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Sociologia brasileira

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SOCIOLOGIA BRASILEIRA 
❖ Vai estudar o que é o povo brasileiro 
❖ INTRODUÇÃO 
- O desenvolvimento da Sociologia no Brasil também é resultado da formação do capitalismo. 
- Contextos: 
- As condições de desenvolvimento do capitalismo no Brasil. 
 - Dinâmica de inserção do Brasil na ordem capitalista mundial. 
 - Situação colonial. 
 - Herança jesuítica. 
 - Processo de formação do Estado nacional brasileiro. 
- Panoramas: 
 - Herança colonial 
 - Desenvolvimento dependente do capitalismo 
 - Formação da consciência nacional 
 
❖ LINHA DO TEMPO (nível superior) 
- Colonialismo – 1500 a 1888 
- Abolição – 1888 
- República – 1889 
- Fase A – Busca pelo Brasil Verdadeiro – Geração de 1930 
• Gilberto Freyre 
• Caio Prado Júnior 
• Sérgio Buarque de Holanda 
* Busca pela identidade nacional, Modernismo 
 
- Fase B – Consolidação da Sociologia no Brasil – Geração de 1940 
 - Institucionalização universitária da sociologia nacional. 
* Dificuldades que a Sociologia encontrou: 1º - deslegitimação por conta da sua metodologia de 
humanas (primeira e segunda revolução industrial – ciências exatas eram muito valorizadas) 
* Sociologia sempre passa por esse processo de deslegitimação porque caiu muito no senso comum 
 
- Fase C – A Nova Sociologia – Geração de 1950 
• Florestan Fernandes 
• Celso Furtado 
• Darcy Ribeiro 
 
- Período Militar – 1964 a 1985 → Sociologia fica de lado porque ia contra o regime vigente. Produção 
muito pequena; não teve 
- Redemocratização – 1988 → Reclassificação dessa sociologia – fase D 
- Fase D – Sociologia da Globalização – Geração de 1990 
• Octavio Ianni 
• Herbert de Souza 
 
❖ PRECEDENTES 
A sociologia surge na primeira revolução industrial 
Sociologia no Brasil → surge 1920-1930 – contexto de industrialização no Brasil 
Estudam inicialmente: 
• Escravidão/abolição e o impacto que isso tinha na sociedade brasileira 
• Índios/negros 
• Colonização 
Décadas seguintes: 
• Condições de trabalho 
• Salário/jornada de trabalho (urbano e rural) 
• Relações entre patrão e empregados 
 
❖ - COLONIALISMO – (Sec. XVI a XVII) 
Reclassificação de todas as formas de interação → por ordem jesuítica que ficou responsável por essas 
formas de controle 
• Ordem social religiosa da Igreja Católica e missões jesuíticas 
 - Monopólio sobre a educação, pensamento culto e produção artística colonial. → Só 
Portugal e vinculações com jesuítas conseguiam fazer isso → por isso que boa parte do nosso sistema 
é cristão 
* Sincretismo: religioso fez com que grande parte da população brasileira estivesse vincula com 
alguma representação simbólica de Cristo (Natal, calendário, feriados) 
As nossas formas de economia (café, ouro, cana, etc.) estão vinculados com essa forma de colônia, o 
Brasil passa por esses ciclos porque eles foram necessários, tanto para nossas formas internas quanto 
externas 
 
• Exploração do trabalho indígena combinado com ensino religioso 
• Catequese e evangelização 
• Administração subordinada aos interesses da Coroa Portuguesa e Igreja Católica. 
• Subordinação e dependência 
• Visão de mundo erudita 
• Pensamento baseado na retórica 
• Princípios universalistas pouco pragmáticos 
• Submissão da população escrava 
• Alienação e trabalho braçal 
• Distinção das camadas cultas 
• Administração e trabalho intelectual 
 Primeiro momento: explicar todas as formas da colonização, suas influencias, nossa forma de 
cultura sobre influência de Portugal 
Identidade – quem é o povo brasileiro, como se forma e como essas influências fizeram o que a gente 
construiu durante esse tempo 
 
- SURGIMENTO DAS CAMADAS SOCIAIS MÉDIAS – (Séc. XVIII) 
• Mineração → Urbanização → Comércio → Integração regional 
• Surge TRABALHO LIVRE para estratos médios. 
EX: comerciantes, administradores, fiscais, controladores, gerentes. 
• São trabalhadores livre sem propriedades, a pequena burguesia. 
• Se tornam consumidores da cultura europeia e do pensamento erudito. 
• Buscavam identidade distintiva de escravos incultos e colonos conservadores. 
 
❖ - TRANSFERÊNCIA DA CORTE PORTUGUESA PARA O BRASIL – (1808) 
• Substituição da visão de mundo religiosa por mentalidade laica, iluminista e secular. 
• Criação de instituições educacionais, artísticas e científicas. 
- Imprensa; Escola de Ciências, Artes e Ofícios; Belas-Artes; e Universidades. 
- Estudos de cunho naturalistas e evolucionistas. 
- Produção científica eurocêntrica, etnocêntrica e ostentativa. 
- O diploma concorria em status com o título de propriedade de terra. 
• O conhecimento produzido não refletia a realidade vivida no Brasil 
- Tornou-se uma forma de alienação das elites e camadas médias letradas. 
 
❖ - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL EUROPEIA – (Séc. XIX) 
- Efeitos no Brasil: 
• - Aumento populacional 
• - Aumento da produção cafeeira 
• - Criação das primeiras ferrovias 
• - Pressão das camadas médias por mais participação política. 
• - Criação de várias instituições de ensino, ciência e tecnologia nas principais cidades. 
 
- PROCLAMAÇÃO DA REPÚBLICA – (1889) 
• Abolição da escravidão. 
• Abolição das instituições monárquicas. 
• Imigração europeia. 
• Crescimento urbano e comercial. 
• Formação da BURGUESIA NACIONAL. 
 - Buscavam visões de mundo mais modernas e desvinculadas ao colonialismo. 
 - Combatiam as oligarquias agrárias. 
• Início da emancipação das camadas populares para o ideal de nação independente. 
 - Novos valores, necessidades e atitudes políticas necessárias. 
 - Combate ao analfabetismo. 
 - Homogeneização de valores nacionais. 
 - Criação de um sentimento patriótico. 
 
❖ - SÉC XX. 
• - Efeitos da Primeira Guerra Mundial (1914-1918) no Brasil: 
o Aumento do poder econômico da classe burguesa. 
o Projetos de Nacionalismo e Modernização. 
o Tímido protecionismo econômico com taxas alfandegárias 
o Conclamação de toda a população para a transformação da sociedade. 
• Movimento revolucionário, social e político. 
• Centralização do poder e defesa de um Estado intervencionista e militarizado. 
• Busca pela modernização do sistema político brasileiro – Coluna Prestes 
• Efeitos da Crise de 1929 no Brasil: 
o Colocou em cheque a ufanismo e a crença absoluta na ideia de progresso. 
o Surge uma fase crítica ao naturalismo evolucionista por uma produção mais CIENTÍFICA. 
o Crise política com ideias políticas autoritárias 
o Crescimento da burguesia e redefinição da divisão social do trabalho 
o Industrialização e urbanização leva ao aumento do contingente de imigrantes. 
 
❖ GERAÇÃO DE 1930 
- Busca pela descoberta do “BRASIL VERDADEIRO” em oposição ao BRASIL COLONIAL. 
- Estudos sobre o desenvolvimento do NACIONALISMO e do sentimento de PERTENCIMENTO. 
- Interesse pela UNIÃO de diversas camadas em torno de questões internas. 
 - Políticas econômicas, administrativas e de proteção à indústria nacional. 
- Valorização do CIENTIFICISMO e de um projeto de MODERNIZAÇÃO DA ESTRUTURA SOCIAL. 
 - Introdução da Sociologia no Ensino Básico – 1931 
- Ação Integralista – 1932 
- Fundação da Universidade de São Paulo – 1934 
- Buscam entender a formação da relação entre SOCIEDADE CIVIL e ESTADO na República. 
- Centralização do poder e defesa de um Estado intervencionista e militarizado. 
- Reconhecem os efeitos e influência das estruturas sociais herdadas do colonialismo. 
 
• GILBERTO FREYRE – (1900-1987) 
- Frase: “O Brasil é a mais avançada democracia social do mundo” 
- Livro: “A vida social do Brasil no século XIX” – 1920 
- Livro: “Casa Grande e Senzala” – 1933 
• Segundo ele o Brasil foi fundado dentro dessa dicotomia, oposição, representada pela Casa 
Grande de um lado e a Senzala do outro → Isso trouxe as principais características da 
sociedade brasileira – herança → Temos uma estrutura social toda fundamentada nessa 
características: Latifúndio (até hoje no Brasil a principal base econômica do Brasil são as 
commodities – herança de uma sociedaderural), Escravidão (grande parte dos preconceitos 
marginalizações presentes no Brasil até hoje ainda são resquícios de uma mão de obra pautada 
na escravidão), Catolicismo, patriarcado, relações com o senhores de engenho. 
• Isso vai trazer uma forma de colonização que permitiria a construção de uma democracia racial 
→ essa colonização pautada na Casa Grande Senzala, permitia um contato muito próximo entre 
os brancos europeus, cativos negros e nativos indígenas → Miscigenação → formação de uma 
tríade: branco, negro, índio que forma as bases étnicas e culturais da sociedade brasileira --. 
Por isso ele nega a teoria de degradação racial, pautada nas teorias de raça, embraquecimento 
da raça → todas as variações da população brasileira representaria a negação de qualquer 
forma de inferioridade biológica/física do brasileiro em relação a outras raças 
• Inexistência de uma pureza racial, essa ideia de pureza racial e fruto de preconceito 
• A Democracia racial poderia ser feita porque não existe nenhum brasileiro puro, o que temos é 
o processo de miscigenação 
• A mestiçagem das raças criou uma sociedade original. Através do contato de negros, índio e 
brancos, o brasileiro seria a síntese cultural e mestiça dessas raças. O que não quer dizer que 
esta formação se tenha dada de maneira pacífica, pois Freyre destaca a violência da escravidão. 
 
- Influência de Franz Boas – difusionismo cultural e particularismo histórico. 
- Caracteriza o Brasil como uma DEMOCRACIA RACIAL (é o estado de plena igualdade entre as pessoas 
independentemente de raça, cor ou etnia.) → Nunca usou esse termo em suas obras, mas aponta o 
lado positivo da miscigenação 
 
- Procurou mostrar que há uma convivência harmoniosa entre brancos e negros. 
- Diz que o nacionalismo brasileiro é marcado pela MISCIGENAÇÃO e FUSÃO DE RAÇAS. 
 - Ele classifica os MESTIÇOS: 
 - Mulato = branco + negro 
 - Cafuzo = negro + índio 
 - Caboclo ou mameluco = branco + índio 
- Via a mestiçagem como positiva e vantajosa, DESMISTIFICANDO a visão do NEGRO COMO SELVAGEM. 
- Critica o uso do conceito de RAÇA e sugere o conceito de CULTURA para entender a mistura de povos. 
- Diz que não é simplesmente a mistura de 3 raças, mas um processo COMPLEXO de ACULTURAÇÃO. 
 - Brasil como ponto de encontro de culturas 
 - Estruturas de relações de poder e dominação social 
 - Aproveitamento pragmático dos conhecimentos indígenas 
 - Vida sexual e familiar marcadas pelo modelo patriarcal 
 - Religiosidades e sincretismos 
* Para ele não existiria uma apropriação cultural → o Brasil foi um grande processo de miscigenação e 
tudo é de todo mundo, então não teria uma mudança de comportamento entre a população branca e 
a população negra 
* O brasileiro já tinha sido civilizado, pois tinham o branco no meio deles 
* Os sertões – Euclides da Cunha → passa essa ideia de Darwinismo social na parte “O Homem” do 
livro, abordando o Sertanejo 
 
• CAIO PRADO JÚNIOR – (1907-1990) 
Como a estrutura econômica vai influenciar no modelo de colonização. E como essa estrutura 
econômica vai condicionar quem é o nosso brasileiro 
- Frase: “A nação brasileira só pode ser compreendida levando em conta as estruturas coloniais. ” 
- Livro: “Evolução Política do Brasil” – 1933 
- Livro: “Formação do Brasil Contemporâneo” – 1942 
 
- Influência de Karl Marx – Materialismo dialético e crítica econômica. → Vai entender nossas formas 
de classe baseada na nossa estrutura brasileira. → Nosso histórico foi um histórico econômico guiado 
pelas necessidades do mercado europeu 
 
- Dizia que era preciso compreender a ideia de NAÇÃO a partir da COLÔNIA. 
- Utilizou os métodos de Karl Marx para entender a formação das estruturas socioeconômicas. 
- Buscou entender os sentidos e EFEITOS DA COLONIZAÇÃO na formação do Brasil. 
 - Histórico estrutural de um modelo econômico agrário exportador: 
 - Explicado pelas necessidades do desenvolvimento industrial europeu. 
 - Explicado pela colonização de EXPLORAÇÃO e não de POVOAMENTO. 
- Relação de subordinação e dependência em relação a outras sociedades. → Brasil 
colonial sempre teve uma dependência de outros países → isso fez com que até hoje temos 
uma relação de dependência dos nossos setores. 
 
 - FORMAÇÃO DA ESTRUTURA SOCIAL = MONOCULTURA + LATIFÚNDIOS + ESCRAVIDÃO 
 - O trabalho livre não se instalou de maneira efetiva após a abolição 
 - Produção interna voltada ao comércio exterior 
 - Ausência de um mercado interno desenvolvido 
A formação da estrutura social foi essencial para entendermos os problemas sociais após a escravidão 
→ tem o reflexo até hoje. A monocultura, formação dos latifúndios, mão de obra escrava, foram 
essenciais para nossa forma de atuação no mercado e para nossas consequências sociais até hoje. 
 
• SÉRGIO BUARQUE DE HOLANDA – (1902-1982) 
- Frase: “Para os amigos, tudo; para os inimigos, a lei.” 
- Livro: “Raízes do Brasil” - 1936 
- Influência de Max Weber e os tipos ideais. 
 - Ação social motivada por AFETIVIDADE. 
 - Dominação CARISMÁTICA. 
- Sua obra tem foco na oposição entre RURAL x URBANO e entre as esferas PÚBLICA E PRIVADA. 
- Explica que os fundamentos agrários e patriarcais definem a formação social do Brasil. 
- Reconhece que a mestiçagem teve papel definidor da construção da identidade nacional. 
- Enfatiza a necessidade de transformação social e critica o liberalismo tradicional em países rurais. 
- As oligarquias rurais construíram regras com base em relações de FAVORECIMENTO PESSOAL. 
- Assim ele define um ETHOS NACIONAL, marcado por uma CONTRADIÇÃO inerente à sociedade. 
- A MODERNIZAÇÃO CONSERVADORA: 
 - De um lado o pensamento MODERNIZADOR e de outro o pensamento CONSEVADOR. 
 - O Estado moderno era visto como ameaça às relações de favorecimento. 
 - Fenômeno do “afeto autoritário”: exercício da dominação com carisma. 
- Cria o conceito de HOMEM CORDIAL ou “JEITINHO BRASILEIRO”. 
 - Forma de conduta social que nega a modernização e mantém relações de favorecimento. 
 - Como um PERFIL PSICOSOCIAL do BRASILEIRO enquanto COMPORTAMENTO TÍPICO. 
 - Direcionamento das ações motivadas pela AFETIVIDADE e VALORES DE PERSONALIDADE. 
 - Tendência à OSTENTAÇÃO, valorização de títulos, EGOCENTRISMO e PRIVATISMO. 
 - Imaginário do “BOM MALANDRO” em exaltação do esforço trabalhador do brasileiro. 
 - Dificuldade de se adequar a formalidades políticas e burocráticas. 
- Examina os limites entre PÚBLICO e PRIVADO e conclui que o limite é muito flexível. 
 - EX: desvio de verbas públicas, nepotismo, corrupção, desinvestimento em direitos sociais. 
 
❖ GERAÇÃO DE 1940 
- Contextos mundiais: 
 - 2ª Guerra Mundial (1939-1945): URSS x EUA = divisão mundial em blocos político-econômicos. 
 - Início do processo de descolonização da África e Ásia e pensamentos nacionalistas. 
- Contextos brasileiros: 
 - Urbanização e industrialização mudam radicalmente as relações entre as classes sociais. 
 - Estados rurais se tornando cada vez mais dependentes do Sudeste industrializado. 
- Início da consciência da diversidade social e da complexidade estrutural 
- Teorias da dependência reconhecem a perversidade do modelo liberal em países colonizados. 
- Percepção das desigualdades sociais, políticas, étnicas, regionais, ideológicas. 
 
- Instala-se uma SOCIOLOGIA TEÓRICA HUMANISTA, com ênfase em ESTUDOS CULTURAIS. 
- Vinda de cientistas sociais, tais como Donald Pierson, Radcliffe-Brown e Levi-Strauss. 
 - Representou uma virada teórica nos estudos antropológicos de cultura. 
 - Os teóricos brasileiros buscavam estudar o que nos aproximava dos europeus. 
 - Os teóricos estrangeiros buscavam estudar o que nos afastava dos europeus. 
- Universidades criadas pela burguesia liberal, que desejavam políticos e intelectuais formados. 
- Formação de uma geração de sociólogos (1950) formados em cursos nacionais. 
- Inicia-se o mercado editorial de revistas e periódicos universitários =produção e pensamento crítico. 
- Proliferação de ideais de um processo de unificação cultural unida em sua própria diversidade. 
 - Estudos sobre os processos de miscigenação e resistência cultural dos povos tradicionais. 
 - Estudos sobre a relação entre o Estado e as Forças Armadas. 
- Houve a formação de grupos conservadores integralistas – Plínio Salgado 
 - Ordem, disciplina, tradição e autoritarismo = ideal de centralização do poder estatal. 
 
❖ GERAÇÃO DE 1950 
- A 2ªGM gerou o rompimento de grupos de estudos no Brasil e à um direcionamento mais interno. 
- Clima intelectual de descrença no evolucionismo, no método positivista e na superioridade europeia. 
 
• FLORESTAN FERNANDES – (1920-1995) 
- Frase: “Um povo educado não aceitaria as condições desiguais como as que temos.” 
 - Livro: “A integração do negro na sociedade de classes” – 1965 
 - Livro: “Sociedade de classes e subdesenvolvimento” – 1964 
- Influência de Karl Marx – Materialismo dialético e crítica econômica. 
- Sistematizou o pensamento sociológico brasileiro e fundou a sociologia crítica brasileira. 
- Foco nos temas: 
 - Metodologias em pesquisa social 
 - Subdesenvolvimento e capitalismo dependente 
 - Relações entre classes sociais 
 - Questão indígena e questão racial 
- Explica que a colônia se estruturou como economia exportadora organizada pela metrópole. 
- As estruturas de dominação social colonial permanece em relação ao mercado capitalista europeu. 
- A escravidão é determinante na formação da estrutura social brasileira. 
 - A não-integração do negro na sociedade de classes permanece pelas diferenças de cor. 
- Critica o MITO DA DEMOCRACIA RACIAL de Gilberto Freyre, dizendo que a DEMOCRACIA RACIAL: 
 - Traz a ideia de que não existem distinções entre brancos e negros. 
 - Implica que as oportunidades econômicas, sociais e políticas seriam iguais a todos. 
 - É uma ideologia que propaga o racismo ao longo das gerações. 
 - Cria o senso comum de que a situação desigual do negro é fruto da incapacidade individual. 
 - Retira a responsabilidade dos brancos e dos efeitos da abolição sem garantias sociais. 
 - Reproduz uma ideologia da identidade nacional unificada em prol de um projeto de nação. 
 
• CELSO FURTADO – (1920-2004) 
- Frase: “O subdesenvolvimento não é uma fase, é uma condição.” 
 - Livro: “A formação econômica do Brasil” – 1959 
 - Livro: “A economia latino-americana” – 1970 
 - Influência das Teorias do Subdesenvolvimento e Dependitismo. 
- Explica sobre o lugar no Brasil no contexto da divisão internacional do trabalho. 
- Trabalhou nos grupos de estudo da CEPAL (Comissão Econômica para a América Latina) 
 - Como a economia nacional foi construída? 
 - Quais os principais tipos de produtos desenvolvidos nacionalmente? 
 - A quem se destinou a produção interna? 
- Perfil da economia brasileira: 
 - País produtor de matéria-prima com baixo valor agregado. 
 - Destinado a fornecer as demandas da Europa e EUA. 
 - Desenvolvimento enquanto economia periférica no quadro do capitalismo internacional. 
- Conclui que o subdesenvolvimento é fruto da organização econômica exportadora e dependente. 
- Houve uma centralização da renda mundial e a separação CENTRO x PERIFERIA 
- Os países periféricos tiveram um DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO INDIRETO. 
- A condição de subdesenvolvimento só pode ser superada com a intervenção do Estado. 
 - Políticas industriais e econômicas. 
 - Investimento em direitos sociais. 
 
• DARCY RIBEIRO – (1922-1997) 
- Frase: “A crise da educação no Brasil não é uma crise, é um projeto.” 
 - Livro: “O Povo Brasileiro” – 1995 (escrito em 30 anos, início em 1965) 
 - Livro: “O Processo Civilizatório” – 1968. 
- Influência de Karl Marx – Materialismo dialético e crítica econômica. 
- Denunciou o aniquilamento – genocídio e etnocídio – dos povos e culturas indígenas no Brasil. 
- Relacionou o desenvolvimento do capitalismo no Brasil em oposição à questão indígena. 
- Viu a miscigenação como fator essencial na análise da sociedade brasileira. 
 - Desafio em organizar os fenômenos de miscigenação (BIO) e aculturação (SOC) 
- Denunciou a violência sofrida pelos povos indígenas e africanos. 
 - Junção de povos africanos inimigos durante a colonização. 
 - Negação social das identidades africanas e indígenas no Brasil. 
 - Há a NEGAÇÃO DAS IDENTIDADES ORIGINÁRIAS criam a identidade da “NINGUETUDE” 
 - Percebe a ausência de orgulho quanto à etnicidade brasileira. 
- Indiferenciação das misturas étnicas no discurso nacional, mas reconhece e distingue: 
 - Crioulos: escravos africanos nascidos no Brasil – litoral leste. 
 - Caboclos: desentendes de índios e brancos – região Norte. 
 - Caipiras: pessoas que trabalham no interior – região Centro-oeste e Sudeste. 
 - Sertanejos: moradores da zona seca do Nordeste. 
 - Sulistas: comunidades originárias de descendentes europeus – região Sul 
 
❖ REGIME MILITAR – 1964 a 1985 
- Ao longo dos anos 40 e 50 houve a consolidação da Sociologia Crítica no Brasil 
 - Denúncia das desigualdades sociais, relações de dominação e opressão e conflitos sociais. 
 - Buscavam a conscientização da população para o Desenvolvimento e Democracia. 
 - Houve o desenvolvimento dos meios de comunicação e indústria editorial. 
- Houve um confronto entre os cientistas sociais e a repressão ideológica. → porque poderia te fazer 
pensar/refletir sobre o momento 
 - Fechamento militar das universidades 
 - Prisões e exílios no exterior. 
- Consolidação do domínio do capital sobre as relações de trabalho 
 - Flexibilização das relações de produção e renda 
 - Aumento da industrialização e aumento das desigualdades. 
 
❖ REDEMOCRATIZAÇÃO – 1985-1990 
- Reabertura político-democrática e novo projeto nacional. 
- Integração entre teorias sociais e políticas resultaram na Constituição Federal de 1988. (o estudo 
dessas ideias influenciaram a Constituição) 
- Abertura para novos campos de estudo: 
 - Questão da mulher na sociedade brasileira. 
 - Questão do trabalho infantil. 
 - Desigualdades socioeconômicas e segregação urbana 
 - Violência rural e urbana. 
 
• OCTAVIO IANNI (1926-2004) 
- Frase: “Não é suficiente entender a globalização através da ideia de Estado-Nação”. 
 - Livro: “Teorias da Globalização” – 1995 
 - Livro: “A era do globalismo” - 1997 
- Fala diante do contexto das telecomunicações, neoliberalismo e novas relações internacionais. 
- A GLOBALIZAÇÃO e o CAPITALISMO TRANSNACIONAL esvaziam o conceito de ESTADO NACIONAL. 
- Diz que a noção de sociedade nacional não é suficiente para compreender as configurações globais. 
- Critica estudos que visam interpretar o GLOBAL através do NACIONAL. 
- Propõe uma corrente de pensamento com foco na DESTERRITORIALIZAÇÃO. 
- Afirma que as Ciências Sociais precisam elaborar novos conceitos que expliquem o MUNDO GLOBAL. 
- Faz parte do movimento intelectual altermundialista, em busca de uma nova globalização. 
- Reconhece que a globalização é complexa, problemática e contraditória. 
- O processo de desenvolvimento mundial possui DESIGUALDADES e DISCRIMINAÇÕES. 
 
• HERBERT DE SOUZA (1935-1997) 
- Frase: “Não acredito na lógica e sim na vida” 
- Organizou e contribuiu para a formação de movimentos sociais democráticos. 
- Contribuiu para a o processo de constituição da cidadania e denúncia das desigualdades. 
- Dirigiu e coordenou diversos movimentos de organização política sociedade civil 
 - Combate à fome 
 - Reforma agrária 
 - Distribuição de renda 
 - Direitos das pessoas com HIV 
 - Garantia de direitos sociais básicos

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