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Resumo sobre Os parceiros do Rio Bonito

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ – UECE
CENTRO DE HUMANIDADES / CIÊNCIAS SOCIAIS
DISCIPLINA: Sociologia Brasileira
ALUNA: Felipe Linhares / Mayara Albuquerque
RESUMO: “ Os parceiros do rio bonito” - Antonio Candido.
Livro: PENSADORES QUE INVENTARAM O BRASIL.
	Fernando Henrique Cardoso relata que sua geração teve como um de seus modelos culturais o Antonio Candido, que se inspirava no ensaísmo inglês. Essa inspiração é percebida em: Os parceiros do Rio Bonito. É percebida a influência de Lévi-strauss, Evans-Pritchard, Raymond Firth, Malinowski na obra de Antonio Candido. 
	O andamento de Os parceiros do Rio Bonito desdobra-se em três níveis: o estudo dos meios de vida do caipira paulista, ao estilo das “análises de comunidade” da boa inspiração antropológica; a caracterização mais geral da cultura do caipira; e a preocupação teórica com a importância dos “mínimos de sociabilidade”. Não se pode perder de vista a perspectiva mais geral: o caipira e sua cultura, bem como sua adaptação econômico-ecológica, dão se no contexto de uma sociedade mais ampla que coloca continuamente desejos novos à sua sobrevivência. A obra tem três partes fundamentais: na primeira estuda a vida caipira tradicional, na segunda, a situação presente e, na última, se faz a análise dos processos de mudança.
	No primeiro capítulo da obra, Antonio Candido começa a desenhar o perfil do caipira. Fala sobre os tipos de agricultura utilizados pelos caipiras: a agricultura extensiva, a qual é caracterizada pelo uso de técnicas rudimentares ou tradicionais na produção (normalmente é utilizada para o mercado interno ou para subsistência); a agricultura itinerante, que é caracterizada pela prática de atear fogo na mata para depois dar início ao cultivo da terra. 
	No segundo capítulo aborda-se a dieta do caipira, o “triângulo básico da alimentação do caipira”: feijão, milho e mandioca, era completado pela coleta, pela caça e pela pesca. Dentro desta concepção é vista o funcionamento da economia, a sobrevivência e a sociabilidade dos observados. A dieta “caipira” é a ligação que o homem rustico possui junto a natureza e que o prolonga assim, mesmo quando esta, por motivos da invasão capitalista se faz necessária transformações, inclusive para sobrevivência destes.
	O terceiro capítulo trata-se das formas específicas de sociabilidade. O que caracterizou o povoamento caipira foi a dispersão dos indivíduos. Entre a família e o povoado, estavam os bairros, ou seja, grupos rurais de vizinhanças, diz Antonio Candido, “este (o bairro) é a estrutura fundamental da sociabilidade caipira, consistindo no agrupamento de algumas famílias, mais ou menos vinculadas pelo sentimento de localidade, pela convivência, pelas práticas de auxílio mútuo e pelas atividades lúdico-religiosas”. Portanto, neste processo o trabalho doméstico é como fundamento das relações de trabalho numa economia baseada nos mínimos e quase sem excedentes, bem como as relações que se criam por parcerias, que nomeia o título do livro. Essas relações são básicas de trabalho da qual a cultura caipira sobreviveu. Ou seja, a ajuda mutua gera a sociabilidade entre estes, nas permutas ou mesmo na lavoura. 
	No quinto capítulo, Antonio Candido lança-se à análise da cultura do caipira, “como a do primitivo, não foi feita para o progresso: a sua mudança é o seu fim, porque está baseada em tipos precários de ajustamento ecológico e social, que a alteração destes provoca a derrocada das formas de cultura por eles condicionadas”, diz Antonio Candido.
	Os alimentos se encontravam escassos, em um trecho da obra o autor explica este fato, “o homem rural depende, portanto, cada vez mais da vila e das cidades, não só para adquirir bens manufaturados, mas para adquirir e manipular os próprios alimentos”. Os caipiras sentiam a chamada “fome psíquica”, que era o desejo por carne, pão e leite. 
	Excelente intelectual e um militante a seu modo, diz F.H.C. De formas que com suas proximidades do partido socialista do brasil, nota-se a sua persistência agora se utilizando da sociologia e da politica, na luta pelo direito ao campo, de ser e estar lá, de permanecer homem do campo e levar adiante estas formas, que por meio da globalização emergente traz duas miseras opções ao caipira: que se esfacelem a cultura caipira por meio do hibridismo de necessidades inventados pelo capital ou que migrem para as grandes cidades em busca deste avanço tecnológico e do assalariamento. 
	A transição do meio rural para o meio urbano, fez com que o caipira se tornasse um proletário, um trabalhador assalariado. Sendo assim, sua cultura ia perdendo força no meio urbano, ao passo que suas futuras gerações não a praticariam mais. 
	O que salientou Fernando Henrique Cardoso da obra de Antonio Candido foi então; a forma como este percebe e perpetua em palavras a vida caipira que monta em seu livro Os parceiros do rio bonito uma constelação de ideias bem pautadas e respaldadas no conhecimento e na persistência de um militante pela permanência e sobrevivência de uma cultura.”[...] “e terá entendido como e por que, apesar de tudo, o modo rustico persistiu por séculos. Não intocado, mas resistente. Pois que de crença também se sobrevive.”(p.)
Contribuições de Antonio Candido a Sociologia Brasileira
Antônio Candido foi um esmero revolucionário, e suas inclinações politicas perpassaram nos seus escritos e foram as analises das obras literárias brasileiras, das quais teimava em apropriar para a pátria. Candido foi percussor na maneira de analisar a literatura nacional, as suas críticas atravessaram o regime “portugalista” que impunha-se nos versos da literatura até então. Fez de sua influencia uma trajetória na forma de ler estas obras. A maior contribuição do autor para a sociologia brasileira, é talvez, a sincronia que conseguiu entre sociologia e literatura, conectando as duas numa maneira de denunciar, entender, socializar as belezas, porém também as problemáticas do país. 	
Em Os Parceiros do Rio Bonito, já comentado em sala, fica nítida a tentativa do autor em preservar o homem do campo, deixando claro os impactos de um mundo capitalista que invade esses locais Ou seja, quando Candido escreve e desenvolve a cultura Caipira ele também grita a tentativa de permanência desse povo, do direito se vir e ser do campo. 
O que Antonio Candido quer é que seja qual for nossa literatura, ela é nossa, e que seja capaz de exteriorizar as nossas verdades. O autor percebe que nossa literatura deve e é influenciada pela nossa cultura e contexto social que nos envolve foi assim que que essa literatura se fato diminuissem as influencias europeias nesta área.
Antonio Candido como disse Fernando Henrique Cardoso: “Antonio Candido, sobra dizer, é o intelectual por excelência. E é também, a seu modo, um militante.” (p.)

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