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Madeiras Propriedades e Aplicações Arquitetura e Urbanismo - Técnicas Construtivas 2017.01 Carolina Mesquita - Juliana Paiva - Larissa Marques - Lucas Porto - Luiz Fernando - Matheus Affonso - Yasmin Almeida Extração, Fisiologia e Anatomia A casca é a região mais externa do tronco. Esta camada tem como funções proteger a árvore de fatores externos, como variações climáticas e insetos, e reter a umidade durante períodos secos. O câmbio é responsável pelo crescimento radial de uma árvore. Nesta região ocorre a divisão e a diferenciação de novas células, dando origem ao floema e ao xilema, tecidos vasculares secundários. O floema ou líber, localizado entre a zona cambial e a casca, é responsável pelo transporte da seiva elaborada. A seiva elaborada ou orgânica é produzida nas folhas durante a fotossíntese e é composta por água e açúcares. Após um certo tempo, as células mais externas do floema morrem e passam a fazer parte da casca. O xilema ou lenho é a camada central da árvore, situada abaixo do câmbio, e possui a função de distribuir a seiva bruta ou inorgânica (água e sais minerais). O xilema - palavra proveniente do grego xylon (madeira) - é o que constitui a madeira propriamente dita. O xilema divide-se em duas regiões distintas: o alburno (sapwood) e o cerne (heartwood). O alburno, composto por células vivas e ativas, é mais claro, menos denso, contém mais água e é menos resistente mecanicamente e a insetos e micro-organismos. O cerne, por outro lado, é composto apenas por células mortas e inativas e apresenta maior resistência mecânica e ao ataque de insetos e micro- organismos. Geralmente, devido à acumulação de compostos orgânicos e à ausência de água, o cerne é mais escuro que o alburno. • O tronco também possui nós, os nós são porções de ramos incluídos no tronco da planta ou ramo principal. Os ramos originam-se, em regra, a partir do eixo central do caule de uma planta (a medula) e, enquanto vivos, tal como o tronco, aumentam em tamanho com a adição anual de camadas lenhosas. • Durante o desenvolvimento da árvore, a maioria dos ramos, especialmente os mais baixos, morrem, mas continuam presos à árvore por algum tempo, muitas vezes por anos. As camadas de crescimento posteriores deixam de ser incluídas no ramo (agora morto), mas são depositados ao redor dele. Assim os troços de inserção dos ramos mortos dão origem aos nós, que são apenas o conteúdo de um furo preenchido com material oriundo do troço do ramo incluído, e podem soltar-se facilmente quando a madeira é serrada ou seca. Para os diferentes fins de uso da madeira, os nós são classificados de acordo com a forma, tamanho, sanidade e firmeza com que estão presos ao caule. • Os nós afetam a resistência da madeira a rachas e quebras, assim como sua maneabilidade e flexibilidade. Esses defeitos enfraquecem a madeira e afetam diretamente seu valor, principalmente para o uso em estruturas, onde a resistência é importante. A madeira pode ser definida como sendo o tecido lenhoso das árvores, ela é o principal produto mercantil florestal. É obtida do corte das árvores, é preciso que a extração seja feita em florestas controladas, onde apenas uma pequena fração das árvores é cortada para evitar o desmatamento em larga escala. Após o corte, as árvores têm seus galhos removidos e são cortadas novamente em diagonal antes de serem transportadas para tratamento adicional. Ao chegar à serralheria, os cortes de madeira são convertidos em pranchas de tamanho diversificado e recebem um tratamento com conservantes para prolongar sua vida útil. De Onde Vem A Madeira? • A floresta tropical é objeto da exploração econômica pela possibilidade de extração de madeira, caça e matéria prima para materiais de construção. • A derrubada de árvores está intimamente ligada à construção de rodovias e a movimentos migratórios. O acesso rodoviário facilita a entrada na mata e a extração seletiva de madeira. • As áreas que foram objeto de extração seletiva têm maior chance de serem ocupadas por novos moradores e de sofrerem corte raso para o cultivo de pasto ou grãos. • Por outro lado, as áreas de floresta com maior dificuldade de acesso permanecem intactas e têm menos chances de serem ocupadas. Que Fatores Promovem a Extração da Madeira? Madeira Legal • Madeiras nativas de origem legal são madeiras de espécies nativas que provêm do corte autorizado pelo órgão ambiental competente e que possuam o documento de licença de transporte e armazenamento (DOF, GF, GCA ou afins), acompanhada da Nota Fiscal correspondente. • Para exploração de madeira legal é necessária a Autorização de Exploração (AUTEX), que pode ter origem a partir de: • Plano de Manejo Florestal Sustentável (PMFS), • Autorização de Desmate para Uso Alternativo do Solo ou • Autorização para Supressão da Vegetação. • Nesses dois últimos tipos de extração, o manejo é o convencional e, apesar de legal nos termos da lei, não é sustentável. Por outro lado, quando a madeira é extraída de áreas com Plano de Manejo Florestal Sustentável, o impacto ambiental gerado é muito menor, garantindo a conservação das florestas e a continuidade da disponibilidade de matéria prima para as próximas gerações. Madeira Ilegal • A exploração ilegal é aquela realizada sem autorização de exploração e se caracteriza pela sua ação rápida, predatória e devastadora de grandes áreas de floresta nativa. • Muitas vezes ocorre inclusive em Área de Preservação Permanente (APP) e Reserva Legal (RL), ou seja, em áreas protegidas por lei. A exploração ilegal de madeira ainda é um grande problema no Brasil, e a Floresta Amazônica é a principal afetada por esta atividade. Estima-se que 80% da extração anual de madeira da região seja de origem ilegal. • O Estado de São Paulo consome cerca de 25% da madeira extraída da Amazônia, e destes, 70% é consumido pelo setor da construção civil. • Desta forma, o Estado de São Paulo, através do seu poder de compra e do transporte, armazenamento e comercialização responsável, atua como um dos principais agentes reguladores e indutores da preservação dos recursos florestais da Amazônia. Madeira Legal x Madeira Ilegal • Legal: O termo ‘legalizada’ significa que a extração é autorizada por órgãos ambientais e, assim, o produto possui o Documento de Origem Florestal (DOF). Isso não determina, porém, que a retirada da madeira não afeta o ecossistema. É proveniente do desmatamento. • Certificada: Já a certificada cumpre exigências desde o processo de extração até o comércio. Possui o selo FSC® (Conselho Brasileiro de Manejo Sustentável) e conserva a floresta, respeita os trabalhadores e as comunidades locais, pode ser rastreada e assegura o pagamento de impostos. Para minimizar este impacto, algumas medidas são tomadas, como a retirada de apenas duas ou três árvores a cada 30 anos numa área equivalente a um campo de futebol. Madeira Legal x Madeira Certificada Após a árvore atingir o seu estado de maturidade é feita sua colheita, e logo depois de as toras serem cortadas em tamanhos padronizados, e delas serem extraídos os galhos, é feito o transporte até a fábrica de pisos, painéis MDP e MDF e revestimentos. Ciclo de Extração da Madeira Propriedades Físicas da Madeira Heterogênea: Entende-se por propriedade da heterogeneidade da madeira, o fato de qualquer que seja a porção que é extraída, mesmo que seja de um mesmo tipo de árvore, ser sempre diferente o pedaço em questão. A variabilidade e a sua heterogeneidade materializam-se na diferente dureza, densidade e cor, entre outras características. Fibras perdendo água As dimensões que a madeira consegue atingir estão intrinsecamente associadas com a capacidade de absorver água, os valores extraídos podem atingir grandes magnitudes. Se as “madeiras” forem de peso mais leve, de um modo geral,retém mais água do que as madeiras mais pesadas. Uma madeira só se encontra nas condições ideais de aplicação quando a sua umidade está de acordo com a do local de aplicação, o que no nosso país corresponde, a grosso modo, a 12% a 18%. Caso não seja este o valor da umidade no seio da madeira a colocar, podem advir abertura de juntas (se estiver com umidade a mais, irá perder para o ambiente, após a aplicação), ou empolamento (caso a madeira esteja excessivamente seca face ao local de emprego, o que determinará que a mesma vai receber futuramente umidade do ambiente). Umidade: Como todo o tecido vivo, a madeira contém, sempre, uma forte proporção de água. Esta água pode ser: Água de impregnação, se faz parte integrante da matéria lenhosa. Esta massa de água mantém-se invariável, enquanto não se faça sofrer à madeira um tratamento brutal, pelo calor ou pela ação de agentes químicos que a destruam. Água de embebição, que satura as paredes das células e que, por isso, também por vezes, se costuma chamar de saturação. Água livre, que se encontra no interior das células e nos espaços intercelulares, sob a forma líquida, que não aparece senão quando as paredes estão saturadas e não podem mais absorver o líquido em excesso Contração e Inchamento Volumétrico: É a propriedade que se traduz no fato de a madeira sofrer uma alteração das suas dimensões quando se modifica o teor de água que ela possui. Ao absorver água a madeira aumenta de volume (incha) e ao liberar água perde volume (contrai). Devido a madeira ser um material anisotrópico, ocorre o desenvolvimento de defeitos em diversas localizações no tronco durante a fase de secagem ou de seu recondicionamento, tais como rachaduras, torções, empenamentos e abaulamentos, decorrentes de contrações diferenciadas, conforme representadas na figura: Densidade: Em regra geral madeiras pesadas são mais resistentes, elásticas e duras que as leves. Porém, em paralelo a estas vantagens, são de mais difícil trabalhabilidade e apresentam maior variabilidade. Acrescentando que esta propriedade é um dos índices que mais informações fornecem sobre as características gerais de uma madeira. A maior dureza corresponde, com efeito e quase sempre, maior retratilidade, maior dificuldade de elaboração e secagem, resistência mecânica mais eficiente, menor permeabilidade e maior durabilidade natural. Propriedades Organoléticas da Madeira Textura: A textura que a madeira possui é variável e encontra-se intimamente ligada com a distribuição dos tecidos e das células que a compõem, assim como da porosidade. Os seguintes tipos de textura são apresentados, de acordo com o grau de uniformidade pela madeira: Textura grossa ou grosseira: apresentada em madeiras com poros grandes e visíveis a olho nu Textura média: situação intermediária entre a textura grossa e a textura fina. Textura fina: apresentada em madeiras cujos vasos têm dimensões muito pequenas e se encontram distribuídos principalmente na forma difusa no lenho, parênquima escasso e tecido fibroso abundante, conferindo à madeira uma superfície homogênea e uniforme. Cor: De forma geral, madeiras mais leves e macias são sempre mais claras que as mais pesadas e duras. Por outro lado, em regiões quentes predominam as madeiras com cores variadas e mais escuras que em regiões de clima frio; nas de clima frio predominam as madeiras denominadas “madeiras brancas”. Com o propósito de aumentar o valor comercial de algumas espécies de madeira, pode- se causar a modificação artificial da cor da madeira por meio de tinturas, descolorações ou outros meios, como alterações na cor por tratamentos com água ou vapor d’água, ozônio e/ou temperatura. Brilho: O brilho da madeira é causado pela reflexão da luz incidente sobre a sua superfície. Porém, como este material é constituído de forma heterogênea, ocorre variação em brilho entre as suas três faces anatômicas. Dentre elas a face radial é sempre a mais reluzente, por efeito de faixas horizontais do tecido que forma os raios da madeira. Esta propriedade relaciona-se com o fato de a madeira constituir um material que permite, em determinados casos, efetuar um isolamento. Quando temos materiais que contém sais minerais e, no caso da madeira quando ela se encontra úmida, também permite ser utilizada como condutora de eletricidade. Se a madeira encontra-se em estado seco, referindo-se ao grau de umidade, ela constitui um bom material isolante para quaisquer equipamentos que possuam uma tensão elétrica baixa. A sua eficácia como fator de isolamento é maior se a madeira for pintada e/ou envernizada. Condutividade Térmica Devido à estrutura porosa da madeira, o seu coeficiente de condutividade térmica é relativamente baixo (λ = 0,12), o que a caracteriza como um bom isolante de temperatura. Isto se deve à porção de ar existente no seu interior, este com um coeficiente λ = 0,0216, e ao fato da baixa condutividade térmica do próprio material lenhoso. • Quanto maior for a densidade (menor é a proporção de ar por unidade de volume e maior a proporção de material lenhoso), maior será a sua condutividade térmica; • Quanto maior for o teor de umidade da madeira, maior será a condutividade térmica deste material (coeficiente de condutividade térmica da água = 0,5); Condutividade Sonora Devido à pouca massa constituinte da madeira, paredes simples construídas desse material apresentam isolamento acústico deficiente. Mesmo paredes duplas, preenchidas com tábuas ou chapas de madeira atingem somente uma massa de 50 a 100 kg/ m2, o que corresponde a um índice de isolamento de apenas 37 a 44 dB. Paredes compostas de várias camadas, contendo ar entre elas, diminuem consideravelmente as oscilações das partes sólidas constituintes. Condutividade Elétrica Tipos de paredes de madeira e qualificação quanto ao isolamento acústico: a) Parede múltipla com isolamento deficiente com pontes sonoras; b) parede múltipla com elevado poder de isolamento acústico. Formas práticas de isolamento do som por materiais sólidos: a) em um teto de laje de concreto, acima; e b) em teto com vigamento de madeira, abaixo. Como exemplo de materiais absorventes de som, pode-se citar as chapas moles de fibras, lãs de vidro e de rocha, entre outros. Revestimento Externo: É utilizado muitas vezes na frente da fachada de sua casa, apenas próximo a janela, ou uma faixa na parede da frente para dar um destaque, alguns optam por fechar a parede externa toda com revestimento de madeira para poder acrescentar alguns outros objetos decorativos. Revestimento Interno: Pode ser utilizado em várias partes da casa como por exemplo, nas paredes da sala, que fica muito bonito por sinal, ao invés de optar pela velha e tradicional estante, onde antes colocávamos nossa televisão e porta-retratos, que até nos dias de hoje ainda se vê bastante na maioria das residências, onde vem sendo substituídos por esses revestimentos de madeira para parede, os televisores ficam centralizados nestas paredes, combinando bastante com o restante da casa, ainda mais se o chão for de piso laminado. Este tipo de revestimento pode ser utilizado sem problemas também em demais cantos da casa, como no banheiro, com alguns cuidados relacionados a umidade, e claro no nosso quarto, é incrível como esse tipo de revestimento fica tão bonito no quarto, principalmente atrás da cabeceira da cama, vale apena conferir as fotos abaixo e comparar. Revestimentos de Paredes Internas e Externas • IPÊ - Sua cor é castanho claro, destinada à obras, onde o requinte do acabamento deve ser aliado à qualidade mais nobre. Madeira muito dura, o que a torna altamente resistente a fungos e cupins, proporciona ótimo acabamento e resistência a riscos a amassamento. • CEDRINHO - A madeira de Cedrinho é alternativa pelo preço mais acessível. Tem boa aceitação decorantes e vernizes, porém baixa resistência ao ataque de cupin • CUMARÚ - A madeira de Cumarú tem estruturas e finalidades semelhantes ao ipê, também de consistência dura, utilizada em estruturas pesadas onde exige-se resistência a baixo custo. • MARFIM - A madeira de Marfim é rara. Decorativamente aprovada, utilizada só para interiores como acabamento final, devido ao seu alto custo. • COMPENSADO - Composto por lâminas de madeira, pinus ou de virola, unidas por adesivos e resinas através de pressão e calor. Este tipo de painel possui menor tendência ao empenamento. • MDF - Placas uniformes e lisas, que possibilita um acabamento envernizado, pinturas de todos os tipos e aplicações de revestimentos como tecidos e papel de parede, lâminas de madeira e PVC. Permite o corte das chapas em qualquer sentido por ser constituído por fibras não orientadas Madeiras Mais Utilizadas Interno Externo Itens a serem considerados na hora da escolha do seu revestimento para o piso; • resistência ao desgaste ao trânsito; • apresentar atrito necessário do trânsito; • quanto a higiene necessária; • fácil conservação; • inalterabilidade (cor, dimensões, etc.); • função decorativa; • Econômica. Pisos de madeira • Temos: piso de madeira (assoalho, taco e parquet), carpete de madeira e piso laminado, em comum madeira natural em toda a sua composição ainda que de diversas espécies diferentes. A diferença entre eles tem a ver com a espessura e largura das ripas (tábuas de madeira) que compõem o piso. Revestimento Para Pisos e Forros Vantagens do piso de madeira: • Versatilidade • Fácil manutenção • Benefícios para a saúde e ambiente • Duráveis Desvantagens do piso de madeira: • Fraca resistência a umidade • Preço mais elevado • Manutenção • Limitações: Quanto à cor do assoalho, as madeiras mais escuras são mais duras, portanto mais resistentes ao tráfego, já as mais claras, amassam com mais facilidade, portanto deve-se evitar impactos pontiagudos. Uma de suas vantagens é a incrível variedade de opções de madeira como ipê, jatobá, garapeira, marfim, sucupira, muiracatiara, cumarú e assim por diante. O assoalho é composto por tábuas corridas que tem de um lado a fêmea e do outro lado o macho, ocasionando o encaixe com maior firmeza, consequentemente maior durabilidade. As tábuas deverão apresentar superfície aplainada e lixada, e ter bitola uniforme. As dimensões usuais das tábuas corridas são: Largura: de 10cm a 20cm Espessura: 20mm Comprimento: de 1,5m a 5,5m Pisos Assoalhos (Tábua Corrida) Tábuas corridas não precisam necessariamente ser tábuas paralelas, elas podem ser tábuas em diagonal sem tabeira, tábuas em diagonal em quatro painéis com tabeiras, tábuas em diagonal com tabeira e tábuas em espinha de peixe. Conforme as figuras abaixo: Instalações Tacos: São pisos de madeira (tacos) fixados diretamente no contra piso, através de colas para tacos de madeira, são peças maciças e com tamanhos iguais. A grande preocupação do Taco é a umidade, porque quando volta a secar, tende a deformar e soltar, isso por efeito da dilatação, quando há mais umidade, ou seja, a madeira por ser um material orgânico interage com o ambiente e se move constantemente e é esse movimento que chamamos de dilatação: é o movimento de contração é quando o clima é seco. Os tacos são assentados conforme desenho preestabelecido, sendo os mais usuais os apresentados na figura abaixo: Instalação • Contra-piso: Deve ser feito com bastante cuidado como já foi dito anteriormente. • Cola: A cola utilizada deve ser cola branca especial para colagem de tacos. A quantidade de cola utilizada é em média de 1kg para cada 1m² de piso. Após serem colados, os tacos devem permanecer por no mínimo 15 dias para adaptação e secagem da cola. Acabamento • Lixamento: é feito no mínimo de 15 dias após a conclusão da instalação. Quanto mais tempo esperar melhor, pois a madeira precisa se adaptar ao novo ambiente. • Pintura: A pintura é o ultima etapa do processo, sendo feita após o lixamento. A quantidade utilizada de synteko e de verniz depende de quantas camadas serão aplicadas. Geralmente são aplicadas duas camadas de synteko e uma camada final de verniz para dar brilho, com intervalos de 6 horas entre uma aplicação e outra • Calefação: é colocado entre as rejuntas e falhas da colocação dos assoalhos uma massa feita do pó da própria madeira raspada misturada com a cola branca e o verniz espalhada por todo o piso. Carpete de Madeira É instalado com bastante facilidade ao contra piso e funciona como um piso flutuante, apenas colocado sobre uma manta de separação e preso um ao outro por meio de encaixes do tipo macho fêmea. É rápido para instalar e o preço é atrativo, as desvantagens estão relacionadas à baixa durabilidade em relação a outros pisos, ruídos característicos e péssima resistência a água. Parquet • Soalho de parquet são placas ou taliscas de madeira de lei, formando espécies de mosaicos, que são fixados em peças de 50x50cm ou 25x25cm. • O soalho de parquet é equivalente as pastilhas de cerâmica, que vem com uma estrutura montada em placas, facilitando assim sua instalação, porém não é muito utilizado em revestimento de paredes e também não pode ser utilizado em áreas molhadas devido ao material do qual é constituído. Deck Colocados em áreas abertas e expostas as intempéries (chuvas, umidade constante, luz solar) como piscinas, Hidro spa, áreas a beira mar, áreas de difícil acesso como na lateral ou fundos de uma casa com terrenos mais íngremes. Também é usado em stand de feiras expositivas como instalação provisórias. Em muitas referencias e catálogos de empresas especialistas em soalhos de madeira um deck pode ser aplicado diretamente sobre o contra piso regular e pisos com acabamento ou no próprio terreno sem resíduos orgânicos, compactado e preparado com uma camada de material drenante como a brita 0. Execução • preparação do local prevendo os pontos de drenagem colocando uma manta e uma camada de pedra brita em cima para facilitar a drenagem e impedir plantas invasoras cresçam. • fixação das longarinas e transversinas com pregos inoxidáveis e conectores metálicos zincado, sempre respeitando as especificações de projeto. • fixação das réguas respeitando o espaçamento entre as mesmas de 3 a 6mm dependendo do tipo de madeira e seus coeficientes de dilatação térmica de cada região • proteção da superfície ou acabamento com pintura com verniz. Conservação dos Pisos de Madeira • A limpeza do piso de madeira deve ser apenas com um pano seco, aspirador ou vassoura de pelo. Pois a limpeza com pano úmido provoca movimentação da madeira, remove o rejunte das tábuas e etc. • Os fatores de umidade e calor são os principais responsáveis por variações nas dimensões dos pisos de madeira. Dependendo da temperatura e da umidade do ambiente podem surgir aberturas no rejunte das tábuas ou tacos. Esse é um fenômeno natural da madeira que nunca poderá ser eliminado. Por isso se deve raspar o piso de tempos em tempos. • Deve-se proteger os pés e bases dos móveis com feltro ou borracha para evitar marcas. • A exposição direta e intensa de raios solares sobre o piso deve ser controlada, evitando assim deformações físicas na madeira e/ou alterações na coloração. Forro de Madeira Réguas de cedrinho, angelim, perobinha, jatobá são boas opções para forros, pois têm elevada resistência ao ataque de cupins. Instalação: • As réguas são fixadas com pregos ou parafusos na estrutura do telhado, que pode ficar embutida ou aparente. Para garantir o desempenho do forro, as vigas e os caibros devem ser travados adequadamente, tendo os tarugos bem nivelados as peças têm encaixe saia-e-blusa ou de encaixe,o mais usado, chamado macho-e-fêmea, em que uma peça de saliência contínua se encaixa em outra com reentrância. Cortes da Madeira, Encaixe e Suas Aplicações A união entre duas ou mais peças de madeira pode ser feita de algumas formas, que muitas vezes se associam para garantir maior resistência e durabilidade à essa união. A primeira e mais tradicional é a dos encaixes, como espiga ou rabo de andorinha, entre outros. Esta forma de união tem excelente durabilidade, pois independe de outros materiais para garantir eficiência. Tipos de Encaixe Meia-madeira: são encaixes simples usados especialmente nas estruturas leves, em que o ponto de junção não é submetido à pressão. Furos e espigas: É formada por uma cavidade (fêmea ou furo), na qual é encaixada a ponta (macho ou espiga) moldada da outra peça. Junta com cavilhas: as cavilhas são peças cilíndricas, cuja superfície pode ser lisa ou estriada. São feitas de madeiras duras e bem secas, pois essas características físicas a tornam bastante resistentes. Meia-esquadria: são usadas em molduras onde as partes são unidas em 45º nos cantos da peça, formando um ângulo reto (90º). São muito usadas em molduras de porta-retratos, de quadros e de portas. Essa junta é feita usando-se cavilha ou espiga postiça entre as duas partes. Malhete: Esse tipo de encaixe oferece grande resistência, especialmente em peças sujeitas e esforços frequentes de deslocamento, a exemplo das gavetas. Materiais Para Fixação Dos Encaixes Existem estruturas de madeira que precisam ser instaladas em grandes espaços, podendo acontecer de as peças utilizadas não cobrirem as distâncias necessárias. Logo se faz necessário o emprego e ligações em peças de madeira utilizando elementos de ligação, os quais podem ser: • Prego • Parafuso • Cavilhas • Cavilhas metálicos • Barras roscadas • Anéis Metálicos • Colas • Chapas de dente • Cantoneiras • Mão Francesa Tipos de Cortes Cada espécie de madeira tem suas peculiaridades e os marceneiros profissionais sabem lidar muito bem com cada uma delas. Porém, as técnicas de corte que mostraremos a seguir seguem um parâmetro que pode ser usado na maioria das espécies e proporcionam um excelente resultado. Toda madeira tende a empenar perante à curva dos anéis formados no cerne. Portanto, quanto mais irregularidades e curvas estiverem presentes em uma peça, menor sua durabilidade, solidez e resistência. Corte Plano ou Plain Sawn/ Flat Sawn: É o tipo mais comum e requisitado em projetos (e também o mais barato). Este tipo de corte se estende de uma extremidade a outra do tronco, em cortes retos (ignorando as curvas da formação natural da madeira). Corte em rasgo ou Rift –Sawn: O corte em rasgo é o tipo de corte mais preciso quando se trata de captar proporcionalmente os cernes. Para compensar o desperdício, é o tipo de corte que contem menos irregularidades, menos efeitos visuais, porém a maior solidez possível na peça cortada e textura bem homogênea Corte em quartos ou Quarter Sawn: O corte em quartos segue segmento a segmento da formação natural do tronco. Fica nítido que a intenção do corte é se estender sempre da medula do tronco à extremidade e alternado, o que torna este corte mais complexo. Aplicações da Madeira na Arquitetura Pergolados de madeira: O pergolado de madeira é uma boa alternativa para criar ambientes mais rústicos e aconchegantes. As principais vantagens dos pergolados são a rápida construção, baixo custo e design atraente. O custo de um pergolado vai variar dependendo da área em que será instalada, as dimensões e o tipo da madeira. Em geral, o preço mínimo é de R$ 600,00, a média de custo é de R$2.352,00 chegando até R$5.304,00 incluindo a mão de obra. Escadas em madeira: Esses tipos de escadas já estiveram em alta há, aproximadamente, duas décadas. Hoje não são a primeira opção pela necessidade de mão de obra especializada junto ao custo elevado. Há, entretanto, algumas razões para se considerar a madeira na execução de escadas para ambientes internos. O custo mínimo para construção de uma escada em madeira é de R$ 500,00, o preço médio é de R$ 2.399,00 chegando ao máximo de R$ 6.000,00 incluindo a mão de obra. Os valores podem sofrer alterações dependendo do material e mão de obra. Coberturas em Madeira: São painéis para revestimento com qualidade estética e acústica, ideais para estabelecimentos como auditórios, teatros, salas de reunião, escritórios e hotéis. A sua instalação é feita de forma simples, pois suas peças são compostas por encaixes do tipo macho e fêmea que podem ser pregadas ou parafusadas em uma estrutura de madeira auxiliar ou diretamente na laje. Telhado: É a cobertura de uma casa, o que dá segurança térmica (sol), acústica e referente à umidade. A estrutura geralmente é feita de madeira, porém, o ferro tem tomado o lugar muito grande nas novas construções. O custo de um telhado varia em função da estrutura e da quantidade de água, o material pode custar entre R$ 46,00 e R$88,00 chegando a uma média de R$67,00/m³. Casas de Madeira Vantagens • Aconchego - As casas de madeira passam toda uma sensação de aconchego e acolhimento, pois a cor da madeira é quente e remete ao campo e à natureza. É uma ótima aposta para quem gosta de rusticidade e um ambiente caloroso. • Baixo custo - Em certos casos, as casas de madeira podem ser até 60% mais baratas que as casas de alvenaria. Isso porque ela dispensa o uso de cimento, tijolos, tintas, pedreiros, arquitetos e tantos outros detalhes necessários à sua construção. • Tempo de construção - O tempo de construção é bastante inferior à de uma casa de alvenaria. Em poucos meses é possível vê-la completamente erguida, pronta para os novos moradores. • Isolamento térmico - A madeira é um ótimo isolante térmico e mantém a casa em uma temperatura neutra, nem tão quente no verão e nem tão fria no inverno. Para os “friorentos "ou “calorentos” essa pode ser uma ótima opção. • Durabilidade - Quando feita com madeira de boa qualidade e ganhando tratamento adequado ao longo dos anos, as casas podem durar muitos anos. É um mito a ideia de que as casas de madeira duram menos que as convencionais. Desvantagens • Manutenção - Para que tenha durabilidade e resistência, as casas de madeira devem receber um tratamento especial na área externa e interna. Recomenda-se passar verniz de base aquosa de 4 em 4 anos para a parte externa e 20 em 20 anos para a parte interna. Além disso, é necessário tratar o solo do terreno antes de receber a casa para evitar a infestação de cupins. • Riscos - Em locais com riscos de desastres naturais, como enchentes, furacões e deslizamentos, as casas de madeira podem não oferecer a estabilidade e força necessária para suportá-los, sendo preferida, nesses casos, as casas de alvenaria. • Ruídos - Pode ser que certas construções apresentem os rangidos típicos da madeira, chegando ao ponto de incomodar os seus moradores. Ao pisar em certos pontos, ou abrir portas e janelas, esses ruídos podem persistir e se tornar um problema para os moradores que apreciam o silêncio. Vantagens • Produção Natural - A madeira é um produto de origem natural e renovável, cujo processo produtivo em relação a outros produtos industrializados, exige baixo consumo energético e respeita a natureza. No caso de construções de madeira o consumo energético por metro quadrado é duas vezes menor que a de alvenaria. • Economia de recursos hídricos - É possível considerar uma economia de 100%, pois a água não é empregada em nenhuma etapa de seu processo industrial. • Renovável e reutilizável - Não retorna a seu estado natural, mas pode ser submetida a um processo que dá origem a um material quepoderá ser reutilizado como porta de armários, tampo de gaveta e móveis em geral. • Armazéns de Carbono - Para a formação da madeira, as árvores captam o carbono da atmosfera, e libertam oxigénio. Ao fazermos uso da madeira, estamos a armazenar o carbono absorvido durante o tempo de vida da obra ou edifício no estado sólido e portanto, a evitar que este se liberte para a atmosfera e, agrave o problema ambiental do efeito de estufa. • Excelente Isolante - O isolamento é um aspecto importantíssimo para a redução da energia usada no aquecimento e climatização de edifícios, além de ter uma ótima absorção acústica. • Durabilidade - Os arqueólogos pesquisam peças antigas ainda existentes em madeira tais como: sarcófagos, embarcações, esculturas, utensílios domésticos, armas, instrumentos musicais, elementos de construções. É possível observar-se algumas dessas peças em perfeito estado. • Segurança - A madeira não oxida. A madeira na natureza já desempenha uma função estrutural. Depois de serrada, quando utilizada como estrutura de um edifício, funciona como um elemento pré-moldado, de fácil montagem (leve, macio), que não passou por processos de fabricação que determinem sua resistência. O que determina a sua resistência é apenas a sua espécie. • Versatilidade de uso - Pode ser produzida em peças com dimensões estruturais que podem ser rapidamente desdobradas em peças pequenas, de uma delicadeza excepcional. • Propriedades físico-mecânicas - Foi o primeiro material empregue, capaz de resistir tanto a esforços de compressão como de tração além de ter uma alta resistência mecânica. É importante destacar que existem produtos variados de madeira com diversas capacidades de resistência, sendo que alguns deles, como a madeira laminada colada, possuem alta resistência mecânica podendo ser comparada ao concreto e sua resistência à flexão pode ser cerca de dez vezes superior ao concreto, assim como a resistência ao corte além de não se desfazer quando submetida a choques bruscos que podem provocar danos em outros materiais de construção. • Textura - No seu aspecto natural apresenta grande variedade de padrões. Utilização da Madeira em Geral Desvantagens • Variabilidade - É um material fundamentalmente heterogéneo e anisotrópico (assume posições diferentes em resposta à ação de estímulos externos). Mesmo depois de transformada, quando já empregue na construção, a madeira é muito sensível ao ambiente, aumentando ou diminuindo de dimensões com as variações de umidade. • Vulnerabilidade - É bastante vulnerável aos agentes externos, e a sua durabilidade é limitada, quando não são tomadas medidas preventivas. • Combustível • Dimensões - São limitadas: formas alongadas, de secção transversal reduzida. • Consumo exacerbado e ilegal – A exploração ilegal é aquela realizada sem autorização de exploração e sem documento de licença de transporte e armazenamento (DOF, GF, GCA ou afins), acompanhada da Nota Fiscal, caracterizada pela ação rápida, predatória e devastadora de grandes áreas de floresta nativa. Patologias Relacionadas Mais comuns: 1. Alterações físicas e químicas. 2. Perda da aptidão para o uso. 3. Degradação do elemento construtivo como um todo associada ao tempo de uso e falta de manutenção. Causas: • Agentes Físicos: Representado principalmente pela ação combinada dos raios ultravioletas (UV) e umidade. • Agentes Biológicos: São os mais importantes em termos econômicos, causados por fungos e insetos. Prevenção O tratamento preservativo de madeira é obrigatório para peças ou estruturas de madeira tais como: dormentes, estacas, vigas, vigotas, pontes, pontilhões, postes, escoras de minas e taludes ou quaisquer estruturas de madeira que sejam usadas em contato direto com o solo ou sob condições que contribuam para a diminuição de sua vida útil. O ideal é tratar a madeira com preservantes químicos antes de utilizá-la, a forma de aplicação do produto pode ser com ou sem pressão Sem pressão: • Por aspersão, com o uso de pulverizadores; • Por imersão, quando a madeira é imersa totalmente em um tanque que contém preservantes por alguns segundos ou minutos; • Por pincelamento do produto. Com pressão: Faz com que a madeira fique profundamente impregnada pela substância, e deve ser executado em uma autoclave (equipamento destinado ao aquecimento de líquidos e à indução de reações químicas sob pressão, utilizando temperaturas elevadas). Tratamento Quando a madeira já está infestada por cupins ou brocas-de- madeira é preciso adotar medidas curativas para interromper a ação do organismo que está causando a deterioração. Podendo ser empregadas através de gases tóxicos, pó ou soluções inseticidas e fungicidas. • Fumigação: É um tratamento em que se usa um gás tóxico por tempo suficiente para atuar contra os insetos. O gás penetra profundamente na madeira e atinge os insetos em seu interior. Como o gás não possui ação residual é necessário utilizar-se uma solução inseticida para evitar a reinfestação na peça. • Solução inseticida: Contra cupins e brocas-de- madeira pode ser executado com seringa, pincelamento ou aspersão. Quando a solução é aplicada por injeção a impregnação é mais profunda. A injeção é aplicada através dos orifícios produzidos pelos insetos ou por pequenos orifícios auxiliares abertos com furadeiras. Para tratar partes de um prédio, como rodapés, batentes e guarnições de portas e janelas, por exemplo, são usados pulverizadores, que atingem áreas maiores. O tratamento com solução fungicida é indicado para a peça de madeira atacada por fungos apodrecedores. Sulfato de cobre, para conferir ação fungicida, dicromato de potássio ou de sódio, para ação fixadora, ácido bórico, responsável pela ação inseticida, e ácido acético glacial ou vinagre, por sua ação acidificante. Estes são os ingredientes indicados pela Coordenadoria de Assistência Integral da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo para a fabricação caseira de um produto indicado para o tratamento de madeira de eucalipto. Nada mais é do que uma fórmula química, que permite ao agricultor elaborar um tratamento preservante para a madeira que irá compor a cerca de sua propriedade, e mais uma comprovação de que a química está presente em diversas situações do nosso cotidiano. Obrigado!
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