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Questionário Direitos Fundamentais

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE PONTA GROSSA
FELIPE ALEXANDRE DA SILVA
JULIANA ALINE LUZ
ROBERT RESENDE DE CASTRO
VANESSA CLAUDINO GUIMARAES
QUESTIONÁRIO – DIREITOS FUNDAMENTAIS
PONTA GROSSA
2016
FELIPE ALEXANDRE DA SILVA
JULIANA ALINE LUZ
ROBERT RESENDE DE CASTRO
VANESSA CLAUDINO GUIMARAES
QUESTIONÁRIO – DIREITOS FUNDAMENTAIS
Trabalho realizado como parte de avaliação da matéria de 
Direito Constitucional
, do 1°
 
ano do curso de direito noturno.
Prof°
 
Dr.
Alexandre
 Almeida Rocha
PONTA GROSSA
2016
1)Qual a função do preâmbulo constitucional?
De acordo com o professor de Direito do Ensino Superior, da Universidade Federal da Bahia, o preâmbulo tem por finalidade retratar os principais objetivos do Texto Constitucional, enunciando os princípios constitucionais mais valiosos, assim como as ideias essenciais que alimentaram o processo de criação da Constituição. Invocando a metáfora de um livro, e comparando-o a uma Constituição, podemos dizer que o preâmbulo seria uma espécie de prefácio, já que explica a essência dos pontos centrais do Texto principal.
2)Disserte acerca dos Princípios Fundamentais elencados no artigo 1º da CF.
O tópico Dos Princípios Fundamentais da Constituição Federal Brasileira de 1988 é uma unanimidade quando se trata de Direito Constitucional. União Indissolúvel: Não têm o direito de secessão ou separação, ou seja, não poderão separar-se da Federação. Estado Democrático de Direito: O povo participa das decisões do governo, há a busca do término das desigualdades sociais e há pluralidade partidária, tudo submetido às leis do país. Soberania: É o poder do Estado de organizar-se, criar as normas e aplicá-las. Cidadania: É ter a nacionalidade brasileira somada aos direitos políticos (votar e ser votado). Dignidade da pessoa humana: É um valor que visa proteger o ser humano de tudo que lhe cause indignidade. Valores sociais do trabalho: São todos os direitos que possibilitam de se realizar um trabalho justo e digno. Livre iniciativa: Liberdade que a pessoa possui de realizar qualquer empreendimento dentro dos padrões legais. Pluralismo político: Diversos grupos com pensamentos diferentes em diferentes setores. Dessa forma há a garantia da existência de várias opiniões e ideias com o respeito por cada uma delas.
3) Disserte acerca do Princípio Democrático enunciado no parágrafo único do artigo 1º da Constituição Federal?
Para poder nos aproximar da conceituação deste instituto, devemos analisar inicialmente o que seria um Estado Democrático, com suas particularidades e de que se constitui o Estado de Direito. Porém, é importante que se ressalte, desde logo, que o conceito de Estado Democrático de Direito transcende a idéia dessas duas formas acima.
Estado Democrático baseia-se no princípio da soberania popular, pelo qual o povo é titular do poder constituinte, é o ente que legitima todo o poder político. Configura-se, assim, a exigência que todas e cada uma das pessoas participem de forma ativa na vida política do país. A consagração do princípio da soberania popular se sintetiza na afirmativa “todo poder emana do povo”. Sendo que o exercício desta pode ser direto ou indireto. A forma indireta está ligada às eleições, se consagrando a idéia do sufrágio universal, pelo qual todos têm o direito – e dever também, preenchidos os requisitos exigidos por lei – de votar, sendo este direto, secreto e com valor igual para todos. O exercício direto pode ser feito através de “plebiscito, referendo e iniciativa popular”. 
A partir do exposto, podemos sintetizar o Estado Democrático de Direito, apresentado no caput do artigo 1º da Constituição Federal do Brasil de 1988, como: Estado que deve reger-se por normas democráticas, assegurando a justiça social e fundado no princípio máximo da dignidade da pessoa humana, com eleições livres, periódicas e pelo povo, respeitando as autoridades públicas, os direitos e garantias fundamentais e o meio ambiente.
4) Disserte acerca do princípio da tripartição de poderes.
A Constituição da República de 1988, corolário da Declaração Francesa, traz em seu texto a tripartição de poderes (Legislativo, Executivo e Judiciário). Além disso, protege essa tripartição em nível de cláusula pétrea fundamental (art. 60, § 4º, III).“A Constituição é o texto em que se asseguram ou garantem certos direitos (liberdade, igualdade) e se diz como se forma a ordem estatal e se separam os poderes” . Os três poderes são autônomos e independentes entre si. No entanto, um poder complementa o outro, sendo o Legislativo o mais importante de todos eles. “O princípio da separação ou divisão dos Poderes foi sempre um princípio fundamental do ordenamento constitucional brasileiro”. Art. 2º. São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário. Entretanto, Barruffini entende que teria sido melhor a denominação “tripartição de funções” ao invés de “tripartição de poderes”. Leciona o autor: “Constitui erronia falar em tripartição de poderes estatais, uma vez que eles são fruto de um mesmo poder. O poder é um só, quaisquer que sejam as manifestações de vontade emanadas em nome do Estado”. Corrobora desse entendimento Pedro Lenza, “isto porque o poder é uno e indivisível. O poder não se triparte. O poder é um só, manifestando-se através de órgãos que exercem funções”. A proteção constitucional do princípio da separação dos poderes é corolário da Revolução Francesa. A Carta Política consagra a tripartição como cláusula pétrea fundamental, mitigando a possibilidade de abolir referido instituto.
5) Qual a importância e significado do artigo 3º da CF?
O art.3° da CF, trata da obrigação de se criar no país um sistema jurídico mais justo para a sociedade. Estado tem de propiciar todos os meios para que a democracia seja exercida. Esse preceito foi estabelecido para os brasileiros no intuito de proporcionar bem estar, qualidade de vida e harmonia social. Contudo, ainda não é uma realidade vista na prática, existem mecanismos constitucionais de garantia, porém muitos indivíduos ainda não sabem como usá-los. O Desenvolvimento Nacional dá-se pelo aperfeiçoamento do ser humano, das propriedades e das Instituições. Que esse desenvolvimento seja estendido à política, a economia, a vida social e a todas as áreas que contribuam para o aperfeiçoamento da nação. É objetivo da nossa República tomar medidas de governo que possibilite uma igualdade de condições para todos os cidadãos. Medidas essas que tragam melhorias para áreas como educação, saúde e emprego, dando às classes mais pobres maiores possibilidades a esses direitos. Como o nome já diz esses preceitos são objetivos, metas a serem alcançadas. 
6) Disserte acerca dos seguintes princípios: a) Princípio Republicano, b) Princípio Federativo, c) Princípio da Indissolubilidade.
Escolhemos adotar como Forma de Governo o modelo Republicano, o que exige a eleições periódicas e mandatos limitados (não eternos e/ou hereditários). Para que haja observância do Princípio Republicano há necessidade de definição de um Estado Democrático de Direito no país, ou seja, só haverá compatibilidade entre o Princípio Republicano e a respectiva nação se esta for regida por um Estado Democrático de Direito, em que o Estado se submete à lei, incumbindo-se de aplicá-la. Outra característica fundamental a ser observada nesses casos é a de as funções estruturais dos poderes serem independentes, e, porque não, harmônicos entre si, nesse sentido já falava Rui Barbosa, que para a caracterização de uma forma republicana de Estado deve existir três poderes, o Executivo, o Legislativo e o Judiciário, mas que aos dois primeiros se vincule a necessidade de eleições populares. Cabe observar que o que se chama de princípio republicano possui íntima relação com o regime político republicano, que prevê que os seus agentes exerçam funções políticas em representação ao povo, devendo decidir em nome desse e a ele se submeterno que toca à satisfação do interesse público, cumprindo o mandato que lhe é outorgado16 nos moldes pautados pela legislação. Princípio Federativo: O princípio federativo é introduzido diretamente pelas cartas políticas de uma grande variedade de Estados, apresentando um desenvolvimento distinto em razão de peculiaridades históricas e políticas próprias de cada nação. É um dos temas mais instigantes do direito constitucional, não somente por ser originário de um dos monumentos do constitucionalismo moderno – a Constituição americana de 1787 –, mas por estar em permanente evolução e aprimoramento, mormente no que tange às repartições de competências entre as entidades federadas. Princípio da Indissolubilidade:  tem por escopo manter a integridade da nação, não podendo suas unidades federativas construir nacionalidades diversas como estadual ou municipal, sendo vedado direito de secessão e admitindo-se somente a nacionalidade federal. 
7) O que se deve entender pela expressão ESTADO DEMOCRÁTICO E DE DIREITO.
O Estado democrático de direito é um conceito que designa qualquer Estado que se aplica a garantir o respeito das liberdades civis, ou seja, o respeito pelos direitos humanos e pelas garantias fundamentais, através do estabelecimento de uma proteção jurídica. Em um estado de direito, as próprias autoridades políticas estão sujeitas ao respeito das regras de direito. Sempre que o Brasil se encontra em tempos de eleições, os candidatos empunham a bandeira da democracia, sobem ao palanque e bradam em seus discursos invocando o Estado Democrático de Direito, às vezes nem eles sabem o que estão dizendo. A ideia do Estado Democrático de Direito da maneira como hoje é conhecido é em decorrência de um extenso processo da evolução da forma como as sociedades foram se organizando ao longo dos séculos, como bem lembrou a professora Terezinha Seixas em suas aulas no inicio do curso de graduação em Ciências Sociais e Jurídicas. Explanava a referida professora que as origens do Estado Democrático de Direito é oriundo dos antigos povos gregos e seus inesquecíveis pensadores, que já no século V a I a. C. dentre eles citava Sócrates, Platão e Aristóteles que criou a teoria do “Estado Ideal”, pensadores que refletiam sobre a melhor forma de organização da sociedade para o atendimento do interesse comum.Entretanto, foi no final do século XIX que as grandes bases do Estado de Direito foram consolidadas.
8) Disserte acerca dos fundamentos da REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL.
Os fundamentos da República Federativa do Brasil são: Soberania, Cidadania, Dignidade da pessoa humana, Valores Sociais do Trabalho e da Livre Iniciativa, Pluralismo político. Na definição de Marcelo Caetano, soberania é "um poder político supremo e independente, entendendo-se por poder supremo aquele que não está limitado por nenhum outro na ordem interna e por poder independente aquele que, na sociedade internacional, não tem de acatar regras que não sejam voluntariamente aceitas e está em pé de igualdade com os podres supremos dos outros povos". A cidadania representa um status e apresenta-se simultaneamente como objeto e um direito fundamental das pessoas; A dignidade da pessoa humana concede unidade aos direitos e garantias fundamentais, sendo inerente às personalidades humanas. Esse fundamento afasta a idéia de predomínio das concepções transpessoalistas de Estado e Nação, em detrimento da liberdade individual. É através do trabalho que o homem garante sua subsistência e o crescimento do país, prevendo a Constituição, em diversas passagens, a liberdade, o respeito e a dignidade ao trabalhador. Demonstra a preocupação do legislador constituinte em afirmar a ampla e livre participação popular nos deestinos políticos do país, garantindo a liberdade de convicção filosófica e política e, também, a possibilidade de organização e participação em partidos políticos. 
9) Quais os objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil e qual o significado destes objetivos no Contexto do Estado Democrático de Direito?
Os objetivos são: I - construir uma sociedade livre, justa e solidária; II - garantir o desenvolvimento nacional; III - erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais; IV - promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação.
Esses objetivos consistem na construção de uma sociedade livre, justa e solidária, na garantia do desenvolvimento nacional, na erradicação da pobreza e da marginalização, na redução das desigualdades sociais e regionais e na promoção do bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação.
10) Quais os princípios que regem a ordem internacional?
Independência nacional, prevalência dos direitos humanos, autodeterminação dos povos, não intervenção, igualdade entre os Estados, defesa da paz, solução pacífica dos conflitos, repúdio ao terrorismo e ao racismo, cooperação entre os povos para o progresso da humanidade, concessão de asilo político, integração econômica, política, social e cultural dos povos da América Latina. O artigo 4o da Constituição Federal de 1988 trouxe uma inovação importante em relação às constituições brasileiras anteriores: o elenco sistematizado dos princípios que regem a República Federativa do Brasil em suas relações internacionais. Os dez incisos e seu parágrafo único explicitam os valores e a tradição brasileira nas suas relações com outros Estados
11) Qual a importância e significado do Princípio da Tripartição de Poderes? É considerado cláusula pétrea? É possível a criação de outros poderes constituídos?
Os poderes executivo, Legislativo e Judiciário possuem atribuições próprias, que são aquelas específicas e determinadas a cada esfera de poder, a quem cabe exercê-las com exclusividade. Também possui atribuições constitucionalmente instituídas, que legitimam um determinado poder a exercer as funções próprias a outra esfera de poder. Trata-se também de uma prescrição constitucional conhecida como o sistema de freios e contrapesos, que consiste na prática de delimitação de um poder por outro. A separação de poderes é um princípio jurídico-constitucional informador, ligado intrinsecamente no ordenamento jurídico brasileiro não só pela sua previsão expressa (art. 60, § 4º, III), mas também pela sua gênese francesa, adotada por todos os Estados democráticos de Direito. Nesse contexto, qualquer violação que a atinja de forma reflexa deve ser tida por inconstitucional por violar todo um sistema de valores.É inconstitucional a criação, por Constituição estadual, de órgão de controle administrativo do Poder Judiciário do qual participem representantes de outros Poderes ou entidades (Súmula 649).
12) Qual o sentido da expressão “VALORES SUPREMOS” contida no preâmbulo constitucional?
Sobre o preâmbulo não apenas o Estado haverá de ser convocado para formular as políticas públicas que podem conduzir ao bem-estar, à igualdade e à justiça, mas a sociedade haverá de se organizar segundo aqueles valores, a fim de que se firme como uma comunidade fraterna, pluralista e sem preconceitos. E, referindo-se, expressamente, ao Preâmbulo da Constituição brasileira de 1988, escolia José Afonso da Silva que "O Estado Democrático de Direito destina-se a assegurar o exercício de determinados valores supremos. ‘Assegurar’, tem, no contexto, função de garantia dogmático-constitucional; não, porém, de garantia dos valores abstratamente considerados, mas do seu ‘exercício’. Este signo desempenha, aí, função pragmática, porque, com o objetivo de ‘assegurar’, tem o efeito imediato de prescrever ao Estado uma ação em favor da efetiva realização dos ditos valores em direção (função diretiva) de destinatários das normas constitucionais que dão a esses valores conteúdo específico". Na esteira destes valores supremos explicitados no Preâmbulo da Constituição brasileira de 1988 é que se afirma, nas normas constitucionais vigentes, o princípio jurídico dasolidariedade.
13) Estabeleça uma relação entre Constituição e Democracia no contexto atual do Estado Constitucional de Direito.
A teoria da constituição, basicamente, tem relacionado democracia e constituição em duas importantes perspectivas: a primeira, colocando a democracia como princípio legitimador da constituição; noutra, abordando a democracia como princípio jurídico integrante da constituição, ou seja, como princípio constitucional encartado na ordem jurídica. Avalia-se, pela primeira perspectiva, se a feitura do texto constitucional, o processo constituinte, o texto como resultado desse processo, a criatura do criador poder constituinte são ou não democráticos, ou se correspondem a níveis de democraticidade esperáveis segundo as circunstâncias de cada jogo político armado pelas comunidades organizadas em Estados.
14) Quais os capítulos que compõem o Título II da Constituição Federal que trata dos direitos e garantias fundamentais?
A Constituição Federal de 1988 trouxe em seu Titulo II os Direitos e garantias fundamentais, subdividindo-os em cinco capítulos: Direitos individuais e coletivos, direitos sociais, direitos de nacionalidade, direitos políticos e direitos relacionados á existência, organização e participação em partidos políticos. Assim, a classificação adotada pelo legislador constituinte estabeleceu cinco espécies ao gênero e garantias fundamentais.
15) Quais são as espécies de direitos fundamentais?
A CF/88 apresenta 5 (cinco) espécies de direitos e garantias fundamentais:
1º. Direitos individuais (art. 5º - vida, igualdade, liberdade, propriedade, segurança, etc.);
2º. Direitos coletivos (art. 5º - vida, igualdade, liberdade, propriedade, segurança, etc.);
3º. Direitos sociais (art. 6º ao 11 – educação, saúde, trabalho, moradia, lazer, segurança, previdência social, proteção à maternidade e a infância, assistência aos desamparados, direitos trabalhistas, de associação, de greve e de representação);
4º. Direitos à nacionalidade (arts. 12 a 13);
5º. Direitos políticos (arta. 14 a 16 – sufrágio universal e voto direto e secreto: plebiscito, referendo e iniciativa popular).
16) Os direitos e deveres individuais e coletivos são apenas aqueles elencados no artigo 5º da Constituição?
Não, como já manifestou o SFT, corroborando a doutrina mais atualizada, que os direitos e deveres individuais e coletivos não se restringem ao art 5º da CF/88, podendo ser encontrado ao longo do texto constitucional, expressos ou decorrentes do regime e dos princípios adotados pela constituição, ou, ainda, decorrentes de tratados e convenções internacionais de que o Brasil seja parte.
17) Quais as inovações trazidas pela Constituição de 1988 no que se refere aos direitos e garantias individuais?
Tamanha a vontade constitucional de priorizar os direitos e as garantias fundamentais que a Constituição, em seu artigo 60, parágrafo 4o, os declara cláusulas pétreas, compondo, assim, o seu núcleo intocável. O artigo 5o, inciso IX diz que é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independente de censura ou licença. Nas palavras de Benedito de Campos, a censura, principalmente às manifestações artísticas ou culturais, se constitui numa volta à Idade Média. Já o inciso XIII aponta o racismo como crime inafiançável e imprescritível, sujeito à pena de reclusão nos termos da lei. Isso foi uma verdadeira vitória na tentativa de amenizar a triste realidade social brasileira, repleta de casos discriminatórios. Ainda no artigo 5o, o inciso X refere-se a proteção à vida privada, à intimidade, à honra e à imagem das pessoas. Trata-se de uma conquista e de uma inovação. Na vida moderna, com o aumento da atividade dos meios de comunicação, é fundamental que a intimidade dos indivíduos seja amparada por lei. O inciso III do artigo 5o prioriza que ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou degradante. A tortura, como diz José Afonso da Silva, não é só um crime contra o direito à vida, mas sim, uma crueldade que atinge todas suas dimensões, e a humanidade como um todo. Outra inovação relevante na atual Constituição é tratada no artigo 5o, inciso XXIII, que dispõe que a propriedade atenderá a sua função social. Este dispositivo teve grande importância, ao permitir que maior quantidade de pessoas tenha acesso a terra, já que número maior de imóveis estará sujeito a desapropriação para fins de reforma agrária. Além disso, em seu artigo 225, a Carta de 1988 enuncia que todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao poder público e a coletividade o dever defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações. Assim, é a primeira, dentre as Constituições brasileiras, que insere em seu texto um direito conhecido como de 3a geração, ou seja, direito de solidariedade.
18) Quais são os direitos fundamentais?
Os direitos fundamentais, consagrados pela Constituição Federal de 1988, são direitos assegurados ao cidadão tanto em sociedade quanto isoladamente em oposição à discricionariedade estatal ou outros atos temerários praticados por terceiros. Os Direitos e Garantias Fundamentais encontram-se regulados entre os artigos 5º ao 17º, e segundo o doutrinador José Afonso da Silva, estão reunidas em três gerações ou dimensões:
1. individuais, civis e políticos
2. sociais, econômicos e culturais
3. difusos e coletivos
19) Quais são as características dos direitos fundamentais?
Historicidade, Imprescritibilidade, Irrenunciabilidade, Inviolabilidade, Universalidade, Concorrência, Efetividade, Interdependência, Complementaridade.
20) Como se dá a classificação dos direitos fundamentais em gerações?
Vários autores baseados na ordem histórico-cronológica estabelecem assim, as sucessivas gerações dos Direitos Fundamentais que são:
Os direitos da primeira geração ou primeira dimensão inspirados nas doutrinas iluministas e jusnaturalistas dos séculos XVII e XVIII: seriam os Direitos da Liberdade, liberdades estas religiosas, políticas, civis clássicas como o direito à vida, à segurança, à propriedade, à igualdade formal (perante a lei), as liberdades de expressão coletiva, etc. São os primeiros direitos a constarem do instrumento normativo constitucional, a saber, os direitos civis e políticos. Os direitos de liberdade têm por titular o indivíduo, traduzem-se como faculdades ou atributos da pessoa e ostentam uma subjetividade que é seu traço mais característico, sendo, portanto, os direitos de resistência ou de oposição perante o Estado, ou seja, limitam a ação do Estado. Segunda geração ou segunda dimensão: seriam os Direitos da Igualdade, no qual estão à proteção do trabalho contra o desemprego, direito à educação contra o analfabetismo, direito à saúde, cultura, etc. Essa geração dominou o século XX, são os direitos sociais, culturais, econômicos e os direitos coletivos. São direitos objetivos, pois conduzem os indivíduos sem condições de ascender aos conteúdos dos direitos através de mecanismos e da intervenção do Estado. Pedem a igualdade material, através da intervenção positiva do Estado, para sua concretização. Vinculam-se às chamadas “liberdades positivas”, exigindo uma conduta positiva do Estado, pela busca do bem-estar social. Terceira geração ou terceira dimensão, que foram desenvolvidos no século XX: seriam os Direitos da Fraternidade, no qual está o direito a um meio ambiente equilibrado, uma saudável qualidade de vida, progresso, etc.Essa geração é dotada de um alto teor de humanismo e universalidade, pois não se destinavam somente à proteção dos interesses dos indivíduos, de um grupo ou de um momento. Refletiam sobre os temas referentes ao desenvolvimento, à paz, ao meio ambiente, à comunicação e ao patrimônio comum da humanidade. Quarta geração ou quarta dimensão, que surgiu dentro da última década, por causa do avançado grã de desenvolvimento tecnológico: seriam os Direitos da Responsabilidade, tais como a promoção e manutenção da paz, à democracia,à informação, à autodeterminação dos povos, promoção da ética da vida defendida pela bioética, direitos difusos, ao direito ao pluralismo etc. A globalização política na esfera da normatividade jurídica foi quem introduziu os direitos desta quarta geração, que correspondem à derradeira fase de institucionalização do Estado social. Está ligado a pesquisa genética, com a necessidade de impor um controle na manipulação do genótipo dos seres, especialmente o homem. As três gerações que exprimem os ideais de Liberdade (direitos individuais e políticos), Igualdade (direitos sociais, econômicos e culturais) e Fraternidade (direitos da solidariedade internacional), compõem atualmente os Direitos Fundamentais. Os Direitos Fundamentais, atualmente, são reconhecidos mundialmente, por meio de pactos, tratados, declarações e outros instrumentos de caráter internacional. Esses Direitos fundamentais nascem com o indivíduo. E por essa razão, a Declaração Universal dos Direitos do Homem (ONU-1948), diz que os direitos são proclamados, ou seja, eles pré existem a todas as instituições políticas e sociais, não podendo ser retirados ou restringidos pelas instituições governamentais, que por outro lado devem proteger tais direitos de qualquer ofensa. Distinção entre Direitos e Garantias: Direitos são bens e vantagens conferidos pela norma, enquanto as garantias são destinadas a fazer valer esses direitos, são instrumentos pelos quais se asseguram o exercício e gozo daqueles bens e vantagens.
21) O que distingue os direitos das garantias?
	Direito é uma norma de conteúdo declaratório, portanto, são normas que declaram a existência de um interesse, de uma vantagem. Ex: direito à vida, à propriedade etc. 
Por outro lado, a garantia é uma norma de conteúdo assecuratório, que serve para assegurar o direito declarado. Ex: Habeas Corpus que serve para tutelar o direito de liberdade. Cumpre esclarecer que apesar de todo remédio constitucional ser uma garantia, nem toda garantia é um remédio constitucional. Pois, este é um instrumento processual que tem por objetivo assegurar o exercício de um direito. Por fim, os direitos e garantias são fundamentais, porque são imprescindíveis.
Fonte: Rede de Ensino Luiz Flavio Gomes. Disponível em: < https://lfg.jusbrasil.com.br/noticias/1060567/existe-diferenca-entre-direitos-e-garantias-fundamental>. Acesso em 17 de janeiro de 2017.
22) As pessoas jurídicas brasileiras podem ser titulares de direitos individuais?
	Com o passar dos tempos, os ordenamentos constitucionais passaram a reconhecer direitos fundamentais, também, às pessoas jurídicas. Modernamente, as constituições asseguram, ainda, direitos fundamentais às pessoas estatais, isto é, o próprio Estado passou a ser considerado titular de direitos fundamentais. 
Aspecto importantíssimo este, senão vejamos: os direitos fundamentais surgiram colocando o Estado “contra a parede”, na condição de réu, por meio da imposição de limitações à sua atuação; hoje, em certas situações, o próprio Estado pode ser titular de direitos fundamentais. Não significa afirmar, porém, que todos os direitos fundamentais podem ser usufruídos por todos os titulares apontados acima (pessoas naturais, pessoas jurídicas e pessoas estatais). 
Assim, na nossa Constituição Federal de 1988 temos direitos fundamentais igualmente voltados para as pessoas naturais, jurídicas e estatais (direito de propriedade, por exemplo – art. 5º, XXII); temos direitos fundamentais extensíveis às pessoas naturais e às pessoas jurídicas (assistência jurídica gratuita e integral, por exemplo – art. 5º, LXXIV); temos direitos fundamentais exclusivamente voltados para a pessoa natural (direito de locomoção, por exemplo – art. 5º, XV); temos direitos fundamentais restritos aos cidadãos (ação popular, por exemplo – art. 5º, LXXIII); temos direitos fundamentais voltados exclusivamente para a pessoa jurídica (direito de existência das associações, direitos fundamentais dos partidos políticos – art. 5º, XIX, e art. 17, respectivamente); direitos fundamentais voltados exclusivamente para o Estado (direito de requisição administrativa, por exemplo – art. 5º, XXV).
Fonte: Professor Bruno Leal, Blogspot. Disponível em:< http://profbrunoleal.blogspot.com.br/2010/12/aula-de-direito-constitucional-direitos_21.html>Acesso em 17 de Janeiro.
23) Os estrangeiros não residentes no País têm algum direito fundamental assegurado pela Constituição?
Sim de acordo com a jurisprudência do STF: “Ressaltou-se que, em princípio, pareceria que a norma excluiria de sua tutela os estrangeiros não residentes no país, porém, numa análise mais detida, esta não seria a leitura mais adequada, sobretudo porque a garantia de inviolabilidade dos direitos fundamentais da pessoa humana não comportaria exceção baseada em qualificação subjetiva puramente circunstancial. Tampouco se compreenderia que, sem razão perceptível, o Estado deixasse de resguardar direitos inerentes à dignidade humana das pessoas as quais, embora estrangeiras e sem domicílio no país, se encontrariam sobre o império de sua soberania. (...)” (HC 97.147, Segunda Turma, relator para o acórdão Ministro Cezar Peluso, julgamento em 4.8.2009; acórdão ainda não publicado; informação extraída do Informativo STF nº 554.	
 Fonte: Supremo Tribunal Federal. Disponível em:< http://www.stf.jus.br//arquivo/informativo/documento/informativo554.htm>. Acesso em 17 de Janeiro de 2017.
24) Quais são os direitos individuais básicos?
	No Brasil, a Constituição Federal de 1988 determina os direitos fundamentais de todos os cidadãos do país, sejam eles natos ou naturalizados.
Conforme a estruturação da Constituição do Brasil, os Direitos e Garantias Fundamentais estão subdivididos em três núcleos principais: direitos individuais e coletivos; direitos sociais e da nacionalidade; e direitos políticos.
Entre alguns dos direitos fundamentais da Constituição Brasileira está: à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança, à educação, à saúde, à moradia, ao trabalho, ao lazer, à assistência aos desamparados, ao transporte, ao voto, entre outras.
Fonte: Constituição Federal, art. 5°.
25) O que se entende por direitos constitucionais explícitos e implícitos?
	Direitos constitucionais explícitos são aqueles que estão escritos e determinados na Constituição Federal.
	Direitos constitucionais implícitos são aqueles que estão subentendidos nas regras de garantias, como o direito à identidade pessoal, certos desdobramentos do direito à vida, o direito à atuação geral.
O art. 5º, § 2º Mostra isso conforme o texto: “§ 2º Os direitos e garantias expressos nesta Constituição não excluem outros decorrentes do regime e dos princípios por ela adotados, ou dos tratados internacionais em que a República Federativa do Brasil seja parte.”.
26) O que são “direitos individuais”?
 	São os direitos explicitamente enunciados nos incisos no artigo 5° de nossa Constituição Federal, como: direito à vida; direito à intimidade; direito de igualdade; direito de liberdade; direito de propriedade. 
27) O que se entende por aplicabilidade imediata dos direitos individuais?
Para de forma mais técnica explanar está questão, abaixo encontra-se a explicação, com a utilização da doutrina de Ingo Wolfgang Sarlet:
A melhor exegese da norma contida no art. 5º, parágrafo 1°, de nossa Constituição é a que parte da premissa de que se trata de norma de cunho inequivocamente principiológico, considerando-a, portanto, uma espécie de mandado de otimização (ou maximização), isto é, estabelecendo aos órgãos estatais a tarefa de reconhecerem a maior eficácia possível aos direitos fundamentais [...] [sendo certo, por isto, que] seu alcance (isto é, o quantum em aplicabilidade e eficácia) dependerá do exame da hipótese em concreto, isto é, da norma de direito fundamental em pauta.
No caso dos direitos fundamentais, à luz do significado outorgado ao art. 5º, parágrafo 1º, de nossa Lei Fundamental, pode-se afirmar que aos poderes públicos incumbem a tarefa eo dever de extrair das normas que os consagram (os direitos fundamentais) a maior eficácia possível, outorgando-lhes, neste sentido, efeitos reforçados relativamente às demais normas constitucionais, já que não há como desconsiderar a circunstância de que a presunção da aplicabilidade imediata e plena eficácia que milita em favor dos direitos fundamentais constitui, em verdade, um dos esteios de sua fundamentalidade formal no âmbito da Constituição, o que induz à afirmação de que, em certo sentido, os direitos e princípios fundamentais regem e governam a própria ordem constitucional. (SARLET, 2011, p. 270 – 271).
Fonte: SARLET, Ingo Wolfgang. A eficácia dos direitos fundamentais: uma teoria geral dos direitos fundamentais na perspectiva constitucional. 10. ed. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2011.
28) Qual o entendimento que vem sendo esposado pelo STF acerca da posição hierárquica dos tratados internacionais?
	Com a Emenda Constitucional nº 45 e com a decisão do STF, em 2008, nos RE 466.343-SP e RE 349.703-RS, a controvérsia sobre a hierarquia dos tratados, que se estendia há décadas, chegou a uma solução. Os tratados internacionais que versem sobre direitos humanos, ou terão status constitucional, se aprovados por quorum qualificado, igual ao exigido para emenda constitucional e em dois turnos, ou terão status supralegal, se a incorporação ocorreu antes da referida emenda. Em 2009, o STF aplicou seu novo entendimento ao negar, no Recurso Extraordinário RE 511.961, a obrigatoriedade do diploma universitário para jornalistas, prevista no Decreto-Lei 972-1969, por não ter sido recepcionado pela Constituição e contrariar o Pacto de San Jose da Costa Rica. Adotando um posicionamento de valorização dos direitos humanos, seja no plano internacional, seja no plano interno, o Brasil se alinhou aos países com forte tradição jurídica, trouxe para o mundo real muitos dos direitos fundamentais, que estavam apenas no papel, e, mais importante, deu a devido lugar a um dos princípios fundamentais basilares fixado no primeiro artigo de nossa Constituição, o da dignidade da pessoa humana.
Fonte: Jus Artigos.Disponível em: < https://jus.com.br/artigos/24713/a-posicao-dos-tratados-internacionais-sobre-direitos-humanos-segundo-o-stf > Acesso em 23 de janeiro de 2017.
29) Qual a abrangência do direito à vida?
O direito à vida diz respeito a própria existência da pessoa humana. A Constituição garante a existência digna de todo ser vivo, tendo o próprio nascituro seus direitos civis assegurados. Apenas excepcionalmente a legislação brasileira admite o fim da vida, por meio da pena de morte em estado de guerra declarada, das excludentes de ilicitude penal (legítima defesa, estado de necessidade, estrito cumprimento do dever legal e exercício regular de direito e da autorização do aborto nos casos previstos no Código Penal).
A Constituição proíbe qualquer mecanismo que possa resultar na solução não espontânea da vida. Assim, a pena de morte não pode ser institucionalizada juridicamente no país. A própria pena de morte em caso de guerra declarada está sujeita à condição de ser esta mesma guerra declarada pelo Presidente da República. 
Fonte: Âmbito Jurídico. Disponível em: <http://www.ambitojuridico.com.br/site/index. php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=797> Acesso em 23 de janeiro de 2017.
30) A pena de morte é admitida em nosso País?
Sim, (referente às penas, de acordo com o art.5°, inciso XLVIII, letra a) De morte, salvo em caso de guerra declarada, nos termos do art.84°, XIX.
31) Em que termos a Constituição Federal assegura a liberdade de pensamento?
	Art.5°, inciso IV: É livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato.
32) Como se dá a vedação ao anonimato?
	A pessoa, órgão, ou veículo responsável pela manifestação de pensamento nas diversas formas possíveis, devem obrigatoriamente se identificar para que tal ato seja legal.
33) O que é o “direito de resposta”?
É o direito que cabe ao ofendido, de se defender de críticas públicas no mesmo meio em que foram publicadas. De acordo com a LEI Nº 13.188, DE 11 DE NOVEMBRO DE 2015 em seu Art. 2o  Ao ofendido em matéria divulgada, publicada ou transmitida por veículo de comunicação social é assegurado o direito de resposta ou retificação, gratuito e proporcional ao agravo.
34) Em que consiste a “liberdade de consciência”?
	A constituição Federal prevê que ninguém será privado de direitos por motivos de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos impostas e recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada em lei, pois:"a liberdade de consciência constitui o núcleo básico de onde derivam as demais liberdades do pensamento. É nela que reside o fundamento de toda a atividade político-partidária, cujo exercício regular não pode gerar restrição aos direitos de seu titular".	
Fonte: Direito Constitucional Blog Spot .Disponível em : <http://abadireitoconstitucional.blogspot.com.br/2010/01/liberdade-de-consciencia-crenca.html>. Acesso em 23 de janeiro de 2017.
35) Pode alguém ser privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política?
Não, de acordo com o art.5°, inc VIII  - ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada em lei;
36) Quais as modalidades de liberdades de exteriorização do pensamento?
	De acordo com a CF/88: liberdade de consciência e de crença, liberdade de manifestação do pensamento, liberdade de expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação.
Fonte: Constituição Federal, art.5°, incisos (IV, VI, IX), art.206°, inciso (II) e art.220 e seus parágrafos.
37)Quais as modalidades de exteriorização do pensamento?
	O art. 5°, IV, estabelece que “é livre a manifestação do pensamento”. O inciso IX desse mesmo artigo reitera, de forma mais específica, que “é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença”. Essa liberdade deve ser exercida de forma responsável, assegurando a Constituição, em caso de abuso, direito de resposta, além de indenização moral e material à pessoa eventualmente ofendida.
	 A liberdade de exteriorização do pensamento é assegurada nas diversas áreas do conhecimento humano, abrangendo liberdade de culto (CF, art. 5°, VI), de cátedra (CF, art. 206, II – liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber”), de informação jornalística (CF, art. 220 e seus parágrafos) e a liberdade científica e artística.
38) Nossa ordem constitucional permite que haja censura?
	Não, de acordo com o inciso IX, do art.5°, da CF/88 “é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença;
	Cabe lembrar que para que tal direito tenha legalidade é necessária à identificação do responsável pela criação da obra, comunicação, texto, e demais modalidades de exteriorização de pensamento.
39) Qual a abrangência da liberdade de opinião?
	De acordo com a Convenção Americana sobre Direitos Humanos- Pacto de São José da Costa Rica, em seu art.13°, inciso II: “O exercício do direito previsto no inciso precedente não pode estar sujeito à censura prévia, mas a responsabilidades ulteriores, que devem ser expressamente previstas em lei e que se façam necessárias para assegurar: a) o respeito dos direitos e da reputação das demais pessoas; b) a proteção da segurança nacional, da ordem pública, ou da saúde ou da moral públicas.”.
40) Qual a relação entre o Estado Brasileiro e a Igreja?
O Estado Brasileiro é laico, onde há liberdade religiosa. A Constituição Federal, em seu art. 19, inciso I, preconiza que é vedado ao Poder Público estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los, embaraçar-lhes o funcionamento ou manter com elesou seus representantes relações de dependência ou aliança, ressalvada, na forma da lei, a colaboração de interesse público.
Fonte: Portal do Governo, Universidade Federal de Santa Catarina. Disponível em : <http://www.egov.ufsc.br/portal/conteudo/brasil-laicidade-e-liberdade-religiosa-desde-constitui%C3%A7%C3%A3o-da-rep%C3%BAblica-federativa-de-1988 >Acesso em 24 de janeiro de 2017.

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