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PLATÃO E O MUNDO DAS IDEIAS
Sócrates conversava muito e escrevia pouco. Sabemos de suas ideias atraves de seu discípulo Platão.
MAS QUEM FOI PLATÃO? 
Foi o discípulo mais notável de Sócrates (469-399a.C) é considerado um dos marcos do pensamento ocidental pela profundidade e alcance de sua obra ele. Influenciado por seu mestre fez oposição declarada aos sofistas, escrevendo livros que passaram uma ideia bastante negativa desses sábios. Como Platão teve a suas obras preservadas, chegando aos nossos dias, sua voz foi ouvida. O mesmo não aconteceu com os sofistas cujas materiais não tivemos a oportunidade de ler. 
A rica produção de Platão aborda praticamente todos os problemas filosóficos que mais tarde foram debatidos por seus contemporâneos. Após a morte do mestre passa a estudar as teses de Pitágoras de Samos e de Heráclito de Éfeso. 
Escreveu sobre Política, a famosa e profunda Teoria das Ideias e acerca da condição humana. Em relação ao homem Platão dizia é um ser dual possuindo corpo e alma. Para ele, a alma se divide em três partes: a racional, localizada na cabeça e guia da alma, a emocional, localizada no peito, conteria as emoções superiores como a honra e o ódio à injustiça, e a terceira, a sensual, alojada no abdômen corresponde aos desejos inferiores, carnais, e, por isso, descontrolada e inquieta. 
O MITO DO COCHEIRO - PLATÃO
Platão compara a alma a uma carruagem puxada por dois cavalos, um branco (se irrita fácil) e um negro (tendência a gostar muito das coisas da carne). O corpo humano é a carruagem, e o cocheiro (Razão) conduz através das rédeas (pensamentos) os cavalos (sentimentos). O homem deve através de seus pensamentos conduzir seus sentimentos, pois somente assim ele poderá se guiar no caminho do bem e da verdade.
Por terem naturezas diferentes, os cavalos puxam para lados opostos. Eles simbolizam as características humanas paixões e razão. Os desejos, representados pelo cavalo preto encontram resistência no cavalo branco sendo o cocheiro a representação do julgamento racional.
 “o cocheiro é a alma racional, o corcel de boa raça, que força a subida, é a parte honrosa ou valorosa da alma, o de má raça, que puxa o carro para baixo, a parte concupiscente que, pelo desejo de gozar um prazer imediato e irrefletido, troca o amor pela verdade pelo amor às aparências”. (CHAUÍ, 2011, p. 299).
“O ser humano, sendo essencialmente racional, deve fazer com que sua razão ou inteligência (o intelecto) conheça os fins morais, os meios morais e a diferença entre
bem e mal, de modo a conduzir a vontade no momento da deliberação e da decisão.” (CHAUÍ, 2003, p. 326)
Corpo e alma vivem em permanente conflito. Enquanto o corpo quer o prazer carnal a alma busca o conhecimento imortal.
Leia o fragmento abaixo 
[...] enquanto tivermos corpo e nossa alma se encontrar atolada em sua corrupção, jamais poderemos alcançar o que almejamos. E o que queremos, declaremo-lo de uma vez por todas, é a verdade. Não têm conta os embaraços que o corpo nos apresta, pela necessidade de alimentar-se, sem falarmos nas doenças intercorrentes, que são outros empecilhos na caça da verdade. Com amores, receios, cupidez, imaginações de toda a espécie e um sem número de banalidades, a tal ponto ele nos satura, que, de fato, como se diz, por sua causa jamais conseguiremos alcançar o conhecimento do quer que seja. Mais, ainda: guerras, batalhas, dissensões, suscita-as exclusivamente o corpo com seus apetites. Outra causa não tem as guerras senão o amor do dinheiro e dos bens que nos vemos forçados a adquirir por causa do corpo, visto sermos obrigados a servi-lo. Se carecermos de vagar para nos dedicarmos à Filosofia, a causa é tudo isso que enumeramos. O pior é que, mal conseguimos alguma trégua e nos dispomos a refletir sobre determinado ponto, na mesma hora o corpo intervém para perturbar-nos de mil modos, causando tumulto e inquietude em nossa investigação, até deixar-nos inteiramente incapazes de perceber a verdade. Por outro lado, ensina-nos a experiência que, se quisermos alcançar o conhecimento puro de alguma coisa, teremos de separar-nos do corpo e considerar apenas com a alma como as coisas são em si mesmas. Só nessas condições, ao que parece, é que alcançaremos o que desejamos e do que nos declaramos amorosos, a sabedoria, isto é, depois de mortos, conforme nosso argumento o indica, nunca enquanto vivermos. Ora, se realmente, na companhia do corpo não é possível obter o conhecimento puro do que quer que seja, de duas uma terá de ser: ou jamais conseguiremos adquirir esse conhecimento, ou só o faremos depois de mortos, pois só então a alma se recolherá em si mesma, separada do corpo, nunca antes disso. Ao que parece, enquanto vivermos, a única maneira de ficarmos mais perto do pensamento, é abstermo-nos o mais possível da companhia do corpo e de qualquer comunicação com ele, salvo e estritamente necessário, sem nos deixarmos saturar de sua natureza sem permitir que nos macule, até que a divindade nos venha libertar. (PLATÃO. Fédon).
Você acha que o corpo atrapalha a alma buscar o conhecimento? O que pode ser feito??
De acordo com Platão, a alma humana antes de viver no corpo está em um lugar onde tem contato com as ideias de todas as coisas existentes. Sendo assim, todo o conhecimento existente já se encontra em nós, restando apenas encontra-lo ao longo de nossa vida, lembrando-nos das coisas que um dia conhecemos.Em sua teoria, Platão distingue a realidade em dois níveis hierarquizados, o plano das ideias e o plano sensível, também conhecidos como “mundo das ideias” e “mundo sensível”.
O mundo sensível, mutável, imperfeito percebemos pelos nossos sentidos. O outro, é imaterial, eterno, imutável, e perfeito , a que só temos acesso por meio da razão. “As ideias estão separadas das coisas, o mundo inteligível está fora e acima do mundo sensível. A multiplicidade e instabilidade das coisas resultam de uma ilusão dos sentidos. A única realidade objetiva, perfeita, são as ideias. (Penha, 1994, p.36)
Características do Mundo das ideias e Mundo das sombras
Mundo das ideias é o lugar das essências imutáveis, que o homem atinge pela contemplação e pela depuração dos enganos dos sentidos. Como as ideias são as únicas verdades, o mundo dos fenômenos [sombras] só existe na medida em que participa [Teoria da Contingência] do mundo das ideias, do qual é apenas uma cópia. Por exemplo, um cavalo só é cavalo enquanto participa da ideia de “cavalo em si”. 
Mundo das Sombras é o lugar da multiplicidade, do movimento, do vir-a-ser; é também ilusório, pura sombra do verdadeiro mundo. Por exemplo, mesmo que existam inúmeras abelhas dos mais variados tipos, a ideia de abelha deve ser una, imutável... portanto, a verdadeira realidade.
Para Platão, o mundo concreto percebido pelos sentidos é uma pálida reprodução do mundo das Idéias. Cada objeto concreto que existe participa, junto com todos os outros objetos de sua categoria de uma Idéia perfeita. Uma determinada caneta, por exemplo, terá determinados atributos (cor, formato, tamanho etc). Outra caneta terá outros atributos, sendo ela também uma caneta, tanto quanto a outra. Aquilo que faz com que as duas sejam canetas é, para Platão, a Idéia de Caneta, perfeita, que esgota todas as possibilidades de ser caneta. A ontologia de Platão diz, então, que algo é na medida em que participa da Idéia desse objeto. No caso da caneta é irrelevante, mas o foco de Platão são coisas como o ser humano, o bem ou a justiça, por exemplo.
O Mundo Sensível, em que o homem se encontra, é a coisa como vemos, como realmente é. Esse é o mundo das verdades imperfeitas, não leva à verdade absoluta.O Mundo Sensível é um mundo ilusório. Por exemplo: Uma mesa nunca será a Mesa em si, pois tudo o que é percebido pelos sentidos não passam de reproduções da mente.
Esse conceito é meio complicado não é? Vamos tirar as dúvidas com o vídeo a seguir.
Em linhas gerais, Platão desenvolveu a noção de que ohomem está em contato permanente com dois tipos de realidade: a inteligível e a sensível. A primeira é a realidade imutável, igual a si mesma. A segunda são todas as coisas que nos afetam os sentidos, são realidades dependentes, mutáveis e são imagens das realidades inteligíveis.
Essa sua teoria está estruturada nos seguintes pressupostos: a alma é imortal; a realidade é constituída em níveis (sensível e inteligível), o conhecimento é inato. Para defender o conceito proposto na “Teoria das ideias”, Platão utiliza três novos argumentos, são eles: 
Teoria da Reminiscência; 
Teoria da Contingência (ou Participação); 
Teoria do Conhecimento Verdadeiro. 
Teoria da Reminiscência 
Reminiscência ou Anamnese significa lembrança. Platão afirma que num tempo antigo a alma vivia no Mundo Inteligível e contemplava a verdade absoluta. Mas, um evento incerto provocou a mudança na condição dessa alma sendo condenada a viver no Mundo Sensível, onde veria apenas sombras do Mundo Inteligível. O motivo talvez tenha sido o seguinte: antigamente existiam três tipos de sexos humanos, que eram o masculino, o feminino e o andrógino. O andrógino possuía formas redondas, eram dotados de quatro braços, quatro pernas, uma cabeça com duas faces, quatro orelhas e dois órgãos de geração. Eles possuíam corpos fortes e eram muito habilidosos, sem além de muito corajosos. Decidiram enfrentar os deuses e para isso eles resolveram escalar o céu para ataca-los. Isso provocou fúria nos deuses que muito irados resolveram separar os andróginos em dois seres: o homem e a mulher. Assim como os andróginos foram punidos e extintos, a alma pode ter sido condenada a viver no mundo das sombras.
Escrito por Platão na obra “Fédon”, afirma que o corpo é cativeiro, isto é, prisão da alma pelo desejo do próprio homem.
Homem =
Depois de despertar no Mundo Sensível, a alma consegue apenas uma pequena lembrança do Mundo Inteligível. Esta é a Teoria da Reminiscência. ."Aprender é lembrar aquilo que você já sabe. Fazer é demonstrar que você o sabe. Ensinar é lembrar aos outros que eles sabem tanto quanto você."
Cabe a cada homem usar dos sentido apenas como forma de chegar ao conhecimento das essências, para assim poder alcançar o que é em si e superar os enganos da opinião e, com isso, evoluir pelo processo de metempsicose. 
O que é metempsicose? É o meio pelo qual a alma, por um processo de sucessivos nascimentos e mortes, evolui de um estágio inferior para uma condição superior a partir da recordação acumulativa do que já se encontra dentro de si. Platão distingue três fases de evolução da alma:
Alma de Ouro: Magistrados: Sabedoria. 
Alma de Prata: Guerreiros: Coragem. 
Alma de Bronze: Trabalhadores: Temperança.
Teoria da Contingência
Se existem cópias obrigatoriamente tem que existir a ideia universal cujas cópias refletem.
ideias: essência ou substância das coisas – cópias. - são simples, únicas, imóveis, imutáveis, eternas, suficientes e transcendentes. 
Cópias: causa da essência ou substância – ideias. - são compostas, múltiplas, móveis, mutáveis, perecíveis, insatisfatórias e transcendentais. 
Veja a relação entre ideias e cópias: Abaixo temos a ideia de casa e veículo. 
 
Copias de casas e veículos.
ALEGORIA DA CAVERNA
Depois de vinte e três séculos o pensador grego e sua metáfora continua nos nos convidando à reflexão. A cada dia que passa nos tornamos prisioneiros em um número cada vez maior de cavernas criadas por nós mesmos. O interior da caverna representa a prisão em que se encontra a humanidade na medida em que está submetida à ilusão.
Alegoria da Caverna: fundamentada por Platão na obra “A República” livro VII. 
Veja o texto
Imagine alguns homens vivendo em uma moradia em forma de caverna, com uma grande abertura do lado da luz. Encontram-se ali desde a sua meninice, presos por correntes que os imobilizam totalmente e de tal modo que não podem nem mudar de lugar, nem volver a cabeça e não vêem mais que aquilo que lhes está na frente. A luz lhes vem de um fogo aceso a uma certa distância, por trás deles, em uma eminência do terreno. Entre esse fogo e os prisioneiros há uma passagem elevada, ao longo da qual imagine-se um peque​no muro, semelhante aos balcões que os ilusionistas levantam entre si e os assistentes e por cima dos quais mostram seus prodígios. Pensa agora que ao lado desse muro alguns homens levam objetos de todos os tipos. Tais objetos são levados acima da altura do muro e os homens que os transportam alguns falam, outros seguem calados. Os prisioneiros, nessa situação, jamais viram outra coisa senão as sombras, jamais ouviram outra voz senão os ecos que reboam no fundo da caverna. Falarão das sombras como se fossem objetos reais, terão os ecos como vozes verdadeiras. Esses estranhos prisioneiros são semelhantes a nós, homens. Pensa agora no que lhes acontecerá se forem libertados das cadeias que os prendem e curados da ignorância em que jazem. Se um dentre eles se levantar e volver o pescoço e caminhar, erguendo os olhos para o lado da luz, certamente tais movimentos o farão sofrer e a luz ofuscar-lhe-á a visão e impedirá que ele veja os objetos cuja sombra enxergava há pouco. Ficará deveras embaraçado e dirá que as sombras que via antes são mais verdadeiras que os objetos que são agora mostrados. E se tal prisioneiro, arrancado à força do lugar onde se encontra for conduzido para fora, para plena luz do sol, por acaso não ficaria ele irritado e os seus olhos feridos? Deslumbrado pela luz, porventura não precisaria acostumar-se para ver o espetáculo da região superior? O que a princípio mais facilmente verá serão as sombras, depois as imagens dos homens e dos demais objetos refletidos nas águas, e finalmente será capaz de veres próprios objetos. Então olhará para o céu. Suportará mais facilmente, à noite, a visão da lua e das estrelas. Só mais tarde será capaz de contemplara luz do sol. Quando isso acontecer reconhecerá que o sol governa todas as coisas visíveis e também aquelas sombras no fundo da caverna. (A República, VII, 518b-d).
Platão chega a levantar a hipótese de que algum habitante da referida caverna saia e depois de se acostumar com a luz, consiga enxergar os seres, as coisas, o mundo e não mais suas sombras. Essa figura, segundo o mito, teria dificuldades em conseguir convencer os moradores da caverna de que aquilo que tomavam como realidade era tão somente sua sombra: uma ilusão. Para Platão, essa tentativa de voltar à caverna para resgatar das sombras os antigos conterrâneos é o árduo ofício do educador ou, mais precisamente, do filósofo (amigo da sabedoria).
O próprio Platão, interpretando a Alegoria da Caverna, explica que:
A caverna subterrânea é o mundo visível. O fogo que a ilumina é a luz do sol. O prisioneiro que sobe à região superior e contempla suas maravilhas é a alma que ascende ao mundo inteligível. E o que eu penso, mas só Deus sabe se é verdade. Em todo caso, eu creio que nos mais altos limites do mundo inteligível está a idéia do bem que dificilmente percebe​mos, mas que ao contemplá-la, concluí​mos que ela é a causa de tudo o que é belo e bom. (A República, VII, 518b-d).
A partir de Sócrates se define o conceito, isto é, o conhecimento. Platão define as idéias e suas relações dando-lhes valores, perfazendo um pensamento lógico e aritmético. Mostra em sua alegoria que o homem poderá viver no mundo das sombras (ignorância) acreditando em um mundo completamente diferente da realidade, podendo talvez, atingir a luz (sabedoria), para viver livre de preconceitos, conhecedor da verdade
Arístocles, conhecido como Platão, nasceu em Atenas (427-347) ) no período de ouro da democracia grega. Foi descendente do rei Codro e de Sólon, e desde cedo apresentou interesse pela política. Mas, o encanto foi logo perdido porque se decepcionou com a forma como a política era conduzida. Platão também desacreditou da democracia porque a considerou responsável pela injustamorte de seu mestre.
A alma pode ser comparada com uma força natural ativa que unisse um carro puxado por uma parelha alada e conduzido por um cocheiro[...]. O cocheiro que nos governa, rege uma parelha, na qual um dos cavalos é belo e bom, de boa raça, enquanto que o outro é de má raça e de natureza contrária. Assim, conduzir nosso carro é ofício difícil e penoso. (PLATÃO, s/d, p. 151-152).
Corpo ou Sentidos: conhecimento sensível
Alma ou Razão: conhecimento Intelectivo
Corpo + Alma
Mundo das ideias conceitos
Mundo das sombras

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