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Resumo AV2 FCS

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Centro Universitário Estácio-BA
Discente: Alisson Jones C. dos Santos
Resumo AV2 FCS
* O foco desse resumo é a parte Sociológica, mas veremos algumas coisas da AV1. Mesmo assim, confira em outras fontes. Confronte sempre a verdade vinda de apenas de uma única fonte.
Senso comum é o modo de pensar da maioria das pessoas, são noções comumente admitidas pelos indivíduos. Significa o conhecimento adquirido pelo homem a partir de experiências, vivências e observações do mundo, adquiridas através da Cultura ao qual está inserido. 
O senso comum se caracteriza por conhecimentos empíricos acumulados ao longo da vida e passados de geração em geração. É um saber que não se baseia em métodos ou conclusões científicas, e sim no modo comum e espontâneo de assimilar informações e conhecimentos úteis no cotidiano.
O conhecimento científico é um produto resultante da investigação científica. Surge não apenas da necessidade de resolver problemas de ordem prática da vida diária, característica inerente ao senso comum, mas do desejo de oferecer explicações sistemáticas que possam ser testadas e criticadas, através de provas empíricas e da discussão intersubjetiva.
Mito são narrativas utilizadas pelos povos gregos antigos para explicar fatos da realidade e fenômenos da natureza, as origens do mundo e do homem, que não eram compreendidos por eles. Os mitos se utilizam de muita simbologia, personagens sobrenaturais, deuses e heróis. Todos estes componentes são misturados a fatos reais, características humanas e pessoas que realmente existiram.
O mito é representado por personagem de uma cultura e só é entendido por quem pertence ou está dentro da cultura que o mito faz parte.
Um dos objetivos do mito era transmitir conhecimento e explicar fatos que a ciência ainda não havia explicado, através de rituais em cerimônias, danças, sacrifícios e orações. Um mito também pode ter a função de manifestar alguma coisa de forma forte ou de explicar os temas desconhecidos e tornar o mundo conhecido ao Homem.
CIÊNCIAS NATURAIS
- Estudam fatos simples;
- Normalmente trata-se de eventos que tem uma única causa ou uma cadeia lógica que leva a um fim único;
- Eventos isoláveis - os fenômenos podem ser analisados separadamente e fora do contexto em que foram produzidos;
- Eventos sincrônicos - Só podem ser observados no momento em que acontecem. É fundamental observar sua ação e desenvolvimento no momento em que ocorrem;
- Podemos reproduzir o evento em sua totalidade;
- Eventos podem ser reproduzidos em laboratório e não perdem suas características individuais;
- Pode ser testado inúmeras vezes, e, mesmo se testado por pesquisadores diferentes em lugares diferentes, devem chegar aos mesmos resultados.
CIÊNCIAS SOCIAIS
- Estudam fatos complexos;
- Eventos que tem causas múltiplas que interagem entre si e produzem eventos únicos e específicos;
- Os eventos não podem ser estudados isoladamente, pois perdem seu significado se forem analisados sem levar em consideração o contexto em que foram produzidos;
- Os eventos podem ser tratados diacronicamente ou sincronicamente. Entretanto, aqui, a diacronia é elemento importante e mais recorrente do que nas ciências naturais. É possível analisar hoje eventos do passado a partir da história de vida, história oral e várias outras formas de entrevistas. Na etnografia e observação participantes existe sincronicidade.
- A totalização é impossível, pois sempre se trabalha com um recorte da realidade;
- Os eventos NÃO podem ser reproduzidos em laboratório, pois perderiam totalmente suas características individuais;
- O mesmo fenômeno social pode ocorrer em vários lugares do mundo, mas terá características diferentes. Caso vários pesquisadores observem o mesmo fenômeno no mesmo local, podem haver interpretações diferentes pelo “lugar” de onde observam.
Etnocentrismo é um conceito da Antropologia definido como a visão demonstrada por alguém que considera o seu grupo étnico ou cultura o centro de tudo, portanto, num plano mais importante que as outras culturas e sociedades são inferiores.
Um indivíduo etnocêntrico considera as normas e valores da sua própria cultura melhores do que as das outras culturas. Isso pode representar um problema, porque frequentemente dá origem a preconceitos e ideias sem fundamentos.
Relativismo cultural (Franz Boas) é uma perspectiva da antropologia que vê diferentes culturas de forma livre de etnocentrismo, o que quer dizer sem julgar o outro a partir de sua própria visão e experiência.
A Etnografia é por excelência o método utilizado pela Antropologia na coleta de dados. Baseia-se no contato intersubjetivo entre o antropólogo e o seu objeto, seja ele uma tribo indígena ou qualquer outro grupo social sob o qual o recorte analítico seja feito. A base de uma pesquisa etnográfica é o trabalho de campo. Neste caso, este trabalho de campo se dá por meio do contato intenso e prolongado (que pode durar até mesmo mais de um ano) do pesquisador com a cultura do grupo para descobrir como se organizam seu sistema de significados culturais.
Resumo: O método etnográfico desenvolve estudos em campo sobre as diversidades culturais, mas utilizando da observação direta, em campo do cientista social.
Multiculturalismo é a convivência pacífica de várias culturas em um mesmo ambiente. É um fenômeno social diretamente relacionado com a globalização e as sociedades pós-modernas. O Multiculturalismo revela sempre a igualdade na diversidade cultural, ou seja, há uma convivência entre a identidade e a igualdade.
O Interculturalismo refere-se à interação entre culturas de uma forma recíproca, favorecendo o seu convívio e integração determinada numa relação baseada no respeito pela diversidade e no enriquecimento mútuo.
O Interculturalismo acontece sempre como uma condição positiva e desejável do Multiculturalismo.
SOCIOLOGIA
A primeira corrente da Sociologia foi o positivismo. Ela foi a primeira teoria a organizar alguns princípios do homem e da sociedade tentando explicá-los cientificamente. O principal representante e criador desse movimento foi o filósofo Auguste Comte.
O positivismo é visto como uma corrente conservadora, pois procurava justificar a nova sociedade que estava surgindo tendo como inspiração a sociedade feudal, com sua estabilidade e acentuada hierarquia social.
Os positivistas não viam nenhum progresso em uma sociedade urbanizada e industrializada. Lastimavam o enfraquecimento da religião e da família. Consideravam a sociedade moderna dominada pelo caos social, pela anarquia e pela desorganização social. Por isso, eram preocupados com a ordem, além de enfatizarem a importância da hierarquia, da autoridade, da tradição e dos valores morais para a conservação da vida social.
Isidore Auguste Marie François Xavier COMTE e o POSITIVISMO SOCIOLÓGICO ( Francês 1798-1857)
O Positivismo de Comte consistia na observação dos fenômenos, se opondo ao racionalismo e idealismo, através da promoção do primado da experiência sensível. A doutrina negava à ciência qualquer possibilidade de investigação das causas dos fenômenos naturais e sociais, pois considerava esse tipo de pesquisa inacessível e sem utilidade, era mais válido se voltar para o estudo e descoberta das leis. 
Para Comte, a busca pelo conhecimento positivo constituiria a principal forma de construção de conhecimento do homem. Diante disso, os estudos das áreas das ciências humanas deveriam tomar esse mesmo rumo, de forma a produzir um real conhecimento com o objetivo último de compreender as leis que constituem e regem as interações entre indivíduos e fenômenos no mundo social, independente do tempo ou do espaço no qual se encontram.
O pensamento de Augusto Comte se construía em paralelo aos acontecimentos históricos de sua época. A revolução francesa e a crescente industrialização da sociedade trouxe à tona novos problemas e novas formas observáveis de processos de mudanças profundas na vida da sociedade tradicional da época. Comte buscava a criação de uma ciênciada sociedade capaz de explicar e compreender todos esses fenômenos da mesma forma que as ciências naturais buscavam interpelar seus objetos de estudo. Ele acreditava ser possível entender as leis que regem nosso mundo social, ajudando-nos a compreender os processos sociais e dando-nos controle direto sobre os rumos que nossas sociedades tomariam, acreditando ser possível dessa forma prever e tratar os males sociais que nos afligiriam tal como trataríamos um corpo enfermo.
Pode-se dizer que a ideia-chave do Positivismo de Comte era a Lei dos Três Estados, que afirmava que o homem passou e passa por três estágios em suas concepções, sendo elas:
Teológico: Afirmava que o homem explicava a realidade por meio de entidades sobrenaturais buscando responder questões como “de onde viemos?” e “para onde vamos?”. Fora isso, buscava-se o absoluto. É o estágio que a imaginação se sobrepunha à razão.
Metafísico ou Abstrato: Pode ser considerado como um meio-termo entra a teologia e a positividade. Continua-se a procura de respostas para as mesmas questões do Teológico, sempre buscando o absoluto através da busca da razão e do destino das coisas.
Positivo: Última e definitiva etapa. Não já se buscava mais o porquê das coisas, porém o como as coisas aconteciam. A imaginação vira subordinada à observação e busca-se somente o visível e concreto.
No Brasil, os positivistas participaram do movimento pela Proclamação da República no ano de 1889 e na Constituição de 1891, por isso, a bandeira brasileira acabou expressando o lema “Ordem e Progresso” extraído da fórmula máxima do Positivismo: “O amor por princípio, a ordem por base, o progresso por fim”.
David Émile DURKHEIM e o FATO SOCIAL (Francês 1858-1917)
Diretamente influenciado pelo positivismo de Auguste Comte, dedicou sua trajetória intelectual a elaborar uma ciência que possibilitasse o entendimento dos comportamentos coletivos. Sua grande preocupação era explicar os elementos capazes de manter coesa a nova sociedade que ia se configurando após a Revolução Industrial e a Revolução Francesa.
Durkheim determina o fato social como objeto central de investigação deste novo campo científico. Entende-se o fato social como uma “coisa” que exerce força de coerção sobre os sujeitos, independente de sua vontade ou ação individual. O fato social se impõe na direção da sociedade para o indivíduo e se estabelece de forma a homogeneizar e padronizar os comportamentos particulares, garantindo que sejam coletivos. Propositalmente, Durkheim chama o fato social de “coisa” para ressaltar que ele é um objeto no sentido científico, isso é algo que pode ser observado, definido e explicado pelo cientista social.
Caberia à sociologia, segundo Durkheim, a apreensão e o estudo sistemático das realidades sociais dos indivíduos. Para tanto, o sociólogo deveria utilizar das mesmas ferramentas utilizadas pelas ciências anteriores: o método científico e a observação empírica. Essa era uma das principais preocupações de Durkheim: estabelecer as fundações e as formas de estudo da sociologia. Outras questões que Emile Durkheim propunha era acerca do avanço da individualização do sujeito social e o estudo dos fenômenos que compunham a formação de uma nova ordem social.
Em seu importantíssimo estudo O Suicídio, publicado em 1897, Durkheim observa que as taxas de morte voluntária são constantes em diferentes períodos. O autor trata, portanto, o suicídio como um fenômeno que não age unicamente sob o indivíduo, mas cujas forças encontram-se atuantes em todo o corpo social. Logo, Durkheim passa a considerar o suicídio como um fato social que deve ser estudado e analisado por ele enquanto cientista social. Seguindo esse raciocínio, o suicídio, ainda que não possa ser considerado como algo benéfico, é considerado normal do ponto de vista sociológico. Durkheim nota que em momentos de crise econômica ou política, as taxas de suicídio elevam-se, fugindo dos padrões. Para ele, esse é um fenômeno anômico, isso é, que foge da normalidade.
Como um bom positivista, Émile Durkheim têm uma visão harmoniosa da sociedade e, por conseguinte, os desvios de padrões são sempre vistos como anomalias que podem ser corrigidas pela organização das forças sociais. Para Durkheim, as sociedades tradicionais – pré-modernas e pré-industriais – mantinham a sua coesão através da chamada solidariedade mecânica, uma vez em que as mudanças não eram comuns e os indivíduos não se diferenciavam muito entre si e entre as gerações e as atividades profissionais. Numa sociedade como a nossa, em que as mudanças são rápidas e as atividades de trabalhos são muito variadas, a unidade social é dada pelo que ele denomina solidariedade orgânica. Esse conceito traz a ideia de que a sociedade industrial se mantem em um funcionamento relativamente harmonioso, possibilitado pelo fato de que cada grupo ou indivíduo ocupa uma função diferente, cumprindo cada um seu papel na sociedade através da divisão social do trabalho.
Principais aspectos da teoria sociológica de Durkheim:
· Existem fenômenos sociais que devem ser analisados e demonstrados com técnicas especificamente sociais;
 
· A sociedade era algo que estava fora e dentro do homem ao mesmo tempo, graças ao que se adotava de valores e princípios morais;
 
· As pessoas se educam influenciadas pelos valores da sociedade onde vivem;
 
· A sociedade está estruturada em pilares, que se manifestam através de expressões (conceito de estrutura);
 
· Divisão do trabalho social: numa sociedade cada indivíduo deve exercer uma função específica, seguindo direitos e deveres, em busca da solidariedade social. Desta forma, pode-se chegar ao progresso e avanço para todos.
Segundo Durkheim, os fatos sociais possuem três características principais:
São externos ao indivíduo (EXTERIORIDADE), ou seja, os fatos sociais existem independentemente de nossas vontades individuais.
São de natureza coercitiva (COERCITIVIDADE), o que quer dizer que os fatos sociais possuem força para nos “obrigar” a agir de determinada maneira sob a ameaça de punições como o isolamento social, por exemplo, no caso de um comportamento socialmente inaceitável. Punições legais (Sanções da Lei) ou espontâneas.
São também generalistas (GENERALIDADE), ou seja, o fato social atinge a todos sem exceções.
Para que possamos compreender melhor, peguemos como exemplo a língua que falamos. Ela se constitui um fato social na medida em que nos é externa, existindo independentemente de nossa vontade; é coercitiva, uma vez que a não utilização de uma língua compreensível em um meio social pode acarretar no isolamento social; e é generalista, uma vez que todos os que nascem em um determinado local, acabam por aprender a se comunicar com uma mesma língua ou linguagem.
Karl Heinrich MARX e a LUTA DE CLASSES (Alemão1818-1883)
Marx foi um importante revolucionário e intelectual alemão, fundador da doutrina comunista moderna. Além disso, ele ainda atuou como filósofo, economista, historiador, jornalista e teórico político.
Teve enorme importância para a política europeia, ao escrever o Manifesto Comunista, juntamente com Friedrich Engels, que deu origem ao “Marxismo”, onde as suas teorias sobre a economia, a sociedade e a política, ficaram conhecidas e afirmavam que só através da luta de classes era possível que a sociedade humana progredisse, ou seja, o proletariado era quem fornecia a mão de obra para que se produzisse e a classe da burguesia controlava a produção.
A ditadura burguesa foi chamada por esse filósofo de capitalismo, já que ele acreditava que ela era executada pelas classes ricas para manterem seus privilégios e benefícios. Assim como já havia acontecido com os sistemas sociais e econômicos que se antecederam, o capitalismo acabou gerando diversas tensões internas, culminando em sua destruição até que este fosse substituído por um sistema novo, que recebeu o nome de socialismo. Segundo Marx, uma sociedade socialista seria governada por uma ditadura do proletariado, uma classe de trabalhadores,também conhecida como democracia dos trabalhadores.
A ideia marxista é uma crítica bem radical às sociedades capitalistas, mas não se limita a apenas a teoria. Aliás, Karl acaba sendo opositor entre a prática e a teoria dessa ideia, ou seja, contra a separação da realidade e do pensamento.
Além disso, ele compreende que é trabalho é a atividade fundadora da sociedade e de toda a humanidade. E este, acaba se desenvolvendo de maneira social, já que o próprio homem é um ser social.
Sendo assim, as relações entre os homens sociais e de produção, acabam fundando o processo de formação da sociedade. E é a partir desse conceito que Marx identifica e compreende as demais ciências e a alienação do trabalho.
Uma das ideias de Marx é o conceito de classes sociais. Para ele, as relações de produção acabam por controlar a distribuição dos produtos e dos meios de produção, e ainda a apropriação do trabalho e de toda essa distribuição. Esse processo acaba resultando que a sociedade se divida.
Já o conceito que Marx desenvolveu da Mais-Valia, tinha o objetivo de explicar como o lucro era obtido em um sistema capitalista. Isso porque, o trabalho e a mão de obra, acaba gerando certa riqueza, assim, a mais-valia seria o valor restante de uma mercadoria, ou seja, a diferença existente entre o que o empregado recebe e o que ele produz.
MARXISMO 
O marxismo se baseia no materialismo e o socialismo científico, constituindo ao mesmo tempo uma teoria geral e o programa dos movimentos operários. Em razão disso, o marxismo forma uma base de ação para estes movim entos, porque eles unem a teoria com a prática. Para os marxistas, o materialismo é a arma pela qual é possível abolir a filosofia como instrumento especulativo da burguesia (o Idealismo) e fazer dela um instrumento de transformação do mundo a serviço do proletariado (força de trabalho). 
Este conceito tem duas bases: o materialismo dialético e o materialismo histórico. O da matéria e do espírito, e a constituição do concreto por uma evolução concebida como “desenvolvimento por saltos, catástrofes e revoluções”, causando uma evolução em um grau mais alto, graças a “negação da negação” (dialética). 
O materialismo histórico coloca que a consciência dos homens é determinada pela realidade social, ou seja, pelo conjunto dos meios de produção, base real sobre a qual se eleva uma superestrutura jurídica e política e à qual correspondem formas de consciência social determinada. 
Analisando o capitalismo, Marx desenvolveu uma teoria para o valor dos produtos: o valor é a expressão da quantidade de trabalho social utilizado na produção da mercadoria. No sistema capitalista, o trabalhador vende ao proprietário a sua força de trabalho, muitas vezes o único bem que têm, tratada como mercadoria, e submetida às leis do mercado, como concorrência, baixos salários. “Ou é isto, ou nada. Decida-se que a fila é grande”. A diferença entre o valor do produto final e o valor pago ao trabalhador, Marx deu o nome de mais-valia, que expressa, portanto, o grau de exploração do trabalho. Os empregadores tem uma tendência natural de aumentar a mais-valia, acumulando cada vez mais riquezas.
Importancia da Luta de Classes 
Segundo Marx, cabe à classe social que possui um caráter revolucionário intervir por meio de ações concretas, práticas, para que essas transformações ocorram. Foi o que aconteceu na passagem do Feudalismo ao Capitalismo, com as Revoluções Burguesas. 
Mas sintetiza essa análise na afirmação de que a luta de classes é o motor da 
história, ou seja, a luta de classes faz a história se mover. 
O capitalismo criou uma classe revolucionária que, em virtude suas condições 
de existência, deve se organizar para, no momento oportuno, fazer a revolução 
social rumo ao Socialismo.
Estrutura e Superestrutura
O conjunto das forças produtivas e das relações sociais de produção de uma sociedade forma sua base ou estrutura - fundamento sobre o qual se constituem as instituições políticas e sociais (superestrutura). Assim, a explicação das formas jurídicas, políticas, espirituais e de consciência encontra-se na base econômica e material da sociedade, no modo como os homens estão organizados no processo produtivo.
Aqui se encontram as relações de produção. Ou seja, corresponde aos trabalhadores da sociedade, são eles que produzem, que trabalham e garantem o crescimento da economia. 
Superestrutura corresponde à burguesia, ao Estado e às Instituições. É daqui que saem as Ideologias que garantem a dominação do proletariado. No processo de produção, os homens estabelecem entre si determinadas relações sociais através das quais extraem da natureza o que necessitam.
 
Karl Emil Maximilian WEBER e as AÇÕES SOCIAIS DOS INDIVÍDUOS (Alemão 1864-1920)
O objeto de estudo de Max Weber eram as ações sociais dos indivíduos, que eram motivadas pelas causas racionais, afetivas ou tradicionais.
Essas ações sociais resultariam na relação social, caracterizada pela reciprocidade de ações, ou seja, quando as ações sociais se tornam recíprocas, nasce então a relação social.
A sociedade, para Weber, compreende diferentes esferas (econômica, política, religiosa, jurídica), cada uma com uma determinada lógica autônoma de funcionamento, cuja trama resulta das ações individuais.
O procedimento de Max Weber era histórico-comparativo, pois ele entendia que não era possível analisar a vida social com métodos naturais, contrariando claramente as ideias do sociólogo Émile Durkheim. Para Weber, a realidade é infinita, e a análise só pode ser realizada à partir de fragmentos, da particularidade de cada sociedade.
O objetivo seria compreender pela interpretação, e não apenas observar, a atividade social, para explicar suas causas, desenvolvimento e efeitos. As leis gerais são se aplicariam, pois a procura deveria ser pela compreensão da singularidade. Para isso, Max Weber indica que deve haver uma separação do juízo de valor, que é o que se escolhe analisar, e se torna o ponto de partida, do juízo de fato, que vai nortear a pesquisa e a análise de forma imparcial.
O principal instrumento metodológico de Max Weber era o tipo ideal, que consiste na abstração e combinação de elementos da realidade, destacando um ou vários pontos de vista, ordenando os fenômenos, que isolados de tornam dados, e com isso, formar um quadro homogêneo de pensamento. Esse se torna o modelo, o tipo ideal. Com esse método, é possível realizar comparações da realidade observada, através da proximidade entre ela e o tipo ideal.
Alguns dos principais conceitos para Max Weber:
Poder – possibilidade de impor a própria vontade.
Dominação – exercício do poder, estabelecimento de subordinações.
Política – competição entre valores equivalentes.
Estado – Luta de indivíduos pelo poder, sem sentido predeterminado. Os tipos de estado se definem pelos meios de dominação que utilizam. É a única instituição que tem o monopólio da violência, pois a violência cometida pelo Estado é legítima (Coercitividade).
Formas de dominação legítima (causas da ação social):
Racional – baseada no direito e na legislação (burocracia, Estado);
Tradicional – baseada no costume e na crença de um poder sagrado, como se ninguém pudesse se opor;
Afetiva – baseada no carisma do líder, ou seja, a forma de poder se torna quase irresistível.
Esses tipos de dominação são puros, mas, o que pode se observar na sociedade, é uma combinação das três, com predomínio de uma delas.
Aqui no Brasil, por exemplo, tivemos o exemplo de uma liderança racional e carismática, com os ex-presidentes Getúlio Vargas e Lula. O carisma que era dedicado ao povo, fez com que sua liderança fosse quase irresistível, mas suportada pela dominação racional, das eleições.

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