Alessandro Spilborghs Aula 13 XXII (1)

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2ª Fase OAB Tributário 
Disciplina: D. Tributário 
Prof.: Alessandro Spilborghs 
Aula: 13 
Monitora: Thais (bloco 1)/ Caroline (bloco 2) 
 
 
MATERIAL DE APOIO - MONITORIA 
 
 
Índice 
 
I. Anotações 
II. Lousas 
 
 
I. ANOTAÇÕES 
 
 
Imunidades do ICMS: De acordo com a CF não incide o ICMS: 
 
 Exportação 
 Operações Interestaduais: Combustível e Energia. 
 Ouro: desde que o ouro seja tratado como ativo financeiro ou instrumento cambial – IOF. 
 Rádio/TV: Desde que a recepção destes canais seja livre e gratuita. 
 
Ex.: 
 
TV ABERTA ICMS 
 
 
TV FECHADA ICMS 
 
, 
 
 
Funções da LC por ICMS 
 
 Além dos critérios Fato Gerador / Base de Cálculo/ Contribuintes para impostos dependerem de 
LC, para o ICMS existem diversos outros elementos que para ele também dependerão de LC. 
 
 
 
 
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Ex.: Estado A Lei Estadual concede isenção ICMS veículos. 
 
Isenção ICMS LC Convênio E + DF Lei Estadual. 
 
 
 
 
 
 
c) ICMS na LC 87/96: 
 
 Fato Gerador: 
- Circulação de mercadoria circular + mercadoria jurídica transferência de titularidade 
 mercadoria bem móvel destinado ao comércio. 
 
(Habitualidade Comerciante) 
 
 
- serviço de transporte interestadual 
- serviço de transporte intermunicipal 
- serviço de comunicação. 
 
 
 
 
 
 Base de Cálculo: por regra a BC do ICMS deve corresponder ao valor total da operação*. 
 
- Valor total da operação* = valor da mercadoria + outros custos operacionais + próprio ICMS. 
 
 
 
 
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(ICMS incide sobre ele mesmo) 
 
ICMS: incide sobre o valor total da operação 
Valor total da operação: mercadoria: + custos + ICMS 
 
Cálculo por dentro: quando um imposto incide sobre ele mesmo. 
 
 
 
 
 Contribuintes: contribuinte do ICMS é aquele quem pratica cada um dos seus fatos geradores. 
 
São vários: 
 
- circulação de mercadoria 
- transporte interestadual 
- transporte intermunicipal 
- comunicação 
 
Recaí também: 
 
- Importação 
- Aquisição, por operação interestadual, de combustíveis e energia elétrica não destinados a 
comercialização ou a industrialização. 
 
 
 
#TEMTESE 
As operações interestaduais de saída de combustível (derivado de petróleo) e energia (elétrica) sempre 
estarão imunes ao ICMS. O imposto só é celebrado na entrada do Estado adquirente se a mercadoria não 
se destinar a comercialização ou a industrialização 
Fundamentos: 
Art. 155, §2º, IX, "b", CF c/c Art. 3º, III, LC 87/96 (ex.1 - não incide na saída e não incide na entrada) 
Art. 155, II, CF c/c Art. 2º, §1º, III, LC 87/96 (ex. 2 - não incide na saída e incide na entrada) 
 
CF 
Art. 155. 
(...) 
§ 2º O imposto previsto no inciso II atenderá ao seguinte: 
(...) 
IX - incidirá também: 
 
 
 
4 
(...) 
b) sobre o valor total da operação, quando mercadorias forem fornecidas com 
serviços não compreendidos na competência tributária dos Municípios; 
 
LC 87/96 
Art. 3º O imposto não incide sobre: 
(...) 
III - operações interestaduais relativas a energia elétrica e petróleo, inclusive 
lubrificantes e combustíveis líquidos e gasosos dele derivados, quando destinados à 
industrialização ou à comercialização; 
 
 
CF 
Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre: 
(...) 
II - operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços 
de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação, ainda que as 
operações e as prestações se iniciem no exterior; 
 
LC 87/96 
Art. 2° O imposto incide sobre: 
(...) 
§ 1º O imposto incide também: 
(...) 
III - sobre a entrada, no território do Estado destinatário, de petróleo, inclusive 
lubrificantes e combustíveis líquidos e gasosos dele derivados, e de energia elétrica, 
quando não destinados à comercialização ou à industrialização, decorrentes de 
operações interestaduais, cabendo o imposto ao Estado onde estiver localizado o 
adquirente. 
 
4. IPVA 
 
a) IPVA entre princípios 
 Legalidade – está sujeito 
 Anterioridade – deve observar as duas 
Art.150, §1º, CF – Quando houver alteração na base de cálculo do IPVA e isso torná-lo mais oneroso 
- respeita-se só a anterioridade anual. 
E quando houver alteração na ALÍQUOTA do IPVA tornando-o mais oneroso. Observa a anterioridade 
ANUAL e NONAGESIMAL – art. 150, III, “b” e “c”, CF. 
 
 
 
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b) IPVA na CF 
 
 Alíquotas 
Podem ser diferenciadas em razão do TIPO (ex: carro popular X carro esportivo) e USO (carro de 
passeio X ambulância) 
 
Ex: Imagine que o Estado “A” através de lei resolve adotar a possibilidade que a CF oferece a todos 
os Estados para alterar as alíquotas do IPVA tornando-as seletivas dependendo do TIPO. Se o carro 
é do tipo nacional, a alíquota seria de 2%. Se o carro é do tipo importado, a alíquota seria de 4%. 
Não é possível diferenciar as alíquotas em razão da origem ou do destino. 
 
 
#TEMTESE 
É vedado aos Estados, Distrito Federal e Municípios estabelecer alíquotas diferentes para os bens/serviços 
em razão da origem ou do destino. Porém, para o IPVA existe autorização para a seletividade das alíquotas 
com base no tipo/uso do veículo. 
Fundamentos: RE 367.785 e Art. 152, CF c/c Art. 155, §6º, II, CF 
EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. TRIBUTÁRIO. 
IPVA. VEÍCULO IMPORTADO. ALÍQUOTA DIFERENCIADA. 1. Não se admite a alíquota 
diferenciada de IPVA para veículos importados e os de procedência nacional. 2. O 
tratamento desigual significaria uma nova tributação pelo fato gerador da 
importação. Precedentes. Agravo regimental a que se nega provimento. 
(RE 367785 AgR, Relator(a): Min. EROS GRAU, Segunda Turma, julgado em 
09/05/2006, DJ 02-06-2006 PP-00038 EMENT VOL-02235-05 PP-00956 RTFP v. 14, 
n. 69, 2006, p. 301-302 RT v. 95, n. 853, 2006, p. 139-141 RNDJ v. 6, n. 80, 2006, 
p. 74) 
 
CF 
Art. 152. É vedado aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios estabelecer 
diferença tributária entre bens e serviços, de qualquer natureza, em razão de sua 
procedência ou destino. 
 
CF 
Art. 155. 
(...) 
§ 6º O imposto previsto no inciso III: 
(...) 
 
 
 
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II - poderá ter alíquotas diferenciadas em função do tipo e utilização. 
 
 
c) IPVA na LC 
Não existe lei complementar nacional para o IPVA. Assim, cabem aos Estados se valerem da competência 
legislativa plena (art. 24, §3º, CF) para regular a instituição do imposto no seu território. 
 
Ex: a Constituição Federal prevê que as características de fato gerador, base de cálculo e contribuintes dos 
IMPOSTOS devem estar previstas em lei complementar. Ocorre que para o IPVA, essa lei complementar 
não existe. Imagine que uma lei estadual está exigindo IPVA sobre jet ski e helicóptero. Isso é possível? 
Não, uma vez que já foi decidido que o IPVA incide apenas sobre veículos automotores terrestres. 
 
#TEMTESE 
Embora os Estados tenham autonomia para legislar acerca do IPVA, sua exigência está vinculada à estrutura 
constitucional oferecida e segundo o STF o imposto não pode recair sobre embarcações/aeronaves. 
Fundamentos: RE 255.111 e Art. 146, III, “a”, CF c/c Art. 155, III, CF 
 
EMENTA: IPVA - Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores (CF, art. 155, 
III; CF 69, art. 23, III e § 13, cf. EC 27/85): campo de incidência que não inclui 
embarcações e aeronaves. 
(RE 255111, Relator(a): Min. MARCO AURÉLIO, Relator(a) p/ Acórdão: Min. 
SEPÚLVEDA PERTENCE,Tribunal Pleno, julgado em 29/05/2002, DJ 13-12-2002 PP-
00060 EMENT VOL-02095-02 PP-00343) 
 
CF 
Art. 146. Cabe à lei complementar: 
(...) 
III - estabelecer normas gerais em matéria de legislação tributária, especialmente 
sobre: 
a) definição de tributos e de suas espécies, bem como, em relação aos impostos 
discriminados nesta Constituição, a dos respectivos fatos geradores, bases de cálculo 
e contribuintes; 
 
CF 
Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre: 
(...) 
III - propriedade de veículos automotores. 
 
 
 
 
 
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SITUAÇÃO PROBLEMA 
Ex-procurador de empresa estrangeira foi citado por edital para pagar dívida fiscal de empresa sediada no 
Brasil, controlada pela empresa estrangeira da qual foi procurador, decorrente de falta de recolhimento de 
ICMS. Ao apreciar os autos da execução fiscal, constata-se a revelia da empresa brasileira que, citada, teve 
seus bens penhorados e silenciou. A sentença nos autos da execução transitou em julgado. Diante da 
insuficiência de bens da executada, porém, o juiz acatou petição da Procuradoria do Estado e determinou 
fosse citado, também, o ex-procurador de empresa estrangeira. Após a citação, o ex-procurador juntou 
carta de fiança bancária aos autos principais e o(a) procurou para defende-lo. 
QUESTÃO: Como advogado, adote as medidas judiciais cabíveis, visando assegurar o patrimônio do ex-
procurador da empresa. 
 
QUEM? Ex-procurador da empresa e Procuradoria do Estado 
QUANDO? Não informa datas 
ONDE? Não informa local 
O QUE ACONTECEU? Citação do ex-procurador e garantia do juízo através de carta de fiança 
POR QUE? Insuficiência de penhora da empresa. O juiz acatou requerimento da Procuradoria do Estado 
para citar o ex-procurador 
 
PEÇA: Embargos à execução com garantia do juízo (carta de fiança bancária) 
Tese: Afastar a responsabilidade do sócio (súmula 430, STJ) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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II. LOUSAS 
 
 
 
 
 
 
 
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