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DIREITO CIVIL I 2019 Prof.a Tatiana Constâncio Silva GABARITO DAS AUTOATIVIDADES 2 DIREITO CIVIL I UNIDADE 1 TÓPICO 1 UNI AUTOATIVIDADE O Código Civil estabelece que devem ser resguardados os direitos do nascituro. Todavia, diante da evolução da biotecnologia, atualmente é possível a reprodução humana assistida. Desta forma, também devem ser resguardados direitos de embriões concebidos, fora do útero materno, para implantação posterior? R.: O tema é bastante controvertido. De acordo com os adeptos da teoria concepcionista, os direitos desse embrião independem do nascimento com vida e devem ser resguardados desde a fecundação, tendo em vista que tem, nesse momento, o início da vida humana. De acordo com Maria Helena Diniz, o embrião possui carga genética diferenciada desde a concepção na vida extrauterina, assim como ocorre com nascituro na vida uterina e, portanto, o embrião é indiscutivelmente dotado de carga genética humana estável por definição científica. Segundo a autora, inclusive, ambos são dotados de personalidade jurídica formal: Poder-se-ia até mesmo afirmar que, na vida intrauterina, tem o nascituro, e na vida extrauterina tem o embrião, personalidade jurídica formal, no que atina aos direitos de personalidade, visto ter a pessoa carga genética diferenciada desde a concepção, seja ela in vivo ou in vitro (recomendação n. 1046/89, n. 7, do Conselho da Europa), passando a ter personalidade jurídica material, alcançando os direitos patrimoniais, que permaneciam em estado potencial, somente com o nascimento com vida (DINIZ, 2011, p. 43). UNI AUTOATIVIDADE Mariana se encontra, atualmente, com 17 (dezessete) anos de idade e ela nasceu sem o movimento das pernas. Quanto à personalidade e capacidade de Mariana, podemos afirmar que ela é totalmente incapaz? R.: Mariana possui incapacidade relativa, mas apenas em razão do critério etário de acordo com o art. 4º, I do Código Civil. 3 DIREITO CIVIL I UNI AUTOATIVIDADE Luciana teve um filho com Marcos, sendo que o pai não registrou a criança e não tem efetuado o pagamento dos alimentos. Diante dessa situação, quem é o titular de direitos e, consequentemente, quem irá propor a medida judicial cabível? R.: O sujeito de direitos, nesse caso, é o filho, tendo em vista que nasceu com vida e possui capacidade de Direito. Desta forma, o próprio filho deverá propor a ação cabível, sendo que se ele tiver menos de 18 anos, por não ter capacidade de fato, deverá ser representado (menos de 16 anos) ou assistido (mais de 16 anos e menos de 18 anos), conforme o caso. UNI AUTOATIVIDADE A proteção do pseudônimo, nome por meio do qual autor de obra artística, literária ou científica se oculta, é expressamente assegurada se sua utilização for para atividades lícitas? R.: Sim, conforme o Art. 19. do Código Civil: O pseudônimo adotado para atividades lícitas goza da proteção que se dá ao nome. 1 (FCC, 2018) No tocante aos direitos da personalidade: FONTE: <https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/questoes/c0c1b7b7- 4e>. Acesso em: 29 maio 2019. a) ( ) Pode-se exigir a cessação da ameaça ou lesão a direito da personalidade; se pleiteadas perdas e danos, será vedado requerer outras sanções preventivas ou punitivas. b) ( ) É válida a disposição gratuita do próprio corpo, com objetivo científico, para depois da morte; é defesa à disposição com objetivo altruístico. c) ( ) É admissível a limitação voluntária do exercício de direitos da personalidade, quaisquer que sejam, embora sejam intransmissíveis e irrenunciáveis por sua natureza.; d) ( x ) De acordo com o Código Civil, salvo por exigência médica, é defeso o ato de disposição do próprio corpo, quando importar diminuição permanente da integridade física, ou contrariar os bons costumes ato de disposição será admitido para fins de transplante, na forma prevista em lei especial. e) ( ) O nome da pessoa não pode ser empregado por ninguém em publicações que a exponham ao desprezo público, salvo se não houver intenção difamatória ou injuriosa. 4 DIREITO CIVIL I 2 (FCC, 2018) Pimpão é um palhaço de circo itinerante. Para efeitos legais: FONTE: <https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/questoes?migal ha=true&order=id+asc&page=5&per_page=5&product_id=1&prova=57053&url_ solr=master&user_id=0>. Acesso em: 29 maio 2019. a) ( ) O domicílio de Pimpão é o endereço do sindicato ou associação que represente sua categoria profissional. b) ( ) O domicílio de Pimpão é o endereço do circo constante em seu registro como pessoa jurídica. c) ( ) O domicílio de Pimpão é o último local em que Pimpão residiu. d) ( ) Pimpão não possui domicílio. e) ( x ) O domicílio de Pimpão é o lugar em que Pimpão for encontrado com o circo. 3 (CESPE, 2018) A sentença que determinar a abertura da sucessão provisória de bens de ausente não produzirá efeitos imediatamente, necessitando de um lapso temporal de cento e oitenta dias, contado da sua publicação; exceção a essa determinação ocorre quando há testamento, sendo os efeitos da sentença produzidos logo após o trânsito em julgado do procedimento de abertura testamentária. FONTE: <https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/questoes/152631a4-80>. Acesso em: 29 maio 2019. a) ( x ) Errado. b) ( ) Certo. 4 (IADES, 2018) [...] a capacidade de fato é a aptidão da pessoa para exercer por si mesma os atos da vida civil. Essa aptidão requer certas qualidades, sem as quais a pessoa não terá plena capacidade de fato. Essa incapacidade poderá ser absoluta ou relativa. A incapacidade absoluta tolhe completamente a pessoa que exerce por si os atos da vida civil [...]. VENOSA, Sílvio de Salvo. Direito civil: parte geral. 13. ed. v. 1. São Paulo: Atlas, 2013. Com base no exposto, é correto afirmar que, nos atuais termos do Código Civil, são absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil: FONTE: <https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/questoes/9251b956- 9c?from_omniauth=true&provider=google_oauth2#>. Acesso em: 29 maio 2019. 5 DIREITO CIVIL I a) ( ) Os menores de 16 anos de idade; os que, por enfermidade ou deficiência mental, não tiverem o necessário discernimento para a prática desses atos; e os que, mesmo por causa transitória, não puderem exprimir a própria vontade. b) ( x ) Os menores de 16 anos de idade. c) ( ) Aqueles que, por enfermidade ou deficiência mental, não tiverem o necessário discernimento para a prática desses atos; e os que, mesmo por causa transitória, não puderem exprimir a própria vontade. d) ( ) Os menores de 16 anos de idade; e os que, por enfermidade ou deficiência mental, não tiverem o necessário discernimento para a prática desses atos. e) ( ) Os ébrios habituais e os viciados em tóxico. 5 Sobre a personalidade e a capacidade, marque a alternativa CORRETA: a) ( ) A existência da pessoa natural termina com a morte; presume- se esta, quanto aos ausentes, nos casos em que a lei autoriza a abertura de sucessão provisória. b) ( ) Se alguém, desaparecido em campanha ou feito prisioneiro, não for encontrado até três anos após o término da guerra, poderá ser declarada a morte presumida, sem decretação de ausência. c) ( x ) Se dois ou mais indivíduos falecerem na mesma ocasião, não se podendo averiguar se algum dos comorientes precedeu aos outros, presumir-se-ão simultaneamente mortos. d) ( ) Cessará, para os menores, a incapacidade pelo estabelecimento civil ou comercial, ou pela existência de relação de emprego, desde que, em função deles, o menor com quatorze anos completos tenha economia própria. TÓPICO 2 UNI AUTOATIVIDADE Há uma colisão de direitos fundamentais, em especial o direito à vida e o direito à liberdade (que engloba as liberdades de crença, religião e culto), na recusa das Testemunhas de Jeová ao recebimento de transfusões de sangue? 6 DIREITO CIVIL I R.: O tema é bastante controvertido. Existe entendimento que, nessecaso, não existe propriamente uma colisão de direitos fundamentais, tendo em vista que para a colisão é necessária a existência de dois titulares. Na hipótese, sendo o mesmo titular dos bens jurídicos (vida e liberdade religiosa), haveria concorrência de direitos fundamentais. Desta forma, se o titular for o mesmo, caberá a própria pessoa valorar qual dos seus direitos deverá prevalecer. Todavia, alguns Tribunais entendem que o direito à vida é absoluto e, portanto, a análise sobre a necessidade de transfusão é dever do médico, que pode, inclusive, solicitar uma medida judicial para obrigar o paciente na realização do tratamento. UNI AUTOATIVIDADE (OAB, 2019) Luíza ajuizou ação porque, embora há muitos anos se apresente socialmente com esse nome e com aparência feminina, foi registrada no nascimento sob o nome de Luís Roberto, do gênero masculino. Aduz na inicial que, embora nascida com características biológicas e cromossômicas masculinas, desde adolescente compreendeu-se transexual e, ao constatar a incompatibilidade com sua morfologia corporal, passou a adotar a identidade feminina, vestindo- se e apresentando-se socialmente como mulher. Nunca se submeteu à cirurgia de transgenitalização, por receio dos riscos da cirurgia e por entender que isso não a impede de ser mulher. Diante disso, formula pedidos para que seja alterado não somente o seu registro de nome, mas também o registro de gênero, cujo conteúdo lhe causa profundo constrangimento. Demanda que passe a constar o prenome Luíza no lugar de Luís Roberto e o gênero feminino no lugar de masculino. A sentença, contudo, julgou improcedente o pedido, limitando-se a afirmar que o pleito, sem a prévia cirurgia de transgenitalização, fere os bons costumes. Sobre o caso, responda aos itens a seguir: FONTE: <http://www.oabrj.org.br/arquivos/files/135295_GABARITO_JUSTIFICADO_-_ DIREITO_CIVIL.pdf>. Acesso em: 30 maio 2019. a) A sentença pode ser considerada adequadamente fundamentada? R.: Ao indicar, como fundamentação para a improcedência, a referência ao conceito jurídico indeterminado de “bons costumes”, sem explicar as razões concretas para sua incidência no caso concreto, a sentença violou o disposto no Art. 489, § 1º, inciso II, do CPC/2015. E/OU a sentença violou o disposto no Art. 489, § 1º, inciso VI, do CPC, pois o juiz não apontou 7 DIREITO CIVIL I distinção com o julgamento proferido pelo STF na ADI 4.275 e no RE 670.422, objeto de repercussão geral. Considera-se, por conta disso, que a sentença não foi fundamentada e, consequentemente, é inválida. b) No mérito, os dois pedidos de Luiza devem ser acolhidos? R.: No mérito, tanto o pedido de retificação do registro de nome como o pedido de retificação do pedido de gênero devem ser acolhidos, pois conforme o entendimento manifestado pelo STF no julgamento da ADI 4.275 e do RE 670.422, objeto de repercussão geral, em casos de transexualidade a alteração registral pode ocorrer independentemente de cirurgia de transgenitalização. UNI AUTOATIVIDADE Durante uma viagem a Maceió, em abril de 2010, o casal Patrícia e Eduardo foram fotografados pelo gerente de um restaurante local, com o intuito de registrar a presença em uma parede de fotos. Todavia, sem a autorização do casal, o gerente, no mês seguinte à visita deles, imprimiu a foto em tamanho superior e a inseriu em um grande cartaz publicitário afixado na parte externa do estabelecimento. Em maio do corrente ano, Patrícia e Eduardo retornam a Maceió e retornaram ao restaurante onde foram fotografados anos antes. Lá chegando, deparam-se com o enorme cartaz e exigem, de imediato, a sua retirada sob pena de ajuizarem ação indenizatória. Passados nove anos, está correta a atitude do casal? R.: Os direitos da personalidade são imprescritíveis, sendo a imagem um direito da personalidade. Desta forma, o casal agiu corretamente ao exigir a retirada da sua foto. Todavia, apesar do dano moral consistir na lesão a um interesse que tem por objetivo a satisfação de um bem jurídico extrapatrimonial contido nos direitos da personalidade, como por exemplo, a vida, a honra, o decoro, a intimidade, a imagem, a pretensão à sua reparação se sujeita aos prazos prescricionais estabelecidos em lei, uma vez que tal pretensão possui caráter patrimonial. Nessa esteira, inclusive, já decidiu o STJ. Quando se tratar de uma relação civil, o prazo de prescrição será de 3 (três) anos, aplicando-se ao caso o art. 206, § 3º, V, do Código Civil 1 (FCC, 2018) No tocante aos direitos da personalidade: FONTE: <https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/questoes/c0c1b7b7- 4e>. Acesso em: 29 maio 2019. 8 DIREITO CIVIL I a) ( ) Pode-se exigir a cessação da ameaça ou lesão a direito da personalidade; se pleiteadas perdas e danos, será vedado requerer outras sanções preventivas ou punitivas. b) ( ) É válida a disposição gratuita do próprio corpo, com objetivo científico, para depois da morte; é defesa à disposição com objetivo altruístico. c) ( ) É admissível a limitação voluntária do exercício de direitos da personalidade, quaisquer que sejam, embora sejam intransmissíveis e irrenunciáveis por sua natureza. d) ( x ) De acordo com o Código Civil, salvo por exigência médica, é defeso o ato de disposição do próprio corpo, quando importar diminuição permanente da integridade física, ou contrariar os bons costumes; o ato de disposição será admitido para fins de transplante, na forma prevista em lei especial. e) ( ) O nome da pessoa não pode ser empregado por ninguém em publicações que a exponham ao desprezo público, salvo se não houver intenção difamatória ou injuriosa. 2 (FGV, 2018) Carla faleceu casada com Jorge, mas sem filhos ou ascendentes. Legou, por testamento, determinados bens para sobrinhos. Após seu falecimento, certa pessoa criou um perfil falso com fotos de Carla em uma rede social. Nessa hipótese, a proteção da imagem de Carla pode ser exercida por: FONTE: <https://www.aprovaconcursos.com.br/questoes-de-concurso/ques- tao/669359>. Acesso em: 29 maio 2019. a) ( ) Seus herdeiros. b) ( ) Seu espólio. c) ( x ) Jorge. d) ( ) Seus amigos próximos. e) ( ) Herdeiro da maior porção de seus bens. 3 (FUNDATEC, 2018) Pela leitura dos enunciados normativos do Código Civil brasileiro, assinale a alternativa INCORRETA: FONTE: <https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/questoes/31ad6325- 5e>. Acesso em: 29 maio 2019. a) ( ) Com exceção dos casos previstos em lei, o exercício dos direitos de personalidade não pode sofrer, voluntariamente, limitações, observada a característica da de tais direitos. 9 DIREITO CIVIL I b) ( ) Além da possibilidade legal de realização de transplantes e exceto por determinação médica, é defeso o ato de disposição sobre o próprio corpo quando importar diminuição permanente da integridade física, ou contrariar os bons costumes. c) ( ) Não se pode usar o nome de outrem em propaganda comercial sem a devida autorização. d) ( x ) Salvo se necessária à manutenção da ordem pública, a utilização da imagem de uma pessoa falecida poderá ser proibida, exclusivamente a requerimento de seus ascendentes ou descendentes, se se destinar a fins comerciais. e) ( ) A intimidade da pessoa natural é inviolável, e o juiz adotará as providências para fazer cessar ato contrário a esta norma. 4 (FCC, 2018) Pedro de Oliveira, maior e capaz, quer acrescer a seu nome o pseudônimo “Marisco”, pois é pescador e deseja candidatar- se a vereador usando o nome pelo qual é conhecido em Cananeia, o que é notório na cidade, passando a chamar-se Pedro Marisco de Oliveira. Sua pretensão: FONTE:<https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/questoes/4302ca86-52>. Acesso em: 29 maio 2019. a) ( ) Será indeferida, porque o acréscimo do pseudônimo não é permitido após a maioridade, a fim de resguardar direitos de terceiros. b) ( ) Será indeferida, porque “Marisco” é nome de um animal marinho, nãopodendo ser utilizado como pseudônimo. c) ( ) Poderá ser deferida, mas somente para fins sociais, estritamente, não gozando da proteção legal dada ao nome na mesma extensão. d) ( ) Será indeferida, porque o pseudônimo não tem previsão legal de acréscimo ao nome. e) ( x ) Poderá ser deferida, gozando o pseudônimo, adotado para atividades lícitas, da mesma proteção que se dá ao nome. 5 (CESP, 2018) De acordo com o Supremo Tribunal Federal (STF), a alteração do prenome e do gênero (sexo) no registro civil de pessoas transgênero somente poderá ser realizada se houver autorização judicial e comprovação da realização de cirurgia de transgenitalização pelo(a) interessado(a): FONTE: <https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/questoes/85450571- -c2>. Acesso em: 29 maio 2019. a) ( x ) Errado. b) ( ) Certo. 10 DIREITO CIVIL I TÓPICO 3 UNI AUTOATIVIDADE (OAB, 2016) Júlia e André, casados há quinze anos, são pais de Marcos, maior de idade e capaz. Em janeiro de 2015, quando um forte temporal assolava a cidade em que moravam, André saiu de casa para receber aluguel do imóvel que herdara de sua mãe, não voltando para casa ao fim do dia. Após 6 meses do desaparecimento de André, que não deixou procurador ou informação sobre o seu paradeiro, Júlia procura aconselhamento jurídico sobre os itens a seguir. FONTE: <https://fgvprojetos.s3.amazonaws.com/620/29052016175853_GABARI- TO%20JUSTIFICADO%20-%20DIREITO%20CIVIL.pdf>. Acesso Em: 30 maio 2019. a) De acordo com o caso, independentemente de qualquer outra providência, será possível obter a declaração de morte presumida de André? R.: Trata-se de hipótese de ausência, configurada pela saída de André do seu domicílio sem dele haver notícias. Não é possível obter declaração de morte presumida, pois, de acordo com o Art. 7º do CC/02, somente haverá essa possibilidade por risco de vida, o que não se caracteriza. A declaração de morte fora as hipóteses do Art. 7º do CC/02, somente se dá quando a lei autoriza a abertura da sucessão definitiva dos bens do ausente, que ocorre, nos termos do Art. 37 do CC/02, dez anos depois do trânsito em julgado da decisão que concede a abertura da sucessão provisória. Não é possível, portanto, declarar a morte presumida sem decretação prévia de ausência. b) Dos personagens descritos no caso, quem detém a legitimidade ativa para requerer a sucessão definitiva dos bens de André? Qual é o prazo para esse requerimento? R.: A sucessão definitiva dos bens do ausente poderá ser requerida, nos termos do Art. 1167 do Código de Processo Civil e do Art. 37 do Código Civil, dez anos depois de passada em julgado a sentença de abertura da sucessão provisória. Os legitimados para requererem a abertura da sucessão definitiva são os mesmos que podem requerer a sucessão provisória, ou seja, Júlia ou o filho deles, Marcos, de acordo com o Art. 1163, § 1º, do Código de Processo Civil. 11 DIREITO CIVIL I 1 (CESPE, 2018) A sentença que determinar a abertura da sucessão provisória de bens de ausente não produzirá efeitos imediatamente, necessitando de um lapso temporal de cento e oitenta dias, contado da sua publicação; exceção a essa determinação ocorre quando há testamento, sendo os efeitos da sentença produzidos logo após o trânsito em julgado do procedimento de abertura testamentária: FONTE:<https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/questoes/152631a4-80>. Acesso em: 29 maio 2019. a) ( x ) Errado. b) ( ) Certo. 2 (UFPR, 2018) Sabe-se que a existência da pessoa natural termina com a morte. Acerca dos temas da morte presumida, ausência e comoriência, assinale a alternativa correta: FONTE: <https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/questoes/f3210192- -e0>. Acesso em: 29 maio 2019. a) ( ) O ausente é considerado morto nos casos em que a lei autoriza a abertura da sucessão provisória, isto é, quando já se passaram mais de dez anos da curadoria dos bens do ausente. b) ( x ) Na fase de sucessão provisória, os imóveis do ausente só se poderão alienar, não sendo por desapropriação, ou hipotecar, quando o ordene o juiz, para lhes evitar a ruína. c) ( ) A declaração de morte presumida, sem decretação de ausência, pode ocorrer quando alguém não é encontrado após dois anos do término de guerra, ainda que antes de finalizadas as buscas. d) ( ) Na curadoria dos bens do ausente, caso o ausente não tenha cônjuge, caberá o encargo aos descendentes ou aos pais, nessa ordem. e) ( ) Caso dois indivíduos sucessíveis entre si faleçam na mesma ocasião sem que seja possível determinar quem morreu primeiro, a presunção legal será a de que o mais velho faleceu antes do mais novo. 3 (CESPE, 2018) O companheiro do ausente na ocasião do desaparecimento deste deve ser considerado como seu curador legítimo e possui preferência, em relação aos pais ou descendentes da pessoa desaparecida, para exercer essa função. FONTE: <https://questoes.grancursosonline.com.br/questoes-de-concursos/direito- -civil-pessoas/969699>. Acesso em: 29 maio 2019. 12 DIREITO CIVIL I a) ( ) Errado. b) ( x ) Certo. 4 (CESPE, 2017) Após o naufrágio de embarcação em alto mar, constatou-se a falta de um dos passageiros, que nunca foi encontrado. Nessa situação, com relação ao desaparecido, será declarada a sua morte presumida: FONTE: <https://questoes.grancursosonline.com.br/questoes-de-concursos/direito-civil- -ausencia/924112>. Acesso em: 29 maio 2019. Mesmo sem o encerramento das buscas e averiguações. Após a declaração de sua ausência. Após um ano de seu desaparecimento. Mesmo sem a decretação de ausência. 5 (IESES, 2017) Conforme preconiza o Código Civil Brasileiro, no que se refere à curadoria dos bens do ausente é correto afirmar: FONTE: <https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/questoes/bb170c1a- -6b>. Acesso em: 29 maio 2019. I- O juiz, que nomear o curador, fixar-lhe-á os poderes e obrigações, conforme as circunstâncias, observando, no que for aplicável, o disposto a respeito dos tutores e curadores. II- O cônjuge do ausente, sempre que não esteja separado judicialmente, ou de fato por mais de três anos antes da declaração da ausência, será o seu legítimo curador. III- Também se declarará à ausência, e se nomeará curador, quando o ausente deixar mandatário que não queira ou não possa exercer ou continuar o mandato, ou se os seus poderes forem insuficientes. IV- Desaparecendo uma pessoa do seu domicílio sem dela haver notícia, se não houver deixado representante ou procurador a quem caiba administrar-lhe os bens, o juiz, a requerimento de qualquer interessado ou do Ministério Público, declarará a ausência, e nomear-lhe-á curador. A sequência CORRETA é: a) ( ) Apenas a assertiva III está correta. b) ( ) Apenas as assertivas I e IV estão corretas. c) ( ) As assertivas I, II, III e IV estão corretas. d) ( x ) A assertiva II está incorreta. 13 DIREITO CIVIL I UNIDADE 2 TÓPICO 1 UNI AUTOATIVIDADE Luciano é um filantropo e, portanto, pretende criar uma fundação dedicada ao fomento da cultura. Para instituí-la, deverá promover dotação especial de bens livres, especificando o fim a que se destina. De acordo com o Código Civil, o ato de criação dessa fundação poderá ser realizado? R.: De acordo com o Código Civil, o ato de criação dessa fundação poderá ser realizado somente por escritura pública ou testamento, inclusive o particular. UNI AUTOATIVIDADE (OAB, 2018) A sociedade empresária Madeira Certificada Ltda. firmou com Só Móveis Ltda. um contrato de fornecimento de material, visando ao abastecimento de suas indústrias moveleiras. Depois de dois anos de relação contratual, Só Móveis deixou de pagar as notas fiscais emitidas por Madeira Certificada, alegando dificuldades financeiras, o que levou à rescisão do contrato, restando em aberto os pagamentos do fornecimento de material dos meses de outubro, novembro e dezembro de 2015. Madeira Certificada, de posse do contrato, firmado por duas testemunhas,das notas fiscais e de declaração subscrita pela sociedade reconhecendo a existência da dívida, ajuizou execução de título extrajudicial em 01/04/2016. Citada, a sociedade empresária Só Móveis não efetuou o pagamento, e a tentativa de penhora on-line de dinheiro e de bens imóveis foi infrutífera, não tendo sido localizado patrimônio para satisfação do crédito. Madeira Certificada constatou, contudo, que um dos sócios administradores da Só Móveis havia tido um acréscimo substancial de patrimônio nos últimos dois anos, passando a ser proprietário de imóvel e carros, utilizados, inclusive, pela devedora. Diante de tal situação, responda aos itens a seguir. FONTE: <https://www.jurisway.org.br/provasoab/oab2aetapa.asp?id_questao=817>. Acesso em: 25 jun. 2019. 14 DIREITO CIVIL I a) O que a sociedade empresária Madeira Certificada deve alegar para fundamentar a extensão da responsabilidade patrimonial e possibilitar a satisfação do crédito? R.: Madeira Certificada deve alegar que a ocorrência de confusão patrimonial evidencia abuso da personalidade jurídica, com o objetivo de que seja desconsiderada a personalidade jurídica, e de que os bens do sócio administrador respondam pelas dívidas da sociedade Só Móveis, nos termos do Art. 50 do Código Civil. b) Com base em tal alegação, qual seria a medida processual incidental adequada para estender a responsabilidade patrimonial e possibilitar a satisfação do crédito? R.: A medida processual para que os bens do responsável fiquem sujeitos à execução, no caso de abuso da personalidade jurídica (Art. 790, inciso VII, do CPC/15), é o incidente de desconsideração da personalidade jurídica (Art. 795, § 4º, do CPC/15), previsto no Art. 134 do CPC/15, aplicável à execução. 1 (CESPE – ABIN, 2019) O ordenamento assegura a liberdade de criação e funcionamento das organizações religiosas, mas isso não impede que o Poder Judiciário analise a compatibilidade dos atos praticados por essas instituições com a lei e com seus respectivos estatutos. FONTE:<https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/questoes/4ed1d02a- -2b>. Acesso em: 25 jun. 2019. a) ( ) Errado. b) ( x ) Certo. 2 (NUCEPE – PC/PI, 2018) Julgue os itens abaixo, e marque a alternativa CORRETA: I- As fundações podem ser particulares e públicas. II- Para criar uma fundação privada, o seu instituidor fará, por escritura pública, contrato registado, ou testamento. III- Uma fundação de direito privado tem como fins específicos apenas: religiosos, morais, culturais ou de assistência. IV- As associações constituem-se numa união de pessoas organizadas para fins econômicos ou não econômicos. V- Os partidos políticos são pessoas jurídicas de direito público. FONTE: <https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/questoes/4033b895- 6e>. Acesso em: 25 jun. 2019. 15 DIREITO CIVIL I a) ( ) Somente os itens I e III estão corretos. b) ( x ) Somente o item I está correto. c) ( ) Somente os itens I, II, III e IV estão corretos. d) ( ) Todos os itens estão corretos. e) ( ) Somente os itens I, III e IV estão corretos. 3 (CESPE – MPU, 2018) Com a dissolução da pessoa jurídica, a personalidade desse ente não desaparece, mas subsiste até que a liquidação seja concluída. FONTE: <https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/questoes/4bbb72a8-d7>. Acesso em: 25 jun. 2019. a) ( ) Errado. b) ( x ) Certo. 4 (FCC - SEAD-AP, 2018) À luz do disposto no Código Civil, considere: I- Aplica-se às pessoas jurídicas, no que couber, a proteção dos direitos da personalidade. II- Pode ser declarada a morte presumida, sem decretação de ausência, se for possível, ainda que improvável, a morte de quem, segundo ao menos duas testemunhas, estava em perigo de vida. III- Cessará, para os menores, a incapacidade, pela concessão dos pais, ou de um deles na falta do outro, mediante instrumento público ou particular, independentemente de homologação judicial, ou por sentença do juiz, ouvido o tutor, se o menor tiver dezesseis anos completos. IV- O pseudônimo adotado para atividades lícitas goza da proteção que se dá ao nome. Está CORRETO o que consta em: FONTE: <https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/questoes/ffd8a0cf- -fb>. Acesso em: 25 jun. 2019. Acesso em: 2 jul. 2019. a) ( x ) I e IV. b) ( ) I e II. c) ( ) II e IV. d) ( ) II e III. e) ( ) I e III. 16 DIREITO CIVIL I 5 (FUNDEP – TCE/MG, 2018) São características das pessoas jurídicas, EXCETO: FONTE: <https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/questoes/f5df2287- 06>. Acesso em: 25 jun. 2019. a) ( x ) Podem exercer todo e qualquer ato da vida civil e serem sujeitos passivos de delitos. b) ( ) Têm personalidade própria e patrimônio autônomo. c) ( ) Têm existência e patrimônio próprios. d) ( ) Têm personalidade e existência próprias. e) ( ) Têm existência própria e podem ser sujeitos ativos de delitos. TÓPICO 2 UNI AUTOATIVIDADE As energias que tenham valor econômico são consideradas bens imóveis? R.: Essa pergunta não foi inserida como autoatividade, mas sim como um questionamento para o aluno refletir. A resposta se encontra no corpo do próprio material didático UNI AUTOATIVIDADE Paulo ganhou de presentes de casamento: um quadro assinado por seu autor, um liquidificador de marca conhecida e disponível no mercado, um relógio de parede, único, que havia pertencido ao seu falecido avô e certa quantia em dinheiro. No caso concreto, quais são os bens considerados infungíveis? R.: O quadro e o relógio UNI AUTOATIVIDADE Luiz se estabeleceu, com animus domini, em praça pública abandonada pelo Município. Decorridos mais de 20 anos, sem oposição das pessoas que frequentavam o local, requereu fosse declarada a usucapião da praça. Tal praça constitui bem? 17 DIREITO CIVIL I R.: Bem de uso comum do povo, insuscetível de usucapião, assim como os de uso especial e os dominicais. 1 (FCC – TRT/SP, 2018) Em relação aos bens: FONTE:<https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/questoes/5b20d480-94>. Acesso em: 25 jun. 2019. a) ( ) Consideram-se como benfeitorias mesmo os melhoramentos ou acréscimos sobrevindos ao bem sem a intervenção do proprietário, possuidor ou detentor. b) ( ) Os naturalmente divisíveis podem tornar-se indivisíveis somente por vontade das partes. c) ( ) Os negócios jurídicos que dizem respeito ao bem principal como regra abrangem as pertenças, salvo as exceções legais. d) ( x ) Os materiais destinados a alguma construção, enquanto não forem empregados, conservam sua qualidade de móveis; readquirem essa qualidade os provenientes da demolição de algum prédio. e) ( ) São consumíveis os bens móveis que podem substituir-se por outros da mesma espécie, qualidade e quantidade. 2 De acordo com o Código Civil, são bens públicos: a) ( ) Os dominicais, tais como os edifícios ou terrenos destinados a serviço ou estabelecimento da administração federal, estadual, territorial ou municipal, inclusive os de suas autarquias. b) ( ) Os de uso comum do povo, tais como edifícios ou terrenos destinados a serviço ou estabelecimento da administração federal, estadual, territorial ou municipal, inclusive os de suas autarquias. c) ( x ) Os de uso especial, tais como edifícios ou terrenos destinados a serviço ou estabelecimento da administração federal, estadual, territorial ou municipal, inclusive os de suas autarquias. d) ( ) Os dominicais, que constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de direito privado, como objeto de direito pessoal, ou real, de cada uma dessas entidades. e) ( ) Os de uso comum do povo, apenas. 3 (FCC – ALESE/SE, 2018) De acordo com o Código Civil, uma praça, um quadro assinado por renomado pintor e as energias que tenham valor econômico são considerados, respectivamente, bem: FONTE: <https://questoes.grancursosonline.com.br/questoes-de-concursos/filtro_ava ncado?disciplinas[]=24&id=972591>. Acesso em: 25 jun. 2019. 18 DIREITO CIVIL I a) ( ) Públicode uso especial, bem fungível e bem imóvel b) ( x ) Público de uso comum do povo, bem infungível e bem móvel. c) ( ) Particular dominical, bem infungível e bem imóvel d) ( ) Público de uso comum do povo, bem infungível e bem imóvel e) ( ) Público de uso comum do povo, bem fungível e bem móvel. 4 De acordo com o disposto no Código Civil a respeito dos bens, é CORRETO afirmar: a) ( ) A lei não pode determinar a indivisibilidade do bem, pois esta característica decorre da natureza da coisa ou da vontade das partes. b) ( ) A regra de que o acessório segue o principal tem inúmeros efeitos, entre eles, a presunção absoluta de que o proprietário da coisa principal também seja o dono do acessório. c) ( x ) Para os efeitos legais, considera-se bem imóvel o direito à sucessão aberta. d) ( ) Pertenças são obras feitas na coisa ou despesas que se teve com ela, com o fim de conservá-la, melhorá-la ou embelezá-la. 5 (UFG, 2018) Na reforma de uma casa, três janelas foram retiradas para receber pequenos reparos em sua estrutura e, ao final do procedimento, foram reempregadas no prédio de origem. Quanto à classificação de bens, tais janelas são: FONTE: <https://questoes.grancursosonline.com.br/questoes-de-concursos/filtro_ava ncado?disciplinas[]=24&id=1001003>. Acesso em: 25 jun. 2019. a) ( ) Bens móveis, visto que foram reempregadas no local de origem. b) ( ) Bens móveis enquanto estiverem separadas do prédio de origem. c) ( x ) Bens imóveis, visto que foram separadas provisoriamente do prédio para nele se reempregar. d) ( ) Bens com natureza dúplice variável entre móveis e imóveis. TÓPICO 3 1 (QUADRIX – CRA/PR, 2019) Quanto aos fatos e atos jurídicos, julgue o item: Consideram-se como fatos jurídicos os acontecimentos que, de forma direta ou indireta, ocasionem efeitos jurídicos. FONTE: <https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/questoes/c1fcbe6e-46>. Acesso em: 25 jun. 2019. 19 DIREITO CIVIL I a) ( ) Errado b) ( x ) Certo 2 (QUADRIX – CRA/PR, 2019) As consequências dos atos jurídicos em sentido estrito são reguladas e determinadas pela manifestação de vontade do agente: FONTE: <https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/questoes/c203d- b6e-46>. Acesso em: 25 jun. 2019. a) ( x ) Errado. b) ( ) Certo. 3 Nos termos do Código Civil, em especial quanto aos fatos jurídicos, assinale a alternativa INCORRETA. a) ( ) O silêncio importa anuência, quando as circunstâncias ou os usos o autorizarem, e não for necessária a declaração de vontade expressa. b) ( ) Os negócios jurídicos devem ser interpretados conforme a boa-fé e os usos do lugar de sua celebração. c) ( x ) Nas declarações de vontade se atenderá apenas o sentido literal da linguagem utilizada no pacto celebrado entre as partes. d) ( ) Os negócios jurídicos benéficos e a renúncia interpretam-se estritamente. 4 (IBFC – TJ/PE, 2017) Fato jurídico é o elemento que dá origem aos direitos subjetivos, impulsionando a criação da relação jurídica, concretizando as normas jurídicas. A respeito dos fatos jurídicos, assinale a alternativa INCORRETA. FONTE: <https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/questoes/de1fa385- -b4>. Acesso em: 25 jun. 2019. a) ( ) Fato natural advém de um fenômeno que produz efeitos jurídicos e em que não se observa qualquer tipo de intervenção humana. b) ( ) O fato humano pode ser classificado como voluntário quando produzir efeitos jurídicos queridos pelo agente. c) ( ) A aquisição de direitos pressupõe a conjunção do direito com o seu titular. d) ( x ) A modificação de direitos se dá de forma quantitativa quando atingir a qualidade do objeto ou do conteúdo do direito. e) ( ) Extingue-se os direitos quando verificada, dentre outros motivos, a prescrição e a decadência. 20 DIREITO CIVIL I 5 Sobre os Fatos Jurídicos previstos no Código Civil, marque a alternativa CORRETA. a) ( ) A incapacidade relativa de uma das partes poderá ser invocada pela outra em benefício próprio, nem aproveita aos cointeressados capazes, salvo se, neste caso, for indivisível o objeto do direito ou da obrigação comum. b) ( ) O silêncio importa anuência, quando as circunstâncias ou os usos o autorizarem, e não for necessária a declaração de vontade expressa. c) ( ) A impossibilidade inicial do objeto invalida o negócio jurídico se for relativa, ou se cessar antes de realizada a condição a que ele estiver subordinado. d) ( ) Os poderes de representação conferem-se exclusivamente por lei. e) ( x ) É nulo o negócio concluído pelo representante em conflito de interesses com o representado, se tal fato era ou devia ser do conhecimento de quem com aquele tratou. UNIDADE 3 TÓPICO 1 UNI AUTOATIVIDADE Carlos, através de contato telefônico com determinada empresa, autorizou que ela lhe enviasse um contrato de publicidade para destacar sua empresa em um determinado site. De acordo com as informações repassadas, via telefone, Carlos pagaria R$ 15,00 (quinze reais) mensais durante 12 (doze) meses. Estabelecido o negócio jurídico, Carlos recebeu o contrato por e-mail, assinou e encaminhou à empresa, não tendo percebido que a referida Empresa realizara, intencionalmente, a substituição do valor inicialmente estabelecido para cada parcela, fazendo constar o valor de R$ 150,00 (cento e cinquenta reais) por mês. Diante do caso concreto, existe algum vício no negócio jurídico? R.: Carlos poderá anular o negócio jurídico, por encontrar-se defeituoso, na figura do dolo, pois a empresa X se utilizou de expediente astucioso, a fim de que Carlos assinasse o contrato, levando-o a crer que as condições pactuadas via contato telefônico estariam mantidas 21 DIREITO CIVIL I UNI AUTOATIVIDADE (XXVI Exame da OAB) Em 10 de dezembro de 2016, Roberto alienou para seu filho André um imóvel de sua propriedade, por valor inferior ao preço de venda de imóveis situados na mesma região. José, que também é filho de Roberto e não consentiu com a venda, ajuizou ação, em 11 de dezembro de 2017, com o objetivo de anular o contrato de compra e venda celebrado entre seu pai e André. No âmbito da referida ação, José formulou pedido cautelar para que o juiz suspendesse os efeitos da alienação do imóvel até a decisão final da demanda, o que foi deferido pelo magistrado por meio de decisão contra a qual não foram interpostos recursos. O juiz, após a apresentação de contestação pelos réus e da produção das provas, proferiu sentença julgando improcedente o pedido deduzido por José, sob o fundamento de que a pretensão de anulação do contrato de compra e venda se encontraria prescrita. Como consequência, revogou a decisão cautelar que anteriormente havia suspendido os efeitos da compra e venda celebrada entre Roberto e André). Qual é o fundamento da ação ajuizada por José para obter a anulação da compra e venda? Esclareça se a sentença proferida pelo juiz de primeira instância, que reconheceu a prescrição da pretensão, está correta. FONTE: <https://www.jurisway.org.br/provasOAB/oab2afase.asp?id_questao=908>. Acesso em: 29 out. 2019. R.: O fundamento da ação ajuizada por José é o de que se afigura anulável a venda de ascendente a descendente, salvo se os outros descendentes e o cônjuge alienante expressamente houverem consentido, na forma do Art. 496 do CC. Por outro lado, o juiz de primeira instância se equivocou ao reconhecer a prescrição da pretensão de José, pois se trata de prazo decadencial e a ação foi proposta dentro do prazo de 2 anos, previsto no Art. 179 do CC. 1 (FCC, 2018) Antenor e Amélia, pai e filha, adquiriram um imóvel para nele juntos residirem. Em razão de dificuldades financeiras, Antenor e Amélia, por preço justo, venderam-no a Pedro. Embora fosse contrária à venda, Amélia aceitou participar de sua realização apenas pelo receio de desapontar Antenor, a quem respeitava profundamente. Em tal cenário, agiu Amélia sob: FONTE: <https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/questoes/ffdbcf0a-fb>. Acesso em: 28 out. 2019. 22 DIREITO CIVIL I a) ( ) Estado de perigo, sendo nulo o negócio jurídico. b) ( ) Coação, sendo anulável o negócio jurídico. c) ( ) Erro, sendo válido o negócio jurídico. d) ( ) Lesão, sendo anulável o negócio jurídico. e) ( x ) Temor reverencial, sendo válido o negócio jurídico. 2 (UFT, 2018) Considerando o estabelecido no Código Civil, assinale a alternativa CORRETA. FONTE: <https://www.aprovaconcursos.com.br/questoes-de-concurso/questao/671800>. Acesso em: 28 out. 2019. a) ( x ) A coação, para viciar a declaração da vontade, há de ser tal que incuta ao paciente fundado temor de dano iminente e considerável à sua pessoa, à sua família, ou aos seus bens. b) ( ) Configura-se a lesão quando alguém, premido da necessidade de salvar-se, ou a pessoa de sua família, de grave dano conhecido pela outra parte, assume obrigação excessivamente onerosa. c) ( ) Ocorre o estado de perigo quando uma pessoa, sob premente necessidade, ou por inexperiência, se obriga a prestação manifestamente desproporcional ao valor da prestação oposta. d) ( ) Por dolo, poderão ser anulados os negócios de transmissão gratuita de bens ou remissão de dívida, se os negócios forem praticados pelo devedor já insolvente, ou por tais negócios o devedor for reduzido à insolvência, ainda quando a ignore. 3 (FCC, 2019) No tocante aos negócios jurídicos: FONTE: <https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/questoes/ d26ae1fa-36>. Acesso em: 28 out. 2019. a) ( ) As nulidades devem ser pronunciadas pelo juiz, quando conhecer do negócio jurídico ou dos seus efeitos e as encontrar provadas, podendo, porém, supri-las a pedido expresso das partes. b) ( x ) Serão nulos os negócios jurídicos simulados, mas subsistirão os dissimulados, se válidos forem na substância e na forma. c) ( ) Tanto os negócios jurídicos nulos como aqueles anuláveis são suscetíveis de confirmação, podendo convalescer pelo decurso do tempo, se a invalidade se der por idade da pessoa. d) ( ) Quando a anulabilidade do ato resultar da falta de autorização de terceiro, não há possibilidade de validação do ato. e) ( ) É de dois anos o prazo de decadência para pleitear-se a anulação do ato em que houver ocorrido coação, contado esse prazo do dia em que a ameaça cessar. 23 DIREITO CIVIL I 4 (TJ-PR, 2019) Para ajudar a custear o tratamento médico de seu filho, José resolveu vender seu próprio automóvel. Em razão da necessidade e da urgência, José estipulou, para venda, o montante de 35 mil reais, embora o valor real de mercado do veículo fosse de 65 mil reais. Ao ver o anúncio, Fernando ofereceu 32 mil reais pelo automóvel. José aceitou o valor oferecido por Fernando e formalizou o negócio jurídico de venda. Conforme o Código Civil, essa situação configura hipótese de: FONTE: <https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/questoes/3baa2d58-46>. Acesso em: 28 out. 2019. a) ( ) A lesão, sendo o negócio jurídico anulável. b) ( ) Dolo, podendo José pedir somente indenização por perdas e danos. c) ( x ) Lesão, podendo José pedir somente indenização por perdas e danos. d) ( ) Dolo, sendo o negócio jurídico anulável 5 (METROCAPITAL, 2019) Os artigos 166 a 184 do Código Civil detalham a Teoria das Nulidades do negócio jurídico. Considerando a disciplina legal supra, aponte a assertiva que se coaduna com a sistemática atual das nulidades. FONTE: <https://www.aprovaconcursos.com.br/questoes-de-concurso/questao/648187>. Acesso em: 28 out. 2019. a) ( ) É anulável o negócio jurídico simulado, mas subsistirá o que se dissimulou, se válido for na substância e na forma. b) ( ) O prazo prescricional para anular contrato de compra e venda pactuado mediante estado de perigo é de 3 (três) anos contados do dia em que se realizou tal negócio jurídico. c) ( ) Anulação do negócio jurídico possui efeito ex nunc. d) ( x ) Praticado o negócio jurídico em desacordo com a forma prescrita em lei, este será anulável e o decreto judicial de nulidade depende de provocação das partes. e) ( ) As nulidades devem ser pronunciadas pelo juiz, quando conhecer do negócio jurídico ou dos seus efeitos e as encontrar provadas, não lhe sendo permitido supri-las, ainda que a requerimento das partes. 24 DIREITO CIVIL I TÓPICO 2 UNI AUTOATIVIDADE (XXIV Exame da OAB) Marcos estacionou seu automóvel diante de um prédio de apartamentos. Pouco depois, um vaso de plantas caiu da janela de uma das unidades e atingiu o veículo, danificando o para- brisa e parte da lataria. Não foi possível identificar de qual das unidades caiu o objeto. O automóvel era importado, de modo que seu reparo foi custoso e demorou cerca de dez meses. Dois anos e meio depois da saída do automóvel da oficina, Marcos ajuíza ação indenizatória em face do condomínio do edifício. Após a contestação, ao perceber que a pretensão de Marcos está prescrita, pode o juiz conhecer de ofício dessa prescrição se nenhuma das partes tiver se manifestado a respeito? FONTE: <https://www.jurisway.org.br/provasOAB/oab2afase.asp?id_questao=802>. Acesso em: 29 out. 2019. R.: A pretensão encontra-se prescrita, aplicando-se à hipótese o prazo trienal previsto pelo Art. 206, § 3º, inciso V, do Código Civil, contado da data do evento danoso. Trata-se de matéria que pode ser conhecida de ofício pelo julgador (Art. 487, inciso II, do CPC/15). No entanto, após a contestação da lide pelo réu, não se autoriza ao juiz conhecer da prescrição sem antes oportunizar a manifestação das partes, em homenagem ao princípio da não surpresa (Art. 10 ou Art.487, parágrafo único, ambos do CPC/15). 2 (XXIV Exame da OAB) Pedro, maior com 30 (trinta) anos de idade, é filho biológico de Paulo, que nunca reconheceu a filiação no registro de Pedro. Em 2016, Paulo morreu sem deixar testamento, solteiro, sem ascendentes e descendentes, e com dois irmãos sobreviventes, que estão na posse dos bens da herança. Diante da situação apresentada, responda aos itens a seguir. A) Qual o prazo para propositura da ação de investigação de paternidade e da petição de herança? FONTE: <https://www.jurisway.org.br/provasOAB/oab2afase.asp?id_questao=804>. Acesso em: 29 out. 2019. 25 DIREITO CIVIL I R.: A ação de investigação de paternidade é imprescritível, como prevê o Art. 27 do ECA, enquanto que a petição de herança se submete ao prazo prescricional de 10 (dez) anos, por se tratar de maior prazo previsto em lei, consoante dispõe o Art. 205 do Código Civil. A questão foi sintetizada no enunciado da Súmula 145 do Supremo Tribunal Federal. 1 (UFPR, 2019) Acerca da prescrição, assinale a alternativa CORRETA. FONTE: <https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/questoes/70fd3fb0-34>. Acesso em: 29 out. 2019. a) ( ) Prescreve em três anos a pretensão dos hospedeiros ou fornecedores de víveres destinados a consumo no próprio estabelecimento, para o pagamento da hospedagem ou dos alimentos. b) ( x ) Prescreve em três anos a pretensão relativa a aluguéis de prédios urbanos ou rústicos. c) ( ) Prescreve em quatro anos a pretensão do vencedor para haver do vencido o que despendeu em juízo. d) ( ) Prescreve em cinco anos a pretensão de restituição dos lucros ou dividendos recebidos de má-fé, correndo o prazo da data em que foi deliberada a distribuição. e) ( ) A prescrição é contada em dobro entre os cônjuges, na constância da sociedade conjugal. 2 (CESPE, 2019) No que se refere a conceitos e consequências da prescrição e da decadência, é correto afirmar que: FONTE: <https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/questoes/56e6891a-44>. Acesso em: 29 out. 2019. a) ( ) A decadência atinge diretamente o direito de ação e, assim, faz desaparecer o direito tutelado, ao passo que a prescrição, ao atingir o direito tutelado, tem como consequência a extinção da ação. b) ( x ) A prescrição pode ser classificada como aquisitiva e extintiva, uma vez que o decurso do tempo,elemento comum às duas espécies, tem influência para a aquisição e a extinção de direitos. c) ( ) A prescrição, a perempção e a preclusão são institutos que geram a perda de direitos, sendo as duas primeiras de natureza material e a última, de natureza processual. d) ( ) A renúncia à prescrição é válida desde que seja expressa, não cause prejuízos a terceiros e seja realizada depois que a prescrição se consumar. e) ( ) Os prazos prescricionais, em regra, são aqueles definidos por lei; contudo, por acordo das partes, eles podem ser alterados e novas causas de interrupção e suspensão podem ser criadas. 26 DIREITO CIVIL I 3 (INAZ do Pará, 2019) Acerca dos conhecimentos sobre decadência, prevista no Código Civil de 2002, é correto afirmar: FONTE: <https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/questoes/6f3dc783-20>. Acesso em: 29 out. 2019. a) ( x ) Não corre a decadência contra os que se acharem servindo nas Forças Armadas, em tempo de guerra. b) ( ) A decadência fixada em lei poderá ser renunciada por qualquer sujeito, desde que maior de idade e com capacidade plena para os atos da vida civil. c) ( ) Se a decadência for fixada por lei, deve à parte a quem aproveita alegá-la em qualquer grau de jurisdição, não podendo, contudo, ser alegada de ofício pelo juiz. d) ( ) Salvo disposição legal em contrário, não se aplicam à decadência as normas que impedem, suspendem ou interrompem a prescrição. e) ( ) Deve o juiz, de ofício, conhecer de decadência convencional, desde que se verifique, nos autos, elementos que consubstanciem sua decisão a respeito. 4 (FUMARC, 2018) Sobre a prescrição e a decadência, é CORRETO afirmar: FONTE: <https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/questoes/0de1c29c-73>. Acesso em: 29 out. 2019. a) ( ) A interrupção da prescrição é comum, aproveitando, em qualquer caso, a todos os credores ainda que somente um a tenha promovido. b) ( ) A prescrição está ligada às ações constitutivas e desconstitutivas; já a decadência está relacionada às ações condenatórias. c) ( ) As ações declaratórias, por serem direitos pessoais, estão sujeitas ao prazo prescricional de 5 anos. d) ( x ) Se a decadência for convencional, a parte a quem aproveita pode alegá-la em qualquer grau de jurisdição, mas o juiz não pode suprir a alegação. 5 (FCC, 2018) Considere as proposições a seguir, a respeito do tema prescrição e decadência: FONTE: <https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/questoes/327d55dc- -4a>. Acesso em: 29 out. 2019. 27 DIREITO CIVIL I I- Se a parte não alegar prescrição na contestação, opera-se a preclusão, sendo vedado que o faça em grau de recurso. II- O falecimento do devedor interrompe o curso do prazo prescricional. III- A prescrição não corre entre os cônjuges, mesmo depois do fim da sociedade conjugal. IV- É possível a renúncia à prescrição, expressa ou tácita, desde que não traga prejuízo a terceiros e desde que seja realizada depois de se consumar. Está correto o que se afirma APENAS em: a) ( ) I, II e III. b) ( ) I e I V. c) ( ) III e I V. d) ( x ) IV. e) ( ) II. TÓPICO 3 UNI AUTOATIVIDADE (XXIX Exame da OAB) José, em 01/03/2019, ajuizou ação de reintegração de posse com pedido de tutela antecipada em face de Paulo, alegando que este último invadira um imóvel de sua propriedade de 200 metros quadrados, situado em área urbana. Embora a petição inicial não estivesse devidamente instruída com os documentos comprobatórios, o juiz deferiu, antes mesmo de ouvir o réu, o pedido de antecipação de tutela, determinando a expedição do mandado liminar de reintegração. Surpreendido com o ajuizamento da ação e com a decisão proferida pelo juiz, Paulo procura você, como advogado(a), para defendê- lo na ação, afirmando que exerce posse contínua e pacífica sobre o imóvel, desde 01/03/2017, utilizando o bem para sua moradia, já que não possui qualquer outra propriedade imóvel. Afirma, ainda, que passou a habitar o imóvel após a morte de seu pai, que lá também residia sem qualquer turbação ou esbulho, exercendo posse contínua e pacífica sobre o bem desde 01/03/2013. Com base em tais fatos, responda, fundamentadamente, à indagação a seguir. A) O que o(a) advogado(a) de Paulo deverá alegar, como principal matéria de defesa para obter a improcedência dos pedidos deduzidos por José, na ação de reintegração de posse? FONTE: <https://www.jurisway.org.br/provasOAB/oab2afase.asp?id_questao=994>. Acesso em: 29 out. 2019. 28 DIREITO CIVIL I R.: A principal matéria de defesa a ser alegada pelo advogado será a usucapião especial urbana. Isso porque, na forma do Art. 1.243 do CC, o tempo de posse de Paulo sobre o bem é acrescido pelo período em que seu pai residiu no imóvel. Assim, Paulo atende a todos os requisitos exigidos pelo Art. 1.240 do CC, pelo Art. 183 da CRFB/88 e pelo Art. 9º da Lei nº 10.257/01, que disciplinam a usucapião especial urbana, possuindo, como sua, área urbana de até duzentos e cinquenta metros quadrados, por mais de cinco anos ininterruptos, utilizando-a para sua moradia, não sendo proprietário de qualquer outro imóvel. UNI AUTOATIVIDADE (XX Exame da OAB) Patrícia e sua vizinha Luíza estão sempre em conflito, pois Nick, o cachorro de Luíza, frequentemente pula a cerca entre os imóveis e invade o quintal de Patrícia, causando diversos danos à sua horta. Patrícia já declarou inúmeras vezes que deseja construir uma divisória para evitar as constantes invasões de Nick, mas não quer assumir sozinha o custo da alteração, ao passo que Luiza se recusa a concordar com a mudança da cerca limítrofe entre os terrenos. Em determinado dia, Nick acabou preso no quintal de Patrícia que, bastante irritada com toda a situação, recusou-se a devolvê-lo e não permitiu que Luíza entrasse em seu terreno para resgatá-lo. Sobre a situação descrita, responda: tendo se recusado a devolvê-lo, pode Patrícia impedir a entrada de Luíza em sua propriedade com o intuito de resgatar o cachorro? (Valor: 0,50) B) Com relação ao pleito de Patrícia acerca da divisória entre os imóveis, é possível exigir de Luiza a concordância com a alteração da cerca? Em caso positivo, de quem seriam os custos da colocação da nova divisória? FONTE: <https://www.jurisway.org.br/provasOAB/oab2afase.asp?id_questao=607>. Acesso em: 29 out. 2019. R.: A questão envolve problema de limite entre prédios e direito de tapagem, bem como disposições sobre direitos de vizinhança constantes na seção do Código Civil que versa sobre o direito de construir. Com relação à primeira pergunta, não pode Patrícia impedir que Luíza entre em seu terreno, mediante aviso prévio, a fim de resgatar o cachorro Nick (Art. 1.313, inciso II, do Código Civil), a não ser que o devolva por conta própria, o que não ocorreu no caso em tela. B) Já se levando em conta o pleito de Patrícia sobre a alteração da divisória entre os imóveis, observa-se que esse direito pode ser exigido pelo proprietário de um terreno a fim de evitar a passagem de animais de pequeno porte, sendo responsável pelas despesas aquele que provocou a necessidade dos tapumes especiais, ou seja, no presente caso, Luíza (Art. 1.297, § 3º, do Código Civil). 29 DIREITO CIVIL I 1 Sobre as obrigações propter rem é CORRETO afirmar que: a) ( ) São obrigações que constituem verdadeiros direitos reais, uma vez que existem em função da existência desses. Portanto, o titular do direito real, será o titular da obrigação propter rem. b) ( ) Renúncia ao direito real libera sempre o renunciante da obrigação propter rem. c) ( ) Ocorrendo a transferência da coisa sobre a qual incide uma obrigação propter rem esta estará automaticamente extinta. d) ( x ) São obrigações de natureza ambulatória, o que significa afirmar que a titularidade acompanha sempre o direito real, como é o caso do IPTU e da taxa de condomínio. e) ( ) Para a caracterização da obrigação propter rem importa identificar quem era o seu titularà época do fato gerador. 2 Assinale a alternativa INCORRETA: a) ( ) O possuidor tem direito de ser mantido na posse em caso de turbação. b) ( x ) Considera-se possuidor aquele que, achando-se em relação de dependência para com outro, conserva a posse em nome deste e em cumprimento de ordens ou instruções. c) ( ) O Código Civil reconhece como injusta a posse que for violenta, clandestina ou precária. d) ( ) A posse poderá ser desmembrada em direta e indireta. 3 No sistema brasileiro: a) ( ) A propriedade móvel se adquire com o contrato de compra e venda. b) ( ) A propriedade imóvel se adquire no momento em que o bem é transferido ao comprador. c) ( ) tanto a propriedade móvel como a imóvel se adquire pela cláusula constituti. d) ( x ) A propriedade móvel se adquire pela tradição e a imóvel pelo registro. e) ( ) A propriedade imóvel se adquire pela escritura pública de compra e venda. 30 DIREITO CIVIL I 4 Sobre a aquisição e perda da propriedade, analise as afirmações a seguir: I- A usucapião é forma de aquisição de propriedade. II- A usucapião no direito brasileiro, quanto aos bens imóveis, poderá ser, entre outras espécies, ordinária, extraordinária, urbana e rural. III- A aquisição da propriedade por especificação somente é aplicável aos bens móveis. Quais são CORRETAS? a) ( ) Apenas I e II. b) ( ) Apenas I e III. c) ( ) Apenas II e III. d) ( ) Apenas II. e) ( x ) Todas as alternativas. 5 (CESPE, 2009) Norma alugou um apartamento no primeiro andar de um prédio e, dois dias após sua mudança, sentiu-se incomodada por ruído excessivo. Apurou o fato e descobriu que o ruído advinha de um assoalho de madeira instalado em apartamento do terceiro andar. Considerando essa situação hipotética, assinale a opção CORRETA. FONTE: <https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/questoes/d7a2d342-c4>. Acesso em: 29 out. 2019. a) ( ) Norma deve procurar a locadora, para que esta proponha a ação cabível, já que detém apenas a posse do bem e esta é uma questão de vizinhança. b) ( ) A ação cabível deve versar sobre direito de vizinhança, sendo que a responsabilidade pelo distúrbio deve ser apurada sob o critério objetivo. c) ( x ) Não existe, nessa hipótese, típica situação que envolva direito de vizinhança, até porque os andares do prédio não são confinantes. d) ( ) O barulho que incomoda Norma, na verdade, constitui um ato ilícito que desencadeia responsabilidade civil, independentemente da aplicação das regras do direito de vizinhança. e) ( ) A hipótese deve ser tratada sob o crivo do direito de vizinhança, contudo, apurado que quem construiu o assoalho foi o antigo proprietário do apartamento, este deve responder pelo caso.
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