela um cômodo que se localizava na parte posterior do lote, à frente do cômodo onde morava Maria Sofia, com o objetivo de transferir para aquele cômodo, um bar que tinha nas proximidades. Cecílio, então, providenciou os documentos e entregou o contrato já redigido a Maria Sofia, que, por não saber ler, apenas assinou o seu nome.
 Poucos meses depois, uma terceira pessoa, Celita Ribeiro foi até o lote de Maria Sofia a fim de comprá-lo, pois havia recebido proposta de Cecílio. Maria Sofia afirmou, com espanto, que o imóvel era seu e que não estava à venda, e que, além do mais, estava alugado para Cecílio. 
 Celita, advogada, conversou novamente com Cecílio e pediu para ver o título de propriedade do imóvel, ocasião em que descobriu que, na realidade, Maria Sofia havia assinado um contrato de cessão de direitos e uma procuração, transferindo para Cecílio todos os direitos sobre o referido imóvel.
Diante desta situação e, com base no Código Civil, analise JUSTIFICADA E FUNDAMENTADAMENTE a possibilidade de anulação do negócio celebrado entre Maria Sofia e Cecílio.
 Trata-se de hipótese de dolo praticada por Cecílio (art. 145, CC). O aluno deve identificar que Maria Sofia foi induzida ardilosamente a erro por Cecílio e, por isso, a vontade encontra-se viciada. Deve ainda identificar que o analfabetismo não é hipótese de incapacidade, de maneira que o analfabetismo em si não anula o ato. O negócio, porém, pode ser anulado por conta do dolo.
Questão objetiva
 
A emissão da vontade é elemento fundamental do negócio jurídico. Com relação aos vícios do negócio jurídico, considere as afirmativas abaixo.
I - DOLUS INCIDENS (dolo acidental) é aquele que torna o negócio menos vantajoso para a parte e leva à indenização por perdas e danos. 
II - ESTADO DE PERIGO é um defeito interno do negócio jurídico, no qual a vontade é constrangida por terceiro. 
III - O ERRO tem como elemento principal a cognoscibilidade e adota o princípio da confiança. 
IV - A COAÇÃO, que torna anulável o negócio jurídico, é aquela conhecida como vis absoluta, sendo física e não moral.
Está correto APENAS o que se afirma em
 
a) I e II.
b) I e III.
c) II e III.
d) II e IV.
e) III e IV.
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DIREITO CIVIL I - CCJ0006
Semana Aula: 12
Elementos acidentais do negócio jurídico
Aplicação: articulação teoria e prática
Caso concreto
José Roberto sofreu grave acidente de carro e foi imediatamente levado a hospital. Chegando ao hospital, a família de José Roberto foi informada que a cirurgia apenas seria realizada se fosse prestada caução no valor de R$ 50.000,00. Neste caso:
a) É válida a exigência de caução?
Não. A situação caracteriza estado de necessidade (art. 156, CC).
b) O defeito do negócio e sua potencial anulabilidade confere a José Roberto o direito a não pagar as despesas hospitalares? 
 Não. Apenas a exigência de caução é inválida, mas as despesas atinentes aos serviços efetivamente prestados pelo hospital devem ser pagas por José Roberto.
Questão objetiva 
Rogério, em razão da necessidade de custear tratamento médico no exterior para o filho que contraíra grave enfermidade, vendeu a Jorge um apartamento de dois quartos, por R$ 200 mil, enquanto seu valor de mercado correspondia a R$ 400 mil. Jorge não tinha conhecimento da situação de necessidade do alienante e dela não se aproveitara, mas Rogério, após dois meses, com a melhora do filho, refletiu sobre o negócio e, sentindo-se prejudicado, procurou escritório de advocacia para se informar acerca da validade do negócio. Em face dessa situação hipotética, na qualidade de advogado(a) contratado(a) por Rogério, esclareça, com o devido fundamento jurídico, se existe algum vício no negócio celebrado e indique a solução mais adequada para proteger os interesses de seu cliente, APONTANDO A OPÇÃO EXATA: 
a) Não é possível a anulação do negócio jurídico com base no estado de perigo (art.156), uma vez que este só se configura mediante conhecimento da outra parte, o que no caso não ocorreu. Entretanto, configurada a manifesta desproporção de valores, é possível alegar o vício da fraude, previsto no artigo 157 do Código Civil.
b) Não é possível a anulação do negócio jurídico com base no estado de necessidade (art.156), uma vez que este só se configura mediante conhecimento da outra parte, o queno caso não ocorreu. Entretanto, configurada a manifesta desproporção de valores, é possível alegar o vício da injustiça, previsto no artigo 157 do Código Civil.
c) Não é possível a anulação do negócio jurídico com base no estado de necessidade, uma vez que este não tem previsão em matéria civil, mas tão somente penal. Entretanto, configurada a manifesta desproporção de valores, é possível alegar o vício da coação, previsto no artigo 157 do Código Civil.
 d) É possível a anulação do negócio jurídico com base no estado de necessidade (art.156), uma vez que este só se configura mediante conhecimento da outra parte, o que no caso não ocorreu. Entretanto, configurada a manifesta desproporção de valores, é possível alegar o vício da concorrência desleal, apesar de não prevista no Código Civil.
 e) Não é possível a anulação do negócio jurídico com base no estado de perigo (art.156), uma vez que este só se configura mediante conhecimento da outra parte, o que no caso não ocorreu. Entretanto, configurada a manifesta desproporção de valores, é possível alegar o vício da lesão, previsto no artigo 157 do Código Civil.
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Semana Aula: 13
Interpretação dos negócios jurídicos, prova e Representação.
Aplicação: articulação teoria e prática
CASO CONCRETO:
João e Maria mantiveram relacionamento afetivo por cinco anos. Encerrado o relacionamento, Maria descobriu-se grávida e imediatamente informou o fato a João que negou a paternidade. Quando a criança nasceu, Maria, que suportou toda a gestação sozinha, promoveu a competente ação de investigação de paternidade representando os interesses da menor. Citado para se manifestar João negou em juízo a paternidade bem como recusou-se a fazer o exame de DNA. O juízo decidiu por imputar a paternidade a João. Diante do exposto, responda se procedeu corretamente o juízo, justificando sua resposta com base nas provas apresentadas na questão.
A decisão foi acertada porque João poderia provar o contrário do que estava sendo alegado pela parte autora e não o fazendo, o juízo deve decidir com base na presunção que é meio de prova admitido em direito. Podendo provar o contrário e não o fazendo presumem-se verdadeiros os fatos alegados pelo autor.
Questão objetiva:
Consideram-se negócios jurídicos:
a) quaisquer atos jurídicos válidos
b) o contrato de locação e notificação que o locador fizer ao locatário pra denunciar a locação prorrogada por prazo indeterminado
c) a doação e o testamento
d) os atos de posse e a aquisição ou perda do domicílio
e) apenas os contratos bilaterais, excluindo-se todos os unilaterais. 
DIREITO CIVIL I - CCJ0006
Semana Aula: 14
Prescrição e decadência
Aplicação: articulação teoria e prática
Caso concreto
R.L.G. hospedou-se na pousada de R.V.A. durante um feriado prolongando, realizando grandes despesas. Ao final, saiu sem pagar a conta, na calada da madrugada. R.V.A. tentou cobrar a dívida sem sucesso durante um ano e meio. No mês seguinte, R.L.G. efetuou o pagamento espontâneo de parte da dívida. Com um ano e sete meses do fato, R.V.A. propôs ação cobrando o restante. Pergunta-se:
a) Qual o prazo prescricional?
Um ano. CC, Art. 206. Prescreve: § 1o Em um ano: I - a pretensão dos hospedeiros ou fornecedores de víveres destinados a consumo no próprio estabelecimento, para o pagamento da hospedagem ou dos alimentos;
b) A prescrição consumou-se?
 Não. A prescrição foi interrompida pelo pagamento espontâneo. CC, Art. 202. A interrupção da prescrição, que somente poderá ocorrer uma vez, dar-se-á: (...) VI - por qualquer ato inequívoco, ainda que extrajudicial, que importe reconhecimento do direito pelo devedor.
Questão objetiva 
(Procurador Autárquico - MANAUSPREV/2015) Aos 20 anos de idade, Cássio ajuizou ação de reparação de dano, fundada na responsabilidade civil, contra Roberto, seu pai, em razão de fato ocorrido quando tinha 9 anos. A pretensão:
a) está prescrita, pois o prazo de 10 anos, iniciado quando Cássio tinha 9 anos de idade, já se consumou.
b) está prescrita, pois o prazo de 3 anos, iniciado quando Cássio tinha 16 anos de idade, já se consumou.
c) não está prescrita, pois não corre a prescrição durante o poder familiar.
d) não está prescrita, pois não corre prescrição entre pai e filho, ainda que cessado o poder familiar.
e) não está prescrita, pois não corre a prescrição contra os relativa e absolutamente incapazes.
DIREITO CIVIL I - CCJ0006
Semana Aula: 15
Atos ilícitos
Aplicação: articulação teoria e prática
Caso concreto
Maria, trabalhadora autônoma, foi atropelada por um ônibus da Viação XYZ S.A. quando atravessava movimentada rua da cidade, na faixa de pedestres, sofrendo traumatismo craniano. No caminho do hospital, Maria veio a falecer, deixando o marido, João, e o filho, Daniel, menor impúbere, que dela dependiam economicamente.
Analise o caso e responda se haveria responsabilidade civil aplicável à hipótese, identificando quais as consequências aplicáveis à hipótese.
 Sim. A hipótese é de responsabilidade civil em decorrência do ato ilícito praticado, tendo como consequência a ampla reparação danosa, seja o dano material, seja o dano moral, conforme art. 186 c/c art. 927 do CC.
Questão objetiva
(Procurador do Estado - PGRRS/2015) Assinale a alternativa correta
a) O dano exclusivamente moral, provocado por omissão voluntária, não permite a caracterização de um ilícito civil.
b) Aos atos jurídicos lícitos, que não sejam negócios jurídicos, aplicam-se as disposições pertinentes aos defeitos do negócio jurídico.
c) Para a caracterização do ato ilícito por abuso de direito previsto no Código Civil é necessária a
aferição de culpa do autor do fato.
d) Só é considerado ilícito o ato que, exercido em excesso manifesto aos limites impostos pelos
bons costumes, necessariamente causar dano a alguém.
e) Constitui ilicitude civil a conduta de destruir coisa alheia para remover perigo iminente.
  
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DIREITO CIVIL I - CCJ0006
Semana Aula: 16
Tema
REVISÃO DE MATERIA
Aplicação: articulação teoria e prática
Questão 01
(Magistratura - TJPE/2015) O negócio jurídico celebrado durante a vacatio de uma lei que o irá proibir é:
a) anulável, porque assim se considera aquele em que se verifica a prática de fraude.
b) nulo, por faltar licitude ao seu objeto.
c) inexistente, porque assim se considera aquele que tiver por objetivo fraudar lei imperativa.
d) válido, porque a lei ainda não está em vigor.
e) ineficaz, porque a convenção dos particulares não pode derrogar a ordem pública.
 Questão 02
(Procurador do Estado - PGEPR/2015) Assinale a alternativa CORRETA em relação à temática da pessoa jurídica.
a) A desconsideração da personalidade jurídica é admitida sempre que a pessoa jurídica seja utilizada para fins fraudulentos ou diversos daqueles para os quais foi constituída e equivale à sua desconstituição para todos os efeitos.
b) Os bens dominicais integrantes do patrimônio das pessoas jurídicas de direito público não podem ser adquiridos por usucapião nem alienados.
c) Ao admitir que se aplica às pessoas jurídicas a proteção aos direitos da personalidade, o ordenamento jurídico o faz em total simetria com a proteção da personalidade humana.
d) A desconsideração inversa da pessoa jurídica dá-se quando se atingem bens da pessoa jurídica para solver dívidas de seus sócios. Esse proceder é expressamente vedado pelo ordenamento jurídico brasileiro porque proporciona prejuízo aos demais participantes da sociedade.
e) As associações públicas são pessoas jurídicas de direito público formadas por entes da Federação que se consorciam para realização de objetivos que consagrem interesses comuns. Uma vez constituídas, as associações públicas passam a integrar a Administração Pública indireta de todos os entes federativos que participaram de sua formação.
 Questão 03
(Procurador do Estado - PGEPR/2015) Por exigências de segurança do tráficojurídico, de certeza nas relações jurídicas e de paz social, a ordem jurídica fixa prazos prescricionais dentro dos quais o titular do direito deve exercê-lo, sob pena de ficar impedido de fazê-lo. Quanto à prescrição, é CORRETO afirmar:
a) As pretensões de reparação civil contra o Estado têm prazo prescricional de três anos, conforme disposto no artigo 206, § 3o, V, do Código Civil Brasileiro.
b) A prescrição não pode ser decretada de ofício pelo juiz, salvo no caso de interesses de incapazes.
c) Nas relações de trato sucessivo, como o pagamento de salários ou vencimentos, o prazo prescricional conta-se a partir do ato ou omissão que gerou o pagamento a menor. Quando transcorrido tal prazo, a prescrição atinge, simultaneamente, todas as parcelas vencidas.
d) A prescrição das dívidas passivas dos Estados só pode ser interrompida uma vez e recomeça a correr pela metade do prazo.
e) Os prazos prescricionais são fixados por lei e só podem ser reduzidos por disposições contratuais quando versarem sobre direitos disponíveis.
 
Questão 04
(Procurador do Estado - PGEPR/2015) Assinale a alternativa CORRETA.
a) A emancipação do menor com 16 anos completos, concedida por ambos os pais por escritura pública, depende, para a sua validade, de homologação judicial.
b) A atuação do mandatário que age extrapolando os limites da procuração que lhe foi outorgada é inválida e não produz quaisquer efeitos jurídicos.
c) Os efeitos da declaração de nulidade do negócio jurídico retroagem ao momento da sua celebração, sendo que ele nunca convalesce, não pode ser confirmado e nem ratificado. Poderá, todavia, subsistir convertido em outro negócio jurídico cujos requisitos de validade estiverem presentes, se atingir o fim visado pelas partes.
d) A relativa incapacidade do menor entre 16 e 18 anos autoriza-o a invocar a anulabilidade de negócio jurídico realizado sem assistência, mesmo que tenha se declarado maior no momento de sua celebração.
e) A fixação de condição resolutiva física ou juridicamente impossível invalida todo o negócio jurídico.
 
Questão 05
(Procurador Autárquico - Junta Comercial de Goiás/2015) Quanto à decadência, é correto afirmar que:
a) Salvo disposição legal em contrário, não se aplicam à decadência as normas que
impedem, suspendem ou interrompem a prescrição.
b) É válida a renúncia à decadência fixada em lei.
c) Deve o juiz, a pedido, conhecer da decadência, quando estabelecida por lei.
d) Se a decadência for convencional, a parte a quem aproveita não poderá alegá-la em
qualquer grau de jurisdição, mas o juiz pode suprir a alegação.
e) A decadência pode ser interrompida por qualquer interessado.
 
Questão 06
(Procurador do Trabalho - 2015) Assinale a alternativa CORRETA:
a) Salvo previsão expressa em lei, os direitos de personalidade são intransmissíveis e inalienáveis, estando sujeitos apenas às limitações voluntárias.
b) Os empregados podem participar de propaganda comercial do empregador, sem consentimento expresso, considerando os efeitos anexos do contrato de trabalho.
c) A divulgação de escritos de autoria de terceiro para fins comerciais pode ser proibida, a requerimento deste, sem prejuízo da indenização cabível.
d) Pessoa acometida de doença grave pode ser submetida sem seu consentimento a realizar intervenção cirúrgica urgente, de acordo com critérios médicos.
 
Questão 07
Sobre o Direito Civil-Constitucional, assinale a alternativa CORRETA:
a) O paradigma do personalismo ético ganhou força logo após a I Guerra Mundial e rompeu desde então com o paradigma patrimonialista.
b) a valorização da pessoa humana, típica do Estado Liberal, deslocou o viés socialista presente nos Estados Sociais pós-revolução de 1917.
c) No personalismo ético, todo homem deve ser percebido como pessoa, ser da espécie humana, e por isto digno de atenção do Estado Social, independentemente de estar questionando judicialmente proteção de direito contra outra pessoa ou ente privado em defesa de contrato, posse ou propriedade.
d) Os direitos fundamentais não têm aplicabilidade direta às relações privadas, eis que para estas existe a categoria dos direitos de personalidade.
e) O fenômeno da descodificação do direito civil ocorreu durante a II Guerra Mundial, quando em algumas circunstâncias a pessoa humana era equivocadamente vista como objeto, e não como sujeito de direito.
 
Questão 08
Leia as assertivas abaixo:
I – O direito privado brasileiro não passou pelo momento da descodificação, de modo que não há possibilidade de identificarmos a existência de microssistemas no ordenamento jurídico pátrio.
II – A superação da clássica dicotomia entre público e privado faz com que princípios como a dignidade humana e a solidariedade social permeiem o direito civil.
III – As chamadas cláusulas gerais são aquelas normas comuns a todos os negócios jurídicos, como, por exemplo, a exigência dos requisitos de validade contidos no art. 104, CC/2002.
IV – Comparando os Códigos Civis de 1916 e 2002, é possível perceber a passagem de um modelo oitocentista, inspirado no Código Napoleão, para um modelo novecentista, com fortes influências do BGB, sobretudo no que se refere ao desapego ao patrimonialismo e à opção metodológica de legislar através de cláusulas gerais.
Assinale a alternativa CORRETA:
 
a) estão corretas apenas as assertivas I e II.
b) estão corretas apenas as assertivas I e III.
c) estão corretas apenas as assertivas II e IV.
d) estão corretas apenas as assertivas III e IV.
 
Questão 09
De acordo com a redação dada ao Código Civil pelo Estatuto da Pessoa com Deficiência (Lei n. 13.146/2015), marque a alternativa CORRETA:
a) aqueles que por efermidade ou doença mental não tiverem discernimento necessário para a prática dos atos da vida civil são considerados absolutamente incapazes.
b) aqueles que mesmo por causa transitória não puderem exprimir sua vontade são considerados absolutamente incapazes.
c) aqueles que, por causa transitória ou permanente, não puderem exprimir a sua vontade são relativamente incapazes.
d) os viciados em tóxicos são absolutamente incapazes.
e) os alcoólatras são absolutamente incapazes.
 
 Questão 10
Leia a ementa a seguir: “Desconsideração da personalidade jurídica. Admissibilidade. Sociedade por quotas de responsabilidade limitada. Existência de sérios indícios de que houve dissolução irregular da sociedade visando ou provocando lesão patrimonial a credores. Possibilidade de que a penhora recaia sobre bens dos sócios” (RT 785/373). Escolha a opção que explica a penhora dos bens dos sócios, considerando que o ordenamento jurídico confere às pessoas jurídicas personalidade distinta da dos seus membros.
[A] Com efeito, apesar de na hipótese a pessoa jurídica ter sido utilizada para a prática de ato lesivo aos interesses dos credores, o Código Civil não permite desconsiderar o princípio da existência distinta das pessoas jurídicas relativamente aos seus membros. 
[B] Com efeito, na hipótese a pessoa jurídica foi utilizada para a prática de ato lesivo aos interesses dos credores, o Código Civil limita a responsabilidade dos sócios pelas quotas.
[C] Com efeito, na hipótese a pessoa jurídica foi utilizada para a prática de ato lesivo aos interesses dos credores, o que permite desconsiderar o princípio da existência distinta das pessoas jurídicas relativamente aos seus membros. O novo Código Civil abraçou a Teoria da Desconsideração da Personalidade Jurídica no art. 50.
[D] Com efeito, apesar de na hipótese a pessoa jurídica ter sido utilizada para a prática de ato lesivo aos interesses dos credores, o Código Civil não permite a dissolução da responsabilidade civil em razão do princípio da existência distinta das pessoas jurídicas relativamente aos seus membros. 
[E] Com efeito, o Código Civil abraçou a Teoria da Desconsideração da prática de atos lesivos e não permite desconsiderar o princípio da existência distinta das pessoasjurídicas relativamente aos seus membros.
 
Questão 11
(CESPEUNB, JUIZ TJDF, 2015) A respeito dos bens, assinale a opção correta à luz da jurisprudência pertinente.
a) Os bens naturalmente divisíveis não se podem tornar indivisíveis.
b) É possível a cobrança de retribuição pecuniária pelo uso comum dos bens públicos.
c) Considera-se bem infungível a produção agrícola tanto de pessoa física quanto de pessoa jurídica.
d) Com a abertura da sucessão, a herança incorpora-se ao patrimônio do herdeiro na qualidade de bem imóvel divisível.
e) São considerados bens imóveis os direitos pessoais de caráter patrimonial e as respectivas ações.
 
Questão 12
Floresta pública vai gerar R$ 7 milhões por ano. O Serviço Florestal Brasileiro (SFB) lançou edital para concessão de três lotes da Floresta Nacional (Flona) Sacará-Taquera, no Pará. A área total de 140 mil hectares, um terço da unidade de conservação, poderá ser explorada para retirada de madeira, atividades extrativistas e abertura para visitação turística. A Concessão para exploração da Floresta é uma forma de alienação de bem público. Em vista do exposto quanto à afetação e desafetação, podemos dizer que este bem público para poder ser alienado é necessário que seja:
a) um bem de uso comum do povo.
b) um bem dominical.
c) um bem de uso especial.
d) uma terra devoluta.
e) um bem abandonado pelo Poder Público.
 
Questão 13
Quanto aos direitos de personalidade, responda a alternativa CORRETA:
a) O Código Civil traz rol exaustivo de direitos de personalidade.
b) Embora o Código Civil tenha avançado no que se refere à tutela do nome e da identidade, regrediu em parte ao retirar do pseudônimo usado para fins lícitos a mesma proteção conferida ao nome.
c) Aplica-se às pessoas jurídicas, no que couber, a proteção dos direitos da personalidade.
d) Em razão à máxima eficácia do direito à vida, um enfermo em pleno gozo de suas faculdades mentais não pode recusar submeter-se, com risco de vida, a intervenção cirúrgica.
e) A doutrina é uníssona ao afirmar que os direitos de personalidade são absolutamente indisponíveis.
 
Questão 14
A respeito dos negócios jurídicos, marque a alternativa CORRETA:
a) É nulo o negócio jurídico eivado de coação moral.
b) O negócio jurídico anulável poderá sempre ser confirmado pelas partes.
c) Em razão de o Código Civil ter adotado a teoria da vontade declarada, o motivo determinante do negócio jurídico, por ser elemento subjetivo, não interfere na validade do negócio.
d) O erro é substancial quando sendo de direito e não implicando recusa à aplicação da lei, for o motivo único ou principal do negócio jurídico.
e) A condição suspensiva juridicamente impossível não invalida o negócio jurídico que lhe é subordinado. Neste caso, a condição é tida como não escrita e o negócio produz os seus efeitos como se puro e simples fosse.
 
Questão 15
Francisco, menor impúbere, de 13 anos pratica um negócio jurídico, sem a representação dos pais. Sabendo que validade do ato jurídico requer agente capaz, objeto lícito e forma prescrita ou não defesa em lei, Assinale a opção correta sobre o ato praticado por Francisco e quem poderá arguir o vício:
a) O ato é nulo e somente o MP poderá alegar.
b) O ato é anulável. Somente o MP poderá alegar.
c) O ato é nulo. Qualquer interessado ou o MP, ou o Juiz, de ofício, poderão alegar.
d) O ato é anulável. Qualquer interessado ou o MP poderão alegar.
e) O ato é anulável. Somente o Juiz, de ofício, poderá alegar.
 
Questão 16
Quanto ao negócio jurídico, pode-se dizer que é NULO:
a) o negócio jurídico quando a sua causa for o dolo;
b) for realizado por absolutamente incapaz sem estar devidamente representado por seu representante legal;
c) for realizado por relativamente incapaz, sem estar devidamente assistido por seu assistente legal;
d) o negócio jurídico resultante de fraude contra credores.
 
Questão 17
(TRF1 2015 / JUIZ /CESPE) Maria, médica cardiologista, que namora Paulo, mas com ele não mantém união estável, ajuizou ação anulatória de negócio jurídico de compra e venda contra a empresa Biotecnologia Ltda. Para tanto, sustentou que adquiriu da ré um aparelho do tipo marca-passo, que foi implantado em seu namorado Paulo, em caráter de urgência, mediante a emissão de um cheque no valor de R$ 10.000,00. O aparelho em questão é comumente vendido no mercado por R$ 4.000,00. Nessa situação hipotética, 
a) Maria teve sua vontade viciada, pois agiu fundada no temor de dano iminente e considerável a Paulo.
b) Maria, por inexperiência, se obrigou ao pagamento de valor desproporcional ao praticado no mercado no ato de celebração do negócio jurídico.
c) para que o pedido seja julgado procedente, deve ficar demonstrado por Maria o dolo de aproveitamento da fornecedora do material, ou seja, a vilania do outro contratante.
d) Maria não tem legitimidade para propor a demanda, já que Paulo não é seu marido nem com ela convive em regime de união estável.
e) Segundo a legislação de regência, a hipótese é de nulidade do negócio jurídico, e o juiz deve reconhecer de ofício o vício de consentimento mediante a prolação de sentença declaratória.
 
Questão 18
(CESPE/UNB DPU 2014 / PROVA APLICADA EM 2015) Considerando a existência de relação jurídica referente a determinado objeto envolvendo dois sujeitos, julgue os próximos itens.
1. Caso um dos sujeitos da relação jurídica seja uma sociedade, admite-se excepcionalmente a desconsideração da regra de separação patrimonial entre a sociedade e seus sócios com o intuito de evitar fraude, situação em que haverá a dissolução da personalidade jurídica.
2. Caso a referida relação jurídica consista em um negócio jurídico de compra e venda e seu objeto seja um bem imóvel, não havendo declaração expressa em contrário, será considerado integrante desse imóvel seu mobiliário, uma vez que o acessório deve seguir o principal.
3. Se a norma jurídica regente da referida relação jurídica for revogada por norma superveniente, as novas disposições normativas poderão, excepcionalmente, aplicar-se a essa relação, ainda que não haja referência expressa à retroatividade.
F,F,F

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