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HIERARQUIA DAS LEIS
Palavras-chave: Hierarquia. Lei. Ordenamento Jurídico. Normas.
Sumário: 1 INTRODUÇÃO. 2 HIERARQUIA. 3 LEI. 4 HIERARQUIA DAS LEIS 4.1 CONSTITUIÇÃO FEDERAL 4.2 LEIS COMPLEMENTARES, LEIS ORDINARIAS, LEIS DELEGADAS, DECRETOS LEGISLATIVOS E RESOLUÇÔES, MEDIDAS PROVISORIAS 4.3 DECRETOS REGULAMENTADORES 4.4 NORMAS INDIVIDUAIS
1 INTRODUÇÃO
O presente trabalho tem a finalidade de analisar e compreender a existência da hierarquia das leis, apontando um estudo sobre cada grau da pirâmide, oriundas de um ordenamento jurídico. Veremos o conceito de hierarquia e o conceito de lei para melhor compreensão do propósito deste artigo. 
2 SOBRE A HIERARQUIA
Antes de começarmos a falar sobre o que este artigo traz como finalidade, deve-se entender primeiro o conceito de hierarquia. Temos seu significado como subordinação de certos poderes uns aos outros e até mesmo classificação ou ordenação segundo determinados critérios a priorizar um membro, poderes, categorias, patentes e/ou dignidades de suas organizações. 
A hierarquia para o direito das leis é a subordinação desta a uma fonte geradora superior, haverá escala entre duas normas quando uma delas estiver seu princípio e seu parâmetro de realidade na norma hierarquicamente julgada superior. Como exemplo, onde todas as leis são hierarquicamente inferiores a Constituição Federal; O caso do decreto regulamentar, que visa regulamentar disposição de lei. Nesse caso, o decreto tem sua existência dependente da lei, ou seja, se a lei for declarada inconstitucional, automaticamente o decreto perde a sua sustentabilidade, e será, também, contra a constituição...
Vivenciamos no Brasil a extensão das inúmeras normas jurídicas guiando os mais diversos setores do Direito. Para que tenha uma aceitação e uma junção entre as normas, Esse sistema é chamado de ordenamento jurídico. 
“Ordenamento jurídico é o conjunto hierarquicamente organizado das normas jurídicas de uma sociedade.” (COTRIM, 2000, p. 25)
3 LEI
“A lei é a mais importante fonte formal do direito. Entende-se por lei a norma jurídica escrita emanada de poder competente. A lei está presente na legislação, que é o conjunto das leis vigentes em um país.” (COTRIM, 2000, p. 18)
Nunes (2000, p. 73) apresenta a “legislação” como conceito oriundo do vocábulo “lei”, tornando-se comum ao ouvir as tais expressões como sendo igualadas entre si, tornando-se, então, uma definição de conjuntos de leis. Tal vocábulo encontra variados significados ao ponto da possibilidade da utilização para exprimir as leis divinas, as leis da natureza ou leis da própria ciência. 
 Nader (2007, p. 146) também coloca a lei como ato do Poder Legislativo que estabelece normas com os interesses sociais:
A lei é a forma moderna de produção do Direito Positivo. É ato do Poder Legislativo, que estabelece normas de acordo com os interesses sociais. Não constitui, como outrora, a expressão de uma vontade individual (L’État c’est moi), pois traduz as aspirações coletivas. [...] a sua fonte material é representada pelos próprios fatos e valores que a sociedade oferece.
Resumindo, ela é uma norma escrita, geral e abstrata, garantida pelo poder público, aplicável por órgãos do Estado, enquanto na sua vigência. Não é produto espontâneo como o costume, mas fruto de elaboração discursiva de estudos, discussões, debates, votações, sanção, publicação, que permitem com facilidade, determinar o momento em que se torna obrigatória. 
4 HIERARQUIA DAS LEIS
É a graduação de autoridade das normas, que é a base de toda composição e andamento do progresso, pois para que tal seja possível, é necessário que se atenha ao que dispõe as regras hierárquicas. 
Ela foi proposta primeiramente por Hans Kelsen em sua obra “Teoria Pura do Direito” e “Teoria Geral do Estado”, jurista alemão do século passado, explicou que o direito possui a particularidade de regular a sua própria criação, portanto, uma norma só é válida porque se fundamenta em outra de hierarquia superior. O modo de criação, função e aplicação das normas inferiores são determinados pelas normas hierarquicamente superiores.
Assim cita Kelsen: 
"A ordem jurídica não é um sistema de normas jurídicas ordenadas no mesmo plano, situadas umas ao lado das outras, mas é uma construção escalonada de diferentes camadas ou níveis de normas jurídicas. A sua unidade é produto da conexão de dependência que resulta do fato de a validade de uma norma, que foi produzida de acordo com outra norma, se apoiar sobre essa outra norma, cuja produção, por sua vez, é determinada por outra; e assim por diante, até abicar finalmente na norma fundamental - pressuposta. A norma fundamental - hipotética, nestes termos - é, portanto, o fundamento de validade último que constitui a unidade desta interconexão criadora."  
Kelsen propôs em sua obra que o ordenamento jurídico tem a forma de uma pirâmide ou, em suas palavras, “uma construção escalonada de diferentes camadas ou níveis de normas jurídicas”. 
Segundo Nunes (2000, p. 74) diz que o ordenamento jurídico é milhares de normas, desde as constitucionais até as portarias. Acrescenta ainda, que sua estrutura é hierárquica. 
A estrutura hierárquica, através da qual as normas legisladas se inter-relacionam, uma sobrepondo a outras, faz nascer aquilo que se chama “estrutura piramidal”. Podemos situar tais normas em diferentes graus de hierarquia. 
Temos os conceitos de cada norma exposta na Pirâmide de Kelsen, uma das mais citadas concepções da hierarquia do ordenamento jurídico:
4.1 CONSTITUIÇÃO FEDERAL
No ápice da pirâmide encontramos as normas constitucionais, dentre dele e não fora. Ocupa o grau mais elevado, constituem o ponto de partida do ordenamento. Todas as demais devem sujeitar-se às normas da Constituição é o chamado princípio da constitucionalidade que determina que as normas hierarquicamente inferiores estejam conforme seus fundamentos. Foi elaborada a partir de uma Assembléia Nacional Constituinte que teve os seus trabalhos iniciados em 1º de fevereiro de 1987 e concluídos em 05 de outubro de 1988, com a sua promulgação. Emenda Constitucional é uma modificação na Constituição que deve ser aprovada por 3/5 das duas casas do Congresso, em dois turnos.
4.2 LEIS COMPLEMENTARES, LEIS ORDINARIAS, LEIS DELEGADAS, DECRETOS LEGISLATIVOS E RESOLUÇÔES, MEDIDAS PROVISORIAS
 “As leis complementares têm como função tratar de certas matérias que a Constituição entende devam ser reguladas por normas mais rígidas que aquelas disciplinadas por leis ordinárias e demais de mesma hierarquia [...]” (NUNES, 2000, p. 76)
A lei complementar no passado era situada como intermediária entre as normas constitucionais e as leis ordinárias e as outras da mesma hierarquia destas, ou seja, ela era inferior à Constituição e superior à lei ordinária e demais normas.
Atualmente não há hierarquia entre lei complementar e lei ordinária. A diferença entre ambas diz respeito à matéria a ser legislada e ao quorum previsto para sua aprovação.
A lei ordinária são normas elaboradas pelo Poder Legislativo em sua função típica de legislar. Exemplo: Código Civil, Código Penal, Código Tributário Nacional... O seu rito de aprovação exige apenas a maioria simples das casas, desde que presentes na sessão a maioria absoluta de membros (art. 67 CF/88) e sua matéria é "residual", ou seja, ela só poderá tratar de assunto que tenha sido "deixado de lado" pela Lei Complementar. 
As leis delegadas serão elaboradas pelo Presidente da República, a partir de delegação específica do Congresso. Mas o presidente, não pode legislar sobre atos de competência do Congresso. 
Os decretos legislativos são de competência exclusiva do Congresso Nacional, sem necessitar de sanção presidencial. A resolução legislativa também é privativa do Congresso ou de cada casa isoladamente, por exemplo, a suspensão de lei declarada inconstitucional. 
E ainda no mesmo patamar estão as medidas provisórias, previstas no art. 62 da Constituição, que dispõe:“Em caso de relevância e urgência, o Presidente da República poderá adotar medidas provisórias, com força de lei, devendo submetê-las de imediato ao Congresso Nacional, que, estando em recesso, será convocado extraordinariamente para se reunir no prazo de cinco dias.”
Constituição atual introduziu a medida provisória,”[...] sendo norma de iniciativa privativa do Presidente da República (cf. art. 84, XXVI, da CF) que pode ser editada em caso de relevância ou urgência, tendo força de lei a partir da data de sua edição e com vigência por 30 dias.”
 4.3 DECRETOS REGULAMENTADORES
“É ato do Poder Executivo e deve ser baixado para regulamentar norma de hierarquia superior, como, por exemplo, a lei ordinária. Deve apenas detalhar certas formas ou fórmulas, bem como apontar e normatizar caminhos para o fiel cumprimento da lei que ele visa regulamentar, facilitando sua execução e aplicação. Não pode, portanto, ampliar nem restringir o conteúdo normativo da lei cuja regulamentação lhe cabe.” (NUNES, 2000, p. 78)
4.4 NORMAS INDIVIDUAIS
São as normas que representam a aplicação concreta das demais normas do Direito à conduta social das pessoas. Exemplo: sentenças judiciais, contratos etc. São baixadas por órgãos da Administração Pública, como as portarias dos Ministérios, as circulares do Banco Central, os despachos dos vários órgãos etc.
REFERÊNCIA 
http://www.arcos.org.br/artigos/teoria-pura-do-direito-a-hierarquizacao-das-normas/
Acessado em 27/10/2016
KELSEN, Hans. Teoria Pura do Direito, Martins Fontes, São Paulo, 1999.
COTRIM, Gilberto Vieira. Direito e Legislação – Introdução ao Direito, 21. ed, São Paulo: Saraiva, 2000.
NADER, Paulo. Introdução ao Estudo do Direito, 28. ed, Rio de Janeiro: Forense, 2007.
NUNES, Luiz Antonio Rizzatto. Introdução ao Estudo do Direito, 3. ed, São Paulo: Saraiva, 2000.

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