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08/06/2017 1 ESGOTAMENTO SANITÁRIO Saneamento Ambiental Vera Christina Lanza Sistemas de Esgotamento Sanitário Águas de abastecimento Esgotos Poluição do solo e água, foco de vetores. DEJETOS HUMANOS Torna-se indispensável afastar as possibilidades de seu contato com o homem, águas de abastecimento, vetores e alimentos. Veículos de germes patogênicos de várias doenças Sistemas de Esgotamento Sanitário CARÊNCIA DE SANEAMENTO E EDUCAÇÃO SANITÁRIA A população tende a lançar os dejetos nos cursos d’água ou diretamente sobre o solo, criando situações favoráveis à transmissão de doenças e à contaminação do meio ambiente. Sistemas de Esgotamento Sanitário A solução recomendada é a construção de instalações sanitárias com veiculação hídrica, ligadas a um sistema público de esgotos, com adequado tratamento final. Sistemas de Esgotamento Sanitário Essa solução é, quase sempre, impraticável no meio rural e às vezes difícil, por razões principalmente econômicas, em muitas comunidades urbanas e suburbanas. Sistemas de Esgotamento Sanitário 08/06/2017 2 A implantação de sistemas de esgotamento sanitário (S.E.S.) em uma comunidade tem como objetivos: � coleta dos esgotos individual ou coletiva; � afastamento rápido e seguro dos esgotos, seja por meio de fossas ou redes coletoras; � tratamento e disposição sanitariamente adequada dos esgotos tratados. Sistemas de Esgotamento Sanitário A implantação de S.E.S. em uma comunidade tem como consequências: � melhoria das condições sanitárias locais; � conservação dos recursos naturais; � eliminação de focos de poluição e contaminação; � eliminação de problemas estéticos desagradáveis; � redução de doenças e, consequentemente, dos recursos aplicados em saúde; � redução dos custos com tratamento de água. Sistemas de Esgotamento Sanitário Conceitos básicos: � Águas residuárias: esgotos gerados por uma comunidade ou por indústrias. � Esgotos domésticos: despejos líquidos das habitações, estabelecimentos comerciais, instituições e edifícios públicos. � Efluentes industriais: esgotos gerados pelas indústrias. � Esgoto bruto: esgoto não tratado. � Esgoto tratado: esgoto após a etapa de tratamento. Sistemas de Esgotamento Sanitário Conceitos básicos: � Águas de infiltração: parcela das águas do subsolo que penetra nas canalizações de esgotos através das juntas, poços de visita e defeitos nas estruturas do sistema. � Águas pluviais: parcela das águas de chuva que escoa superficialmente. � Corpo receptor: corpo d’água que recebe o lançamento de esgotos brutos ou tratados. � Efluente: despejos, tratados ou não, de origem agrícola, industrial ou doméstica, lançados no ambiente. Sistemas de Esgotamento Sanitário Os esgotos produzidos em uma cidade são basicamente originados de três fontes distintas: � esgotos domésticos (residências, instituições e comércios); � águas de infiltração (falhas na tubulação e ou conexões); � efluentes industriais (diversos tipos de indústrias). Sistemas de Esgotamento Sanitário VAZÕES DE ESGOTO �Vazão doméstica: calculada em função do consumo médio diário de água de um indivíduo. �Vazão de infiltração: depende de fatores como tipo de tubulação, tipo de junta, extensão da rede, tipo de solo e profundidade do freático. �Vazão industrial: calculada a partir de levantamentos realizados junto às indústrias (depende do porte, grau de recirculação e existência de pré-tratamento). Caracterização da quantidade 08/06/2017 3 Contribuição per capita Abastecimento de Água: � vazão de água captada no manancial; � vazão de água produzida na ETA; � vazão de água distribuída pelos reservatórios; � vazão de água consumida nas residências. Devido as perdas, a vazão total de água consumida é apenas uma fração do total de água captada. � A vazão de esgoto representa 80% da vazão total de água consumida nas residências; � A fração de água que adentra a rede coletora na forma de esgoto é denominada Coeficiente de Retorno (R); � 20% da água perdida: evaporações, lavagem de carro e passeios, irrigação de jardins, ligações clandestinas às redes pluviais, infiltrações; � A contribuição “per capita” de esgoto doméstico: 100 a 500 L/hab (Brasil = 150 L/hab.). Contribuição per capita O consumo de água e a geração de esgotos em uma localidade variam: • Ao longo do dia (variações horárias); • Ao longo da semana (variações diárias); • Ao longo do ano (variações sazonais). Variações de vazão Acréscimos de vazão Os acréscimos do valor médio para determinação das máximas ou mínimas descargas são proporcionais aos registrados para a água. � K1: coeficiente do dia de maior descarga (K1 = 1,2 – NBR 9648 ABNT) � K2: coeficiente da hora de maior descarga (K2 = 1,5 – NBR 9648 ABNT) Acréscimos de vazão Determinação da vazão de esgoto Pop= população qpc = vazão “per capita” (água consumida) K1 = coeficiente do dia de maior vazão K2 = coeficiente da hora de maior vazão R = coeficiente de retorno I = vazão de infiltração Q= (Pop. qpc. K1. K2. R) + I 86400 08/06/2017 4 Acréscimos devido à infiltração � NBR 9649: 0,05 a 1,00 L/s.Km Valores Típicos de Infiltração ESGOTO DOMÉSTICO: Contém cerca de 99,9% de água e apenas 0,1% de sólidos. A característica dos esgotos pode variar em função dos usos da água, clima, hábitos da população, situação social e econômica. Caracterização da qualidade do esgoto 99,9% Água 0,1% Sólidos sólidos orgânicos e inorgânicos, suspensos e dissolvidos e microorganismos. ESGOTO INDUSTRIAL: Os esgotos industriais podem exercer grande influência no projeto dos sistemas de esgotos sanitários e na operação das estações de tratamento. Para que o tratamento seja eficaz deve ser avaliada a possível presença de contaminantes tóxicos que causem problemas no sistema de tratamento (toxidez aos microorganismos decompositores, contaminantes que não possam ser removidos, riscos à segurança dos trabalhadores, etc). Caracterização da qualidade do esgoto Para os esgotos industriais são possíveis as seguintes soluções: �Tratamento na indústria e lançamento no corpo receptor. � Pré-condicionamento dos efluentes e encaminhamento à rede pública. Caracterização da qualidade do esgoto Caracterização da qualidade : Poluentes Parâmetro de caracterização Tipo de efluentes Consequências Sólidos em suspensão Sólidos em suspensão totais -Domésticos - Industriais -Problemas estéticos - Depósitos de lodo - Adsorção de poluentes - Proteção de patogênicos Sólidos flutuantes Óleos e graxas -Domésticos - Industriais - Problemas estéticos Caracterização da qualidade do esgoto Caracterização da qualidade : Poluentes Parâmetro de caracterização Tipo de efluentes Consequências Matéria orgânica biodegradável Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO) -Domésticos - Industriais - Consumo de oxigênio - Mortandade de peixes Patogênicos Coliformes -Domésticos - Doenças de veiculação hídrica Nutrientes Nitrogênio e Fósforo -Domésticos - Industriais -Crescimento excessivo de algas - Toxicidade aos peixes Caracterização da qualidade do esgoto 08/06/2017 5 Caracterização da qualidade :Poluentes Parâmetro de caracterização Tipo de efluentes Consequências Compostos não biodegradáveis Pesticidas, detergentes e outros - Industriais - Agrícolas - Toxicidade - Espumas - Maus odores Metais pesados - Elementos específicos (arsênio, cádmio, cromo, mercúrio etc) - Industriais -Toxicidade - Inibição do tratamento biológico dos esgotos - Contaminação água subterrânea Caracterização da qualidade do esgoto Soluções para esgotamento sanitárioA coleta do esgoto sanitário que sai das residências, instituições, comércio e indústria é feita por meio de sistemas de redes coletoras. Essas redes correm para as partes mais baixas de uma sub-bacia, onde estão instalados os interceptores e/ou os emissários. Os interceptores correm nos fundos de vale, margeando os cursos d´água ou canais. São responsáveis pelo transporte dos esgotos gerados na sua sub-bacia, evitando que os mesmos sejam lançados nos corpos d´água. Os emissários são iguais aos interceptores, com a diferença de que não recebem contribuições ao longo do seu percurso. Sua função é transportar os esgotos até a estação de tratamento de esgotos - ETE. Interceptores e emissários Interceptores e emissários Como o escoamento é feito por gravidade, as canalizações necessitam de uma determinada declividade que possibilite o transporte dos esgotos até o seu destino final. O dimensionamento das canalizações é feito de forma que o esgoto não chegue a ocupar todo o espaço interno da tubulação, sem exercer pressões sobre a parede interna do tubo. Interceptores e emissários de esgoto Emissários e interceptores de esgoto 08/06/2017 6 Sistema de esgotamento sanitário Poços de Visita São estruturas destinadas a permitir o ingresso do operador para efetuar serviços de inspeção e manutenção dos coletores. Poços de Visita Poços de Visita Os PV’s devem ser previstos nas seguintes situações: � intercessão de dois ou mais coletores; � mudança na direção do coletor; � mudança na declividade do coletor; � mudança no diâmetro do coletor; � mudança no material da canalização; � no início dos coletores; � no ingresso e na saída das travessias; � as distâncias entre os PV´s são: 80m (diâmetro de até 100 e 150mm) e 100m (diâmetros maiores). Poços de Visita Estruturas do Sistema 08/06/2017 7 Projeto Traçado da rede coletora ERRADO! Traçado da rede coletora CERTO! Traçado da rede coletora ERRADO! Traçado da rede coletora CERTO! Tipos de Sistemas de Coleta e Transporte � Sistema individual Sistema unitário ou combinado � Sistema coletivo Sistema separador ou convencional 08/06/2017 8 Sistemas Individuais Adotados para atendimento unifamiliar. Consistem no lançamento dos esgotos domésticos gerados em uma unidade habitacional, usualmente em fossa séptica seguida de dispositivo de infiltração no solo. Sistemas Individuais Sistemas Individuais Localização de fossas sépticas: • Lugares livres de enchentes e acessíveis aos usuários. • Distante de poços e fontes e em cota inferior a esses mananciais, a fim de evitar a contaminação dos mesmos (distância mínima de segurança, estimada em 15 metros). Sistemas Individuais Sistema Unitário ou Combinado Os esgotos sanitários e as águas de chuva são conduzidos ao seu destino final, dentro da mesma canalização. Não são usados no Brasil, devido aos seguintes inconvenientes: � grandes dimensões das canalizações; � custos iniciais elevados; � riscos de refluxo do esgoto sanitário para as residências no período de cheias; � problemas no dimensionamento de ETE´s. � ocorrência de mau cheiro proveniente de bocas de lobo. Sistema Unitário ou Combinado 08/06/2017 9 Sistema unitário em Paris. Sistema Unitário ou Combinado Sistema Separador ou Convencional Os esgotos sanitários e as águas de chuva são conduzidos em tubulações distintas. São adotados no Brasil, devido às seguintes vantagens: � menores dimensões das canalizações; � redução dos custos e prazos de construção; � possibilidade de utilização de diversos materiais para as tubulações de esgoto; � melhor dimensionamento de ETE´s. Sistema Separador Sistema Separador – Unidades constituintes Sistema Separador – Unidades constituintes • Diâmetro mínimo da rede: 100 mm • Profundidades da vala: mínima de 1,0m; máxima de 4,5m e desejável entre 1,5 a 2,5m. Localização das redes coletoras • Ideal na parte mais baixa. • Quando houver interferências, relocar para o local mais conveniente. • Ruas largas (>18m): dois coletores. 08/06/2017 10 Bacias sanitárias – tratamento descentralizado Bacias sanitárias – tratamento centralizado Para concepção e dimensionamento do tratamento de esgotos sanitários, deve-se caracterizar: � objetivos do tratamento; � nível do tratamento; � impacto ambiental no corpo receptor. Sistemas de Tratamento de Esgoto O sistema de tratamento de esgoto tem por finalidade atender aos padrões legais de lançamento e de qualidade das águas do corpo d’água receptor. A qualidade dos esgotos tratados que se deve alcançar no tratamento deve satisfazer à legislação ambiental vigente: � RESOLUÇÃO CONAMA 357/2005: Dispõe sobre a classificação dos corpos de água e diretrizes ambientais para o seu enquadramento, bem como estabelece as condições e padrões de lançamento de efluentes, e dá outras providências. Sistemas de Tratamento de Esgoto Níveis de tratamento: O grau de remoção dos poluentes no tratamento, de forma a adequar o lançamento a uma qualidade desejada ou ao padrão de qualidade do corpo receptor está associado aos conceitos de nível de tratamento e eficiência do tratamento. Níveis de tratamento: � Preliminar � Primário � Secundário � Terciário Sistemas de Tratamento de Esgoto Tratamento preliminar: Destina-se à remoção de sólidos em suspensão grosseiros (materiais de maiores dimensões e areia), com a utilização de mecanismos físicos como método de tratamento. grade caixa de areia medidor de vazão Fase sólida: Disposição final adequada. Sistemas de Tratamento de Esgoto 08/06/2017 11 Tratamento preliminar: Sistemas de Tratamento de Esgoto Grade Sistemas de Tratamento de Esgoto Desarenador Sistemas de Tratamento de Esgoto Calha Parshall Sistemas de Tratamento de Esgoto Principais finalidades da remoção de sólidos grosseiros: � Proteção das unidades de tratamento subsequentes. � Proteção de bombas e tubulação. � Proteção dos corpos receptores (aspectos estéticos). Principais finalidades da remoção de areia: � Evitar abrasão nos equipamentos e tubulações. � Facilitar o transporte do líquido. � Eliminar ou reduzir a possibilidade de obstrução em tubulações e unidades do sistema. Sistemas de Tratamento de Esgoto Tratamento primário: Destina-se à remoção de sólidos em suspensão sedimentáveis, materiais flutuantes (óleos e graxas) e parte da matéria orgânica em suspensão, com a utilização de mecanismos físicos como método de tratamento. lodo primário Sistemas de Tratamento de Esgoto 08/06/2017 12 Tratamento primário: Nesta fase do tratamento o esgoto, após passar pelo tratamento preliminar, ainda contém sólidos em suspensão não grosseiros, que são mais pesados que a parte líquida. Esses sólidos se sedimentam, indo para o fundo dos decantadores, formando o lodo primário bruto. Os materiais flutuantes como óleos e graxas, tendo uma densidade menor, tendem a flutuar, sendo removidos na superfície. Sistemas de Tratamento de Esgoto Os tanques sépticos são também uma forma de tratamento primário. Como a eficiência da remoção de matéria orgânica é baixa, frequentemente utiliza-se uma forma complementar de tratamento (sumidouros, filtros anaeróbios, valas de infiltração e valas de filtração). Dimensionamento: NBR 7229 - ABNT Sistemas de Tratamento de Esgoto Sistemas de Tratamento de Esgoto Funcionamento de um tanque séptico SUMIDOURO VALAS DE INFILTRAÇÃO VALAS DE FILTRAÇÃO Sistemas de Tratamento de Esgoto Dimensionamento de tanques sépticos Fórmula para tanque séptico de câmara única: V = 1000 + N (C.T + K. Lf) V =Volume útil, em litros N = Número de pessoas ou unidades de contribuição C = Contribuição de despejos (litro/pessoax dia) – Tabela T = Período de detenção, em dias (Tabela) K = Taxa de acumulação de lodo digerido em dias, equivalente ao tempo de acumulação de lodo fresco (Tabela) Lf = Contribuição de lodo fresco, em litro/pessoa x dia ou em litro/unidade x dia (Tabela) 08/06/2017 13 Dimensionamento de tanques sépticos Tabela de contribuição diária de esgoto (C) e de lodo fresco (Lf) por tipo de prédio e de ocupante Dimensionamento de tanques sépticos Tabela de período de detenção dos despejos (T) por faixa de contribuição diária Dimensionamento de tanques sépticos Tabela de taxa de acumulação total de lodo (K), em dias, por Intervalo entre limpezas e temperatura do mês mais frio Dimensionamento de tanques sépticos Tabela de profundidade útil mínima e máxima por faixa de volume útil Tratamento secundário: Destina-se à remoção de matéria orgânica dissolvida e matéria orgânica em suspensão não removida no tratamento primário (DBO). matéria orgânica + H2Obactérias mais bactérias ++ CO2 participação de microrganismos contato entre os microrganismos e o material orgânico contido no esgoto Sistemas de Tratamento de Esgoto O tratamento secundário pressupõe uma etapa de remoção biológica dos poluentes. Em termos de eficiência, é o único capaz de produzir um efluente de acordo com o padrão de lançamento de legislação ambiental. O tratamento secundário tenta reproduzir os fenômenos naturais de estabilização da matéria orgânica, que ocorrem no corpo receptor, com a vantagem de ser feito mais rapidamente (ocupando menos espaço) e em condições controladas. Sistemas de Tratamento de Esgoto 08/06/2017 14 Métodos de tratamento em nível secundário: Sistemas simplificados: � lagoas de estabilização; � disposição no solo; � reatores anaeróbios. Sistemas mecanizados: � lagoas de estabilização com aeração; � filtros biológicos; � lodos ativados. Sistemas de Tratamento de Esgoto Lagoas de estabilização: são grandes bacias rasas com diques de terra nas quais o esgoto bruto é tratado por processos completamente naturais, que envolvem algas e bactérias. Existem três tipos principais de lagoas de estabilização: anaeróbias, facultativas e de maturação. Sistemas de Tratamento de Esgoto Lagoas facultativas: o esgoto entra em uma extremidade da lagoa e sai na extremidade oposta. Ao longo desse percurso, que demora vários dias, uma série de eventos contribui para a melhoria da qualidade dos esgotos, pela estabilização da matéria orgânica. Sistemas de Tratamento de Esgoto Lagoas facultativas Sistemas de Tratamento de Esgoto Lagoas anaeróbias: modalidade de lagoa que recebe mais esgoto por área do que os outros tipos de lagoas, tendo dimensões menores e profundidade maiores que as demais. Nelas ocorrem, simultaneamente, os processos de sedimentação e digestão anaeróbia, na ausência de oxigênio. São utilizadas em conjunto com outras lagoas de forma a reduzir a área demandada para a ETE. Sistemas de Tratamento de Esgoto Sistemas de Tratamento de Esgoto 08/06/2017 15 Sistemas anaeróbios: o tratamento é realizado por bactérias que não necessitam de oxigênio para a sua respiração. Filtro anaeróbio: a matéria orgânica é estabilizada por bactérias aderidas ao meio de suporte (pedras) em um tanque. O tanque trabalha afogado e o fluxo de líquidos é de baixo para cima. O sistema requer decantação primária (fossas sépticas). Reator anaeróbio de manta de lodo (UASB): a matéria orgânica é estabilizada por bactérias dispersas no tanque. O fluxo do líquido também é de baixo para cima. Dispensa decantação, mas necessita de unidade de pós-tratamento. Sistemas de Tratamento de Esgoto Reator anaeróbio Sistemas de Tratamento de Esgoto Reator anaeróbio Sistemas de Tratamento de Esgoto Lagoas de estabilização aeradas: utilizam mecanismos similares aos da lagoa facultativa. No entanto, o oxigênio é fornecido por equipamentos mecânicos (aeradores). Sistemas de Tratamento de Esgoto Lodos ativados: a matéria orgânica é removida por bactérias que crescem dispersas em um tanque (de aeração). A biomassa (bactérias) do tanque de aeração sedimenta em um decantador final (secundário), permitindo que o efluente saia clarificado para o corpo receptor. O lodo que se sedimenta no fundo do decantador retorna ao tanque de aeração, aumentando a eficiência do sistema. O fornecimento de oxigênio é feito por aeradores mecânicos superficiais ou tubulações de ar no fundo do tanque. Sistemas de Tratamento de Esgoto Lodos ativados tanque de aeração decantador secundário adaptado de VON SPERLING, 1996 lodo secundário linha de recirculação Sistemas de Tratamento de Esgoto 08/06/2017 16 Lodos ativados Tanque de aeração Decantador secundário Sistemas de Tratamento de Esgoto Remoção de patogênicos A remoção adicional de microorganismos causadores de doenças pode ser alcançada por meio de lagoas de maturação, disposição no solo, cloração, ozonização e radiação ultra-violeta, entre outros. Sistemas de Tratamento de Esgoto Todos os processos de tratamento de esgoto resultam em subprodutos: material gradeado, areia, escuma, lodo primário e lodo secundário, que devem ser tratados para serem lançados no meio ambiente. Sistemas de Tratamento de Esgoto Sistemas de Tratamento de Esgoto Tratamento Terciário: remove poluentes específicos (micronutrientes e patogênicos), além de outros poluentes não retidos nos tratamentos primário e secundário. Este tratamento é utilizado quando se deseja obter um tratamento de qualidade superior para os esgotos (reúso da água). Sistemas de Tratamento de Esgoto Tipo de tratamento Eficiência Área (m2/hab) Custo (US$/hab)Matéria Orgânica Patogênicos Preliminar 0-5 0 <0,001 2-8 Primário 35-40 30-40 0,03-0,05 20-30 Lagoas sem aeração 80-90 60-99,9 1,5-5,0 10-30 Sistemas anaeróbios 60-90 60-90 0,05-0,4 20-80 Lagoas com aeração 70-90 60-99 0,2-2,5 10-30 Filtros biológicos 80-93 69-90 0,15-0,7 40-120 Lodos ativados 85-98 60-90 0,2-0,35 40-120 Fonte: Von Sperling, 1996. Sistemas de Tratamento de Esgoto 08/06/2017 17 Sistemas de Tratamento de Esgoto Sistemas de Tratamento de Esgoto Sistemas de Tratamento de Esgoto Exercício 1 Fornecidas as seguintes informações sobre um loteamento, calcule a vazão de esgoto. - n° de lotes: 890 -densidade populacional: 5 hab/lote - cota per capita: 200l/pessoa/dia - coeficiente K1: 1,2 - coeficiente K2:1,5 - coeficiente de retorno R: 0,8 - extensão da re de: 2 Km - taxa de infiltração I:0,00033l/s.m Exercício II Determine a vazão de esgoto para o loteamento abaixo: - População: 9200 habitantes - cota per capita: 0,0017l/s por habitante - coeficiente K1: 1,2 - coeficiente K2:1,5 - coeficiente de retorno R: 0,8 - extensão da rede: 3 Km - taxa de infiltração I:0,00033l/s - vazão de efluentes da indústria: 2,0 l/s
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