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CCJ0003-WL-PP-02-Exercício IED - Gabarito

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CASO 1 
Divisões do Direito: Direito Privado e Direito Público 
 O grande volume de reclamações que recebe sobre o valor do IPTU levou o prefeito César Maia a 
decidir recadastrar os imóveis de toda a cidade (...). 
A prefeitura vai enviar correspondência a cada contribuinte antes da vistoria. Nova visita pode ser 
agendada se o fiscal não tiver acesso ao imóvel. Se o proprietário discordar da avaliação, terá 15 
dias para contestar o novo valor. No ano passado, donos de 1.700 imóveis questionaram o valor 
venal (Jornal O GLOBO, Rio de Janeiro, 26 de janeiro de 2007, p. 20). 
 A cobrança do IPTU é regida por qual ramo do Direito? 
 
Gabarito sugerido: A cobrança de imposto pertence ao ramo do Direito Tributário, que é o ramo do 
Direito que regulamenta a atividade financeira relacionada com a instituição e cobrança de tributos: 
impostos, taxas, contribuições e empréstimos compulsórios. 
 
 O Município do Rio de Janeiro, nessa relação tributária, está atuando na qualidade de Município 
(quando seus poderes são utilizados tendo em vista o interesse público) ou na qualidade 
equivalente a um particular? Por quê? 
 
Gabarito sugerido: Está atuando na qualidade de ente público, uma vez que tutela o interesse público, 
visando interesses ou utilidades imediatas da sociedade. 
 
O que objetivam as regras de direito público? E as de direito privado? 
 
Gabarito sugerido: As regras de direito público são aquelas atinentes aos interesses da coletividade 
como um todo, e com o direito reconhecido pelo ordenamento jurídico, de imposição de sua soberana 
vontade; interesses esses protegidos e defendidos pelo ente público como União, Estados, Distrito 
Federal, Território (quando existir) e os Municípios e também destinadas a presidir relações jurídicas que 
tratam da atuação daqueles entes públicos internos com os seus servidores. Diz-se que é uma relação 
de subordinação. 
 
CASO 2 
Tema: Diferenças entre Direito Público e Direito Privado. 
O Município de Macaé, tendo em vista a realização de obras para a construção de uma estrada 
para viabilização do escoamento da produção de petróleo, editou um Decreto Expropriatório 
visando à desapropriação do imóvel onde se localiza a fazenda São Pedro, de propriedade de 
Antônio Ferreira. Descontente com o ocorrido, Antônio ingressa com ação na justiça estadual na 
tentativa de preservar seu direito de propriedade. Na petição inicial, Antônio alega que a Fazenda 
São Pedro está em poder de sua família há quase cem anos e, além disso, possui considerável 
número de cabeças de gado leiteiro e de corte, não se tratando, portanto, de terra improdutiva. 
Não obstante a ação intentada, Antônio teve suas terras desapropriadas. 
a) O estado do Rio de Janeiro, nesta relação desapropriatória, está atuando na qualidade de 
Estado (quando seus poderes são utilizados tendo em vista o interesse público) ou na qualidade 
equivalente a de um particular? Por quê? 
Sugestão de Gabarito: 
Resposta: Está atuando na qualidade de ente público tendo em vista que a construção de uma estrada 
destinada ao escoamento da produção gerará serviços que propiciarão desenvolvimento ao Município. 
Porque o crescimento e desenvolvimento com geração de serviços otimizarão a economia local, uma vez 
que viabiliza a criação de empregos. Na realidade, a atuação do Município, na hipótese, está respaldada 
na legislação existente, posto que no local passará a existir um logradouro público. 
 
b) Esta relação jurídica está no campo do direito público ou privado? Justifique. 
 
Sugestão de Gabarito: 
Resposta: Está situada no campo do direito público, porque envolve um ente público atuando no 
interesse público, da coletividade como um todo. Por outro lado, é hipótese prevista na legislação de 
direito administrativo, que admite a vontade soberana do ente público para a construção de via pública, 
não importando que a fazenda seja produtiva e seja da família há mais de cem anos. 
 
Questão objetiva 
(Respostas Justificadas) 
1. Júlio, Defensor Público aposentado, requer em juízo o pagamento de uma determinada verba 
que está sendo paga aos Defensores Públicos que estão na ativa, mas não aos que já se 
aposentaram. Fundamenta o seu pedido na regra da paridade entre servidores em atividade e 
aposentados, disposta no artigo 40, § 8º da Constituição da República Federativa do Brasil, de 
acordo com o qual: “(...) os proventos de aposentadoria e as pensões serão revistos na mesma 
proporção e na mesma data, sempre que se modificar a remuneração dos servidores em 
atividade, sendo também estendidos aos aposentados e aos pensionistas quaisquer benefícios ou 
vantagens posteriormente concedidos aos servidores em atividade(...)” 
O pedido formulado por Júlio está fundamentado com apoio no: 
a) direito positivo; 
b) direito natural; 
c) direito processual; 
d) direito autoral. 
Justificativa: O pedido formulado por Júlio fundamenta-se no direito positivo, pois baseia-se em uma 
norma constitucional, e nessa condição reconhecida pelo Estado. O direito positivo é o conjunto de 
normas jurídicas ou modelos jurídicos reconhecidos pelo Estado, também denominado de Ordenamento 
Jurídico. Assim, se um determinado modelo jurídico, independente de sua fonte, tem vigência e eficácia 
garantidas pela sociedade e pelo Estado em um determinado território, é direito positivo. 
 
CASO 3 
Divisões do Direito: Direito Natural e Direito Positivo 
 O doutrinador inglês John Locke entende que propriedade não é apenas o direito de um indivíduo 
sobre seus bens ou suas posses, mas ainda sobre suas ações, sobre sua liberdade, sobre sua 
vida, sobre seu corpo etc, em uma palavra, todo tipo de direito. 
Foi esta a justificativa apresentada por Adamastor Trindade para tentar colocar no Jornal de 
Santa Catarina um anúncio em que põe à venda seu rim esquerdo e seu pulmão direito. Isto 
porque Carlito Pachoal, funcionário do Jornal, recusou-se a receber o pedido de veiculação do 
anúncio, alegando que feria o dispositivo existente na Lei 9.434/97 que proíbe a comercialização 
de órgãos pelos doadores. 
 
1. No caso acima apresentado, os personagens Adamastor e Carlito utilizam-se de concepções 
distintas do direito para defender suas posições sobre a venda de órgãos. São elas fundadas no 
Direito Natural e no Direito Positivo. Identifique-as no texto, conceituando-as. 
 
Gabarito sugerido:O Direito Natural é utilizado por Adamastor quando cita Locke e o Direito Positivo, por 
Carlito. 
Direito natural é a ideia abstrata do Direito, o ordenamento ideal, correspondente a uma justiça superior 
e anterior – trata-se de um sistema de normas que independe do direito positivo, ou seja, independe 
das variações do ordenamento da vida social que se originam no Estado. O direito natural deriva da 
natureza de algo, de sua essência. Sua fonte pode ser a natureza, a vontade de Deus ou a racionalidade 
dos seres humanos. 
Entende-se por direito positivo o conjunto de normas estatuído oficialmente pelo Estado (através das 
leis), ou reconhecidas pelas pessoas através dos costumes. 
Direito Positivo é o ordenamento jurídico em vigor em determinado país e em determinada época; é o 
Direito posto. 
Direito Positivo é apenas a norma legal emanada do Estado, divide-se em nacional e internacional. 
 
 2. Por que é possível afirmar que, cada vez mais, caminhamos para conciliar o direito natural 
com o direito positivo, que no passado se opuseram frontalmente? 
 
Gabarito sugerido: O direito natural e o positivo, este posteriormente existente, são pensamentos que 
ultrapassaram os tempos, desde a Grécia; buscando teorias que justificam o direito, baseadas nas duas 
linhas de pensamento: o natural e o positivo. 
Escolas e pensamentos fizeram surgir o direito positivo como resposta ao direito natural, primeiro 
tecendo-se diversas críticas para depois serem firmados pontos e ideias que se identificam 
perfeitamente com o positivismo. 
Deve o Direito Positivo se adaptar ao Direito Naturalem busca de um Direito justo. O Direito Natural 
preserva os princípios fundamentais do homem, como o direito à vida, à liberdade. Representa, assim, a 
contraface ideal do Direito Positivo. Simboliza a perfeita Justiça: Justo por Lei e Justo por Natureza. O 
Direito Natural constitui o paradigma em que deve se inspirar o Legislador ao editar as suas normas . 
Segundo Lafayette, o Direito Natural é o princípio regulador do Direito Positivo, o ideal para o qual este 
sempre tende e do qual tanto mais se aproxima quanto mais se aperfeiçoa . É o guia supremo da 
legislação. 
 
 
3. O direito natural possui tendência a converter-se em direito positivo, ou a modificar o direito 
preexistente? 
 
Sugestão de gabarito: Ambos. O Direito Natural, a exemplo do que sucede com as normas morais, tende 
a converter-se em direito positivo ou a modificar o direito preexistente. 
O direito natural representa assim “a duplicata ideal do direito positivo”. Simboliza a perfeita justiça 
(justo por lei e justo por natureza). Constitui o paradigma em que se deve inspirar o legislador ao editar 
suas normas. Na frase de Lafayette, o direito natural é o princípio regulador do direito positivo, o ideal 
para o qual este sempre tende e do qual tanto mais se aproxima quanto mais se aperfeiçoa. É o guia 
supremo da legislação. 
Como adverte Planiol, toda vez que o legislador dele se afasta, realiza obra má ou injusta. (MONTEIRO, 
Washington de Barros. Curso de direito civil: parte geral.39. ed. São Paulo: Saraiva, 2003, p. 8) 
 
 
CASO 4 
Características da norma jurídica 
Carlota Silveira, proprietária de imóvel alugado para Raimundo Honorato, já perdeu as 
esperanças de receber os aluguéis em atraso ou reaver seu imóvel . Isto porque Raimundo vive 
dando desculpas esfarrapadas, há mais de seis meses, para não pagar o aluguel ou deixar o 
imóvel. 
Sem saber o que fazer, ela procura Dr. Elesbão, famoso advogado do local, que a orienta a 
notificar Raimundo para pagar o que deve em determinado prazo, sob pena de despejo, e mostra 
a Carlota o art. 65 da lei 8.245/91 (Lei do Inquilinato) que assim dispõe: 
 
 Art. 65. Findo o prazo assinado para a desocupação, contado da data da notificação, será 
efetuado o despejo, se necessário com emprego de força, inclusive arrombamento. 
Pergunta-se: 
 
Qual a principal característica da norma jurídica que se percebe no artigo acima citado? 
Justifique. 
Gabarito sugerido: Coercibilidade: A norma jurídica tem, necessariamente, a chancela do Estado. Ela é 
impositiva, é imposta à sociedade (daí a expressão direito positivo!). Ela desfruta, então, de 
coercibilidade, o que implica dizer que seu cumprimento pode ser efetivado até mesmo com o emprego 
da violência! O descumprimento de uma norma jurídica de conduta pode ensejar a coerção contra o 
infrator, ou seja, o emprego da violência autorizado pelo próprio Estado. À pressão psicológica (vis 
compulsiva), contida nos dizeres de uma norma, se segue a imposição da força (vis corporalis ou 
materialis). 
No primeiro caso, temos a coação, no segundo, a coerção. Como exemplos, temos o art. 65, caput da 
Lei 8.245, de 18.10.1991 (Lei do Inquilinato). No período "... findo o prazo assinado para a 
desocupação..." temos, evidentemente, a coação ou pressão psicológica; no período "... se necessário 
com o emprego de força..." temos a coerção ou emprego de força. 
 
Na lei n. 8245, de 18 de outubro de 1991, que dispõe sobre as locações dos imóveis urbanos e os 
procedimentos a elas pertinentes, é possível encontrar as demais características das normas 
jurídicas? Fundamente. 
 
Gabarito sugerido: Sim. A) abstratividade: a lei não trata de um contrato de aluguel em particular, mas 
impõe-se a qualquer um. 
 
Generalidade: a Lei 8.245 impõe-se tanto aos locadores quanto aos locatários em geral. 
Imperatividade: a Lei 8.245 é obrigatória, devendo ser obedecida. 
Heteronomia: a Lei 8.245 foi elaborada pelo legislador para ser aplicada a cada um dos contratantes 
numa relação de locação. 
Alteridade: a lei de locação implica intersubjetividade, ou seja, relação entre duas ou mais pessoas, no 
caso locador e locatário. 
Bilateralidade atributiva: Por conta do previsto nesta lei, a relação jurídica entre locador e locatário deve 
resultar na atribuição garantida de uma pretensão ou ação. 
 
CASO 5 
Tema: Características da Norma.Mario dirigindo seu automóvel BMW/2005, em alta 
velocidade, atropelou Carla. Hospitalizada, Carla submeteu-se a duas cirurgias, ficando 
impossibilitada de exercer suas atividades laborativas pelo prazo de três meses. Tendo em vista 
os prejuízos que lhe foram causados, a vítima ajuizou ação de ressarcimento por danos morais e 
materiais sofridos, com pedido julgado procedente para condenar Mario ao pagamento de R$ 
50.000,00. Mario deixou de cumprir a decisão, razão pela qual teve seu carro penhorado e 
alienado judicialmente para suportar a dívida. 
O juiz, para fundamentar sua decisão, baseou-se nos artigos 186 e 927 do CC, que determinam o 
seguinte: Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, 
violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito; Art. 
927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-
lo. 
Identifique, no caso, a partir da análise dos artigos de lei acima, as seguintes características da 
norma jurídica: 
Abstração, generalidade, imperatividade, heteronomia, alteridade, coercibilidade e bilateralidade 
atributiva. 
 
Sugestão de Gabarito: Características da Norma Jurídica: 
a) Abstração: visando atingir o maior número possível de situações, a norma jurídica é abstrata, 
regulando os casos dentro do seu denominador comum, ou seja, como ocorrem via de regra. Se o 
método legislativo pretendesse abandonar a abstratividade em favor da casuística, para alcançar os 
fatos como ocorrem singularmente com todas as suas variações e matizes, além de se produzir leis 
e códigos muito mais extensos, o legislador não lograria o seu objetivo, pois a vida social é mais 
rica do que a imaginação do homem e cria sempre acontecimentos novos e de formas 
imprevisíveis. (NADER, p. 85). No caso: previsão legal das hipóteses. 
b) Generalidade: a norma jurídica é preceito de ordem legal que obriga a todos que se acham em 
igual situação jurídica. (NADER,p. 85) No caso: aplicação das normas jurídicas a Mario. 
c) Imperatividade: o caráter imperativo da norma significa imposição de vontade e não mero 
aconselhamento. (NADER, p. 85). No caso: as normas jurídicas citadas são obrigatórias, devendo 
ser obedecidas. 
d) Heteronomia: as normas de direito são postas pelo legislador, pelos juízes, pelos usos e costumes, 
sempre por terceiros, podendo coincidir ou não os seus mandamentos com as convicções que as 
pessoas têm sobre o assunto. Pode-se criticar as leis, mas deve-se agir de conformidade com elas, 
mesmo sem lhes dar adesão de nosso espírito. Isto significa que elas valem objetivamente, 
independentemente, e a despeito da opinião e do querer dos obrigados. Essa validade objetiva e 
transpessoal das normas jurídicas, as quais se põem acima das pretensões dos sujeitos de uma 
relação, superando-as na estrutura de um querer irredutível ao querer dos destinatários, é o que se 
denomina heteronomia. Foi Kant o primeiro pensador a trazer à luz essa norma diferenciadora, 
afirmando ser a moral autônoma e o direito heterônomo. O direito é heterônomo, visto ser posto 
por terceiros aquilo que juridicamente somos obrigados a cumprir. (REALE, p. 48/49). No caso: de 
nada adianta Mario querer furtar-se ao cumprimento da lei, uma vez que sua vontade não interfere 
na existência, vigência e validade das normas jurídicas. 
e) Coercibilidade: possibilidade do uso da coação; uso da força a serviço do direito. É a possibilidade 
de o mecanismo estatal utilizar a força a serviço das instituições jurídicas. (NADER, p. 86). No 
caso: penhora e alienação judicialdo carro de Mario para reparação dos danos causados a Carla. 
f) Bilateralidade Atributiva: é uma proporção intersubjetiva, em função da qual os sujeitos de uma 
relação ficam autorizados a pretender, exigir, ou a fazer, garantidamente algo. Da relação jurídica 
entre duas ou mais pessoas deve resultar a atribuição garantida de uma pretensão ou ação, que 
pode se limitar aos sujeitos da relação ou estender-se a terceiros. (REALE, p. 51). No caso: o 
direito exercido por Carla de ver reparados os danos causados por Mario. 
 
 
 
DESEJO A TODOS UM ÓTIMO EXERCÍCIO!!!

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