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Garrotilho Adenite equina ADENITE EQUINA Popularmente chamada de garrotilho (espanhol: garrotillo, morte por sufocação); Doença infecto-contagiosa aguda – Streptococcus equi, subespécie equi; Específica de equinos; Acomete o trato respiratório superior; Causa abscedação dos linfonodos retrofaríngeos e submandibulares; Prejuízos relacionados à perfomance, aos custos de tratamento e eventuais mortes. EPIDEMIOLOGIA Distribuição mundial; Alta morbidade e baixa letalidade; Prevalência em animais jovens- entre 2 a 3 anos de idade; O agente é endêmico em criações de equinos; ADENITE EQUINA- ANATOMIA Streptococcus equi Glândulas nasais Tecido linfóide da faringe Vasos linfáticos Gânglios linfáticos regionais Leucócitos Abscessos Via hematógena Septicemia Figura 1 : Anatomia do trato respiratório de equinos Fonte: http://www.lookfordiagnosis.com/mesh_info.php?term=streptococcus+equi&lang=3 ETIOLOGIA Streptococcus equi, subsp. equi X Streptococcus equi, subsp. zooepidemicus Gram positiva, em forma de cocos; Fatores de virulência: Cápsula de ácido hialurônico (inibe a fagocitose); Proteína M ( responsável pela aderência no epitélio mucociliar); Estreptolisinas (causa hemólise e formação de abscessos); SINAIS CLÍNICOS Inflamação mucopurulenta do trato respiratório superior de equinos; Primeiros sinais: típicos do processo infeccioso – febre, inapetência e depressão Descarga nasal serosa -> mucopurulenta -> purulenta; Dor à palpação mandibular, pelo aumento do volume dos linfonodos submandibulares e retrofaríngeo; Pescoço estendido; Figura 2 : Aumento do linfonodo submandibular e descarga nasal purulenta em equino. Fonte: http://www.lookfordiagnosis.com/mesh_info.php?term=streptococcus+equi&lang=3 TRANSMISSÃO Altamente contagiosa; Transmissão direta: pelo contato com animais infectados e suas secreções; Transmissão indireta: Por meio de fômites, insetos; Fontes de infecção : grande aglomeração de equinos, introdução de um animal novo infectado no rebanho, animais portadores crônicos. Em surtos, podem existir portadores assintomáticos; DIAGNÓSTICO PCR ELISA Isolamento S. Equi Coleta de material da secreção nasal com auxilio de Swab ; Técnicas de Elisa e PCR; Figura 4: Colônia de Streptococcus equi, subespécie equi em Ágar sangue Figura 3: Demonstração da coleta de material de secreção nasal de equino; Fonte: http://www.lookfordiagnosis.com/mesh_info.php?term=streptococcus+equi&lang=3 Fonte: google imagens TRATAMENTO Depende do estágio da doença em que o animal se encontra Com abcesso no linfonodo X Sem abcesso no linfonodo Possíveis reações adversas do antimicrobiano inibem o desenvolvimento da imunidade; Reinfecção; Utilização de antimicrobiano não é indicado; Eventos inevitáveis; Substâncias revulsivas, Iodo; Punção do abcesso maduro.; Drenagem é indicada na maioria das vezes se o abcesso não romper espontaneamente. Asfixia: Traqueotomia. Quando são observados sintomas precoces no animal; Sem abcesso o antimicrobiano tem acesso a bactéria; Penicilina G; Uso de antimicrobianos ainda é discutível; CONSEQUÊNCIAS Garrotilho bastardo: Bacteremia e infecção metastática. Purpura hemorrágica: A precipitação de complexos de anticorpos ligados a proteína M. Empiema de bolsas guturais: Extensão da infecção. Broncopneumonia aspirativa: Ocorre devido a aspiração de pus dos abscessos das vias aéreas superiores rompidos, ou pela infecção metastática dos pulmões; Terapia com AINES, e fluidoterapia dependendo da complicação CONSEQUÊNCIAS: PÚRPURA HEMORRÁGICA A púrpura hemorrágica é uma vasculite aguda imunomediada que ocorre, em geral, em animais convalescentes de adenite eqüina, e se deve à precipitação nos capilares de imunocomplexos formados por anticorpos contra o agente etiológico, provocando edema severo nos membros, cabeça e outras partes do corpo. O diagnóstico e tratamento adequado da púrpura hemorrágica são de fundamental importância, pois não sendo tratada, esta sequela da adenite equina pode ser fatal. CONSEQUÊNCIAS: EMPIEMA NA BOLSA GUTURAL Ocorre devido a extensão da infecção para as bolsas guturais, geralmente como resultado da ruptura dos linfonodos retrofaríngeos para o compartimento medial, podendo levar a formação de pus É caracterizado pelo aumento de volume das bolsas guturais e corrimento nasal uni ou bilateral. Pode ocorrer no curso do garrotilho ou como complicação; Figura 5: Empiema em bolsa gutural. CONSEQUÊNCIAS: EMPIEMA NA BOLSA GUTURAL CONSEQUÊNCIAS: GARROTILHO BASTARDO Ocorre devido à disseminação linfática (infecção metastática) da bactéria para linfonodos de todo o corpo. Formação de abscessos em qualquer região; Cavidade abdominal e torácica, pulmões, fígado, baço, rins e cérebro, estruturas extraoculares e oculares, valvas cardíacas e miocárdio, articulações, ossos, e veias. PREVENÇÃO Vacina; Os programas de vacinação contra garrotilho não permitem um controle satisfatório. O resultado da imunização não são totalmente seguros, isto é, a vacina pode falhar. Os baixos índices de proteção conferidos pelas vacinas em uso pode dever-se, em parte, à inadequada estimulação antigênica ou à curta persistência dos anticorpos no soro. Evitar a introdução de animais (quarentena) e isolar os animais doentes Cavalos que se recuperam da doença não devem ser revacinados dentro de pelo menos um ano após a recuperação. IMUNIDADE Equinos previamente expostos apresentam uma grande probabilidade de adquirirem Resistência à reinfecção; Animais maiores de 3 anos podem apresentar imunidade; Resposta imune desencadeada em direção a proteína M; Leite de éguas previamente infectadas; -IgA; -IgG; IMUNIDADE Ineficácia das vacinas; Anticorpos de mucosa x Anticorpos circulantes; Anticorpos de mucosa; -produzidos por estimulo local; Baixos níveis; As vacinas irão induzir respostas sorológicas, porém, a resposta contra o agente infeccioso é ineficiente; NECROPSIA O quadro necrópsico é caracterizado : Alterações na mucosa; Tumefação nos gânglios linfáticos; Formação de abscessos; Afecções inflamatórias ou crônicas de todos os órgãos ou cavidades corporais. CONCLUSÃO O garrotilho, ou adenite equina, é uma enfermidade infectocontagiosa, aguda ou subaguda , com descarga purulenta causada pela infecção de Streptococcus equi, sendo uma doença de grande importância econômica na exploração equina brasileira, visto sua grande incidência em equinos jovens de até 3 anos de idade, tendo um diagnóstico baseado nos achados epidemiológicos, clínicos e anatomopatológicos, apesar de ter um tratamento simples, a sua vacinação ainda é questionável visto a ineficácia atual de sua vacina, sendo que equinos com mais de 3 anos de idade tem grande probabilidade de terem adquirido imunidade. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS Clinica Medica de Equinos. Disponível em: <http//veterinariandocs.com.br> Acesso em: 24 de jun. 2016. MORAES, et al. Adenite equina: Sua etiologia, diagnostico e controle. Ciência Rural, Santa Maria.v.39,n.6,p.1944-1952,set,2009. SWEENEY, et al. Streptococcus equi Infection in horses: Guidelines for tretament, control and prevetion of strangles. Consensus Statements of the American College of Veterinary Internal Medicine , p.123-134, 2005.
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