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FRATURAS, LUXAÇÕES E ENTORSES

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M A R I A E U D Ê N I A O L I V E I R A B A R R O S 
E N F E R M E I R A 
C O R E N / C E : 1 8 7 7 0 6 
LESÕES MÚSCULOESQUELÉTICAS: 
FRATURAS, LUXAÇÕES E ENTORSES 
SISTEMA 
MUSCULOESQUELÉTICO 
206 ossos 
Mais de 600 músculos 
PRINCIPAIS 
FUNÇÕES 
Dar forma ao 
corpo 
Sustentação/apoio, 
permitindo que o corpo 
fique ereto 
Fornecer a base 
para a 
locomoção e 
movimento 
Proteger os 
principais órgãos 
do corpo 
OSSOS 
Longos 
Fêmur 
Úmero 
Curtos Dedos 
Planos Escápula 
Irregulares Vértebras 
ENTORSE 
• Lesão articular que 
ocorre quando os 
ligamentos são estirados 
e sofrem ruptura total ou 
parcial. 
• A articulação é 
subitamente “torcida” 
além da sua amplitude 
normal. 
 
SINAIS E SINTOMAS 
• Dor 
 
• Inchaço 
 
• Deformidade 
 
• Descoloração da pele 
(hematoma) 
 
• Incapacidade de usar a 
parte afetada 
ATENDIMENTO DE EMERGÊNCIA 
• Rest 
• REPOUSO: não permitir esforço da parte lesionada; 
imobilizar a articulação lesionada para promover 
repouso total. 
R 
• Ice 
• GELO: aplicar gelo por 20 minutos a cada 1 ou 2 
horas (24 – 48h); não aplicar gelo se a vítima for 
portadora de doença circulatória. 
I 
•Compression 
•COMPRESSÃO: utilizar bandagem compressiva ao redor de toda a área, a fim 
de limitar o sangramento interno e comprimir os fluidos provenientes do local 
da lesão; avaliar e reavaliar frequentemente a perfusão distal. 
C 
• Elevation 
• ELEVAÇÃO: elevar a área afetada ao nível do 
coração se não houver risco de fratura; limita a 
circulação, reduz o inchaço e estimula a drenagem 
linfática. 
E 
LUXAÇÕES 
• Desvio ou separação de 
um osso de sua posição 
normal na articulação. 
 
• Articulações mais 
frequentemente luxadas: 
quadril, joelho, tornozelo, 
ombro, cotovelo e dedos 
das mãos. 
SINAIS E SINTOMAS 
• Dor 
 
• Sensação de pressão na 
articulação envolvida 
 
• Perda de movimento 
 
• Deformidade 
ATENDIMENTO DE EMERGÊNCIA 
• 1. Acionar SAMU. 
• 2. Avaliar fluxo sanguíneo (enchimento capilar e pulsos 
distais). 
• 3. Avaliar função nervosa (perda de sensibilidade, 
entorpecimento, paralisia). 
• 4. Imobilizar o membro luxado na posição em que foi 
encontrado. Não tente corrigir a luxação. 
• 5. Use o sistema RICE de tratamento. 
• 6. Manter a vítima quieta, aquecida e em posição 
confortável. 
• 7. Estar atento aos sinais de choque. 
• 8. Tratar o choque, se necessário. 
 
IMOBILIZAÇÃO 
IMOBILIZAÇÃO 
DISTENSÕES 
• Geralmente resultado de 
esforço excessivo. 
 
• Estiramento e ruptura de 
fibras musculares. 
 
• Comum na região 
lombar. 
 
SINAIS E SINTOMAS 
• Dor extrema 
 
• Sensibilidade severa 
 
• Dor ou rigidez à 
movimentação 
 
• Protuberância ou depressão 
no local 
 
• Perda da função muscular 
O QUE FAZER? 
• Partir do princípio de que a 
lesão pode ser uma fratura. 
 
• Acionar SAMU. 
 
• Posicionar a vítima 
confortavelmente. 
 
• Aplicar gelo na área 
afetada. 
CÃIMBRAS 
• Espasmos musculares 
incontroláveis. 
 
• Causam dor severa e 
restrição do 
movimento. 
 
COMO TRATAR 
• Alongar delicadamente o 
músculo afetado. 
• Aplicar pressão firme e 
estável com a palma da 
mão. 
• Aplicar bolsa de gelo no 
local. 
• Se ocorrer após atividade 
física intensa, ofertar um 
pouco de líquido 
eletrolítico. 
CONTUSÃO 
• Trauma sobre o tecido 
muscular por impacto 
direto. 
 
• SINAIS E SINTOMAS: 
Dor, sensibilidade, 
edema, descoloração. 
 
• Utilizar o procedimento 
RICE. 
FRATURAS 
• Rachadura ou quebra da 
continuidade de um osso. 
 
• FECHADAS (simples): a pele 
sobrejacente permanece 
intacta. 
 
• ABERTAS (compostas): a 
pelo sobre o local da fratura 
é danificada ou rompida. 
TIPOS DE FRATURAS 
MECANISMOS DE LESÃO 
• FORÇA DIRETA: a fratura ocorre no ponto de 
impacto. 
 
• FORÇA INDIRETA: afeta a extremidade de um 
membro, lesionando-o em um ponto distante do 
local do impacto. 
 
• FORÇA DE TORÇÃO: uma parte permanece imóvel, 
enquanto a outra é torcida. 
SINAIS E SINTOMAS 
• Deformidade, encurtamento ou angulação. 
• Temperatura da pele aumentada no local da 
lesão. 
• Dor e sensibilidade, geralmente apenas no local da 
lesão. 
• Crepitação. 
• Inchaço rápido e imediato. 
• Descoloração ou vermelhidão. 
• Articulação presa em uma posição. 
• Defesa. 
• Possível perda de função. 
ATENDIMENTO DE EMERGÊNCIA 
• AS FRATURAS DEVEM SER TRATADAS NA SEGUINTE 
ORDEM DE PRIORIDADE: 
1. Fraturas medulares 
2. Traumatismo craniano e fraturas na caixa torácica 
3. Fraturas pélvicas 
4. Fraturas nos MMII 
5. Fraturas nos MMSS 
IMPORTANTE: se o impacto foi suficiente para 
danificar a pelve ou causar lesões graves na face ou 
cabeça, assuma que também houve lesão na 
coluna. 
ATENDIMENTO DE EMERGÊNCIA 
• A imobilização é o procedimento emergencial mais 
importante, pois: 
Minimiza os danos a partes moles; 
Evita que uma fratura fechada se transforme em 
aberta; 
Evita maiores danos aos nervos, vasos sanguíneos e 
outros tecidos circundantes; 
Minimiza o sangramento e o inchaço; 
Diminui a dor, o que ajuda a controlar o choque; 
Evita a restrição de fluxo sanguíneo que ocorre quando 
as extremidades ósseas comprimem os vasos. 
TRATANDO AS FRATURAS EM GERAL 
• 1. Acione o SAMU. 
• 2. Remova suavemente as roupas que cobrem a área 
lesionada. 
• 3. Remova acessórios que estejam próximos às lesões. 
• 4. Cubra os ferimentos abertos com curativos estéreis ou 
panos limpos para controlar o sangramento e prevenir 
infecção. 
• 5. Avalie o fluxo sanguíneo e a função nervosa (palpar 
pulsos, verificar enchimento capilar, torcer delicadamente 
os dedos dos pés). 
• 6. Imobilizar as articulações acima e abaixo das fraturas. 
• 7. Avaliar novamente o fluxo sanguíneo e a função 
nervosa. 
• 8. Utiliza o método RICE. 
IMOBILIZAÇÃO 
• Independente do local da fratura, siga as seguintes diretrizes: 
 Somente aplique um imobilizador se estiver treinado para tal e o tratamento 
e/ou resgate estiverem muito distantes. 
 Não imobilize caso provoque mais dor. 
 Tanto antes quanto depois da imobilização, a avalie o pulso e a sensibilidade 
abaixo da lesão (a cada 15 minutos). 
 Imobilize as articulações imediatamente acima e abaixo da lesão. 
 Imobilize a área lesionada na posição em que foi encontrada. 
 Remova ou corte as roupas ao redor, bem como todos os acessórios. 
 Cubra todos os ferimentos, incluindo as fraturas expostas antes de aplicar as 
talas e, em seguida, enfaixe cuidadosamente. 
 Evite pressão excessiva sobre o ferimento. 
 Nunca reposicione intencionalmente extremidades ósseas protrusas. 
 Forre a tala para prevenir pressão e desconforto. 
 Se a vítima apresentar sinais de choque, mantenha a temperatura corporal 
conforme necessário, alinhe a vítima na posição anatômica normal e 
providencie transporte imediato, sem perder tempo com aplicação de talas. 
TIPOS DE TALAS 
• TALAS RÍGIDAS: encontradas no mercado (alumínio, 
madeira, arame, plástico, papelão, etc). 
• TALAS DE TRAÇÃO: ercem leve tração na direção 
oposta à lesão, aliviando a dor, reduzindo a perda de 
sangue e minimizando o agravamento do quadro. 
Deve ser usado apenas em caso de fratura na coxa e 
aplicado somente pela equipe de resgate (SAMU) ou 
socorristas treinados para isso. 
• TALAS IMPROVISADAS: pode-se utilizar papelão, jornais 
dobrados, toalhas, tábuas de passar roupa, travesseiros, 
cobertor, bastões, guarda-chuva,cabo de vassoura, 
etc. 
AUTOIMOBILIZAÇÃO OU TALA 
ANATÔMICA 
• Quando decide-se 
amarrar e fixar a parte 
lesionada a uma parte 
adjacente não 
lesionada. 
UMA TALA IMPROVISADA DEVE: 
• Ser leve, porém firme e 
rígida. 
 
• Ser longa o suficiente. 
 
• Ter a mesma largura da 
parte mais volumosa do 
membro fraturado. 
 
• Ser bem forrada. 
RISCOS DA IMOBILIZAÇÃO IMPRÓPRIA 
• Comprimir os nervos, tecidos e vasos abaixo da 
tala, agravando a lesão existente e causando 
novas lesões. 
 
• Atrasar o transporte de uma vítima com lesão 
potencialmente fatal. 
 
• Reduzir a circulação distal, ameaçando o membro. 
 
• Permitir o movimento dos fragmentos ou 
extremidades ósseas, agravando a lesão. 
 
IMOBILIZAÇÃO DE UM OSSO LONGO 
• 1. Segurar delicadamente o membro e estabilizar o 
osso manualmente. 
• 2. Avaliar o pulso e a função sensorial abaixo da 
lesão. 
• 3. Meça a tala para ajustar o tamanho. 
• 4. Aplique a tala. 
• 5. Fixe todo o membro lesionado. 
• 6. Imobilize a mão ou o pé na posição anatômica 
normal. Certifique-se de que é possível tocar a mão 
ou pé para avaliar o pulso e a sensibilidade. 
IMOBILIZAÇÃO DE ARTICULAÇÃO 
• 1. Estabilizar a articulação 
manualmente. 
• 2. Avaliar pulso e função sensorial. 
• 3. Imobilizar o local da lesão, na 
posição em que a encontrou, 
utilizando a tala. 
• 4. Imobilize os ossos acima e abaixo 
da articulação lesionada. 
• 5. Depois de aplicar e fixar a tala, 
avalie novamente pulso e função 
sensorial. 
FRATURA DE COSTELAS 
• SINAIS E SINTOMAS: 
• Dor intensa no local da 
fratura 
• Som áspero à palpação 
• Respiração superficial e 
acelerada 
• Hematoma e lacerações 
no local 
• Sangue espumoso no 
nariz ou na boca 
ATENDIMENTO DE EMERGÊNCIA 
• ACIONE O SAMU E, EM SEGUIDA: 
• 1. Manter vias aéreas pérvias. 
• 2. Ofertar um travesseiro à vítima para que ela possa 
apoiar o peito. 
• 3. Se a vítima não conseguir utilizar o travesseiro, use 
uma tipoia e uma faixa para usar o braço da própria 
vítima como se fosse uma tala de apoio; o antebraço 
do lado lesionado deve ser posicionado 
transversalmente sobre o tórax. 
• 4. Posicione a vítima em decúbito dorsal. 
• 5. Monitorar SSVV e tratar choque. 
• OBS.: Não utilize nada que envolva completamente o 
tórax. 
• 6. Imobilize as costelas com fita. 
 
TRAUMATISMO CRANIANO 
E LESÕES MEDULARES 
CAUSAS COMUNS DE TRAUMATISMO 
CRANIANO 
TIPOS DE TRAUMATISMO CRANIANO 
• LESÃO NO COURO CABELUDO 
Sangramento profuso 
Fáscias subjacentes podem ser 
laceradas (pele 
intacta)→sangramento sob a 
pele (pode simular ou dissimular 
uma fratura com afundamento). 
Controle do sangramento 
externo: pressão direta suave. 
Não aplicar pressão direta se 
houver suspeita de fratura do 
crânio. 
 
TIPOS DE TRAUMATISMO CRANIANO 
• LESÕES CEREBRAIS 
 
Lesão golpe-contragolpe 
Lesão por aceleração-desaceleração 
Contusão cerebral 
Hematoma subdural 
Hematoma epidural 
SINAIS E SINTOMAS 
• ↓ nível de consciência ou alteração na responsividade; 
• Agressividade e comportamento errático; 
• Náuseas e vômitos; 
• Pupilas não reativas à luz ou assimétricas; 
• Visão dupla ou outros distúrbios visuais; 
• Dor de cabeça; 
• Perda da memória; 
• Fraqueza ou perda do equilíbrio; 
• Convulsões; 
• Evidência de traumatismo craniano; 
• ↓frequência cardíaca; 
• Padrão respiratório irregular. 
TRAUMATISMO CRANIANO 
• A lesão do crânio em si oferece poucos riscos, o 
grande problema é o possível dano ao tecido 
cerebral. 
 
• Sempre cobrir qualquer ferida aberta no crânio a 
fim de prevenir infecção. 
TIPOS DE FRATURA DO CRÂNIO 
• Linear 
 
• Penetrante 
 
• Afundamento 
 
• Basilar 
 
• Cominutiva 
AVALIAÇÃO 
• 1. Obtenha a história do acidente, incluindo o 
mecanismo da lesão, se houve ou não alteração 
do nível de consciência, se a vítima foi removida. 
• 2. Se possível, orientar alguém que estabilize 
manualmente a cabeça/pescoço/coluna 
enquanto você alinha o nariz da vítima com seu 
umbigo. Se houver resistência ou dor, pare e 
estabilize-a nessa posição. Prosseguir com 
avaliação primária. 
• NÃO DEVE HAVER NENHUM MOVIMENTO DA VÍTIMA 
ATÉ QUE ELA ESTEJA IMOBILIZADA, A MENOS QUE 
HAJA RISCO NO LOCAL. 
 
SINAIS E SINTOMAS 
ATENDIMENTO DE EMERGÊNCIA 
• O OBJETIVO DOS PRIMEIROS SOCORROS É AUXILIAR AS 
FUNÇÕES VITAIS (VIA AÉREA E RESPIRAÇÃO) DA VÍTIMA 
ATÉ A CHEGADA DO ATENDIMENTO ESPECIALIZADO. 
• 1. Suspeite de lesão medular quando houver evidência 
de TC; estabilize a cabeça e o pescoço. 
• 2. Estabeleça e mantenha o ABCDE; 
• 3. Vômitos são comuns nas lesões cerebrais, portanto, 
sempre esteja preparado para essa situação. Mantenha 
a cabeça e o pescoço estabilizados enquanto pede 
ajuda para rolar a vítima a fim de evitar aspiração. 
• 4. Mantenha a vítima aquecida e em decúbito dorsal. 
• Não eleve os MMII. 
LESÕES DA COLUNA 
MECANISMOS DE LESÃO MEDULAR 
• COMPRESSÃO 
 
• FLEXÃO, EXTENSÃO OU ROTAÇÃO 
 
• INCLINAÇÃO LATERAL 
 
• DISTRAÇÃO (separação súbita da coluna) 
QUANDO SUSPEITAR DE LESÃO 
MEDULAR 
• Acidentes com veículos motorizados (carros, motos, 
etc) 
• Acidentes com veículos e pedestres 
• Quedas 
• Traumatismo por contusão 
• Trauma penetrante na cabeça, pescoço ou tronco 
• Enforcamentos 
• Acidentes de mergulho 
• Acidentes esportivos que danifiquem o capacete 
• Lesões por agressão 
 
 
 
COMPLICAÇÕ
ES DA LESÃO 
MEDULAR 
Esforço 
respiratório 
inadequado 
Dano ao 
diafragma 
Respiração 
superficial, 
ritmo irregular 
Paralisia 
Fraqueza, perda 
de sensibilidade 
ou paralisia abaixo 
do local lesionado 
AVALIAÇÃO 
• VÍTIMA RESPONSIVA 
• 1. Observar o mecanismo da lesão. 
• 2. Pergunte: 
Você sente dor no pescoço ou nas costas? 
O que aconteceu? 
Onde dói? 
Você consegue movimentar as mãos e os pés? 
Você consegue sentir que estou tocando seus dedos das mãos? 
Você consegue sentir que estou tocando seus dedos dos pés? 
Você consegue diferenciar qual dedo estou apertando? 
• 3. Não role a vítima a menos que haja uma necessidade 
imperiosa. 
• 4. Avalie se a vítima demonstra a mesma força com todos os 
membros. 
AVALIAÇÃO 
• VÍTIMA IRRESPONSIVA 
 
1. Estabeleça e mantenha ABCDE. 
2.Observe o mecanismo da lesão. 
3. Mantenha a cabeça e o pescoço alinhados em 
posição neutra. 
4. Investigue a situação por meio das pessoas 
presentes. 
SINAIS E SINTOMAS 
• Sensibilidade na área da lesão ou qualquer região da 
coluna vertebral. 
• Lacerações, cortes ou equimoses na coluna ou nas 
proximidades. 
• Dor 
• Deformidade evidente da coluna à inspeção ou à 
palpação. 
• Dormência, formigamento ou perda da sensibilidade 
nos membros. 
• Fraqueza e/ou paralisia nos membros. 
• Incontinência urinária e/ou fecal. 
• Comprometimento da respiração. 
ATENDIMENTO DE EMERGÊNCIA 
• A regra geral para o atendimento de pessoas com 
lesão medular é apoiar e imobilizar a coluna, a cabeça, 
o tronco e a pelve. 
• Acione o SAMU e, em seguida: 
• 1. Estabilize manualmente a coluna em uma posição 
alinhada neutra. 
• 2. Estabeleça e mantenha uma via aérea aberta e 
ventilação adequada. 
• 3. Realize a avaliação inicial, verificando o pulso e a 
circulação. Se necessário, realize RCP, mas não 
movimente a vítima. Controle o sangramento, mas 
nunca tente interromper o fluxo de sangue que sai pelos 
ouvidos, nariz ou boca. 
REMOÇÃO DE CAPACETE 
CUIDADO: nunca tente remover um capacete, a menosque 
tenha sido treinado em técnicas avançadas por um instrutor 
devidamente qualificado. 
 
DEVE-SE DEIXAR O CAPACETE NO LOCAL NOS SEGUINTES CASOS: 
Quando o capacete estiver bem ajustado e houver pouco 
ou nenhum movimento da cabeça em seu interior. 
Não houver problemas respiratórios. 
A retirada do capacete puder ocasionar lesões adicionais. 
For possível imobilizar apropriadamente a coluna vertebral 
com o capacete no local. 
Quando o capacete não interferir em sua capacidade de 
avaliar e reavaliar vias aéreas e respiração. 
REMOÇÃO DE CAPACETE 
• DEVE-SE REMOVER O CAPACETE NAS SEGUINTES 
SITUAÇÕES: 
 
Ele interferir em sua capacidade de avaliar ou 
reavaliar as vias aéreas e a respiração. 
Ele interferir em sua capacidade de tratar as vias 
aéreas ou respiração adequadamente. 
Ele não estiver bem ajustado e permitir uma 
movimentação excessiva da cabeça em seu 
interior. 
Ele interferir na imobilização apropriada da coluna. 
A vítima apresentar PCR. 
TÉCNICA DE REMOÇÃO DE CAPACETE 
• 1. Remova os óculos da vítima (se for o caso) antes de retirar o 
capacete. 
• 2. Um socorrista deve estabilizar o capacete, colocando as mãos 
em cada lado do capacete e os dedos na mandíbula (maxilar 
inferior), para impedir qualquer movimento. 
• 3. Um segundo socorrista deve afrouxar a tira do queixo. 
• 4. O segundo socorrista deve colocar uma das mãos sobre a 
mandíbula, no ângulo do maxilar, e a outra mão na face posterior 
do crânio. 
• 5. O socorrista que estiver segurando o capacete deve afastar suas 
bordas (para liberar os ouvidos), deslizando suavemente o capacete 
até a metade da cabeça da vítima e, em seguida, parar. 
• 6. O socorrista que está mantendo a estabilização do pescoço deve 
se reposicionar, deslizando as mãos sob a cabeça da vítima para 
apoiá-la após a retirada completa do capacete. 
• 7. O primeiro socorrista deve retirar o capacete completamente. 
• 8. A vítima deve ser imobilizada. 
BIBLIOGRAFIA 
• KARREN, K. J.; HAFEN, B. Q.; LIMMER, D.; 
MISTOVICH, J. J. Primeiros socorros para 
estudantes. 10ª edição. Barueri-SP: 
Manole, 2013.

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