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O SISTEMA GLOBAL DE PROTEÇÃO DOS DIREITOS HUMANOS

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O SISTEMA GLOBAL DE PROTEÇÃO DOS DIREITOS HUMANOS
EQUIPE: ALEXSANDRO, ANDRÉA FRANÇA, CRISLLAINNY, DIEGO, JULIANA FAZIO, ROBERTA ATAÍDE, SARA LÍLIAN E YELA-DIANE, DERMEVAL
O SISTEMA GLOBAL DE PROTEÇÃO DOS DIREITOS HUMANOS
O Sistema Global de Proteção dos Direitos Humanos, também chamado de Sistema da ONU ou de Sistema Universal, eis que seus princípios iluminam, inspiram e influenciam o surgimento dos demais instrumentos normativos posteriores, tem como fonte normativa imediata a Carta das Nações Unidas de 1945, a qual, ao estabelecer que os Estados-partes devem promover a proteção dos direitos humanos e das liberdades fundamentais e, demarcar o início do processo de universalização dos direitos humanos, exige, consequentemente, a necessidade de efetivação desses direitos, sob a vigilância de um sistema de monitoramento, supervisão e controle.
O Sistema Global integra a estrutura da ONU, cujos órgãos principais são: a Assembleia Geral, o Conselho de Segurança, a Corte Internacional de Justiça, o Conselho Econômico e Social e o Secretariado.
OS PRINCIPAIS INSTRUMENTOS NORMATIVOS DO SISTEMA GLOBAL
Historicamente, a Carta das Nações Unidas, de 1945, a Declaração Universal dos Direitos Humanos, de 1948, o Pacto Internacional dos Direitos Civis e Políticos e o Pacto Internacional dos Direitos Econômicos, Sociais e Culturais, ambos de 1966, são os principais instrumentos normativos sustentadores da proteção universal dos direitos humanos.
O Sistema da ONU é integrado por instrumentos normativos gerais e especiais e por organismos e mecanismos de vigilância, supervisão, monitoramento e fiscalização dos direitos humanos. Os instrumentos normativos gerais são principalmente aqueles que integram a chamada Carta Internacional de Direitos Humanos, que é composta pela Declaração Universal dos Direitos Humanos, pelo Pacto Internacional dos Direitos Civis e Políticos e pelo Pacto Internacional dos Direitos Econômicos, Sociais e Culturais.
Além destes, também compõem o conjunto normativo do Sistema Global as diversas Convenções Internacionais, estas consideradas como instrumentos normativos especiais.
OS PRINCIPAIS ORGANISMOS E MECANISMOS DO SISTEMA GLOBAL
O Conselho de Tutela, que recebe reclamações provenientes dos territórios tutelados;
O Comitê Especial, que tem por objetivo contribuir para a implementação das diretrizes fixadas na "Declaração sobre a Concessão de Independência aos Territórios e Povos Coloniais";
O Comitê para a Eliminação da Discriminação Racial, que recebe reclamações concernentes a este assunto. Isto sem falar no Comitê de Direitos Humanos, criado pelo Pacto Internacional sobre Direitos Civis e Políticos e por seu Protocolo Facultativo.
Para o desenvolvimento de seus trabalhos, a Comissão se vale dos três métodos acima explicitados: o sistema de petições, o de relatórios e o de investigações.
A COMISSÃO DE DIREITOS HUMANOS DA ONU
A Comissão de Direitos Humanos da ONU - CDH foi o principal órgão do Sistema Global. Criada em 1946, por ação do Conselho Econômico e Social (ECOSOC), a CDH era composta de 53 Estados, com mandato de três anos, tendo como função geral promover e proteger os direitos humanos, em âmbito mundial. 
De 1946 até 1967 - fase legislativa - a CDH dedicou-se, quase exclusivamente, na elaboração do arcabouço normativo destinado à promoção dos direitos humanos, especialmente da Declaração Universal de 1948 e dos dois grandes Pactos Internacionais, de 1966.
A partir de 1967 a Comissão iniciou sua fase de implementação, mais intervencionista, assumindo um papel de apreciação de casos de violações de direitos humanos, seguindo, para isso, basicamente, dois procedimentos criados pelo Conselho Econômico e Social da ONU: o Procedimento 1235 e o Procedimento 1503.
Sob o Procedimento 1503 a Comissão de Direitos Humanos da ONU recebeu, anualmente, em média, cerca de 50 mil reclamações, sendo que, de 1972 a 2001, 80 países foram examinados, inclusive o Brasil, tendo sido levado à Comissão nos anos de 1974 a 1976.
A Comissão de Direitos Humanos foi dissolvida e substituída pelo novo Conselho de Direitos Humanos.
O NOVO CONSELHO DE DIREITOS HUMANOS DA ONU
A criação do novo Conselho pretende alçar a temática dos direitos humanos ao mesmo status que as questões da segurança e do desenvolvimento, debatidas no âmbito do Conselho de Segurança e do Conselho Econômico e Social (ECOSOC), ao qual até agora estava subordinada a Comissão de Direitos Humanos, tornando o novo Conselho um órgão de direitos humanos mais forte e eficaz.
Constituído de 47 países, inclusive do Brasil, eleitos no dia 09 de maio de 2006 por um período de 03 (três) anos, e distribuídos geograficamente, o novo Conselho tem como principal vocação institucional “promover o respeito universal pela proteção de todos os direitos humanos e liberdades fundamentais de todas as pessoas, sem distinções de nenhum tipo e de forma justa e eqüitativa”.
COMISSÃO DE DIREITOS HUMANOS X CONSELHO DE DIREITOS HUMANOS
OS COMITÊS DE DIREITOS HUMANOS
Os Comitês são:
- O Comitê de Direitos Humanos para monitorar a implementação do Pacto Internacional dos Direitos Civis e Políticos;
- O Comitê de Direitos Humanos para monitorar a implementação do Pacto Internacional dos Direitos Sociais, Econômicos e Culturais;
- O Comitê para monitorar a implementação da Convenção Internacional sobre a Eliminação de todas as formas de Discriminação Racial;
- O Comitê para monitorar a implementação da Convenção contra a Tortura e Outros Tratamentos Cruéis, Desumanos ou Degradantes;
- O Comitê para monitorar a implementação da Convenção Internacional sobre os Direitos da Criança; e,
- O Comitê para monitorar a implementação da Convenção Internacional sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra a Mulher.
*Note-se, portanto, a especial importância dos Comitês como organismos de monitoramento da implementação dos principais tratados internacionais de direitos humanos.
OS RELATORES ESPECIAIS E OS GRUPOS DE TRABALHO
	Dentre os mecanismos extraconvencionais de proteção dos direitos humanos, no Sistema Global, importa destacar os Relatores Especiais e os Grupos de Trabalho.
	Em termos gerais, aos relatores especiais, representantes especiais ou experts independentes são atribuídos os poderes de investigar situações de direitos humanos, através de visitas in loco, receber denúncias ou comunicações, e oferecer recomendações de como solucioná-las. São, assim, uma contribuição, no plano internacional, para que os países consigam implementar seus compromissos com os direitos humanos, resultado da ratificação de instrumentos internacionais e dos seus próprios instrumentos nacionais (constituições, leis ordinárias, programas e planos de direitos humanos) de proteção dos direitos humanos.
	Os grupos de trabalho, no sistema das Nações Unidas, são constituídos com o objetivo de receber denúncias e elaborar propostas relacionadas a situações de direitos humanos, inclusive novos instrumentos internacionais de proteção dos direitos humanos. Atualmente, há dois grupos de trabalho permanentes em funcionamento, vinculados à Comissão de Direitos Humanos, ambos relacionados à proteção dos direitos civis e políticos. São eles:
- Grupo de Trabalho sobre Desaparecimentos Forçados ou Involuntários (composto por cinco membros experts independentes);
- Grupo de Trabalho sobre Detenção Arbitrária (composto por cinco membros experts independentes).
	Nada impede, no entanto, que sejam estabelecidos grupos de trabalho relacionados à proteção dos direitos humanos econômicos, sociais e culturais

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