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INSTITUTO SUPERIOR DE TEOLOGIA APLICADA
CURSO: BACHARELADO EM DIREITO
LUIZ ARAÚJO PONTES JÚNIOR
TRIBUNAL DO JÚRI
SOBRAL – CE
 Junho de 2017
LUIZ ARAÚJO PONTES JÚNIOR
TRIBUNAL DO JÚRI
Relatório técnico apresentado como requisito parcial para aprovação na disciplina de Antropologia Jurídica, do curso de Bacharelado em Direito do Instituto Superior de Teologia Aplicada – INTA.
Profa. Me Talita Bezerra
SOBRAL – CE 
Junho de 2017
INTRODUÇÃO
A Antropologia estuda o homem enquanto objeto de sua ciência, analisando sua cultura e desenvolvimento. No campo do Direito, a Antropologia Jurídica procura analisar os embates culturais e sociais do homem e o próprio Estado, partindo da visão jurídica, o Tribunal do Júri apresenta excelentes mecanismos de pesquisa antropológica. 
Izabel Nuñes destaca que “o Júri é um ‘procedimento especial’ previsto no sistema processual penal brasileiro que serve para ‘processar e julgar’ apenas alguns crimes no Brasil [...] chamados ‘crimes dolosos contra a vida’”. Partindo dessa definição, verifica-se que o Tribunal do Júri é um mecanismo jurídico que deve ser estudado pela Antropologia Jurídica, tendo em vista seu objetivo, frente ao embate social analisado por ele.
O presente relatório destaca o julgamento do Sr. Francisco Gomes Duarte Neto, acusado de ser autor intelectual de um homicídio, provocado por dívida de substância ilícita em um bairro da cidade de Sobral.
DESENVOLVIMENTO
	
O Tribunal do Júri está presente na Justiça brasileira desde a sua independência e com o desenvolvimento desta, aquele adquire importância dentro do processo penal nacional.
	O objetivo desse Instituto é que os réus sejam julgados por seus pares, garantindo à sociedade a competência para julgar os crimes que maior revolta lhes causa. 
	Assim este trabalho tem por finalidade relatar uma sessão do Tribunal do Júri da 1ª Vara Criminal da Comarca de Sobral e analisar seus procedimentos e discutir seu objetivo social.
	O processo trata-se de uma ação penal instaurada por denúncia do Ministério Público em desfavor de Francisco Gomes Duarte Neto, acusado de infração do Art. 121 §2º, I e IV co Código Penal Brasileiro – CPB, com qualificadores apontados pela acusação de torpeza e surpresa. 
	O caso trata de impor ao Sr. Duarte Neto a acusação de autor intelectual do crime, incitando o jovem Janderson a assassinar o menor, Thauan Costa Mendes. O acusado foi pego em flagrante e permaneceu detido até a data da audiência.
	No início da sessão, o Exmo. Juiz Francisco Anastácio Cavalcante Neto fez a leitura do caso e apresentou os vídeos com os depoimentos colhidos, sendo 4 testemunhas apresentadas pelo Ministério Público e 2 pela defesa.
	Após ouvidas as testemunhas, o Exmo. Juiz Cavalcante Neto, interrogou o acusado. A promotoria, nem a defesa demonstraram interesse em interrogar o acusado.
	Conseguintemente o promotor de justiça, Dr. Irapuan da Silva Dionízio Júnior, iniciou o discurso, voltado para a Testemunha Fábio Júnior, que deu maior detalhes do flagrante no dia do crime. 
Segundo Irapuan Dionízio Júnior, o acusado incitou outro menor para cometer o delito, devido à frágil legislação brasileira que protege o adolescente, prática comum por traficantes, tendo em vista a leve sanção do Estatuto da Criança e do Adolescente. 
O promotor apresentou os qualificadores e em sua fala sempre lúcido e didático, tendo que os juízes eram leigos, quanto à linguagem jurídica. No finalo, o Dr. Irapuan metodicamente ensinou passo a passo como os jurados deveriam votar para garantir a sanção ao acusado, demonstrando mais uma vez a fragilidade de um Júri formado por leigos.
Após o intervalo de 45 minutos para o almoço, a defesa iniciou a argumentação. O Dr. Francisco Edilson Loiola Filho, defensor público, que recebeu o caso poucos dias antes do julgamento, devido ao abandono dos Advogados de defesa, foi incisivo quanto a fragilidade da investigação, enfatizando a ausência de testemunhas da comunidade, além dos policiais da Polícia Militar do Estado do Ceará que atuaram na ocorrência.
Izabel Nuñes percebe que os “defensores [usam] uma forma que posso chamar de ‘objetiva’ para pensar as estratégias de defesa”. Nesse caso, a estratégia usada pela defensoria foi a ausência ou fragilidade provas que levassem imediatamente ao Sr. Duarte Neto. 
Depois de concluída a pronúncia das partes, o Exmo Juiz de Direito solicitou a evacuação da sala, permitindo a permanência dos estudantes de Direito que se encontravam na sala.
As perguntas eram feitas e os jurados votavam de acordo com seu entendimento, mesmo que esse entendimento não fosse o mais adequado dentro do processo legal. Evidencia-se esta situação, quando se tem um voto negado quanto à materialidade do fato, ou seja, a morte da vítima. 
Nas perguntas subseqüentes, os jurados afirmaram que o acusado tinha envolvimento com o homicídio, pois votaram sim quando questionados, mas o absorveram seguidamente.
Em conversa após a sessão, o promotor, Dr. Irapuan da Silva Dionízio Júnior, e o defensor, Dr. Francisco Edilson Loiola Filho, junto aos estudantes ali presentes, concluíram que na visão dos jurados, o Sr. Francisco Gomes Duarte Neto era o autor intelectual do homicídio, mas não há provas o suficiente para condená-lo.
CONCLUSÃO
	Assim conhecer o Tribunal do Júri nos leva a várias conclusões importantes: primeiro que há na Justiça brasileira uma fragilidade enorme, quanto aos órgãos de investigação e de estrutura da própria justiça.
Segundo que os jurados precisam de maior conhecimento jurídico, para que suas decisões sejam coerentes e produzam melhoria na sociedade. 
E por último que a sociedade precisa de políticas públicas sociais que efetivamente melhorem a qualidade de vida dos cidadãos, e que a educação, com ideais de moral e ética bem estruturados, possa garantir um povo com mais dignidade e conhecedores de seus direitos junto ao Estado. 
Entende-se por moralidade o conjunto de crenças e dos sentimentos comuns à média dos membros de uma mesma sociedade que forma um sistema determinado com vida própria.
Ressalta-se também, a importância de estudos e práticas do Tribunal do Júri dentro do estudo da Antropologia Jurídica, pois esse Instituto demonstra as fragilidades do sistema judiciário e da sociedade civil em decorrência da sensibilidade jurídica nele instigada e apresentada.
REFERÊNCIAS
BRASIL. Código Penal Brasileiro. Rio de Janeiro, 1942.
NUÑES, Izabel Saenger. “Uma briga corporativa” dentro do Tribunal do Júri: notas e reflexões sobre um caso julgado na comarca do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro,

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