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E la b o ra d o p o r P ro f. M at h e u s M o n te ir o . P ro ib id a a r e p ro d u çã o n ão a u to ri za d a, t o ta l o u p ar ci al m e n te , d o p re se n te m at e ri al . TEORIA GERAL DO PROCESSO Prof. Matheus Monteiro E la b o ra d o p o r P ro f. M at h e u s M o n te ir o . P ro ib id a a r e p ro d u çã o n ão a u to ri za d a, t o ta l o u p ar ci al m e n te , d o p re se n te m at e ri al . Plano de Aula Processo ◦ Conceito ◦ Natureza jurídica ◦ Características ◦ Pressupostos Processuais ◦ Preclusão E la b o ra d o p o r P ro f. M at h e u s M o n te ir o . P ro ib id a a r e p ro d u çã o n ão a u to ri za d a, t o ta l o u p ar ci al m e n te , d o p re se n te m at e ri al . Natureza Jurídica: Teorias – o processo como: ◦ Contrato Séc. XVIII-XIX – França – direito romano. Litis contestatio. ◦ Quase contrato Séc. XIX – França Arnault de Guényvau O caráter público do processo e a distinção entre processo e procedimento: E la b o ra d o p o r P ro f. M at h e u s M o n te ir o . P ro ib id a a r e p ro d u çã o n ão a u to ri za d a, t o ta l o u p ar ci al m e n te , d o p re se n te m at e ri al . “O processo foi visto a partir do seu fim de atuação da lei. Já o procedimento foi encarado como algo eminentemente formal ou como uma mera sequencia de atos. Ao procedimento não foi atribuído qualquer fim. Mas, como procedimento e processo seriam duas faces de uma única realidade, é possível dizer que o procedimento seria a forma de algo que somente adquiriria relevância quando considerado a partir do seu objetivo.” (MARINONI, 2008) E la b o ra d o p o r P ro f. M at h e u s M o n te ir o . P ro ib id a a r e p ro d u çã o n ão a u to ri za d a, t o ta l o u p ar ci al m e n te , d o p re se n te m at e ri al . Procedimento Aspecto extrínseco Aspecto formal Processo Relação entre os sujeitos...noção teleológica...instrumento de exercício da jurisdição... Autos E la b o ra d o p o r P ro f. M at h e u s M o n te ir o . P ro ib id a a r e p ro d u çã o n ão a u to ri za d a, t o ta l o u p ar ci al m e n te , d o p re se n te m at e ri al . Natureza Jurídica: Teorias – o processo como: ◦Relação Jurídica ◦ Situação jurídica Goldschmidt – “chances” – possibilidades/expectativas/perspectivas/ônus ◦ Procedimento informado pelo contraditório E la b o ra d o p o r P ro f. M at h e u s M o n te ir o . P ro ib id a a r e p ro d u çã o n ão a u to ri za d a, t o ta l o u p ar ci al m e n te , d o p re se n te m at e ri al . Natureza jurídica: Relação jurídica de direito processual ◦ Séc. XIX – 1868 – Alemanha ◦ OskarVon Büllow Teoria dos Pressupostos Processuais e das exceções dilatórias Principais méritos: Distinção dos planos processual e material Sistematização da ideia de relação jurídica de direito processual E la b o ra d o p o r P ro f. M at h e u s M o n te ir o . P ro ib id a a r e p ro d u çã o n ão a u to ri za d a, t o ta l o u p ar ci al m e n te , d o p re se n te m at e ri al . Entre o direito material e ação Relação Jurídica Material Processual Sujeitos Credor-Devedor (ex.) Autor-Juiz-Réu Objeto Carro, casa, direitos, imóvel, etc. Prestação Jurisdicional Pressupostos Art. 104. A validade do negócio jurídico requer: I - agente capaz; II - objeto lícito, possível, determinado ou determinável; III - forma prescrita ou não defesa em lei. Pressupostos Processuais E la b o ra d o p o r P ro f. M at h e u s M o n te ir o . P ro ib id a a r e p ro d u çã o n ão a u to ri za d a, t o ta l o u p ar ci al m e n te , d o p re se n te m at e ri al . Relação Jurídica Processual ESTADO- JUIZ AUTOR Direito de Ação PROCESSO RÉU E la b o ra d o p o r P ro f. M at h e u s M o n te ir o . P ro ib id a a r e p ro d u çã o n ão a u to ri za d a, t o ta l o u p ar ci al m e n te , d o p re se n te m at e ri al . “O processo é a síntese dessa relação jurídica progressiva (relação processual) e da série de fatos que determinam sua progressão (procedimento). Sua dialética consiste no funcionamento conjugado dessas posições jurídicas e desses atos e fatos, pois o que acontece na experiência concreta do processo é que de um fato nasce sempre uma posição jurídica, com fundamento na qual outro ato do processo é praticado, nascendo daí nova posição jurídica, a qual por sua vez enseja novo ato, e assim sucessivamente até o final do procedimento.” (CINTRA et al, 2014) E la b o ra d o p o r P ro f. M at h e u s M o n te ir o . P ro ib id a a r e p ro d u çã o n ão a u to ri za d a, t o ta l o u p ar ci al m e n te , d o p re se n te m at e ri al . Natureza jurídica: Processo como procedimento em contraditório ◦ Elio Fazzalari – Itália – Séc. XX E la b o ra d o p o r P ro f. M at h e u s M o n te ir o . P ro ib id a a r e p ro d u çã o n ão a u to ri za d a, t o ta l o u p ar ci al m e n te , d o p re se n te m at e ri al . Procedimento: ◦ Sequência de normas, atos e posições subjetivas, que se encadearão até a realização do ato final, na qual a norma precedente – que prevê uma conduta valorada como lícita/devida – é pressuposto para realização da consequente. A primeira norma e a conduta dela decorrente ligam-se à segunda como um pressuposto (FAZZALARI, 1992, p. 59) E la b o ra d o p o r P ro f. M at h e u s M o n te ir o . P ro ib id a a r e p ro d u çã o n ão a u to ri za d a, t o ta l o u p ar ci al m e n te , d o p re se n te m at e ri al . A diferença específica entre o procedimento em geral, quepode ou não se desenvolver como processo, e o procedimento que é processo, é a presença neste do elemento que o especifica: o contraditório. O processo é um procedimento, mas não qualquer procedimento; é o procedimento de que participam aqueles que são interessados no ato final, de caráter imperativo, por ele preparado, mas não apenas participam; participam de uma forma especial, em contraditório entre eles, porque seus interesses em relação ao ato final são opostos.(GONÇALVES, 1992, p. 68) E la b o ra d o p o r P ro f. M at h e u s M o n te ir o . P ro ib id a a r e p ro d u çã o n ão a u to ri za d a, t o ta l o u p ar ci al m e n te , d o p re se n te m at e ri al . Características Complexidade Progressividade-continuidade- dinamismo Unidade Estrutura tríplice (?) Natureza Pública E la b o ra d o p o r P ro f. M at h e u s M o n te ir o . P ro ib id a a r e p ro d u çã o n ão a u to ri za d a, t o ta l o u p ar ci al m e n te , d o p re se n te m at e ri al . PRESSUPOSTOS PROCESSUAIS NOVO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL E la b o ra d o p o r P ro f. M at h e u s M o n te ir o . P ro ib id a a r e p ro d u çã o n ão a u to ri za d a, t o ta l o u p ar ci al m e n te , d o p re se n te m at e ri al . Art. 485, IV, CPC Art. 485. O juiz não resolverá o mérito quando: IV - verificar a ausência de pressupostos de constituição e de desenvolvimento válido e regular do processo; Pressupostos Processuais lato sensu Pressupostos de Existência Subjetivos Juiz órgão investido de jurisdição Parte capacidade de ser parte Objetivos Existência de demanda Requisitos de Validade Subjetivos Juiz Competência Imparcialidade Partes Capacidade processual Capacidade postulatória Legitimidade ad causam Objetivos Intrínsecos Respeito ao formalismo processual Extrínsecos Positivos Interesse de agir Negativos: Inexistência de: perempção, litispendência, coisa julgada ou convenção de arbitragem (DIDIER, 2015) E la b o ra d o p o r P ro f. M at h e u s M o n te ir o . P ro ib id a a r e p ro d u çã o n ão a u to ri za d a, t o ta l o u p ar ci al m e n te , d o p re se n te m at e ri al . Capacidade de ser parte “A capacidade de ser parte é a personalidade judiciária: aptidão para, em tese, ser sujeito de uma relação jurídica de direito processual (processo) ou assumir uma situação jurídica processual (autor, réu, assistente etc.).” (DIDIER, 2015, p. 314) E la b o ra d o p o r P ro f. M at h e u s M o n te ir o . P ro ib id a a r e p ro d u çã o n ão a u to ri za d a, t o ta l o u p ar ci al m e n te , d o p re se n te m at e ri al . Autor e/ou Réu? Capacidade de ser parte Pessoa Natural e Jurídica Nascituro Nondum conceptus (art. 1.799, I, CC) Condomínio Sociedade de fato / irregular / não- personificada (“em comum”) Entes formais Comunidades indígenas ou grupos tribais Órgãos Públicos LDB... Regra geral: Personalidade civil Lei 6.001/73. Art. 37. Os grupos tribais ou comunidades indígenas são partes legítimas para a defesa dos seus direitos em juízo, cabendo-lhes, no caso, a assistência do Ministério Público Federal ou do órgão de proteção ao índio. Lei 9.394/01: Art. 5o O acesso à educação básica obrigatória é direito público subjetivo, podendo qualquer cidadão, grupo de cidadãos, associação comunitária, organização sindical, entidade de classe ou outra legalmente constituída e, ainda, o Ministério Público, acionar o poder público para exigi-lo. § 3º Qualquer das partes mencionadas no caput deste artigo tem legitimidade para peticionar no Poder Judiciário, na hipótese do § 2º do art. 208 da Constituição Federal, sendo gratuita e de rito sumário a ação judicial correspondente. CF. Art. 208. O dever do Estado com a educação será efetivado mediante a garantia de: § 2º O não-oferecimento do ensino obrigatório pelo Poder Público, ou sua oferta irregular, importa responsabilidade da autoridade competente. Art. 1.799. Na sucessão testamentária podem ainda ser chamados a suceder: I - os filhos, ainda não concebidos, de pessoas indicadas pelo testador, desde que vivas estas ao abrir-se a sucessão; [...] Art. 1.800. No caso do inciso I do artigo antecedente, os bens da herança serão confiados, após a liquidação ou partilha, a curador nomeado pelo juiz. § 1o Salvo disposição testamentária em contrário, a curatela caberá à pessoa cujo filho o testador esperava ter por herdeiro, e, sucessivamente, às pessoas indicadas no art. 1.775. § 2o Os poderes, deveres e responsabilidades do curador, assim nomeado, regem-se pelas disposições concernentes à curatela dos incapazes, no que couber. § 3o Nascendo com vida o herdeiro esperado, ser-lhe-á deferida a sucessão, com os frutos e rendimentos relativos à deixa, a partir da morte do testador. § 4o Se, decorridos dois anos após a abertura da sucessão, não for concebido o herdeiro esperado, os bens reservados, salvo disposição em contrário do testador, caberão aos herdeiros legítimos. Lei 11.804/08. Art. 6o Convencido da existência de indícios da paternidade, o juiz fixará alimentos gravídicos que perdurarão até o nascimento da criança, sopesando as necessidades da parte autora e as possibilidades da parte ré. Parágrafo único. Após o nascimento com vida, os alimentos gravídicos ficam convertidos em pensão alimentícia em favor do menor até que uma das partes solicite a sua revisão. E la b o ra d o p o r P ro f. M at h e u s M o n te ir o . P ro ib id a a r e p ro d u çã o n ão a u to ri za d a, t o ta l o u p ar ci al m e n te , d o p re se n te m at e ri al . NCPC.Art. 75. Serão representados em juízo, ativa e passivamente: I - a União, pela Advocacia-Geral da União, diretamente ou mediante órgão vinculado; II - o Estado e o Distrito Federal, por seus procuradores; III - o Município, por seu prefeito ou procurador; IV - a autarquia e a fundação de direito público, por quem a lei do ente federado designar; V - a massa falida, pelo administrador judicial; VI - a herança jacente ou vacante, por seu curador; VII - o espólio, pelo inventariante; VIII - a pessoa jurídica, por quem os respectivos atos constitutivos designarem ou, não havendo essa designação, por seus diretores; IX - a sociedade e a associação irregulares e outros entes organizados sem personalidade jurídica, pela pessoa a quem couber a administração de seus bens; X - a pessoa jurídica estrangeira, pelo gerente, representante ou administrador de sua filial, agência ou sucursal aberta ou instalada no Brasil; XI - o condomínio, pelo administrador ou síndico. § 1o Quando o inventariante for dativo, os sucessores do falecido serão intimados no processo no qual o espólio sejaparte. § 2o A sociedade ou associação sem personalidade jurídica não poderá opor a irregularidade de sua constituição quando demandada. § 3o O gerente de filial ou agência presume-se autorizado pela pessoa jurídica estrangeira a receber citação para qualquer processo. § 4o Os Estados e o Distrito Federal poderão ajustar compromisso recíproco para prática de ato processual por seus procuradores em favor de outro ente federado, mediante convênio firmado pelas respectivas procuradorias. Pressupostos Processuais lato sensu Pressupostos de Existência Subjetivos Juiz órgão investido de jurisdição Parte capacidade de ser parte Objetivos Existência de demanda Requisitos de Validade Subjetivos Juiz Competência Imparcialidade Partes Capacidade processual Capacidade postulatória Legitimidade ad causam Objetivos Intrínsecos Respeito ao formalismo processual Extrínsecos Positivos Interesse de agir Negativos: Inexistência de: perempção, litispendência, coisa julgada ou convenção de arbitragem (DIDIER, 2015) E la b o ra d o p o r P ro f. M at h e u s M o n te ir o . P ro ib id a a r e p ro d u çã o n ão a u to ri za d a, t o ta l o u p ar ci al m e n te , d o p re se n te m at e ri al . Capacidade processual “[...] aptidão para praticar atos processuais independentes de assistência ou representação (pais, tutor, curador etc.), pessoalmente ou por pessoas indicadas pela lei, tais como o síndico, administrador judicial [...]”. (DIDER, 2015, p. 317) ◦ Pressupõe a capacidade de ser parte... E la b o ra d o p o r P ro f. M at h e u s M o n te ir o . P ro ib id a a r e p ro d u çã o n ão a u to ri za d a, t o ta l o u p ar ci al m e n te , d o p re se n te m at e ri al . Capacidade processual TÍTULO I DAS PARTES E DOS PROCURADORES CAPÍTULO I DA CAPACIDADE PROCESSUAL Art. 70. Toda pessoa que se encontre no exercício de seus direitos tem capacidade para estar em juízo. Art. 71. O incapaz será representado ou assistido por seus pais, por tutor ou por curador, na forma da lei. E la b o ra d o p o r P ro f. M at h e u s M o n te ir o . P ro ib id a a r e p ro d u çã o n ão a u to ri za d a, t o ta l o u p ar ci al m e n te , d o p re se n te m at e ri al . Capacidade processual Art. 72. O juiz nomeará curador especial ao: I - incapaz, se não tiver representante legal ou se os interesses deste colidirem com os daquele, enquanto durar a incapacidade; II - réu preso revel, bem como ao réu revel citado por edital ou com hora certa, enquanto não for constituído advogado. Parágrafo único. A curatela especial será exercida pela Defensoria Pública, nos termos da lei. (Mas o que seria?) E la b o ra d o p o r P ro f. M at h e u s M o n te ir o . P ro ib id a a r e p ro d u çã o n ão a u to ri za d a, t o ta l o u p ar ci al m e n te , d o p re se n te m at e ri al . Curador Especial É representante judicial; representante ad hoc nomeado pelo juiz; cuida dos interesses do incapaz processualmente. Em regra pela Defensoria Pública. ◦ Legislação Especial (DIDIER, 2015, P. 330-332) E la b o ra d o p o r P ro f. M at h e u s M o n te ir o . P ro ib id a a r e p ro d u çã o n ão a u to ri za d a, t o ta l o u p ar ci al m e n te , d o p re se n te m at e ri al . Observações: Art. 72. O juiz nomeará curador especial ao: I - incapaz, se não tiver representante legal ou se os interesses deste colidirem com os daquele, enquanto durar a incapacidade; Art. 756. Levantar-se-á a curatela quando cessar a causa que a determinou. § 1o O pedido de levantamento da curatela poderá ser feito pelo interdito, pelo curador ou pelo Ministério Público e será apensado aos autos da interdição. Lei n. 4.717/1965. Art. 1º Qualquer cidadão será parte legítima para pleitear a anulação ou a declaração de nulidade de atos lesivos ao patrimônio da União, do Distrito Federal, dos Estados, dos Municípios, de entidades autárquicas, de sociedades de economia mista (Constituição, art. 141, § 38), de sociedades mútuas de seguro nas quais a União represente os segurados ausentes, de empresas públicas, de serviços sociais autônomos, de instituições ou fundações para cuja criação ou custeio o tesouro público haja concorrido ou concorra com mais de cinqüenta por cento do patrimônio ou da receita ânua, de empresas incorporadas ao patrimônio da União, do Distrito Federal, dos Estados e dos Municípios, e de quaisquer pessoas jurídicas ou entidades subvencionadas pelos cofres públicos. ◦ § 3º A prova da cidadania, para ingresso em juízo, será feita com o título eleitoral, ou com documento que a ele corresponda. E la b o ra d o p o r P ro f. M at h e u s M o n te ir o . P ro ib id a a r e p ro d u çã o n ão a u to ri za d a, t o ta l o u p ar ci al m e n te , d o p re se n te m at e ri al . PROCESSUAL CIVIL - RECURSO ESPECIAL - MEDIDA CAUTELAR - EFEITO SUSPENSIVO - REQUISITOS - CAPACIDADE POSTULATÓRIA - LEGITIMIDADE PARA A CAUSA - DEPUTADO FEDERAL - AÇÃO POPULAR. Não há como se conferir efeito suspensivo a recurso especial ainda não interposto, mas não é necessário, para efeito de concessão de cautelar com este propósito, que o recurso tenha sido submetido ao juízo de admissibilidade perante o Tribunal de origem. Capacidade postulatória e legitimidade para propor ação são coisas diversas. O artigo 30, inciso II da Lei nº 8.906/94 proíbe aos deputados federais pleitearem em Juízo contra os interesses da pessoa jurídica de direito público. Agravo improvido. Processo AgRg na MC 2780 / RS AGRAVO REGIMENTAL NA MEDIDA CAUTELAR 2000/0046487-2 Relator(a) Ministro GARCIA VIEIRA (1082) Órgão Julgador T1 - PRIMEIRA TURMA Data do Julgamento 27/06/2000 Data da Publicação/Fonte DJ 21/08/2000 p. 98 E la b o ra d o p o r P ro f. M at h e u s M o n te ir o . P ro ib id a a r e p ro d u çã o n ão a u to ri za d a, t o ta l o u p ar ci al m e n te , d o p re se n te m at e ri al . Pessoas Jurídicas São “presentadas” em juízo (art. 75 CPC) Não é “representação”... E la b o ra d o p o r P ro f. M at h e u s M o n te ir o . P ro ib id a a r e p ro d u çã o n ão a u to ri za d a, t o ta l o u p ar ci al m e n te , d o p re se n te m at e ri al . "Observe-se que, na comparência da parte por um órgão, não se trata de representação, mas de presentação. O órgão presenta a pessoa jurídica: os atos processuais do órgão são atos dela, e não de representante. (. . .) De modo quehá a presentação (de direito material) e a representação processual, necessariamente sem atuação em causa própria: o órgão presenta, materialmente; e, processualmente, também presenta. As pessoas jurídicas... precisam ter órgãos, tanto quanto as pessoas físicas precisam ter boca, ou, se não podem falar, mãos, ou outro órgão, pelo qual exprimam o pensamento ou o sentimento. O órgão da pessoa física - a boca, por exemplo - fá-la presente a uma reunião, na praça pública, no teatro, no tabelionato, ou no juízo. A presença pode bem ser com a simples assinatura, se a pessoa física não pode ou não quer falar ... Os diretores das pessoas jurídicas que assinam a declaração unilateral de vontade, ou a declaração bilateral ou multilateral de vontade, não estão a praticar ato seu, pelo qual representem a pessoa jurídica. Estão a presentá-las, a fazê-las presentes". (MIRANDA, Francisco Cavalcanti Pontes de. Comentários ao CPC. 5 ed. 1997, p. 219-220 apud DIDIER, 318). E la b o ra d o p o r P ro f. M at h e u s M o n te ir o . P ro ib id a a r e p ro d u çã o n ão a u to ri za d a, t o ta l o u p ar ci al m e n te , d o p re se n te m at e ri al . Art. 76. Verificada a incapacidade processual ou a irregularidade da representação da parte, o juiz suspenderá o processo e designará prazo razoável para que seja sanado o vício. § 1o Descumprida a determinação, caso o processo esteja na instância originária: I - o processo será extinto, se a providência couber ao autor; II - o réu será considerado revel, se a providência lhe couber; III - o terceiro será considerado revel ou excluído do processo, dependendo do polo em que se encontre. § 2o Descumprida a determinação em fase recursal perante tribunal de justiça, tribunal regional federal ou tribunal superior, o relator: I - não conhecerá do recurso, se a providência couber ao recorrente; II - determinará o desentranhamento das contrarrazões, se a providência couber ao recorrido. E la b o ra d o p o r P ro f. M at h e u s M o n te ir o . P ro ib id a a r e p ro d u çã o n ão a u to ri za d a, t o ta l o u p ar ci al m e n te , d o p re se n te m at e ri al . Capacidade processual das pessoas casadas Art. 73. O cônjuge necessitará do consentimento do outro para propor ação que verse sobre direito real imobiliário, salvo quando casados sob o regime de separação absoluta de bens. § 1o Ambos os cônjuges serão necessariamente citados para a ação: I - que verse sobre direito real imobiliário, salvo quando casados sob o regime de separação absoluta de bens; II - resultante de fato que diga respeito a ambos os cônjuges ou de ato praticado por eles; III - fundada em dívida contraída por um dos cônjuges a bem da família; IV - que tenha por objeto o reconhecimento, a constituição ou a extinção de ônus sobre imóvel de um ou de ambos os cônjuges. § 2o Nas ações possessórias, a participação do cônjuge do autor ou do réu somente é indispensável nas hipóteses de composse ou de ato por ambos praticado. § 3o Aplica-se o disposto neste artigo à união estável comprovada nos autos. Art. 74. O consentimento previsto no art. 73 pode ser suprido judicialmente quando for negado por um dos cônjuges sem justo motivo, ou quando lhe seja impossível concedê-lo. Parágrafo único. A falta de consentimento, quando necessário e não suprido pelo juiz, invalida o processo. CC. Art. 275. O credor tem direito a exigir e receber de um ou de alguns dos devedores, parcial ou totalmente, a dívida comum; se o pagamento tiver sido parcial, todos os demais devedores continuam obrigados solidariamente pelo resto. Parágrafo único. Não importará renúncia da solidariedade a propositura de ação pelo credor contra um ou alguns dos devedores. Art. 942. Os bens do responsável pela ofensa ou violação do direito de outrem ficam sujeitos à reparação do dano causado; e, se a ofensa tiver mais de um autor, todos responderão solidariamente pela reparação. Parágrafo único. São solidariamente responsáveis com os autores os co-autores e as pessoas designadas no art. 932. Art. 1.643. Podem os cônjuges, independentemente de autorização um do outro: I - comprar, ainda a crédito, as coisas necessárias à economia doméstica; II - obter, por empréstimo, as quantias que a aquisição dessas coisas possa exigir. Art. 1.644. As dívidas contraídas para os fins do artigo antecedente obrigam solidariamente ambos os cônjuges. Pressupostos Processuais lato sensu Pressupostos de Existência Subjetivos Juiz órgão investido de jurisdição Parte capacidade de ser parte Objetivos Existência de demanda Requisitos de Validade Subjetivos Juiz Competência Imparcialidade Partes Capacidade processual Capacidade postulatória Legitimidade ad causam Objetivos Intrínsecos Respeito ao formalismo processual Extrínsecos Positivos Interesse de agir Negativos: Inexistência de: perempção, litispendência, coisa julgada ou convenção de arbitragem (DIDIER, 2015) E la b o ra d o p o r P ro f. M at h e u s M o n te ir o . P ro ib id a a r e p ro d u çã o n ão a u to ri za d a, t o ta l o u p ar ci al m e n te , d o p re se n te m at e ri al . Capacidade postulatória Regra: necessidade de se ter capacidade técnica para a prática de atos processuais (postulatórios). Capacidade postulacional ou ius postulandi... ◦ Advogados ◦ Defensores Públicos ◦ Ministério Público ◦ Pessoas Naturais JEC – Trabalhista – Habeas Corpus CAPÍTULO III - DOS PROCURADORES Art. 103. A parte será representada em juízo por advogado regularmente inscrito na Ordem dos Advogados do Brasil. Parágrafo único. É lícito à parte postular em causa própria quando tiver habilitação legal. E la b o ra d o p o r P ro f. M at h e u s M o n te ir o . P ro ib id a a r e p ro d u çã o n ão a u to ri za d a, t o ta l o u p ar ci al m e n te , d o p re se n te m at e ri al . Capacidade postulatória Lei 11.340/2006.Art. 19. As medidas protetivas de urgência poderão ser concedidas pelo juiz, a requerimento do Ministério Público ou a pedido da ofendida. § 1o As medidas protetivas de urgência poderão ser concedidas de imediato, independentemente de audiência das partes e de manifestação do Ministério Público, devendo este ser prontamente comunicado. § 2o As medidas protetivas de urgência serão aplicadas isolada ou cumulativamente, e poderão ser substituídas a qualquer tempo por outras de maior eficácia, sempre que os direitos reconhecidos nesta Lei forem ameaçados ou violados. § 3o Poderá o juiz, a requerimento do Ministério Público ou a pedido da ofendida, conceder novas medidas protetivas de urgência ou rever aquelas já concedidas, se entender necessário à proteção da ofendida, de seus familiares e de seu patrimônio, ouvido o Ministério Público. CAPÍTULO IV DA ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA Art. 27. Em todos os atos processuais, cíveis e criminais, a mulher em situação de violência doméstica e familiar deverá estar acompanhada de advogado, ressalvado o previsto no art. 19 desta Lei. Art. 28. É garantido a toda mulher em situação de violência doméstica e familiar o acesso aos serviços de DefensoriaPública ou de Assistência Judiciária Gratuita, nos termos da lei, em sede policial e judicial, mediante atendimento específico e humanizado. E la b o ra d o p o r P ro f. M at h e u s M o n te ir o . P ro ib id a a r e p ro d u çã o n ão a u to ri za d a, t o ta l o u p ar ci al m e n te , d o p re se n te m at e ri al . Capacidade postulatória Lei 5.478/68 Art. 2º. O credor, pessoalmente, ou por intermédio de advogado, dirigir-se-á ao juiz competente, qualificando-se, e exporá suas necessidades, provando, apenas o parentesco ou a obrigação de alimentar do devedor, indicando seu nome e sobrenome, residência ou local de trabalho, profissão e naturalidade, quanto ganha aproximadamente ou os recursos de que dispõe. E la b o ra d o p o r P ro f. M at h e u s M o n te ir o . P ro ib id a a r e p ro d u çã o n ão a u to ri za d a, t o ta l o u p ar ci al m e n te , d o p re se n te m at e ri al . Art. 76. Verificada a incapacidade processual ou a irregularidade da representação da parte, o juiz suspenderá o processo e designará prazo razoável para que seja sanado o vício. § 1o Descumprida a determinação, caso o processo esteja na instância originária: I - o processo será extinto, se a providência couber ao autor; II - o réu será considerado revel, se a providência lhe couber; III - o terceiro será considerado revel ou excluído do processo, dependendo do polo em que se encontre. § 2o Descumprida a determinação em fase recursal perante tribunal de justiça, tribunal regional federal ou tribunal superior, o relator: I - não conhecerá do recurso, se a providência couber ao recorrente; II - determinará o desentranhamento das contrarrazões, se a providência couber ao recorrido. E la b o ra d o p o r P ro f. M at h e u s M o n te ir o . P ro ib id a a r e p ro d u çã o n ão a u to ri za d a, t o ta l o u p ar ci al m e n te , d o p re se n te m at e ri al . Capacidade postulatória Ato praticado e ausência de capacidade postulatória: ◦ Nulidade do ato (art. 4 – EOAB) ◦ Estagiário – relativamente incapaz processual (DIDIER, 2015) E la b o ra d o p o r P ro f. M at h e u s M o n te ir o . P ro ib id a a r e p ro d u çã o n ão a u to ri za d a, t o ta l o u p ar ci al m e n te , d o p re se n te m at e ri al . Capacidade postulatória Ato praticado por advogado sem procuração: CPC. Art. 104. O advogado não será admitido a postular em juízo sem procuração, salvo para evitar preclusão, decadência ou prescrição, ou para praticar ato considerado urgente. § 1o Nas hipóteses previstas no caput, o advogado deverá, independentemente de caução, exibir a procuração no prazo de 15 (quinze) dias, prorrogável por igual período por despacho do juiz. § 2o O ato não ratificado será considerado ineficaz relativamente àquele em cujo nome foi praticado, respondendo o advogado pelas despesas e por perdas e danos. CC. Art. 662. Os atos praticados por quem não tenha mandato, ou o tenha sem poderes suficientes, são ineficazes em relação àquele em cujo nome foram praticados, salvo se este os ratificar. Parágrafo único. A ratificação há de ser expressa, ou resultar de ato inequívoco, e retroagirá à data do ato. E la b o ra d o p o r P ro f. M at h e u s M o n te ir o . P ro ib id a a r e p ro d u çã o n ão a u to ri za d a, t o ta l o u p ar ci al m e n te , d o p re se n te m at e ri al . Procuração Art. 105. A procuração geral para o foro, outorgada por instrumento público ou particular assinado pela parte, habilita o advogado a praticar todos os atos do processo, exceto receber citação, confessar, reconhecer a procedência do pedido, transigir, desistir, renunciar ao direito sobre o qual se funda a ação, receber, dar quitação, firmar compromisso e assinar declaração de hipossuficiência econômica, que devem constar de cláusula específica. § 1o A procuração pode ser assinada digitalmente, na forma da lei. § 2o A procuração deverá conter o nome do advogado, seu número de inscrição na Ordem dos Advogados do Brasil e endereço completo. § 3o Se o outorgado integrar sociedade de advogados, a procuração também deverá conter o nome dessa, seu número de registro na Ordem dos Advogados do Brasil e endereço completo. § 4o Salvo disposição expressa em sentido contrário constante do próprio instrumento, a procuração outorgada na fase de conhecimento é eficaz para todas as fases do processo, inclusive para o cumprimento de sentença. Lei 9.469/97: Art. 9º A representação judicial das autarquias e fundações públicas por seus procuradores ou advogados, ocupantes de cargos efetivos dos respectivos quadros, independe da apresentação do instrumento de mandato. Lei Comp. 80/94: Art. 44. São prerrogativas dos membros da Defensoria Pública da União: XI - representar a parte, em feito administrativo ou judicial, independentemente de mandato, ressalvados os casos para os quais a lei exija poderes especiais; E la b o ra d o p o r P ro f. M at h e u s M o n te ir o . P ro ib id a a r e p ro d u çã o n ão a u to ri za d a, t o ta l o u p ar ci al m e n te , d o p re se n te m at e ri al . Sucessão dos Procuradores Art. 111. A parte que revogar o mandato outorgado a seu advogado constituirá, no mesmo ato, outro que assuma o patrocínio da causa. Parágrafo único. Não sendo constituído novo procurador no prazo de 15 (quinze) dias, observar-se-á o disposto no art. 76. Art. 112. O advogado poderá renunciar ao mandato a qualquer tempo, provando, na forma prevista neste Código, que comunicou a renúncia ao mandante, a fim de que este nomeie sucessor. § 1o Durante os 10 (dez) dias seguintes, o advogado continuará a representar o mandante, desde que necessário para lhe evitar prejuízo § 2o Dispensa-se a comunicação referida no caput quando a procuração tiver sido outorgada a vários advogados e a parte continuar representada por outro, apesar da renúncia. Pressupostos Processuais lato sensu Pressupostos de Existência Subjetivos Juiz órgão investido de jurisdição Parte capacidade de ser parte Objetivos Existência de demanda Requisitos de Validade Subjetivos Juiz Competência Imparcialidade Partes Capacidade processual Capacidade postulatória Legitimidade ad causam Objetivos Intrínsecos Respeito ao formalismo processual Extrínsecos Positivos Interesse de agir Negativos: Inexistência de: perempção, litispendência, coisa julgada ou convenção de arbitragem (DIDIER, 2015) E la b o ra d o p o r P ro f. M at h e u s M o n te ir o . P ro ib id a a r e p ro d u çã o n ão a u to ri za d a, t o ta l o u p ar ci al m e n te , d o p re se n te m at e ri al. Respeito ao formalismo processual “Considera-se formalismo processual a totalidade formal do processo, ‘compreendendo não só a forma, ou as formalidades, mas especialmente a delimitação dos poderes, faculdades e deveres dos sujeitos processuais, coordenação da sua atividade, ordenação do procedimento e organização do processo, com vistas a que sejam atingidas as suas finalidades primordiais’. (OLIVEIRA, 1997, p. 91-92 apud DIDIER, 2015, p. 339) E la b o ra d o p o r P ro f. M at h e u s M o n te ir o . P ro ib id a a r e p ro d u çã o n ão a u to ri za d a, t o ta l o u p ar ci al m e n te , d o p re se n te m at e ri al . Respeito ao formalismo processual Respeito às regras que disciplinam o desenvolvimento do processo. ◦ Exemplos: Petição inicial apta Comunicação dos atos processuais Presença do contraditório Etc. (DIDIER, 2015) Pressupostos Processuais lato sensu Pressupostos de Existência Subjetivos Juiz órgão investido de jurisdição Parte capacidade de ser parte Objetivos Existência de demanda Requisitos de Validade Subjetivos Juiz Competência Imparcialidade Partes Capacidade processual Capacidade postulatória Legitimidade ad causam Objetivos Intrínsecos Respeito ao formalismo processual Extrínsecos Positivos Interesse de agir Negativos: Inexistência de: perempção, litispendência, coisa julgada ou convenção de arbitragem (DIDIER, 2015) E la b o ra d o p o r P ro f. M at h e u s M o n te ir o . P ro ib id a a r e p ro d u çã o n ão a u to ri za d a, t o ta l o u p ar ci al m e n te , d o p re se n te m at e ri al . Negativos: NÃO PODEM OCORRER. A princípio, são insanáveis (DIDIER, 2015, MARINONI, 2008) Casos: ◦ Litispendência ◦ Coisa Julgada ◦ Perempção ◦ Convenção de arbitragem CPC.Art. 337. § 1o Verifica-se a litispendência ou a coisa julgada quando se reproduz ação anteriormente ajuizada. § 2o Uma ação é idêntica a outra quando possui as mesmas partes, a mesma causa de pedir e o mesmo pedido. § 3o Há litispendência quando se repete ação que está em curso. § 4o Há coisa julgada quando se repete ação que já foi decidida por decisão transitada em julgado. CPC. Art. 486. O pronunciamento judicial que não resolve o mérito não obsta a que a parte proponha de novo a ação. § 3o Se o autor der causa, por 3 (três) vezes, a sentença fundada em abandono da causa, não poderá propor nova ação contra o réu com o mesmo objeto, ficando-lhe ressalvada, entretanto, a possibilidade de alegar em defesa o seu direito. Art. 485. O juiz não resolverá o mérito quando: III - por não promover os atos e as diligências que lhe incumbir, o autor abandonar a causa por mais de 30 (trinta) dias; § 1o Nas hipóteses descritas nos incisos II e III, a parte será intimada pessoalmente para suprir a falta no prazo de 5 (cinco) dias. CPC. Art. 485. O juiz não resolverá o mérito quando: VII - acolher a alegação de existência de convenção de arbitragem ou quando o juízo arbitral reconhecer sua competência; Art. 337. Incumbe ao réu, antes de discutir o mérito, alegar: X - convenção de arbitragem; § 6o A ausência de alegação da existência de convenção de arbitragem, na forma prevista neste Capítulo, implica aceitação da jurisdição estatal e renúncia ao juízo arbitral. E la b o ra d o p o r P ro f. M at h e u s M o n te ir o . P ro ib id a a r e p ro d u çã o n ão a u to ri za d a, t o ta l o u p ar ci al m e n te , d o p re se n te m at e ri al . Negativos: NÃO PODEM OCORRER. A princípio, são insanáveis (DIDIER, 2015, MARINONI, 2008) Casos: ◦ Litispendência ◦ Coisa Julgada ◦ Perempção ◦ Convenção de arbitragem Pressupostos Processuais lato sensu Pressupostos de Existência Subjetivos Juiz órgão investido de jurisdição Parte capacidade de ser parte Objetivos Existência de demanda Requisitos de Validade Subjetivos Juiz Competência Imparcialidade Partes Capacidade processual Capacidade postulatória Legitimidade ad causam Objetivos Intrínsecos Respeito ao formalismo processual Extrínsecos Positivos Interesse de agir Negativos: Inexistência de: perempção, litispendência, coisa julgada ou convenção de arbitragem (DIDIER, 2015) E la b o ra d o p o r P ro f. M at h e u s M o n te ir o . P ro ib id a a r e p ro d u çã o n ão a u to ri za d a, t o ta l o u p ar ci al m e n te , d o p re se n te m at e ri al . LEGITIMIDADE AD CAUSAM E INTERESSE DE AGIR E la b o ra d o p o r P ro f. M at h e u s M o n te ir o . P ro ib id a a r e p ro d u çã o n ão a u to ri za d a, t o ta l o u p ar ci al m e n te , d o p re se n te m at e ri al . Relembrando Art. 17. Para postular em juízo é necessário ter interesse e legitimidade. Art. 18. Ninguém poderá pleitear direito alheio em nome próprio, salvo quando autorizado pelo ordenamento jurídico. Parágrafo único. Havendo substituição processual, o substituído poderá intervir como assistente litisconsorcial. Art. 19. O interesse do autor pode limitar-se à declaração: I - da existência, da inexistência ou do modo de ser de uma relação jurídica; II - da autenticidade ou da falsidade de documento. Art. 20. É admissível a ação meramente declaratória, ainda que tenha ocorrido a violação do direito. E la b o ra d o p o r P ro f. M at h e u s M o n te ir o . P ro ib id a a r e p ro d u çã o n ão a u to ri za d a, t o ta l o u p ar ci al m e n te , d o p re se n te m at e ri al . Legitimidade ad causam (pertinência subjetiva da ação) Principais aspectos (DIDIER, 2015): ◦ Trata-se de uma situação jurídica regulada pela lei (“situação legitimante”); ◦ É qualidade jurídica que se refere a ambas as partes do processo; ◦ Afere-se diante da relação jurídica substancial deduzida (afirmação...) ◦ É bilateral E la b o ra d o p o r P ro f. M at h e u s M o n te ir o . P ro ib id a a r e p ro d u çã o n ão a u to ri za d a, t o ta l o u p ar ci al m e n te , d o p re se n te m at e ri al . Conceito “Parte legítima é aquela que se encontra em posição processual (autor ou réu) coincidente com a situação legitimadora, ‘decorrente de certa previsão legal, relativamente àquela pessoa e perante o respectivo objeto litigioso’. (ASSIS, 2003, apud DIDIER, 2015). Exemplo: “se alguém pretende obter uma indenização de outrem, é necessário que o autor seja aquele que está na posição jurídica de vantagem e o réu seja o titular, ao menos em tese, do dever de indenizar” (DIDIER, 2015).E la b o ra d o p o r P ro f. M at h e u s M o n te ir o . P ro ib id a a r e p ro d u çã o n ão a u to ri za d a, t o ta l o u p ar ci al m e n te , d o p re se n te m at e ri al . Legitimidade ad causam (pertinência subjetiva da ação) Art. 18. Ninguém poderá pleitear direito alheio em nome próprio, salvo quando autorizado pelo ordenamento jurídico. Apenas aquele que se diz titular do direito subjetivo material pode ser autor. ATIVA. Apenas aquele em face do qual se afirma um direito subjetivo material pode ser réu. PASSIVA. E la b o ra d o p o r P ro f. M at h e u s M o n te ir o . P ro ib id a a r e p ro d u çã o n ão a u to ri za d a, t o ta l o u p ar ci al m e n te , d o p re se n te m at e ri al . CPC Art. 18. Ninguém poderá pleitear direito alheio em nome próprio, salvo quando autorizado pelo ordenamento jurídico. Parágrafo único. Havendo substituição processual, o substituído poderá intervir como assistente litisconsorcial. E la b o ra d o p o r P ro f. M at h e u s M o n te ir o . P ro ib id a a r e p ro d u çã o n ão a u to ri za d a, t o ta l o u p ar ci al m e n te , d o p re se n te m at e ri al . Legitimidade ad causam Art. 18. Ninguém poderá pleitear direito alheio em nome próprio, salvo quando autorizado pelo ordenamento jurídico. Pleitear direito próprio em nome próprio Pleitear direito alheio em nome próprio (autorizado pelo ord. jur.) Legitimidade Ordinária Legitimidade Extraordinária (ou substituição processual ou legitimação anômala) Legitimação Ordinária Extraordinária Autônoma Leg.extra. Conduz o processo independente da participação do tit.dir.lit. Art. 3º Lei 11.795/2008 (adm. De consórcio) Subordinada Requer a presença do tit.dir.lit. “posições processuais acessórias” Assistente (simples) do leg.ord. (art. 121, p.ú) Exclusiva Agente fiduciário (art. 68, §3º, Lei 6.404/76) Exclusiva Contraditório com determinado sujeito Concorrente (colegitimação) Mais de um autorizado a demandar. (litisconsórcio unitário) Isolada ou simples Legitimado sozinho Conjunta ou complexa Litisconsórcio (passivo) Total Processo como um todo Parcial Determinado incidente Originária Derivada Art. 2o Consórcio é a reunião de pessoas naturais e jurídicas em grupo, com prazo de duração e número de cotas previamente determinados, promovida por administradora de consórcio, com a finalidade de propiciar a seus integrantes, de forma isonômica, a aquisição de bens ou serviços, por meio de autofinanciamento. Art. 3o Grupo de consórcio é uma sociedade não personificada constituída por consorciados para os fins estabelecidos no art. 2o. § 1o O grupo de consórcio será representado por sua administradora, em caráter irrevogável e irretratável, ativa ou passivamente, em juízo ou fora dele, na defesa dos direitos e interesses coletivamente considerados e para a execução do contrato de participação em grupo de consórcio, por adesão. § 2o O interesse do grupo de consórcio prevalece sobre o interesse individual do consorciado. § 3o O grupo de consórcio é autônomo em relação aos demais e possui patrimônio próprio, que não se confunde com o de outro grupo, nem com o da própria administradora. § 4o Os recursos dos grupos geridos pela administradora de consórcio serão contabilizados separadamente. Art. 121. O assistente simples atuará como auxiliar da parte principal, exercerá os mesmos poderes e sujeitar- se-á aos mesmos ônus processuais que o assistido. Art. 68. O agente fiduciário representa, nos termos desta Lei e da escritura de emissão, a comunhão dos debenturistas perante a companhia emissora. § 3º O agente fiduciário pode usar de qualquer ação para proteger direitos ou defender interesses dos debenturistas, sendo-lhe especialmente facultado, no caso de inadimplemento da companhia: a) declarar, observadas as condições da escritura de emissão, antecipadamente vencidas as debêntures e cobrar o seu principal e acessórios; b) executar garantias reais, receber o produto da cobrança e aplicá-lo no pagamento, integral ou proporcional, dos debenturistas; c) requerer a falência da companhia emissora, se não existirem garantias reais; d) representar os debenturistas em processos de falência, concordata, intervenção ou liquidação extrajudicial da companhia emissora, salvo deliberação em contrário da assembléia dos debenturistas; e) tomar qualquer providência necessária para que os debenturistas realizem os seus créditos. TJ-RS - Agravo de Instrumento AI 70061677431 RS (TJ-RS) Data de publicação: 04/11/2014 Ementa: AGRAVO DE INSTRUMENTO. DIREITO PRIVADO NÃO ESPECIFICADO. AÇÃO DE EXECUÇÃO. DEBÊNTURES. LEGITIMIDADE ATIVA. DEBENTURISTAS. LEGITIMIDADE EXTRAORDINÁRIA. AGENTE FIDUCIÁRIO. ARTIGO 68 DA LEI N.º 6.404 /76. FORMAÇÃO DO PÓLO ATIVO. INTEGRAÇÃO ULTERIOR. 1. Ilegitimidade ativa dos debenturistas. A legitimidade para a causa é de quem a lei atribuiu a titularidade do direito perseguido. Na hipótese de cobrança judicial de debêntures, a Lei n.º 6.404 /1976, Lei das Sociedades por Acoes , conferiu ao agentefiduciário, nas emissões públicas de debêntures, a legitimidade extraordinária exclusiva para a cobrança do crédito da comunhão dos debenturistas. Logo, é do agente fiduciário a legitimidade ativa para a demanda ajuizada em face da emissora das debêntures, quando a pretensão é a busca da satisfação de todo o crédito. A lei especial designa tal encargo ao agente fiduciário, com o fim de preservar a comunhão de interesses do debenturistas, sem que haja dispersão de interesses. Deste modo, a ação executiva movida contra a parte ora executada deveria ter sido manejada pelo agente fiduciário, que age na proteção dos interesses dos debenturistas, não sendo, por isso, viável o prosseguimento da lide nos moldes propostos. 2. Integração da lide pelo agente fiduciário. O princípio da estabilidade subjetiva da ação veda que sejam alterados, supervenientemente à angularização do feito, os pólos da ação. Uma vez formados os pólos, autor e réu, exeqüente e executado, não pode mais haver... modificação das partes, sob pena de infringência à segurança jurídica necessária ao desenvolvimento da lide. No caso, contra o pedido de integração da lide pelo agente fiduciário, posteriormente à citação da executada, houve insurgência desta, de modo que se mostra descabido o pleito. Ademais, o reconhecimento da ilegitimidade dos debenturistas, que acarreta a extinção do feito, não permite admitir a permanência de quem não figurou, de início, no pólo ativo da ação isoladamente, ou seja, quem não foi... Um exemplo. João propõe ação possessória, afirmando-se titular de direito à proteção da posse. Se o juiz reconhece que ele não é titular de direito à proteção da posse, estará decidindo o mérito da causa, julgando improcedente o pedido formulado. Outro exemplo. José propõe ação de cobrança, afirmando-se titular de direito de crédito. Se o órgão jurisdicional reconhece que ele não é titular do direito de crédito, estará decidindo o mérito da causa, julgando improcedente o pedido formulado. Mais um exemplo. Antonio pleiteia verba de natureza trabalhista, afirmando-se e m p regado do réu . Se o órgão jurisdicionalreconhece que ele não é titular do direito trabalhista, estará decidindo o mérito da causa, julgando improcedente o pedido formulado, por não ser ele empregado“. (DIDIER, 2015, P. 357) E la b o ra d o p o r P ro f. M at h e u s M o n te ir o . P ro ib id a a r e p ro d u çã o n ão a u to ri za d a, t o ta l o u p ar ci al m e n te , d o p re se n te m at e ri al . Observações: Substituição Processual ou Legitimidade extraordinária; Substituição processual e Sucessão Processual; Substituição processual e Representação Processual. E la b o ra d o p o r P ro f. M at h e u s M o n te ir o . P ro ib id a a r e p ro d u çã o n ão a u to ri za d a, t o ta l o u p ar ci al m e n te , d o p re se n te m at e ri al . CPC Art. 18. Ninguém poderá pleitear direito alheio em nome próprio, salvo quando autorizado pelo ordenamento jurídico. Parágrafo único. Havendo substituição processual, o substituído poderá intervir como assistente litisconsorcial. E la b o ra d o p o r P ro f. M at h e u s M o n te ir o . P ro ib id a a r e p ro d u çã o n ão a u to ri za d a, t o ta l o u p ar ci al m e n te , d o p re se n te m at e ri al . CPC Art. 190. Versando o processo sobre direitos que admitam autocomposição, é lícito às partes plenamente capazes estipular mudanças no procedimento para ajustá-lo às especificidades da causa e convencionar sobre os seus ônus, poderes, faculdades e deveres processuais, antes ou durante o processo. Parágrafo único. De ofício ou a requerimento, o juiz controlará a validade das convenções previstas neste artigo, recusando-lhes aplicação somente nos casos de nulidade ou de inserção abusiva em contrato de adesão ou em que alguma parte se encontre em manifesta situação de vulnerabilidade. Legitimaç ão extraordi nária de fonte Legislativa Negocial Ativa Legitimação extraordinária concorrente (apenas estende...) Legitimação extraordinária exclusiva decorrente de um negócio jurídico Envolvendo: Direitos relativos Cessão de crédito (art. 286- 296 do CC) Direitos absolutos Desnece ssária notificaçã o Passiva Legitimação extraordinária concorrente (apenas estende...) Vedação à transferência Negociado com o autor é possível... Analogia com as regras da assunção de dívida (DIDIER, 2015) E la b o ra d o p o r P ro f. M at h e u s M o n te ir o . P ro ib id a a r e p ro d u çã o n ão a u to ri za d a, t o ta l o u p ar ci al m e n te , d o p re se n te m at e ri al . Exemplos: “Outro exemplo. Nos juizados Especiais, o comparecimento do autor, audiência de conciliação, é obrigatório; se o autor não com parecer, o processo é extinto sem exame do mérito (art. 51 , I, Lei n . 9.099/1995). Há pessoas que têm sérias dificuldades de comparecer à audiência de conciliação, mas são obrigadas a isso. Basta pensar em pessoas idosas, ou muito doentes, ou com dificuldades de locomoção, ou cuja profissão exige viagens constantes etc. É comum que pessoas muito doentes se valham dos juizados para obter providência de urgência relacionada ao direito à saúde; ela está acamada e não tem como comparecer à audiência; muita vez a solução é simplesmente adiar sine die a realização da audiência, tudo para cumprir o disposto na Lei dos Juizados, que, nesse aspecto, dificulta o acesso à justiça. Pois a legitimação extraordinária negocial resolveria esse problema: o legitimado extraordinário não só com pareceria à audiência, como autor, como também conduziria todo o restante do processo.” (DIDIER, 2015, P. 353) E la b o ra d o p o r P ro f. M at h e u s M o n te ir o . P ro ib id a a r e p ro d u çã o n ão a u to ri za d a, t o ta l o u p ar ci al m e n te , d o p re se n te m at e ri al . Exemplos: “Um exemplo. Pode o locador atribuir à administradora do imóvel, com quem mantém contrato, a legitimação extraordinária para também poder ser ré em ação de revisão do valor dos alugueres ou de ação renovatória. Outro exemplo. Uma sociedade empresária adquire outra. Os alienantes responsabilizam-se pelas condenações impostas à sociedade alienada, mesmo após a alienação. Em razão disso, alienantes e adquirentes resolvem atribuir aos alienantes a legitimidade extraordinária para defender os direitos da sociedade, mesmo após a venda - atribuição de legitimidade bem interessante e útil, pois as alienantes, como responsáveis, poderão, ao defender os interesses da sociedade alienada, evitar futura responsabilização. Note que, no caso, há ampliação da legitimação passiva.” (Didier, 2015, P. 354). E la b o ra d o p o r P ro f. M at h e u s M o n te ir o . P ro ib id a a r e p ro d u çã o n ão a u to ri za d a, t o ta l o u p ar ci al m e n te , d o p re se n te m at e ri al . Interesse de Agir Generalidades (DIDIER, 2015): ◦Análise quanto à causa de pedir remota... ◦Análise in concreto... ◦Utilidade e necessidade da tutela jurisdicional E la b o ra d o p o r P ro f. M at h e u s M o n te ir o . P ro ib id a a r e p ro d u çã o n ão a u to ri za d a, t o ta l o u p ar ci al m e n te , d o p re se n te m at e ri al . Interesse de Agir Utilidade: ◦ “[...] sempre que o processo puder propiciar ao demandante o resultado favorável pretendido; sempre que o processo puder resultar em algum proveito ao demandante.” (DIDIER, 2015, p. 360) Clássica perda do objeto... E la b o ra d o p o r P ro f. M at h e u s M o n te ir o . P ro ib id a a r e p ro d u çã o n ão a u to ri za d a, t o ta l o u p ar ci al m e n te , d o p re se n te m at e ri al . Interesse de Agir Necessidade (DIDIER, 2015): ◦ “[...] a jurisdição tem de ser encarada como última forma de solução de conflito” Análise dos casos em que é possível o cumprimento espontâneo da prestação. Construções jurisprudenciais: Ação Cautelar para Exibição de Documentos bancários Requerimento administrativo (INSS) E la b o ra d o p o r P ro f. M at h e u s M o n te ir o . P ro ib id a a r e p ro d u çã o n ão a u to ri za d a, t o ta l o u p ar ci al m e n te , d o p re se n te m at e ri al . Interesse de Agir Necessidade (DIDIER, 2015): ◦ Ações Constitutivas necessárias: Interdição; Falência; Anulação de contrato;E la b o ra d o p o r P ro f. M at h e u s M o n te ir o . P ro ib id a a r e p ro d u çã o n ão a u to ri za d a, t o ta l o u p ar ci al m e n te , d o p re se n te m at e ri al . Interesse de Agir Adequação (DIDIER, 2015): ◦ Alguns autores admitem a adequação como integrante do interesse de agir. Trata-se da utilização da via adequada... No entanto, o erro quanto ao procedimento pode ser corrigido... E la b o ra d o p o r P ro f. M at h e u s M o n te ir o . P ro ib id a a r e p ro d u çã o n ão a u to ri za d a, t o ta l o u p ar ci al m e n te , d o p re se n te m at e ri al . Interesse de Agir Utilidade Necessidade ◦ Adequação...? E la b o ra d o p o r P ro f. M at h e u s M o n te ir o . P ro ib id a a r e p ro d u çã o n ão a u to ri za d a, t o ta l o u p ar ci al m e n te , d o p re se n te m at e ri al . Alguma pergunta? ?
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